A Saga da Nova Geração escrita por zariesk


Capítulo 14
Capitulo 13 – A Sacerdotisa.


Notas iniciais do capítulo

comemorando o retorno do nyah eu não posso deixar de postar esse cap que há muito está pronto!
antes daquela batalha que todos aguardavam (será que ainda lembram?) vamos ter uma missão com um certo time!



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Era meio da tarde na vila da folha quando a jovem secretaria foi entregar alguns documentos para o Hokage, ela era novata e depois de ser admitida no cargo era seu primeiro dia de trabalho, sentia-se feliz por estar próxima ao homem mais importante da vila, a enorme quantidade de pastas que carregava lhe atrapalhavam a visão e depois de entrar no escritório não via nada a sua frente.

 

- Com licença Hokage-sama – pediu ela entrando – eu trouxe os relatórios dessa semana e AAAIIIII

 

A jovem tropeçou no tapete indo de encontrou ao chão e jogando todas as pastas por todos os lados, mas antes de se chocar ela foi aparada por Naruto enquanto 4 bunshins se encarregavam de agarrar as pastas para depois coloca-las sobre a mesa.

 

- Você está bem? – perguntou Naruto reparando no rosto dela – parece que está com febre ou algo assim.

 

A jovem que tinha o rosto cheio de sardas estava terrivelmente corada em ser agarrada pelo Hokage, nenhuma palavra conseguia sair dos lábios trêmulos dela e por alguns segundos eles ficaram naquela situação engraçada até que a porta se abriu e por ela entrou seu velho amigo trazendo dois garotos barulhentos que logo após entrarem começaram a correr por todos os lados.

 

- Você não perde tempo hein? Ela começou hoje e você já a está agarrando – Sasuke tinha um sorriso bem cínico no rosto e uma sobrancelha meio erguida.

 

Naruto reparou que ainda a segurava quase inclinada pra trás, ela se segurando em seus ombros e toda aquela cena só podia indicar uma coisa para as mentes mais imaginativas.

 

- Não é nada disso que você está pensando! – adiantou-se ele em explicar – isso foi um acidente! Ou melhor, ia ser um acidente se eu não fizesse nada e...

- Me pergunto o que a Hinata diria se visse seus amassos com a secretaria – Sasuke insistia em sustentar uma versão terrível dos fatos – logo ela que é tão fiel a você.

- eee-e-e-e-e eu sinto muito Hokage-sama! – gritou a garota se ajoelhando com a testa encostada no chão – eu não pretendia ser um estorvo pro senhor, eu sou tão desastrada e...

- Tudo bem Myako-san eu só estou zoando – disse Sasuke gargalhando – esse cara é inocente e incompetente demais até pra trair a esposa!

 

A garota fez reverencia três vezes pra cada um e saiu apressada deixando-os a sós, Naruto olhou pra cara do Sasuke e bufou irritado por ter que aturar aquilo.

 

- Tio Naruto, a gente passou na prova desse mês da academia! – avisou Shuichi ao seu tio.

- É sério? Você e Daichi estão bem adiantados não é? – ele pegou os dois nos braços – desse jeito vão estar formados num instante!

- Bem antes que sua filha – gabou-se Sasuke orgulhoso – era o que se poderia esperar de herdeiros do meu sangue é claro.

- Espero que eles não herdem sua babaquice – comentou Naruto com olhos cerrados e olhar gélido.

- Enfim, já que você mandou minha esposa pra aquela missão eu preciso de alguém pra tomar conta deles agora a tarde – disse Sasuke se encostando na parede – será que a Hinata poderia me quebrar esse galho?

 

Naruto nem precisou responder, no mesmo instante ele fez um bunshin e entregou os dois pequenos uchihas a ele, Naruto gostava muito dos dois e as vezes eles dormiam em sua casa para no dia seguinte brincarem com Yukie.

 

- Eu vi a comitiva que você enviou – comentou Sasuke depois que o bunshin levou os dois garotos – espero que não aconteça nenhum imprevisto.

- Foi pensando nisso que enviei a Sakura e Ino – responde ele – além disso aquele monstro está lá na liderança, é bem capaz dele fazer tudo sozinho!

- Alguém que te mandou pro hospital realmente merece muita consideração – disse o outro – e por falar em monstros você enviou sua filha pra uma missão bem incomum não é? Não acha que está cedo pra ela pegar missões desse tipo?

- Aquele time da conta – respondeu Naruto – o Benkei ficou bem interessado nessa missão e pediu pra cuidar disso, além disso Kouta e Mikoto estão bem fortes também.

- Nossos filhos são bem diferentes de nós em algumas coisas e completamente iguais em algumas outras, na verdade até hoje não acredito que nós dois conseguimos constituir família.

- Alguma coisa está te incomodando Sasuke? Você parece meio aéreo.

- Ontem eu li aquela carta que você me entregou – respondeu ele – aquela escrita por itachi.

 

Naruto ficou surpreso com o comentário dele, já fazia um mês que Nagato trouxera aquelas cartas e só agora Sasuke lera a sua, certamente não devia ser fácil ler algo escrito (mesmo que em espírito) por seu irmão depois de tudo o que passou a muito tempo.

 

- Na primeira semana guardei aquela carta numa gaveta e disse a mim mesmo para não toca-la – continuou Sasuke – na semana seguinte eu dizia a mim mesmo pra criar coragem e lê-la de uma vez, e na semana passada eu procurava o melhor momento pra isso.

- E o que te impedia? – perguntou Naruto curioso.

- A Sakura estava naqueles dias – respondeu ele fazendo uma careta – definitivamente eu não precisa de mais nada me atormentando!

 

Naruto riu da situação do Sasuke, Hinata quando ficava nesses dias não se tornava violenta ou coisa parecida, mas ficava extremamente sensível e emotiva ao ponto de chorar por qualquer coisa, uma única palavrinha errada era suficiente para ela cair em prantos.

 

- E o que tinha escrito na carta? – perguntou Naruto curioso.

 

Sasuke fez uma expressão séria, parecia preocupado e confuso com isso.

 

- Ele pediu perdão por tudo o que fez ao clã e a mim – confidenciou ele – e ele também pediu para que eu criasse um novo clã, algo que apagasse a macula do passado e abrisse as portas para um novo futuro livre do estigma que meus antepassados carregaram.

 

Naruto sabia bem sobre o que ele falava, o clã Uchiha se tornou sinônimo de tudo o que era ruim no mundo, graças a Madara não importava o quanto Sasuke se esforçasse pra apagar essa reputação as pessoas sempre o viam como alguém desprezível, algo que se deseja manter bem longe.

 

- Eu estava pensando seriamente em desfazer oficialmente o clã Uchiha – comentou Sasuke – começar do zero um novo clã a partir dos meus filhos e seus descendentes, o que você acha disso?

- Eu acho que não adianta mudar o nome ou o símbolo, as pessoas sempre vão lhe ver como um Uchiha – respondeu Naruto sério – na verdade eles podem vê-lo como um covarde tentando esconder seu passado, então ao invés disso recrie o clã Uchiha como algo que todos lembrarão com orgulho, algo muito maior que a mancha do passado que lhe atormenta agora.

 

Sasuke sorriu, Naruto era o pior cara pra se pedir conselhos pra coisas sérias, mas as vezes ele tinha uma resposta que excedia a sabedoria atribuída a ele.

 

- Passarei as 8 pra pegar os meninos – avisou Sasuke se retirando.

- Chegue antes, tenho certeza que a Hinata vai querer convidá-lo pra jantar.

 

 

*****************************************************

 

 

- Esse lugar é bem bonito nessa época do ano – comentou Mikoto admirando a paisagem.

- Como se você tivesse vindo aqui em qualquer outra época – zombou Kouta junto com Koudaku.

 

Os insetos de Mikoto zumbiram furiosos enquanto os dois se encaravam, Yukie apenas ria andando um pouco mais a frente com o sensei.

 

- Que tipo de missão é essa sensei? – perguntou ela curiosa – vamos ter que lutar com algum ninja maligno?

- Ande mais e pergunte menos – ordenou ele – quando chegarmos vai saber de tudo.

 

Ela deu a língua pra ele e recuou para ficar ao lado dos seus amigos, era a quarta missão nos últimos dias mais ou menos uma por semana e todas elas eram como testes para suas novas habilidades.

 

- Ei Yukie-chan, você ta sabendo de alguma coisa legal que está acontecendo? – perguntou Kouta bem interessado.

- Eu não sei de quase nada – respondeu ela falando baixo – o onii-chan e o papai ficavam o tempo todo olhando umas papeladas e uns mapas de sei lá onde, e hoje de manhã ele os outros foram com a tia Sakura pra uma missão ultra secreta!

- Eu ouvi alguém comentar que ia ter guerra – disse Mikoto entrando na conversa – falaram que estão indo pegar os caras que mataram nossos ninjas da fronteira!

- Parem de fofocar! Já chegamos – gritou Benkei.

 

O local era uma escadaria que levava para o alto de um morro, mesmo de onde estavam dava pra ver as toras de madeira que demarcavam a entrada do que deveria ser um templo, aos pés da escadaria uma jovem moça usando trajes de sacerdotisa esperava por eles.

 

- Sejam bem vindos ninjas de Konoha – cumprimentou ela se curvando em respeito – agradeço muito que tenham vindo tão rápido, você é o homem que o Hokage mencionou em sua resposta?

- Se você não tiver nenhum problema em trabalhar comigo podemos concluir a missão – respondeu ele indiferente – seu pedido era de proteção para um ritual, o que pretende fazer?

- Antes de responder sua duvida poderia responder a minha – disse ela – essas crianças darão conta do serviço? Não é algo que nem muitos adultos poderiam fazer.

- Podemos fazer qualquer coisa nee-chan! – respondeu Kouta em bravata.

- É mesmo? Então confiarei na sua palavra – disse ela sorrindo – queiram me acompanhar até o templo por favor.

 

Seguindo-a pelas escadas o time chegou até o templo, ao pisar no ultimo degrau Benkei parecia cansado e bem incomodado com o lugar, a sacerdotisa reparou nisso.

 

- Desculpe faze-lo passar por isso.

- Fico surpreso por você se importar – disse ele – geralmente a essa altura você deveria estar me expurgando daqui.

- As sacerdotisas da minha ordem não combatem aqueles como você – respondeu ela – nós só combatemos o mal que aflige as pessoas diretamente e não aqueles que nasceram desse mal.

- Do que vocês estão falando? – perguntou Mikoto.

- A aura positiva desse lugar está afetando seu sensei – respondeu ela – Onis tem dificuldades em respirar energia positiva.

 

Os gennins ficaram surpresos por ela saber se tratar de um Oni em forma humana, e mais surpresos ainda por ela aparentemente não dar importância a isso, eles lembraram-se da ultima vez que encontraram pessoas desse tipo.

 

- A cerimônia que realizarei demorará duas horas – ela começou a explicar a missão – durante esse tempo não posso parar por nada ou estará tudo perdido.

- E certamente você espera interrupções não é? – disse Benkei.

- Por isso contratei vocês, um sacerdote de uma ordem local virá me impedir – continuou ela – quero que vocês o detenham da melhor forma possível.

- Isso é estranho, por que um outro sacerdote tentaria detê-la? – dessa vez foi Kouta.

- Por que eu pretendo libertar um Oni – respondeu ela tranqüila – e o povo daqui não vai gostar nem um pouco disso.

 

 

*******************************************

 

 

Benkei estava sentado sobre o portão do topo da escada olhando a região ao redor, aquele lugar era o mais longe dentro da barreira e lhe incomodava menos, estava imerso em pensamentos quando Yukie saltou até ele.

 

- O que você quer pirralha?

- O que acontece se ela libertar esse Oni? – perguntou Yukie.

- Isso varia muito pra cada um, cada Oni é diferente do outro – respondeu ele – mas com certeza todos são malignos.

- Então fazer isso é errado não é? Porque o papai não recusou a missão?

- Não cabe ao Hokage escolher quais missões serão aceitas ou não – respondeu – as únicas missões que não aceitamos são aqueles que vão contra o país do fogo e contra o ridículo senso de moral da vila, fora isso até missões de assassinato realizamos, alias esse era meu trabalho até vocês aparecerem.

- Mas ainda assim fazer isso é errado!

- O que define algo como certo ou errado não é a sua perspectiva, é a perspectiva de quem faz algo, se para essa pessoa aquilo que está fazendo for algo certo ninguém pode questionar sua motivação, cabe a você impor sua convicção acima da dela e se você estiver correta prevalecerá.

 

A menina ficou pensando sobre isso e não chegava a conclusão nenhuma, Benkei a encarou como se estivesse pensando algo sobre ela mas preferiu ficar calado sobre o assunto.

 

- Os preparativos estão quase completos, vá ficar com os outros que eu vou cuidar da entrada – avisou Benkei se levantando.

 

O mestre desapareceu antes mesmo que Yukie pudesse falar mais alguma coisa, sem alternativa ela foi se juntar aos seus amigos para proteger a sacerdotisa durante a cerimônia de duas horas que antecederia a libertação do tal Oni, ela rezava para que ao menos esse Oni não fosse tão ruim, a imagem do seu sensei veio logo a mente e ela esperava que o Oni fosse pelo menos igual a ele.

 

- Hei Yukie-chan, o sensei deixou alguma ordem pra gente? – perguntou Kouta.

- Não, temos que decidir o que fazer antes de começarmos.

- Normalmente o sensei já daria conta desse tal sacerdote – explicou Mikoto – mas não podemos contar com apenas um inimigo, o ideal seria que os melhores rastreadores montassem guarda e alguém ficasse na defensiva.

- Por que não fala de uma vez “você e Kouta fiquem lá fora e eu fico numa boa”? – brincou Kouta rindo.

- Se você prefere encarar assim.. – ela sorria – o importante é que a cliente não seja interrompida de forma alguma, e eu sou melhor na defensiva.

- Tanto faz, eu não gosto desse trabalho de qualquer forma – reclamou Yukie.

- Isso está errado Yukie-chan! – reclamou Mikoto séria – um ninja não deve fazer distinção entre clientes ou missões depois de aceitas, devemos dar nosso desempenho maximo para completar a tarefa até o fim!

 

Era raro Mikoto se exaltar com algo, ela tinha uma filosofia tranqüila e concentrada que não permitia excessos sentimentais, mas quando ela se manifestava era algo bem assustador.

 

- Eu já vou começar – avisou a sacerdotisa – por duas horas ficarei rezando diante da estatua sagrada.

- Estamos indo Nisumi-san – respondeu Mikoto – eu ficarei ao seu lado para protegê-la.

 

Mikoto correu para alcançar a sacerdotisa enquanto que Kouta e koudaku ficariam de um lado e Yukie do outro.

 

 

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Já fazia pouco mais de meia hora que o ritual se iniciara no templo, o morro era uma espécie de amplificador para a energia sagrada emanada do templo que se espalhava por toda a região e para as 4 vilas que cercam o morro, essa energia sagrada purificava o local expulsando espíritos malignos, curando doenças e fortalecendo o terreno para boas plantações, a medida que essa energia diminuía Benkei imaginava os efeitos que isso teria no futuro e sorriu achando uma grande ironia que Konoha estivesse auxiliando alguém que prejudicaria outras pessoas, nesse momento eles eram os vilões.

Seus pensamentos se concentraram quando um monge/sacerdote veio correndo em direção ao templo, ansioso por ação ele levantou-se e aguardou a chegada do homem santo, este quando viu Benkei parado na escadaria que levava ao tempo ficou surpreso e aborrecido.

 

- Então ela já chamou um Oni para protegê-la? – comentou o sacerdote – mas você não me deterá! Eu o enviarei de volta para o submundo!

- Se você fosse capaz de me fazer esse favor eu agradeceria – comentou ele – mas acho que nem você pode quebrar o maldito selo do shodaime, então me contento em acabar com você!

 

Benkei sacou a espada das costas e se preparou, não tinha pressa alguma em iniciar o combate pois seu objetivo era ganhar tempo, mas eliminar o inimigo de uma vez resolveria qualquer problema então ele estava dividido entre a diversão e o dever.

O sacerdote por sua vez não queria perder tempo algum, segurando em suas mãos o rosário sagrado e murmurando uma prece rápida ele concentrou sua força espiritual e a disparou contra Benkei, este apenas saltou para evitar o ataque e se aproximar do sacerdote, desferindo uma serie de ataques rápidos contra ele.

 

- Não vai me deter servo do mal, você e sua comparsa não irão destruir a paz dessa região – o sacerdote usava o rosário pra se defender e tentava atacar ao mesmo tempo.

 

Mas Benkei não queria conversar, fazendo os selos ele concentrou o chakra e cuspiu um mar de chamas em direção ao sacerdote que ergueu uma barreira branca para se proteger, era como se as chamas do inferno estivessem tentando consumi-lo.

 

 

******************************************************

 

 

No topo do morro os dois gennins montavam guarda em cada extremidade oposta do tempo enquanto que Mikoto permanecia ao lado de Nisumi para protegê-la, todos ficaram em guarda quando koudaku deu um pequeno uivo anunciando a chegada de invasores.

 

- Parece que vamos ter o que fazer afinal! – comemorou Kouta quando sentiu um cheiro.

 

De trás das arvores que cercavam o templo um homem apareceu, não possuía qualquer bandana e nem vestia algum uniforme conhecido, deveria ser um ninja mercenário.

 

- A mulher que queremos está lá dentro? – perguntou ele – saia da frente e me poupe o trabalho de derrubá-lo.

- Também acho koudaku – disse Kouta em resposta aos latidos do cão – se levarmos mais de 10 minutos vai ser uma vergonha!

- Com quem você está falando pirralho? – perguntou ele furioso.

- Nada não, meu parceiro aqui comentou que você não é de nada – respondeu o menino em provocação.

 

As veias saltaram a testa do homem que furioso estendeu os braços na direção do garoto, de suas mangas saíram varias kunais presas a fio de aço em alta velocidade que com um movimento de pulso aumentaram sua área de efeito se cravando no chão com força, Kouta e koudaku tinham desviado cada um para uma direção ficando paralelos a ele.

 

- não pensem que meu ataque é tão simples pirralho! – gritou ele recolhendo as kunais rapidamente – eu só estou começando!

 

Dessa vez ao invés de kunais saíram laminas em forma de espirais com os mesmos fios de aço presos em suas partes traseiras, de cada braço três dessas espirais em velocidade maior que a anterior apontadas nas direções onde Kouta e koudaku estavam, além da velocidade o formato da arma fazia os fios de aço se moverem em um tipo de turbilhão espiralado que rasgava o ar e tudo o que tocava.

 

- Dessa vez é perigoso koudaku! – gritou Kouta concentrando chakra nas pernas e saltando para outro lado.

 

Eles evitaram por pouco dessa vez mas o golpe passou tão perto que chegou a tirar um fiapo de sangue dos dois, se atingisse em cheio seria fatal, quando mais uma vez os fios foram recolhidos para um novo ataque ambos investiram contra o inimigo antes que ele pudesse desferir um novo ataque.

 

- Pensa que é esperto pirralho? Pois se enganou! – o ninja gritou em exaltação.

 

Enquanto os fios estavam na metade do caminho ele girou o corpo como um pião, os fios começaram a girar com ele como se fossem hélices de um ventilador e graças ao seu fino diâmetro e textura eram afiados como espadas produzindo um som agudo, koudaku por ser tão pequeno apenas se agachou para evitar ser mutilado, Kouta se jogou no chão a tempo sentindo ter perdido alguns fios de cabelo, mas ele ficou ainda mais surpreso quando o homem já tinha parado de girar e apontava seus braços em direção aos dois.

 

- Dessa vez não vou errar – disse ele com os dentes amostra num sorriso cruel.

 

Mais uma vez ele disparou as kunais com fios, mas dessa vez nem Kouta e nem koudaku se esquivaram, ao invés disso avançaram diretamente pegando impulso no próprio chão para usar a técnica do seu clã.

 

- Gaatsuga! – gritou Kouta girando feito uma broca.

 

A força empregada foi mais que suficiente para desviar as kunais, ambos o dono e o cão atingiram em cheio o inimigo que saiu voando em parafuso, quando este caiu no chão estava com as roupas destruídas e o corpo cheio de marcas.

 

- 7 minutos? Demoramos muito! – reclamou Kouta quando koudaku alertou sobre o tempo.

 

O cachorro latiu mais uma vez informando que havia outra luta acontecendo, aparentemente ao mesmo tempo que Kouta Yukie arranjou briga com alguém, e como se não bastasse logo no inicio da luta alguém invadiu o templo, felizmente Mikoto continuava ao lado de Nisumi e entre os três ela era a mais defensiva.

 

 

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De certa forma ela estava nervosa, via ao longe seu oponente se aproximando e desejava que ele chegasse mais rápido, era sua primeira luta individual e ela aguardava ansiosa pra testar tudo o que vinha aprendendo no ultimo mês e quando seu oponente finalmente chegou ela esboçou um sorriso inocente.

 

- Que menina bonitinha – elogiou o homem – parece um anjinho.

 

O homem vestia um tipo de sobretudo branco aberto revelando trajes finos por baixo, tinha cabelo longo e liso e de certa forma ele lembrava um pouco seu tio Neji, na cintura ele trazia uma daquelas espadas com cabo de madeira e lamina reta sem um protetor para a mão, esse tipo de arma é normalmente empregada para ataques rápidos, a leveza nos passos dele também indicavam isso.

 

- Olá menininha linda – cumprimentou ele – o que faz por aqui?

- Você trabalha pro tal sacerdote não é? – perguntou ela – é um saco mas não posso te deixar passar.

- Ora, isso é mal, significa que terei que te matar pra concluir meu trabalho.

 

Da manga do seu sobretudo ele tirou três pequena laminas semelhante a bisturis e arremessou contra Yukie, a menina só precisou dar um passo pro lado para evitar isso despertando o interesse do seu inimigo.

 

- Interessante, pensei que você fosse do tipo que só brinca de ninja – comentou ele – você é de Konoha não é?  Sua bandana é novinha.

 

O homem começou a sacar sua espada da bainha, era uma arma sem marcas de muitas lutas e lamina polida e brilhante, era o tipo de arma que não era muito usada.

 

- Sempre matei meus adversários com um só golpe – gabou-se ele – inclusive um ninja de Konoha a um tempo atrás.

 

Meio segundo foi o tempo entre a ultima palavra e o seu ataque veloz que consistia de um shunshin e um golpe com espada, mas dessa vez ao invés de um jorro de sangue ao qual estava habituado ele nada acertou, Yukie se esquivou do ataque no mesmo instante em que ele o desferia, a expressão que ele fazia era de incredulidade pelo seu golpe mortal ter falhado contra uma criança que só tinha se abaixado.

 

- Como você fez isso? – perguntou ele furioso.

- Se isso é o melhor que pode fazer então não vai demorar muito – disse ela rindo.

 

Ele atacou mais uma vez com um golpe horizontal, dessa vez Yukie deu uma cambalhota pra trás tomando distancia e ficando em posição de guarda, finalmente seu adversário compreendeu o que tinha acontecido.

 

- São esses olhos não é? De alguma forma você consegue ver meu golpe – disse ele – se não me engano em Konoha tinha um clã com olhos especiais, como era mesmo o nome desse clã?

- Clã Hyuuga – respondeu ela na mesma hora – nós somos os melhores de Konoha!

- Era esse mesmo o nome! Sabe garotinha, eu menti quando disse que ninguém nunca tinha desviado do meu ataque – revelou ele – eu quis dizer que ninguém nunca tinha sobrevivido a uma luta, eu gosto de exagerar um pouquinho de vez em quando, mas você foi a primeira que sequer foi arranhada.

 

Ele então mudou um pouco a postura, nada muito significativo para um leigo mas Yukie que estava acostumada a ver os treinamentos do seu irmão Mizura sabia que uma singela mudança na postura poderia significar um ataque completamente novo, ela então aguçou sua visão ao maximo para captar qualquer movimento.

O primeiro passo foi até mais lento que os anteriores, Yukie se esquivou dando dois passos pra trás no exato instante que ele concentrou o chakra no pé direito, e foi só ai que ela lembrou que ele sempre usava o pé esquerdo para dar o primeiro passo, numa espécie de instinto de luta ela saltou mais longe e graças a isso ela evitou o segundo ataque que foi imediato após o primeiro quando o chakra acumulado no pé esquerdo foi liberado.

 

- “Leitura de movimentos pelo fluxo do chakra” – pensou ela relembrando as aulas – “a mamãe tava certa quando disse que isso iria salvar o meu pescoço!”

- Garota, você entende que sua persistência só me deixa mais frustrado não é? – perguntou ele com um olhar sanguinário – mas ao mesmo tempo eu fiquei curioso pra saber o quanto você pode agüentar, a partir de agora eu aumentarei a quantidade de golpes até te cortar!

- Não pense que você será o único a atacar! – avisou ela – eu também vou lhe mostrar a minha força!

 

Yukie avançou com tudo pra cima dele e no meio do caminho concentrou um rasenga na mão, ao vislumbrar a técnica mais famosa de Konoha o homem teve sua reação atrasada por pouco mas conseguiu se esquivar quando ela saltou para acertá-lo por cima, o rasenga ainda fraco quando tocou o chão explodiu levantando uma nuvem de poeira, mas Yukie não parou de atacar saindo de dentro da nuvem de poeira ela continuou avançando.

 

- Eu não sei quem diabos você é mas se possui tal técnica eu fiquei mais motivado ainda em derrota-la!

 

Revidando com sua técnica de golpe rápido ele finalmente conseguiu cortar Yukie, mas essa desapareceu em uma nuvem de fumaça revelando ser um kage bunshin, antes que percebesse ele se encontrava cercado por mais quatro delas.

 

- “kage bunshin e rasenga? Ela tem ligação com o Hokage?” – pensou ele naquela fração de segundo – “espere ai! Eu me lembro que o Hokage tem uma filha com uma Hyuuga!

 

Não houve tempo para pensar muito, logo em seguida as quatro Yukies o cercaram e começaram a aplicar uma seqüência de golpes rápidos com a ponta dos dedos, cada uma golpeando 16 vezes em locais diferentes reproduzindo uma das mais letais técnicas do clã Hyuuga, o seu adversário com todos os tenketsus selados caiu no chão com o corpo imobilizado junto com o chakra, a dor era insuportável.

 

- Quando o meu sensei chegar ele cuida de você – avisou ela indo pro templo – e espero que tenha entendido que não deve mexer com os ninjas de Konoha!

 

 

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O interior do templo era iluminado apenas por velas e tochas, uma estatua de Buda ocupava o canto esquerdo enquanto que uma estatua de Yomi (deus do submundo) ocupava o canto direito, no centro uma estatua de uma divindade obscura de 4 braços e face aterrorizante era o maior adorno do lugar, em frente a essa estatua Nisumi ajoelhada balançava um pequeno bastão com sinos produzindo um som com intervalos regulares, atrás dela Mikoto montava guarda atenta a qualquer som ou movimento.

 

- Seus amigos estão lutando – avisou Nisumi ainda concentrada – posso sentir a hostilidade através da barreira.

- Kouta-kun e Yukie-chan são impulsivos – respondeu Mikoto – mas tudo bem falar enquanto realiza o ritual?

- Desde que ninguém interfira não tem problema – disse ela – agradeço por se empenhar tanto mesmo a contragosto.

- Não tenho por que gostar ou odiar minha missão – revelou – um ninja não deve por seus pensamentos ou sentimentos acima do dever.

- Eu também consigo sentir sua insatisfação nessa missão, a barreira se estende ao interior do templo também, você também não gosta do que estou fazendo e não está satisfeita em me proteger.

 

Mikoto não comentou sobre isso, preferia não se envolver emocionalmente em um trabalho que achava desagradável para não afetar seu desempenho.

 

- Vocês são crianças puras, não se preocupem pois vocês não estão fazendo nada de errado aqui.

 

Os sentidos de Mikoto lhe alertaram para a invasão de um inimigo que atravessava rapidamente os corredores, ela então se preparou para um combate certo sacando uma kunai da bolsa e permanecendo em guarda.

Antes mesmo do inimigo aparecer 8 shurikens foram lançadas da escuridão em direção a sacerdotisa, todas foram barradas por Mikoto que usou a kunai e movimentos precisos, seu treinamento em taijutsu lhe servia como suporte enquanto seu domínio sobre insetos era sua arma, quando todas as shurikens jaziam no chão o inimigo saltou da entrada superior caindo no meio do salão ao lado de uma pilastra.

 

- Hoho então você é rápida – elogiou ele – mas eu não estou interessado em matar garotinhas, saia da frente e eu deixarei você ir.

- A sede de sangue desse homem é incomoda – comentou Nisumi – poderia fazer a gentileza de tirá-lo daqui Mikoto-chan?

- Quanto a isso não tenho reclamação ou objeção – respondeu a menina estendendo os braços pra frente – tentarei não fazer bagunça.

 

Segundos depois dessas palavras um zumbido constante preencheu o lugar, o homem se imaginou dentro de uma colméia devido ao som que se propagava de todas as direções, irritado e nervoso ele fez duas shurikens gigantes surgirem das tatuagens em seus braços e se preparou para arremessá-las.

 

- Essas aqui você não poderá bloquear – afirmou ele convicto – e se sair da frente atingirei a sacerdotisa, será que você se sacrificará ou a deixará morrer?

- A terceira alternativa e derrota-lo – respondeu Mikoto – e por você ser falador demais nem percebeu que já está derrotado.

 

O homem sentiu o chão vibrar sob seus pés, olhando atentamente ele pode ver um exercito de insetos emergindo de vários buracos no chão, das pilastras, teto e paredes uma quantidade infindável de insetos marchavam em sua direção.

 

- Mas que truque dos infernos é esse? – reclamou ele – é você que está fazendo isso?

- Esse é meu ultimo aviso: renda-se e evite passar por esse sofrimento, do contrario não posso garantir sua vida.

- Deixe de brincadeiras pirralha! Não será um monte de insetos que irá me deter!

 

Quando ele fez o primeiro movimento para arremessar as shurikens todos os insetos investiram contra ele, como um furacão eles envolveram o alvo picando-o e absorvendo todo o seu chakra sem permitir que ele escapasse, foram poucos segundos até que o alvo caísse no chão inerte e Mikoto fosse vitoriosa.

 

- Uma defesa que serve como ataque – explicou Mikoto – por isso eu fui escolhida pra ficar aqui.

- Seus amigos também venceram suas lutas – avisou Nisumi – apenas seu mestre ainda está lutando, obrigada por me proteger.

- Como eu disse esse era meu dever e não o deixaria de lado.

- Ainda assim vocês merecem saber pelo que estão arriscando suas vidas, chame seus amigos, eu explicarei o que eu realmente quero fazer.

 

Mikoto sentiu uma tristeza brotando no coração daquela mulher que continuava a emanar energia pura, mesmo sendo tão jovem ela percebeu que havia algo por trás daquilo e que aquela mulher não era má, após se certificar que seu oponente estava derrotado ela foi procurar seus companheiros.

 

 

Continua.


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Notas finais do capítulo

o cap seguinte está quase pronto, aguardem só mais um pouquinho, devo estar postando na segunda!
até breve!