Lágrimas Peroladas escrita por SBFernanda


Capítulo 17
Capítulo Dezesseis: Explicação


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo está saindo antes do esperado, não é mesmo? Pois é, eu PRECISAVA postar esse capítulo logo. Ele é mais que especial, é dedicado a Fluffy Mary e a Lady of the Moon Artemis por terem recomendado a fanfic. Nossa, meninas, muito obrigada mesmo! Estou aqui que não me aguento de felicidade. Me sinto realmente honrada por esse carinho com LP e comigo. Obrigada.

Agradeço também a todos os comentários (que já vou responder) de Lolinha138, MFR, Lamia, Ro_Matheus, Fluffy Mary, UzumakiHyuga17 e RebecaHyuuga.

Bem vindos a todos que estão acompanhando a fanfic por agora, espero que estejam gostando também.

Nos vemos nas notas finais.
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/575604/chapter/17

Capítulo Dezesseis: Explicação

Aquele era, sem dúvidas, o melhor dia em muito tempo para Naruto. Tudo se devia a quem estava em seus braços naquele momento, dormindo tranquilamente com o cabelo espalhado pelo seu peito e a coberta tampando-lhe o corpo que já podia tocar sem receio.

O dia já estava quase chegando ao fim, afinal eles tinham ido dormir depois que já tinha amanhecido. Fora um momento crítico, Naruto se lembrava, as lembranças e a percepção de que estava ali graças ao sacrifício de sua mãe, fizeram com que Hinata soltasse aquele sentimento em forma de lágrimas.

Naruto não tinha conseguido ter uma reação imediata, apenas a abraçando. Naquele momento pensava em como poderia ser aquilo? Como nunca havia percebido? Agora, ainda não conseguia entender bem como Shakko conseguiu vigiá-lo e também fazer Hinata prometer que não contaria nada a ele.

Não se sentia magoado com ela pelo segredo. Por mais que tivesse preferido saber a verdade desde o inicio ele entendia que ela estava guardando um segredo que não era apenas dela. Mais do que isso, ela não deveria saber como dizer depois. Ele não soubera. A verdade era que por mais que tivesse motivos para se chatear ele não conseguia. Demorara tanto para tê-la de volta que não conseguia pensar em mais nada a não ser não perder mais do precioso tempo.

Hinata demorara para conseguir parar de chorar. Era o seu momento de luto pela mãe. Ele não pudera fazer nada sobre isso. Era ainda mais grato a Shakko pelo presente que lhe dera. Pensando sobre isso ele soube que mais do que dar a vida para a filha, mais do que a livrar de uma morte precoce, ela confiara nele. Porque sabia que ele a amava, que a esperaria. Que não sucumbiria a mancha.

E ele quase fizera isso através da dor.

Fechou os olhos, passando as mãos pelo cabelo de Hinata e deixou sua mente vagar pela conversa que tiveram naquela manhã. Uma manhã longa e reveladora.

Desculpe… - ela sussurrou, enxugando o rosto com as costas das mãos. Seu rosto estava vermelho pelo choro e sua voz fraca.

– Não tem que me pedir desculpa. Muito menos por isso. Era sua mãe.. - ela deu um pequeno sorriso e ele acompanhou. - Quem diria que… Shakko…

– Você descobriu que ela se apaixonou por um humano. Isso é normal…

– Bem… - ele coçou a nuca, sorrindo meio sem graça.

– Não achou que isso fosse possível, não é? - ela sorria também, compreendendo.

– É… - murmurou. - Digo, eu não sabia se poderia ser. Afinal mesmo eu estando em forma humana, ainda sou um Kitsune. Como sua mãe era. E se ela quisesse voltar a forma original dela quando estava grávida? E se você não nascesse humana?

– Naruto… Naruto… - Hinata pegou as mãos dele e agora seu sorriso era tranquilo, apesar de seus olhos ainda estarem carregados de pesar. - Eu não sou uma Kitsune. Minha mãe era, sim, mas meu pai era um humano. Não haveria como eu nascer em outra forma se não essa. Além do mais… ela não podia mudar de formas. Descobriu a gravidez assim. Algo a impedia de se transformar.

– Isso é muito estranho.

– Mesmo? - ela ergueu uma sobrancelha. - Acredito que depois de ter lido sobre o treinamento da mamãe você tenha tentado né? - a compreensão bateu nela no mesmo instante. - E foi assim que se machucou! - ele confirmou. Riu baixo e então acenou com a cabeça. - Então. Tudo dela era relacionado à natureza. A natureza a impediu de se transformar porque eu já estava ali. É estranho, sim, mas não viola as leis críveis.

– Na verdade, um pouquinho.

– Mais do que raposas gigantes que falam? Que se transformam em humanos? E garotas que morrem e depois voltam a vida?

– Ok, super crível. - ele acrescentou e os dois riram baixo. Mas logo Hinata abaixou a cabeça. Naruto apoiou as mãos no queixo dela, a fazendo encará-lo. - Eu sinto muito por sua mãe. Queria tê-la conhecido. Mas agora, gostaria de agradecê-la por tudo o que me deu.

Hinata nada disse. Seu olhar, por outro lado, passou tudo o que queria dizer. Que também sentia muito, que era grata por estar ali, que ela o amava. Foi assim que ele a beijou. Do beijo calmo veio o intenso. Ele sentia falta dela, e agora ela estava ali. Era a sua Hinata, a que se lembrava dele, que tinha sido corajosa e que agora se lembrava de todos os casos.

Antes que pudesse se afogar naquelas doces lembranças, Naruto ouviu uma pequena confusão se iniciando ao longe, mas ainda em sua casa. Kaoru tentava conter duas pessoas que não poderiam ser contidas por ela. Com cuidado se levantou, deixando Hinata ainda deitada, muito longe para acordar com aquilo e vestiu-se, saindo do quarto em seguida.

Assim que apareceu, provavelmente ainda despenteado, apenas com a calça de moleton que pegara no chão do quarto e com um sorriso, os amigos ficaram confusos.

– Kaoru não queria nos deixar entrar! - Sakura reclamou.

– Foi uma ordem minha. - disse. Logo dispensou a empregada que saiu apressada. - Os ouvi lá do quarto. - falou, se jogando em sua poltrona.

– Você nos manda uma mensagem daquela e não quer que apareçamos aqui? Ficamos tentando ligar pra você o dia todo… - começou Sakura.

– Não viemos antes porque pensamos que poderia estar com Hinata, tentando esclarecer algo ainda… - disse Sasuke, muito mais tranquilo do que a esposa.

– Mas já está quase anoitecendo novamente e nada… Ficamos preocupados… - disse Sakura.

– Naruto? - a voz baixa de Hinata surpreendeu os três. Ela estava parada no portal que dava acesso do corredor a sala de estar, onde estavam. Estava usando um robe preto, este de Naruto e corou assim que os olhares caíram sobre ela.

– Ah! - os amigos soltaram, surpresos, a vendo ali.

– E foi por isso que não atendi telefone e nem dei notícias até agora. - falou, estendendo o braço para Hinata. Esta, ainda completamente vermelha, foi até ele e sentou-se no braço da poltrona. Naruto passou os braços ao redor de sua cintura e a fez sentar-se em seu colo. Se possível, a Hyuuga corou ainda mais.

– Mas… disse que… - Sasuke começou. Sakura lhe deu uma cotovelada.

– Eu contei. - ele disse, adivinhando o que o amigo dizia.

– Oh! - Hinata levou as mãos a boca, escondendo-na. - Foram eles que eu vi! - ao que Naruto confirmou, acenando. - Me desculpem! Mesmo… aquela situação foi… - ela corou, novamente repetindo a desculpa.

– Tudo bem… - Sasuke parecia ainda um pouco perdido.

– Então… será que dá pra nos contarem o que aconteceu, porque parece que vocês já estão bem…

– Contei a Hinata por sonho. - percebeu que os amigos não acharam esta a melhor forma de contar, já que ambos fizeram caretas. - E depois disso ela acabou se lembrando de tudo.

– Tudo? - Sakura perguntou.

– Sim, Sakura-chan. - a Hyuuga respondeu baixo, com um pequeno sorriso nos lábios. - Uma pena eu não ter lhe conhecido antes, mas minhas memórias sobre você ainda são as mesmas.

Um longo silêncio reinou ali. Hinata olhou para Naruto confusa e ele apenas deu um aceno. Eles conseguiam se comunicar por olhares, e ela entendera que precisavam dar um tempo para que os dois se acostumassem.

– Então… - começou Sasuke. - Objetivo alcançado? Passamos tanto tempo lhe procurando, Hinata… É meio estranho você lembrar de tudo assim, do nada.

– Eu sei. - ela respondeu. - Mas acho que o estranho faz parte de nossas vidas.

– Ok, eu sei que isso vai ser indelicado.. - começou Sakura.

– Sabemos que você não é delicada, Sakura. - disse Naruto, recebendo um olhar fuzilante de volta.

– … Mas preciso saber. Como foi possível você voltar? Você é apenas uma humana… Não faz…

– Ela não é apenas humana. - disse Naruto, cortando a rosada e recebendo um olhar confuso e indagador dos dois amigos. - Ela é híbrida. - mais silêncio. Olhou para Hinata, incentivando-a a dizer.

– Minha mãe… Minha mãe era uma Kitsune. - falou baixo. Sua mão pegou a de Naruto, apertando-a antes de continuar. - Minha mãe era Shakko.

– OH! - soltou Sakura, levando as mãos à boca. Sasuke não emitiu qualquer som, mas dava para ver sua surpresa também.

Logo Hinata explicou o mesmo que tinha explicado a Naruto naquela manhã, o que Sakura compreendeu com perfeição, mas Sasuke parecia achar tão estranho quanto Naruto. Era repetiu a mesma coisa que dissera pra ele e todos riram.

– E como vai ser agora? - Sakura perguntou.

– Como assim? - era Naruto. Ele estava abraçando Hinata, que ainda estava sentada em seu colo, pela cintura.

– Vocês vão ficar juntos. Ta. Mas e a sua “família”, Hinata. - fez as aspas com as mãos.

– Eles são mesmo minha família, Sakura. - explicou, sorrindo. - Apesar de que, aquele senhor está mais pra um sobrinho distante do que para um tio. - todos riram, compreendendo. - Mas terei de conversar com Neji… tenho quase certeza que quanto a memória dos nossos parentes ele tem a ver.

Agora nem mesmo Naruto entendeu.

– Neji também é um híbrido. Ele é mais velho do que eu. Foi alguma Kitsune que se envolveu com o irmão do meu pai e depois que teve Neji o entregou para meu tio. Ela não era muito familiar como minha mãe.

Durante muito tempo havia um silêncio desconfortável ali. Hinata estava começando a ficar sem graça quando Sasuke soltou:

– O que há nessa sua família?

Ela riu, assim como os outros.

– Uma Kitsune que se apaixonou. - respondeu a ele. - E com isso ela fez surgir um laço dos Hyuugas com as Kitsunes. Viramos imãs para mais de sua espécie. É como com os humanos… se eu viro parte da família de alguém, trarei minha família junto.

– E isso porque… - Naruto começou, a puxando para mais junto de si. Ela sorriu. Encarando aqueles olhos azuis, acabou se esquecendo, por um instante, que haviam outros ali. Encostou sua testa na dele, fechando os olhos e suspirou.

– Uma Kitsune se apaixona… - ela disse bem baixo, já sorrindo.

– Apenas uma vez. - os dois falaram juntos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi bem mais tranquilo. Mas nunca se esqueçam que, às vezes, antes da tempestade chegar um lindo dia de sol é que a precede. E como bem sabemos, ainda temos assuntos não resolvidos.

Eu queria muito ter visto a expressão de cada um de vocês quando souberam que Shakko era mãe de Hinata. Juro que eu tomei muito cuidado para não dar bandeira demais, e acho que consegui despistar alguns de vocês (mesmo que não todos), né? kk

Uma dica é. Nunca menosprezem nenhum dos personagens. Todos eles aparecem por um motivo. Assim como os sonhos e as lembranças não estiveram ali apenas pra mostrar o passado fofo dos dois. Será que dei o que pensar?

Digam-me o que acham... ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lágrimas Peroladas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.