Lágrimas Peroladas escrita por SBFernanda


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos a minha nova fanfic. Estou muito animada com ela, espero que também fiquem!



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Prólogo

 

Seus olhos se abriram e a visão que teve não podia ser melhor. A jovem estava deitada em seu peito, dormindo tranquilamente, com as bochechas levemente avermelhadas, coisa que ele sabia que se intensificaria assim que ela acordasse e percebesse como estava. Ele não se importava, gostava disso nela.

Ela mudara não apenas a sua vida, como a sua natureza, e isso era algo que ninguém poderia discordar, levando em conta que horas atrás avisara a seu mestre que não poderia mais continuar com ele e com aqueles ensinamentos, que aquilo iria deixá-lo forte, mas destruiria o que ele tinha conseguido de melhor. Aparentemente, mesmo contrariado, seu mestre aceitou e lhe desejou boa sorte.

Aquela jovem tinha mudado tudo, apenas o aceitando como ele era. Ela o amava em suas duas formas e era uma das poucas que tinha conhecido ambas. Claro que ele preferia ficar com ela naquela forma ali, onde podiam estar como estavam agora.

Ela suspirou e ele notou que tinha acordado. Sorriu, apenas esperando que ela o olhasse e, quando isso aconteceu, primeiro veio um sorriso, para, em seguida, uma expressão assustada e logo, o que ele tanto esperara, o rosto vermelho.

— Acho que já vi tudo ontem à noite, Hinata, não há do que se envergonhar. — Ela corou ainda mais por isso e ele riu, adorando. Passou os braços ao redor dela, mantendo o lençol cobrindo seu corpo e girou na cama, ficando por cima desta vez. — Sabia que fica extremamente linda desta forma? Praticamente irresistível — ele sussurrou, colando os lábios no pescoço dela e lhe beijando ali. Logo, a jovem deu um suspiro e quando ele a olhou, seus olhos estavam fechado.

— Eu preciso ir… — ela murmurou, mas suas mãos estavam nas costas dele, o acariciando.

— Uhum… Logo você vai… — ele murmurou de volta e quando seus lábios colaram nos dela, a jovem Hinata soube que não iria tão cedo, porque acabariam da mesma forma que na noite anterior.

Ela realmente se atrasou muito. Tomou uma ducha mais do que rápida e se vestiu. Deixara o rapaz em sua casa, com a promessa que tentaria ser o mais rápida o possível, apenas precisava se apresentar a seus pais naquela tarde. Sim, já era tarde!

Ele se oferecera para levá-la, mas como Hinata ainda não tinha dado detalhes dele para sua mãe, achou melhor que, por enquanto, ambos não se vissem, principalmente levando em conta que ele acabara de deixar de lado o seu mestre. Por isso, ela praticamente corria pelas ruas, e ainda assim mantinha um grande sorriso no rosto. Eles se viam fazia muito tempo e em nenhum outro caso ela se abriria para alguém desta forma, muito menos dormiria com alguém. As pessoas falariam durante toda uma eternidade por isso.

Faltando apenas duas quadras para a casa de seus pais foi que ela viu. Uma grande raposa negra. Seus olhos eram rubros, tão profundos que pareciam ler sua alma. E a jovem não duvidava daquilo.

— Ora, ora… O brinquedinho ficou sozinho? — Sua voz, assim como seu olhar e ações, era da mais pura maldade. Um tremor percorreu o corpo de Hinata e ela recuou alguns passos. — Não achei que fosse ser tão fácil assim, Hinata. — O nome fora dito com nojo. Havia ódio em cada letra proferida.

— O-o que quer, Tenko? — gaguejou. Ela sabia que deveria temê-lo. Uma velha raposa, com todas as suas nove caudas e seus mais de mil anos. Ele não estava ali só para lhe assustar.

— Apenas brincar com você também. Deve ser muito interessante para ter conseguido afastar até o meu aprendiz…

— Eu não… — Mudou de ideia do que dizia antes de terminar. — Ele apenas notou o quão errado aquilo ela.

— Errado? Bem, é por isso mesmo que ele não poderá te salvar, menina tola. — Foi nesse momento que ela soube que não chegaria à casa dos pais e nem veria aqueles olhos azuis novamente. — Eu planejava brincar, mas ele deve estar para chegar a qualquer instante e não quero ter que matá-lo também — dizendo isso, apenas houve tempo de Hinata ver uma das caudas daquela raposa demoniaca lhe perfurar a barriga. A dor que sentiu lhe indicou que deveria ter atingido algum órgão importante, mas ela não conhecia nada daquilo.

Teve tempo de ouvir um grito. Seus pais vinham correndo. A cauda saiu e a raposa sumiu, no instante seguinte sentiu o loiro lhe segurar. Ao olhar em seus olhos, ela sorriu. O vira mais uma vez.

— Não, não… não vai, não vai. Fica comigo, por favor. — Ele chorava. Ela não queria que ele chorasse, mas não conseguia dizer isso, não tinha forças. Seus olhos pesavam e sua visão ficava embaçada e escura. — Pra sempre, você lembra? Hinata!

Não importava o quanto ele gritasse, ela tinha ido, com um lindo sorriso no rosto e o sangue lhe sujando toda a roupa devido ao ferimento.

— Eu vou matá-lo! — ele gritou para os céus. — Não importa quanto tempo leve, Tenko. Aprenderei tudo para lhe matar.

— Kyuubi… — era o pai de sua amada lhe chamando. — Você sabe, ela não é uma simples menina. Acalme-se. — O rapaz estava inconsolável, nada do que dissessem o faria parar. — Ela vai voltar. O mesmo corpo, a mesma menina.

— Isso é impossível.


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