I Need You escrita por Péricles


Capítulo 8
A Fuga do Ranhoso


Notas iniciais do capítulo

Por Favor, não me Matem.
Eu sei que demorei de novo para postar - um mês, eu acho - Mas, novamente, me faltou inspiração, entendem? E pra piorar, veio as aulas e esse ano eu vou estar abarrotado de lições então vai ser meio osso pra eu escrever, contudo, irei tentar.
Sobre o capítulo? Bem, espero compensar a demora com esse. Nesse capítulo Harry e Gina começam a aceitar seus sentimentos um pelo o outro, ou seja, em poucos capítulos teremos primeiro beijo Hinny.
Por isso, fiquem ai com o novo cap.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/574990/chapter/8

Durante toda a noite, uma voz martelava a cabeça de Gina "Ok, você nunca foi capaz de ensinar a matéria para suas amigas em Hogwarts, mas com certeza consegue ensinar Quadribol a um garoto de 5 anos que é filho do homem pelo qual você nutri uma paixão secreta desde seu primeiro ano na escola. Vai com tudo, amiga."

E o pior, é que ela estava certa. Onde Gina foi se meter? Por que aceitou fazer uma coisa dessas? A sensação que ela sentiu durante o casamento, de finalmente ter encontrado um propósito e uma razão na sua vida, desapareceu e foi imediatamente substituída por outra bem conhecida por ela: pânico.

Milhares de ideias absurdas passavam pela sua cabeça no momento. E se James se machucasse? E se quando ele estivesse voando, por algum motivo caísse da vassoura? E se começar a chover e ele for atingido por um raio? E se de repente, as galinhas abrirem um buraco na madeira das paredes do galinheiro e o atacarem como um enxame de abelhas? Era cada ideia mais maluca que a outra, mas todas elas eram uma possibilidade no mundo mágico. Se James se machucasse, ou alguma coisa pior acontecesse com ele, seria culpa de Gina. Será que ela aguentaria o olhar de acusação de Harry?

E tinha, é claro, a ideia mais absurda e mais aterrorizante: E se Harry viesse assistir a aula?

Ela até poderia lidar com James sozinha, afinal de contas, adorava crianças. Se Harry viesse assistir a aula, porém, seria outra história. Gina até já imaginava a sensação daqueles penetrantes olhos verdes a observando, perfurando-a, tentando invadir sua mente e ler seus pensamentos. E bastava imaginar isso, que a sensação de pânico invadia novamente seu corpo. Ela estava ferrada.

Outra coisa também cutucava a mente de Gina: Como ensinar Quadribol a um garoto de 5 anos? Ela já havia revisado todos os seus livros sobre Quadribol, contudo, nenhum tinha alguma informação útil sobre o assunto.

"Próxima passo dizia a voz na cabeça de Gina Lançar um livro de "Como Ensinar Quadribol ao filho do homem pelo qual você é apaixonada." Irá vender horrores, ou talvez você seja a única doida em todo o mundo bruxo a passar por essa situação."

"Cale a Boca" respondeu Gina para ela.

Ela ainda não sabia seus sentimentos por Harry. Não poderia negar que se sentia atraída por aqueles olhos verdes e cabelos rebeldes, mas será que ela estava mesmo apaixonada? Ninguém tem uma queda por alguém no primeiro ano na escola e continua tendo na vida adulta. Decidiu então, chamar isso que ela estava vivendo de furacão. Uma coisa forte e poderosa, que chegava a ser destruidora.

Ela se revirou na cama por toda a noite, tentando desesperadamente silenciar seus pensamentos e ter uma boa noite de sono, mas é claro que não conseguiu isso. Logo, pelo vão da cortina da janela de seu quarto, ela conseguiu ver os primeiros raios de sol surgindo no horizonte, pintando o lugar de laranja e resolveu desistir. Se levantou, tomou um banho, colocou uma roupa comum e desceu para tomar café da manhã. Não se surpreendeu ao ver sua mãe já de pé na cozinha preparando o café. Às vezes, Gina achava que sua mãe dormia e acordava lá, de tanto tempo que ela passava no local. A imagem da sra. Weasley dormindo sobre a mesa de jantar, agarrada a um livro de receitas como se fosse um ursinho de pelúcia, alegrou um pouco a manhã de Gina.

— Bom dia - cumprimentou ela.

— Oh - pulou de susto a sra. Weasley. Ela estava no balcão, escrevendo alguma coisa com um pedaço de pena, mas os dois desapareceram assim que Molly se virou - Gina, Bom Dia. Que susto você me deu.

— Por que? O que a senhora estava escrevendo? Alguma carta para um admirador? - perguntou Gina se servindo de uma xícara de café.

As bochechas da Sra. Weasley enrubesceram.

— Não... claro que não, eu apenas... Quer saber? Nada. Eu não estava fazendo nada - bradou ela, determinada.

Gina achou a cena engraçada.

— Tudo bem então - riu ela.

A Sra. Weasley resmungou alguma coisa sobre como não se tem mais privacidade naquela casa e serviu uma travessa cheia de pãezinhos fresquinhos.

— E então, nervosa por conta das aulas? - perguntou Molly se servindo de uma xícara de chá.

— Eu? Não - mentiu Gina - Não deve ser um grande desafio ensinar Quadribol a um garoto. Acho que consigo lidar com essa.

Claro que era mentira. Contudo, ela achou melhor não admitir seus maiores temores em voz alta, porque se sua mãe fosse esperta - o que ela é - conseguiria pegar as pontas soltas da confissão de Gina e descobrir que ela tem uma queda por Harry.

— Você mente tão mal quanto o Rony - comentou a Sra. Weasley despreocupadamente, passando manteiga em um pedaço de pão.

Foi a vez de Gina enrubescer.

— Eu não estou mentindo - protestou ela.

A Sra. Weasley soltou um risinho.

— É claro que está. Suas orelhas estão vermelhas.

Gina imediatamente levou a mão as orelhas, o que a denunciou completamente.

— É o meu... cabelo - respondeu ela, teimosa - e o nascer do sol, entende. Cria uma coisa que os trouxas chamam de ilusão de ótica, e...

— Gina - censurou-a Molly com uma voz mais severa, encarando-a com aqueles olhos que ora eram bondosos e carinhosos, ora determinados e destemidos.

— Ei - protestou Gina de novo - Você tem os seus segredos, eu tenho os meus.

O olhar "durão" lentamente foi sumindo do rosto da Sra. Weasley, enquanto ela erguia as mãos em sinal de rendição. Gina sorriu, satisfeita, e se serviu de um pedaço de torrada. As duas ouviram passos da escada e de repente, um Ronald Weasley bocejando e com os olhos pesados de sono apareceu.

— Eu odeio a minha vida - anunciou ele assim que pisou na cozinha.

— Bem vindo ao clube - respondeu Gina, mordendo um pedaço de torrada.

— O que você está fazendo acordado a essa hora, Ronald? - perguntou a Sra. Weasley - Hoje é sábado, não precisa abrir a loja.

— Era o que eu achava - bradou ele, se sentando pesadamente a mesa fazendo a xícara de café das duas tremularem - Mas Fred me pegou pelo colarinho ontem no casamento e disse que a partir de hoje, iremos abrir aos sábados porque o movimento é maior no Beco Diagonal aos finais de semana.

— Eu não entendo, então por que ele não abre a loja? - perguntou Gina tomando um grande gole de café.

— Porque sou sempre eu quem a abre. Ele só aparece depois do meio dia, aquele descarado de uma figa - esbravejou Rony colocando três torradas em seu prato.

— É o que acontece com quem não estuda - aproveitou a Sra. Weasley para dar uma lição de moral em Rony.

— O que você está falando mãe, o Fred também não estudou. - falou Gina.

— Mas ele foi esperto. Agora, quem não estuda e não é esperto, tem que acordar cedo aos sábados para abrir a loja do irmão.

— Às vezes você é tão delicada, mãe - comentou Rony mordendo uma de suas torradas.

Enquanto isso, em Godric's Hollow, o despertador de Harry Potter se tornava completamente inútil

— Pai, acorda, pai - gritou James invadindo o quarto do pai e pulando em cima dele.

— Hmscref - resmungou Harry.

— Acorda, Pai. É hoje, é hoje. É hoje que a moça ruiva vai me ensinar Quadribol - James pulava no colchão de Harry, fazendo com que a cama inteira tremesse.

— Que gritaria é essa? - perguntou Lilian, entrando no quarto.

— Vó - James correu em sua direção e começou a rodeá-la, puxando seu vestido - Diga para ele vovó, diga para ele que é hoje que a moça ruiva vai me ensinar Quadribol.

— James, seu pai precisa dormir. Logo, logo ele vai precisar de energia para patrulhar o Beco Diagonal. - censurou-o, Lilian.

— Bom, então eu digo - falou Tiago, também adentrando o quarto. Logo, o quarto de Harry virou o cômodo principal da casa. Tiago se jogou em cima de Harry, fazendo-o perder o ar.

— Isso vovô - James se juntou a ele, e os dois começaram a pular em cima de Harry. - Acorde, papai.

— Acorde Harry - gritava Tiago, acompanhando James - Gina irá vir buscar James para ensina-lo Quadribol daqui a pouco.

A menção do nome "Gina" foi como um despertador para Harry. Ele abriu os olhos e logo, todos os seus músculos despertaram completamente enquanto eram amassados pelos pulos de James e Tiago.

— Está bem, eu já acordei - murmurou ele.

— Mandamos bem, vovô - falou James, batendo na mão estendida do avô.

— Agora que tal nós dois irmos tomar o café que sua avó preparou? - sugeriu Tiago para James - Você precisa de energia para praticar Quadribol.

— Sim, sim - respondeu James.

Tiago pegou o neto pela cintura e o pendurou no ombro, enquanto descia as escadas correndo com James gargalhando ás suas costas.

— Não sei quem é mais criança - comentou Lilian com um sorriso no rosto.

— É preciso ter energia com o James - falou Harry, se espreguiçando.

— Realmente. E você, vai vir tomar café? - perguntou Lilian.

— Sim, já vou.

— Então vamos logo.

— Ahn, mãe... me deixe vestir uma calça primeiro - pediu Harry, constrangido.

O rosto de Lilian ficou vermelho.

— Ahn... Ta... Okay.

Ela saiu do quarto e fechou a porta. Harry se levantou e começou a procurar pelas suas calças. Então, se lembrou que hoje realmente Gina ensinaria Quadribol para James e alguma coisa dentro dele se acendeu. Por algum motivo, Harry achava extremamente importante que os dois se dessem bem.

"Talvez porque você deseja se casar com ela" comentou uma voz na cabeça de Harry.

Será que ela estava certa? Nos tempos de escola. Harry se lembrava vagamente de seus amigos do time de Quadribol o zoando, dizendo que uma garota ruiva do primeiro ano era apaixonada por ele. Harry a viu, uma garota baixinha, com o rosto manchado e uma juba de cabelos ruivos e em algum momento, ele próprio começou a rir disso também, mas nunca deu muita atenção ao fato. Naquela época, ele estava com Cho e sua vida estava maravilhosa. Se ele soubesse que aquela garota de rosto manchado se tornaria a mulher maravilhosa que dançou com ele na noite passada, ele daria toda a atenção do mundo a essa garotinha. No momento em que a viu no Beco Diagonal, seu coração se acelerou e ele começou a sentir algo especial por ela, mesmo após ela ter gritado e incitado uma multidão contra ele.

Harry tinha a esperança de que, com Gina dando aulas para James, ele a visse frequentemente e algo surgisse entre eles. É claro, que ele nunca admitiria isso em voz alta. Por outro lado, isso o assustava. O único amor que ele teve, foi Cho, que o abandonou com um filho. Ele sabia que Gina não seria capaz de fazer isso com ele, mas quando ele começou a namorar com Cho também achava isso dela.

Finalmente achou suas calças. Ele tomou um banho, se vestiu e desceu para tomar café. No caminho, olhou por uma das janelas e viu o sol nascendo, pintando as demais casas de laranja, enquanto derretia a neve lentamente. Hoje o dia seria perfeito. Harry adentrou a cozinha e flagrou todo mundo sentado na mesa, comendo. James a todo momento dizia que "a moça ruiva iria lhe ensinar Quadribol" para o caso de alguém ainda não ter entendido, enquanto Lilian apenas revirava os olhos sorrindo e Tiago dava dicas ao neto.

— A que horas a "moça ruiva" vem buscar o James, mãe? - perguntou Harry se sentando à mesa.

— Daqui a pouco - respondeu Lilian conferindo o relógio - Mais ou menos daqui a meia hora. Vai ser duro aguentar James falando sobre ela durante meia hora.

Harry soltou uma risada. Ele sairia para o trabalho daqui a quarenta minutos, então daria tempo de ele ver Gina. Uma coruja invadiu a cozinha carregando um jornal nas garras, que o derrubou sobre o colo de Tiago e saiu pelo mesmo lugar que entrou. Tiago abriu o jornal e seus olhos imediatamente se tornaram tempestuosos.

— James, você já terminou o seu café? - ele perguntou.

— Sim, vovô. - respondeu James.

— Então por que você não vai lá em cima pegar um de seus livros sobre Quadribol para mostrar a Gina quando ela chegar?

James prontamente saiu correndo escada acima.

— O que aconteceu? - perguntou Lilian em tom preocupado.

— Houve uma fuga em massa de Azkaban - anunciou ele.

— O que? - perguntou Harry.

Tiago começou a ler o que dizia. Segundo o jornal, na noite anterior, três pessoas fugiram de Azkaban. Ainda não se sabia como eles conseguiram, nem quem eram os fugitivos, porém todos estavam alarmados. Nunca ninguém havia conseguido fugir da prisão bruxa.

Tiago e Harry começaram a especular sobre os fugitivos, enquanto Lilian ficava extremamente quieta. De repente, a campainha soou, anunciando a chegada de Gina.

— Eu atendo - falou Lilian, se levantando e saindo pelo corredor em direção à porta.

Harry ficou nervoso, mesmo não querendo. O assunto sobre a Fuga de Azkaban saiu completamente da sua cabeça. Ele veria Gina. Ele veria Gina. Ele pôde ouvir o barulho da porta sendo aberta, e então a voz calorosa de Gina cumprimentando Lilian. Uau, como sua voz era linda, mesmo à distância. Lilian a convidou para entrar e Gina entrou. Harry ficou observando o corredor, esperando a sua chegada. Ele podia ouvir seus passos e de repente, ela apareceu.

O coração de Harry deu uma cambalhota de alegria. Os cabelos ruivos de Gina estavam soltos e as pontas batiam em sua cintura. Ela vestia uma calça preta com um casaco verde e luvas. Estava linda. Os olhos dela imediatamente se encontraram com os dele e ambos se encararam por alguns segundos e depois desviaram os olhos, constrangidos.

— Aí está ela - falou Tiago.

— Olá Sr. Potter - cumprimentou ela, tímida.

— Como vai, querida? Pronta para enfrentar o furacão? - perguntou ele.

O rosto de Gina enrubesceu, embora Harry não soubesse o motivo.

— S-sim, eu acho... Sempre quis ensinar alguma criança a jogar Quadribol, mas a verdade é que eu não sei por onde começar - confessou ela.

— Tente pela maneira convencional, sabe? Apresentando o jogo a ele e depois o ensinando lentamente - sugeriu Harry, e no momento em que falou isso, conseguiu captar um brilho nos olhos de Gina.

— Ou então, você deveria partir para o treinamento - falou Tiago - Porque James já sabe tudo sobre o esporte.

Gina riu e o coração de Harry já estava praticando manobras de skate à essa altura.

— James, a moça ruiva está aqui - gritou Lilian.

— Moça ruiva? - perguntou Gina.

— É como ele te chama - explicou Tiago - Ele ficou a manhã inteira falando sobre a "moça ruiva que iria lhe ensinar Quadribol".

Gina assentiu, sorrindo, enquanto passos apressados desciam as escadas. O sorriso de Gina foi capaz de paralisar Harry completamente. Ele se sentia hipnotizado por ela, segurando o impulso de rodeá-la como uma mariposa rodeia uma lâmpada. James adentrou a cozinha correndo e soltou um enorme sorriso ao ver Gina.

— Moça ruiva - gritou ele.

— Olá James - cumprimentou ela, bagunçando os cabelos do garoto - Animado para aprender Quadribol?

— Muito, muito - respondeu ele.

— Eu também estou muito animada para lhe ensinar - declarou ela.

— Ah, adoraria ver o pequeno James aprendendo Quadribol, porém eu preciso trabalhar - anunciou Tiago se levantando - Você também não vai, Harry?

Harry saiu de seu estupor, piscando e olhando para os lados. Só se deu conta agora de que estava encarando Gina.

— Sim... ahn... Sim, eu... Tenho que pegar... minha varinha. - falou ele, se levantando e indo correndo pegar sua varinha.

Tiago se despediu de James e desejou "Boa Sorte" á Gina, enquanto Harry descia as escadas com a varinha na mão, colocando seu casaco.

— James - chamou ele. O garoto veio correndo e parou em frente ao pai - Se comporte, ok? Se eu receber alguma reclamação de Gina de que você se comportou mal, cancelaremos suas aulas está bem?

— Prometo me comportar - falou James.

— Tudo bem, agora eu preciso ir trabalhar. - Como Harry sempre fazia antes de sair para trabalhar, ele abriu os braços enquanto James pulava em seu pescoço e Harry os fechava ao redor dele e beijava sua cabeça - Se cuida.

James o soltou enquanto Harry se levantava. Ele olhou para Gina, que observava a cena com um olhar perdido.

— E Gina... Boa Sorte com o Pequeno Furacão - bradou ele.

Mais uma vez, Gina corou.

— Hm.. Sim, obrigada.

Tiago e Harry saíram para a rua, e dando mais uma olhada em Gina, Harry fechou a porta e começou a caminhar com seu pai em direção à pequena igreja. Só reparou que estava sorrindo quando seu pai o perguntou.

— Gina é o motivo desse sorriso?

Harry corou.

— O que? Ahn, eu...

— Tudo bem, filho - falou Tiago rindo - Eu te entendo. A garota é demais. Além de ser linda e jogar Quadribol como ninguém, ainda está ensinando James a jogar. Acho que EU estou me apaixonando por ela.

— É que eu... não sei pai, tenho medo. - confessou Harry.

— Medo de que, afinal? - perguntou Tiago.

— Só amei uma pessoa na minha vida, e ela me abandonou com um filho. Não quero que isso se repita de novo.

Tiago assentiu com a cabeça. Era doloroso para ele ouvir o filho dizer isso.

— Harry, na vida as vezes temos que arriscar. Temos momentos bons e momentos ruins, e quando Cho abandonou James na nossa porta e fugiu, tenho certeza de que foi um momento muito, muito ruim. Mas lembre-se dos momentos bons que viveu com seu filho depois disso. O que eu estou dizendo é que, tudo se equilibra, os momentos bons e os maus.

Harry assentiu. Ele teve muitos momentos bons com Cho, não podia negar, além de James ser a melhor coisa que já aconteceu em sua vida. E alguma coisa em Gina, alguma coisa a rodeava, dizendo que se Harry tivesse algo com ela, seria verdadeiro e duradouro, se não para sempre.

Eles atravessaram o pequeno cemitério até os fundos da igreja. Lá, deram as mãos e aparataram, surgindo bem na entrada do Ministério, o Átrio. Diversos bruxos andavam de um lado para o outro, conversando, resmungando e lendo a nova edição do Profeta Diário. Todos já sabiam sobre a fuga de Azkaban, então havia uma tensão no ar. O teto do Ministério era azul-pavão, com piso de madeira e paredes forradas de painéis de madeira escura engastados de diversas chaminés, utilizados para viagens com o Pó de Flu. As janelas encantadas mostravam o céu nublado e limpo, sem corresponder ao mesmo tempo que o mundo trouxa. No centro do saguão, estava a Fonte dos Irmãos Mágicos. Antigamente, ela era adornada por um grupo de estátuas de ouro de tamanho maior que o natural: Um casal de bruxos, um duende, um centauro e um elfo doméstico olhando com adoração para os dois bruxos. Porém, desde que Kinsgley Shacklebolt assumiu o ministério, a fonte agora tinha o duende, o centauro e o elfo doméstico fazendo suas tarefas ao invés de olharem admirados para os bruxos, apontando a igualdade entre raças. Nos fundos do saguão, atrás da fonte, os elevadores de grades douradas estavam abarrotados de bruxos descendo para seus setores. Harry se despediu de seu pai e desceu até o Nível Dois, onde fica o Quartel General dos Aurores.

Assim que as grades se abriram, a tensão tomou conta de Harry. O lugar estava uma loucura. Aurores corriam de um lado para o outro, assinando papeladas e respondendo cartas. O Quartel era dividido por Cubículos, com fotos de bruxos procurados em cada um deles. Harry adentrou o seu cubículo, assinando um papel que confirmava que ele tinha comparecido ao trabalho essa manhã.

— Bom dia - cumprimentou Susana Bones, vizinha de cubículo de Harry.

— Bom dia Susana, como vai? - perguntou Harry.

— Nada bem.

— Entendo, a Fuga de Azkaban vai sobrecarregar todo mundo.

— Sim, sabe Harry, eu não consigo entender como conseguiram tal feito. Como enganaram os Dementadores, entende? Enfim, Edgar vai chegar daqui a pouco e dizer o nome dos escalados para caçar os fugitivos.

Edgar era o Chefe dos Aurores.

— Alguém já tem alguma ideia de quem são eles? - perguntou Harry.

— Ainda não se sabe o nome de todos, mas conseguiram identificar um. E ele tem até um nome engraçado.

— Me conte, quem sabe eu possa rir um pouco.

— Severo Snape.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaí, compensei?
Não? Ok
Mas é, a fic irá ficar mais eletrizante agora e tals. Enfim
Espero que tenham gostado e tals, deixem sua opinião nos reviews, porque isso em cativa demais a continuar.
Até o próximo cap.
o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Need You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.