I Need You escrita por Péricles


Capítulo 13
O Natal


Notas iniciais do capítulo

Olá galerinha.
Bem, nem irei comentar sobre o meu atraso não é. Tudo o que eu posso dizer é que comecei a escrever uma outra fic. Sei o que vocês estão pensando "que cara louco, vai escrever duas fics ao mesmo tempo?" Bem, é.
Tentarei ao máximo me dedicar as duas e alternarei para postar tanto aqui quanto lá, até porque todos vocês sabem que boa parte das minhas promessas de postar cedo se cumprem não é? sqn.
Bom, sobre esse capítulo: vocês irão adorar. Harry e Gina finalmente se entregam á seus sentimentos e se rendem a paixão. Eu adorei escrever esse capítulo. Uma junção de diversos personagens em um único lugar, além de uma aparição de um personagem que eu tenho certeza que vocês adoram. Eu gostaria de ter escrito mais, porém eu demorei um tempo para ter uma ideia sobre o que escrever e quando tive, eu não parei mais. Quando dei por mim, tinha escrito mais de três mil palavras e estava chegando a quatro mil, então decidi parar por aí.
Espero que gostem, e se quiserem ler minha outra fanfic, ela é relacionada a Percy Jackson, sintam-se a vontade para irem em meu perfil e verem, okay?



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Terminada a decoração natalina da Toca, a Sra. Weasley botou todos para trabalharem na armação da tenda. Juntos, ela e seus filhos conseguiram erguer uma enorme tenda branca no meio de seu quintal, onde aconteceria a festa. Mesas e cadeiras de madeira foram postas dentro da tenda, onde com a ajuda de suas varinhas, Molly e Gina organizavam as travessas de comida, enquanto Rony, Fred, Percy e James terminavam a organização da casa. Á medida que a noite se aproximava, a neve dava uma estarrecida, porém o verde de todo o descampado onde a Toca ficava localizada, se perdeu na imensidão branca. Finalmente, com a casa toda arrumada e pronta para receber seus convidados, os Weasleys – e James – começaram a se preparar para a festa.

— Então, que roupa você quer usar? – perguntou Gina para o pequeno Potter em seu quarto.

— Uma roupa de super-herói trouxa – respondeu ele.

— Adoraria vê-lo vestido com uma dessas qualquer dia desses – respondeu Gina, rindo – Porém, hoje receio que você terá que usar outra roupa – Ela tirou uma calça jeans e uma blusa social branca da pequena trouxa que o garoto trouxera na noite passada – Que tal essa?

Ele deu de ombros.

— E que roupa você vai usar? – perguntou James.

— Está aqui – respondeu Gina indo até seu armário e tirando um vestido verde sem mangas de lá

— Você ficará linda – falou ele.

— Obrigada, James – respondeu ela sorrindo, enquanto colocava o vestido em cima de sua cama.

— Tenho certeza de que meu pai também achará isso. Provavelmente ele vai fazer aquela cara de bobo – continuou ele, inocentemente.

Apesar desse comentário inocente do garoto, o rosto de Gina ficou escarlate. A lembrança do beijo da noite anterior veio à tona e ela sentiu suas emoções aflorando. Definitivamente sentia algo por aquele moreno de penetrantes olhos verdes.

— Bom, quanto a isso eu não sei – falou ela, sincera – Seu pai pode ter olhos para outras mulheres. Algumas do trabalho, talvez.

— Não tem não – respondeu ele – Ele me disse que só tem olhos para duas mulheres: tia Hermione e minha avó.

— Sua tia Hermione? Seu pai sente algo por ela? – perguntou Gina com um pequeno remorso.

— Só afeto entre irmãos, foi o que ele me disse. Nenhum dos dois tem outros irmãos então eles se tratam como se um fosse irmão do outro.

Gina assentiu, aliviada.

— Você é um garotinho muito esperto, sabia disso? – perguntou ela, bagunçando os cabelos dele – Aqui está sua roupa. Vamos nos arrumar.

E assim, Gina e James começaram a se arrumar para a festa. Enquanto isso, no chalé dos Potter em Godric’s Hollow, diante da fina camada de neve, a campainha tocava.

— Eu atendo – falou Harry, tentando dar um nó em sua gravata ao mesmo tempo em que abria a porta. – Hermione – exclamou ele, aliviado – Preciso da sua ajuda.

— Francamente, Harry, quando irá aprender a dar um nó em gravatas? – ela perguntou, entrando e fechando a porta enquanto começava a dar o nó.

— Quando você aprender a cozinhar – rebateu ele.

— Saiba você, que pelo menos estou tentando – falou ela, irritando-se.

— Sei bem como você tenta, pedindo ajuda a trouxas... Como é mesmo o nome daquele negócio? Pisa?

— Pizza – corrigiu ela – E saiba que é muito gostosa. Acho que isso é o máximo de magia que os trouxas conseguem, porém Merlin abençoe essa deliciosa magia. Terminei.

Harry se encarou em um espelho que havia na sala. Ele vestia uma calça social, sapatos lustrados e uma camiseta preta de manga comprida com uma gravata vermelha para lembrar-se dos bons tempos de Grifinória.

— Ficou incrível, obrigado – respondeu ele – Você está linda.

Hermione vestia um delicado vestido de seda azul sem mangas na altura dos joelhos, com bordados delicados nas pontas. Seus sapatos de salto alto pretos estavam limpos e seus cabelos armados estavam justos e volumosamente elegantes. Nas mãos, trazia uma pequena bolsinha preta.

— Obrigada. Minha mãe costurou esse vestido. – falou ela.

— Por que eles não vêm conosco à festa dos Weasleys? – perguntou Harry, se sentando em uma poltrona.

— Meus pais acham que estão muito envolvidos com o mundo bruxo – respondeu ela, também se sentando – Ensinei alguns truques a eles que começaram a deixar os vizinhos desconfiados. Por isso, esse natal, eles decidiram visitar alguns parentes meus na Califórnia que sabem que sou bruxa e não irão estranhar minha ausência.

— Entendo – falou Harry, acenando com a cabeça.

— Hermione, querida – falou Lilian, descendo as escadas. Vestia um longo vestido roxo sem mangas e tinha uma echarpe também roxa enrolada no pescoço. Seus cabelos ruivos estavam presos num coque, e ela trazia uma bolsinha em suas mãos – Você está linda.

— Obrigada, Sra. Potter. Você está fantástica. – admirou-se Hermione, se levantando

— Oh, o que é isso, não é nada. Tenho esse vestido á anos. – respondeu ela, encabulada.

— E ainda assim, continua deixando-a fabulosa, mãe – respondeu Harry, também se levantando.

— Não é o vestido que a deixa sua mãe fabulosa, Harry. Isso é o que ela é – bradou Tiago, descendo as escadas atrás dela. Vestia um elegante terno, com os cabelos arrumados com gel e sapatos pretos.

— Ah, tão conquistador – falou Lilian, dando um selinho em Tiago. – Porém temos que ir. Prometi a Molly que chegaria cedo para ajudá-la com algumas coisas.

Os quatro saíram do chalé se dirigiram, com dificuldade por conta da neve até os fundos da igreja, onde aparataram direto na pequena estradinha em frente à Toca. A’ Toca estava fabulosa. Luzes de natal cobriam a casa que lembrava muito um chiqueiro. Fadinhas coloridas pairavam por todos os lados, algumas gritando frases como “Feliz Natal”, “Boas Festas” ou “Alguém viu meu sapato?”. No quintal, uma enorme tenda branca estava montada. As luzes de natal e as fadinhas coloridas tingiam a tenda com um arco íris de cores, que se mexiam e formavam desenhos.

— Uau, Molly e suas extravagâncias – falou Lilian, admirada.

Eles entraram no quintal e se dirigiram direto à cozinha, flagrando Molly terminando de dar um nó na gravata de James.

— Oh céus – gritou ela, quando se virou e viu os Potters e Hermione parados ali – Vocês me assustaram. Entrem, entrem.

— A decoração ficou incrível, Molly – falou Tiago, tirando seu casaco e o pendurando.

— Obrigada. É incrível o que se consegue fazer quando bota seus filhos para trabalharem. E bem, o James aqui. – falou ela, dando um abraço em Lilian.

— E como o senhor se comportou? – perguntou Harry para o filho, que vestia uma calça jeans, tênis, uma camiseta de manga comprida branca e uma gravata borboleta vermelha, que claramente o incomodava.

— Muito bem. Atirei gnomos – bradou ele, orgulhosamente.

— Como? – perguntou Harry.

— Ah, ele ajudou Fred na desgnomização do jardim – explicou Molly.

— Papai, por que não temos um jardim e gnomos para jogar longe? – perguntou ele, fazendo todos rirem.

— Sentem-se, sentem-se. Muito obrigada por virem – falou Molly.

— Sra. Weasley, muito obrigada por me convidar – falou Hermione – Eu trouxe um presentinho para a senhora.

A garota abriu a bolsinha que trazia nas mãos e assustou todos quando conseguiu enfiar seu braço inteiro lá.

— Hermione... – chamou Harry, assustado.

— O que? Ah, isso? Feitiço Indetectável de Extensão. É muito útil.

— Terá que me ensinar isso mais tarde – pediu Lilian.

— Onde é que eu coloquei? Tinha certeza que estava em cima da pilha de livros da Madame Marta... Ah, aqui está? – ela tirou de lá de dentro um pequeno embrulhinho de seda azul e entregou a Sra. Weasley.

— Feliz Natal.

— Oh, Hermione, realmente não precisava. Muito obrigada – Molly abriu o presente e se deparou com uma miniatura de uma panela. – Isso aqui é...

— Uma pequena invenção minha. Eu pensei “por que não aplicar o Feitiço Indetectável de Extensão em outras coisas mais úteis?”. Por isso, fiz o experimento e consegui. Comprei uma panela chique extremamente linda de um catálogo trouxa e fiz o Feitiço. Para trazê-la ao tamanho normal basta dizer “Comida na Mesa”.

A Sra. Weasley repetiu as palavras e uma panela enorme surgiu em sua mão. Ela agradeceu novamente a Hermione e guardou-a, com muito carinho.

— E onde está Gina? – perguntou Lilian.

— Já está descendo, um minutinho. RONY, GINA. OS POTTERS E HERMIONE ESTÃO AQUI. – gritou ela.

Alguns segundos depois eles ouviram passos da escada. Rony apareceu usando uma calça jeans preta e uma camiseta social azul.

— Olá pessoal – cumprimentou ele – Oi, Hermione.

— Oi Rony – respondeu ela, ficando corada.

Novamente eles ouviram passos e uma fantástica Gina Weasley apareceu. Vestia o vestido verde que mostrou a James, que vinha até a altura de sua cintura e realçava suas curvas. Seu cabelo ruivo estava solto, ondulado por um feitiço, e batendo na altura de sua cintura. Sua maquiagem não estava forte, o que apenas aumentava sua beleza.

— Uau – todos vibraram com sua presença.

— Gina, você está... – começou Tiago.

— Linda – completou Harry, sentindo seu coração pulsar apenas de olhar para ela.

— Viu – falou James para a Gina – Eu disse que meu pai ficaria com uma cara de bobo.

Aos poucos, outros convidados foram chegando. Membros da Família Weasley, vizinhos e amigos deles. Fred e Angelina foram os primeiros a chegarem, Angelina com a pequena Roxanne nos braços, que foi paparicada por todos. Depois, Percy e Audrey chegaram, dizendo a todos que tinham uma novidade para contar, porém que contariam apenas no final da festa. Outros convidados ilustres chegaram. Alvo Dumbledore, com suas vestes púrpuras e sua barba enorme, acompanhado de Minerva e Hagrid, Andrew, galante e charmoso como sempre, fazendo Gina soar frio, e até Luna e seu marido Rodolfo.

— Gina – chamou uma voz. Ela estava atendendo os convidados da entrada da tenda. Virou-se e viu Liza, caminhando em direção a ela de mãos dadas a dois garotos idênticos, seguidos por um homem alto de pele morena.

— Liza, oi. Que bom que você veio – cumprimentou Gina, abraçando a amiga.

— Eu não perderia isso. Deixe-me apresentar meus filhos. Esses são Brian e Peter.

— Uau, como eles são grandes – falou Gina, sorrindo para os dois garotos. – A maioria das crianças de um ano ainda não sabe andar.

— Bem, meus filhos são especiais, já provam que serão grandes pessoas no futuro – gabou-se ela. – E este, é meu marido, Dino Thomaz. Querido, você lembra-se de Gina?

O homem olhou para Gina e por um momento ela pensou ter visto um fragmento de medo em seus olhos. Relutante, ele estendeu a mão a ela, que a apertou amigavelmente.

— Oi Dino. Quanto tempo ein. Então, o que você faz? – Gina perguntou.

Dino parecia que estava engolindo um tijolo.

— E-eu... Sou empresário – gaguejou ele.

— Ah sim – falou Gina, estranhando o comportamento do homem – Bem, entrem e fiquem à vontade.

— A Emma já chegou? – perguntou Liza, enquanto Dino pegava as crianças e entrava ansioso para sair de perto de Gina.

— Ainda não. Ela disse que viria com o marido dela, e que ele era uma pessoa importante. Estou ansiosa para conhecê-lo.

— Nem fique, ele é um grosso. Totalmente esnobe e ignorante. Não sei como a Emma o suporta.

— Não são eles ali? – ela perguntou.

Vindo da estradinha, duas pessoas caminhavam de mãos dadas. Conforme se aproximavam, as duas reconheceram os movimentos elegantes e charmosos de Emma, além de Gina ver pela primeira vez o marido de sua amiga, um homem alto, loiro e com um ar de arrogância ao seu redor.

— Gina, Liza, queridas – falou Emma ao se aproximar, dando um abraço em suas amigas – Vocês estão lindas.

— Você também, está fabulosa – elogiou Gina.

— Bem, eu sei. Com um vestido desenhado pelo melhor estilista bruxo quem não estaria? Bem, Gina, quero lhe apresentar meu marido do qual eu já havia lhe mencionado.

— Ei, Gina, você viu a Hermione? – perguntou Rony saindo de dentro da tenda. Ao ver as amigas esnobes de sua irmã que ele odiava na época da escola, seu sorriso vacilou, mas foi quando encarou o homem alto e loiro atrás delas que ele completamente desapareceu de seu rosto.

— Draco Malfoy? – perguntou ele, num rosnado – O que está fazendo na minha casa?

— Weasley – rosnou Draco de volta – Eu não sabia que essa era sua casa.

— Vocês já se conhecem? – perguntou Gina.

— Já. Infelizmente já – praguejou Rony, com olhar raivoso no loiro.

— Que Mundo Bruxo pequeno não é? – brincou Liza, tentando quebrar a tensão.

— Bom, é – concordou Emma – Enfim, esse é o meu marido Gina, Draco Malfoy, o maior Empresário do Mundo Bruxo.

— Que legal, Draco – falou Gina tentando chamar a atenção do loiro, que estava com um olhar de que sacaria a varinha a qualquer instante e acertaria Rony com um feitiço – E qual é o seu negócio?

Ao ouvir a última palavra, a atenção de Draco sobre Rony vacilou. Falar sobre negócios era seu assunto favorito.

— Eu sou o dono da empresa que produz as vassouras mais velozes hoje em dia. – respondeu ele orgulhosamente, lançando um olhar para Rony.

— Sério? – perguntou Gina, pasma – Você é o dono da empresa Baxter? Eu adoro suas vassouras. O empresário do time comprou uma remessa delas para essa última copa.

— Gina Weasley, Ex-Artilheira das Harpias de Holyhead, certo? – perguntou ele – Eu me lembro de ler sobre você no jornal. Bem, o que eu posso dizer, nossas vassouras são as mais velozes e confortáveis.

Gina assentiu e convidou todos a entrarem. Após suas entradas, Rony puxou-a de lado.

— O que diabos Draco Malfoy está fazendo na minha festa de natal? – esbravejou ele.

— Ronald, calma. Seu rosto está tão vermelho que parece prestes a explodir.

— E vou explodir mesmo, junto com a cabeça daquele loiro idiota – falou ele, lançando um olhar raivoso na direção em que Draco ia caminhando.

— Emma é minha amiga, eu não sabia que ela era casada com ele. Além do mais, eu nem sabia quem era ele.

— Você não se lembra das minhas reclamações da época da escola sobre ele? – perguntou Rony, surpreso.

— Rony, você reclama tanto que se eu for parar para prestar atenção em todas as suas reclamações eu que irei explodir. – respondeu ela, sincera.

— Ele era um Pé no Saco. Sempre implicava comigo porque eu era pobre e zombou de mim até seu último ano quando eu repeti o ano. Eu o odeio.

— Está me dizendo que odeia um cara que te atormentou a dez anos atrás na escola? – perguntou Gina, segurando o riso.

Rony encarou-a com um olhar sério.

— Olha só quem fala. Você está apaixonada pela sua paixão platônica da época da escola.

O rosto de Gina ficou da cor de seus cabelos e ela deu um tapa no ombro do irmão.

— Se comentar isso com alguém, Ronald Weasley... – ameaçou ela.

— Eu não comento se você prometer que o Draco irá embora daqui – negociou ele.

— Não posso expulsar ele, Rony. É o pai do Filho da minha melhor amiga. Ela está grávida. Não posso. Além do mais, o que mamãe diria se eu expulsar ele só porque vocês dois não se davam bem a dez anos atrás? O máximo que eu posso fazer é não convidá-lo de novo.

— Está bem, está bem. Mas se ele fizer alguma gracinha, ano que vem exibiremos a cabeça dele na entrada da tenda.

Os dois voltaram para dentro da festa, e enquanto Rony ia até ao lado da mesa de comidas para vigiar seu rival, Gina ia conversar com Luna, que já estava com certa barriguinha de grávida à mostra. Enquanto isso, um par de olhos verdes seguia Gina.

— Vai com calma, senão irá assustar a garota – falou Hermione para Harry, que estava sentado em uma mesa sem conseguir tirar os olhos dela.

— Eu, ahn... Eu não estava... – Harry tentou se defender.

— Tudo bem Harry, eu não estou te julgando. Além do mais, você não é o único que está de olho em alguém – falou ela, lançando um olhar para Rony.

— Você e o Rony? – Harry perguntou – O que está acontecendo com vocês dois?

— Conto se você me contar sobre a Gina – falou ela dando um gole em seu copo de Whisky de Fogo.

— Está bem, está bem. Estou apaixonado por ela – confessou ele, olhando para os lados e tendo certeza de que ninguém mais ouviria – A cada vez que eu a vejo meu coração bate forte. Na noite passada nós dois...

— Se beijaram – completou ela – É, eu sei. E sua mãe sabe.

— Como? – perguntou Harry, assustado.

— Estávamos no cômodo ao lado, Harry, por Merlin. Além disso, vocês não foram nem um pouco discretos após o beijo também. Os dois trêmulos e vermelhos, evitando encarar um ao outro. Só um cego não perceberia.

Harry continuava olhando assustado para ela.

— Você é incrível – falou ele.

— Sei disso – respondeu ela, dando mais um gole em seu copo.

— Está bem, agora me conte o que está acontecendo entre você o Rony.

— Bem, diferentemente de você e da Gina, nós dois sabemos tomar cuidado. Ficamos conversando no casamento da Luna, e desde então estamos trocando cartas. Ele é meio burrinho e sua escrita é péssima, mas é incrivelmente fofo. Eu não sei, acho que talvez eu esteja me apaixonando por ele também. Mas não quero insistir muito nisso até ter certeza. Não depois do Krum.

— Entendo – respondeu ele, sincero – Boa sorte.

— Á você também.

Enquanto isso, do outro lado do salão.

— Gina, oi.

— Andrew – exclamou ela, se virando para encarar o rapaz – Você veio, olá.

— Sim, eu disse que viria não é – falou ele – A festa está ótima.

— Oh, diga isso para minha mãe e ela casa com você – brincou Gina.

— Ela adorou o presente que eu dei a ela – contou ele.

— E o que você deu?

— Bem, ela me fez prometer não contar a ninguém – respondeu ele, dando de ombros.

— Minha mãe e seus segredinhos – bufou Gina – Mas bem, fico feliz que tenha vindo. Aliás, quero te apresentar a alguém. Liza.

A mulher veio caminhando até eles.

— Andrew, essa é a minha amiga, Liza. Liza, esse é o Andrew.

Os olhos de Liza brilharam enquanto apertava a mão do rapaz, que como retribuição soltou um sorriso enorme e encantador para ela. Gina sentia que aquilo era o começo de alguma coisa.

A festa continuou normalmente. Gina conversava animadamente com Luna e Rodolfo, enquanto as demais mulheres da festa paparicavam Roxane e os homens bebiam e conversavam sobre Quadribol, menos é claro, Rony e Draco, que ficavam o mais distante possível um do outro e evitavam se olhar.

— Pessoal é quase meia noite – anunciou a Sra. Weasley – Vamos. Tem um lugar aqui perto que é ótimo para ver os... Como é o nome mesmo? Percy me ajude aqui.

— Fogos de Artifício, mãe – falou Percy.

— Isso, Fogos de Artifício. São luzinhas coloridas que os trouxas produzem e as jogam para o céu.

— E o melhor é que podemos atirar fagulhas e outros feitiços explosivos para o alto que ninguém vai perceber – falou Fred, animado.

E assim, todos saíram do quintal e se dirigiram a um pequeno cume a uma pequena distância da Toca, onde eles tinham uma visão privilegiada dos vilarejos daquela região e seus habitantes trouxas. Lá em cima, o vento estava frio, fazendo todos apertarem os casacos contra o corpo e Gina praguejar por não ter trazido nenhum.

— Toma – disse uma voz, colocando um casaco de pele de dragão sobre os ombros dela – Achei que estivesse com frio.

Gina se virou e encarou Harry, sentindo o rosto arder.

— O-obrigada – ele sorriu, e os dois ficaram se encarando por alguns segundos.

— Tia Gina – chamou James – Me ensina a soltar fagulhas?

— C-claro que sim – respondeu ela, saindo do transe – Pode usar a minha varinha.

— Uma varinha na mão de James? – alertou Tiago, que estava ali perto – Essa é realmente uma péssima ideia.

— Pode deixar pai, estou aqui – falou Harry. Ele e Gina trocaram um olhar singelo quando de repente, a queima de fogos começou.

Foi incrível. O céu, preto e estrelado, ficou colorido. Diversos fogos de cores vibrantes e fortes coloriam toda sua extensão, fazendo um enorme barulho quando explodiam. Os bruxos resolveram fazer o mesmo. Todos sacaram suas varinhas e dispararam fagulhas e feitiços explosivos para o alto. Rony e Draco iniciaram uma competição para ver quem disparava mais alto. As fagulhas de Dumbledore dançavam, enquanto as de Luna rodopiavam e davam piruetas. As de Fred eram as mais barulhentas. As crianças presentes estavam indo à loucura com isso.

— Vamos lá James – chamou Gina, entregando a varinha para ele – Segure-a bem, aponte para o céu e grite a palavra “Confringo”.

— Cobrinco – confundiu-se James, soltando enormes fagulhas multicoloridas no céu, que acabaram ofuscando as outras e se transformando numa enorme bola de fogo. No vilarejo, vários trouxas apontavam, abismados.

— Deletrius – gritou Harry, anulando o feitiço de James.

— Opa – falou ele, encabulado – Desculpe.

— Acho que tivemos uma conclusão – falou Lilian – Nada de varinhas para James. Nunca.

Todos riram, parando de soltar suas fagulhas e passaram a observar. Os casais se abraçaram e se beijaram, as crianças corriam e apontavam para o céu. Nesse momento, Harry e Gina se encararam, constrangidos, enquanto Rony e Hermione faziam o mesmo. Eles queriam fazer a mesma coisa, mas não tinham certeza se podiam, ou se isso era o certo. A família inteira de Gina estava ali, o que eles pensariam? O que James pensaria de Harry? Ele e Gina estavam se dando tão bem, será que ele gostaria que ela fosse sua nova mãe?

Espantando esses pensamentos, Harry finalmente tomou coragem. Pegou na mão de Gina e com a outra virou seu rosto para ele. Tudo o que ele via eram os olhos verdes claros da ruiva, e tudo o que ela ligava era que as mãos de Harry estavam sobre ela. Os dois foram se aproximando um do outro, até que finalmente seus lábios se tocaram, hesitantes no começo, mas ardentes e cheios de paixão depois. Finalmente, ambos, Harry e Gina, desistiram de negar seus sentimentos ou sentirem vergonha deles. Finalmente, eles se entregaram e aproveitaram ao máximo, com suas bocas em contato e essa troca de sentimentos, que um sentia pelo outro fortemente.

Pela falta do ar, os dois se separaram ofegantes. Harry a encarou e aqueles olhos verdes penetrantes junto com o beijo fizeram as pernas de Gina bambear.

— Gina... – ele sussurrou, encarando-a nos fundos dos olhos – Durante essas últimas semanas, todos os meus pensamentos estavam em você. Eu sinto que estou apaixonado, e quero ficar com você. Aceita namorar comigo?

Gina ficou sem ar e suas pernas bambearam mais. O garoto pelo qual tinha uma queda platônica, seu ídolo mirim de olhos verdes penetrantes e cabelos despenteados estava diante dela, segurando suas duas mãos e a pedindo em namoro.

— É claro que sim – sussurrou ela de volta.

Os dois sorriram. A partir de agora, um novo futuro se iniciava. Um amor que duraria por gerações, unido pelas forças de duas pessoas fortes que ainda seriam muito maltratadas pela vida.


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Notas finais do capítulo

Tcharam, bem legal esse capítulo não é?
Tentarei, vejam bem, tentarei postar um novo na Quarta ou na Quinta, okay?
Vejo vocês lá
Até
o/



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