Missão dos Uchihas: Surpresa! escrita por Khaleesi


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas lindas que estão lendo isso! haha.
Bem, esta é a minha one para o concurso, mas acabei fazendo ela mais para me divertir mesmo e escrever algo com o fruto do SasuSaku: Uchiha Sarada.
Espero que gostem!
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/574989/chapter/1

Missão dos Uchihas:

Surpresa!



Muito bem, estamos aqui reunidos para fazer uma surpresa a Sakura Uchiha – a garota de cabelos negros ajeitou os óculos de armação vermelha com a ponta do indicador, ela possuía um ar sério e concentrado – tudo deve ser perfeito neste Natal!

Acalme-se, Sarada. Só estamos nós dois aqui – Sasuke, o pai da garota, comentou em tom de censura enquanto tirava os sapatos na porta de sua casa.

Sarada suspirou ruidosamente e sentou-se no sofá, esperando o pai lhe acompanhar.

Só por que somos nós, não significa que não devemos ter disciplina.

O Uchiha levantou a sobrancelha visível diante a atitude autoritária dela, fazendo-o lembrar de sua esposa quando jovem. Sarada estava sendo uma cópia perfeita de quando Sakura dava sermões nele e em Naruto.

Ok – ele respondeu, sentando-se ao lado dela.

Surpresa com a rendição dele, a garota deu um sorriso maroto. Puxando um bloco de anotação de sua mochila, ela virou-se para Sasuke.

Devemos decorar a casa, fazer um jantar, comprar presentes e fazer uma faixa de surpresa – Sarada leu a lista que havia elaborado durante a manhã.

Tudo isso? Não podia ser apenas um belo presente? – Sasuke espantou-se, balançando a cabeça para o pequeno monstrinho a sua frente. – Além do mais, sou péssimo na cozinha.

Temos cerca de um mês para o Natal, acho que podemos aprender a fazer alguma receita. Não precisamos criar um mega jantar, pai. E eu acho que a mamãe merece uma surpresa enorme, não concorda?

Pode ter tomates no meio? – o pai perguntou com esperança.

Deve ter tomates – a pequena respondeu com os olhos brilhando. Afinal, ela havia herdado do pai o amor aos tomates. – agora, você irá até o mercado e comprará tudo o que tem na lista que eu vou achar um lugar pra esconder tudo.

Sasuke assentiu com a cabeça e pegou o papel estendido. Quando saiu da casa e começou a se dirigir ao mercado, ele avistou sua esposa passeando pelas ruas e vinha em direção a casa. Pensando rápido, escondeu-se atrás de um conjunto de arbustos e esperou que ela entrasse na casa para fugir. Naquele momento ele teve a certeza de que teriam um grande trabalho para esconder a surpresa da Sra. Uchiha.



(…)



Uma semana para o Natal



A cozinha da residência dos Uchihas estava uma bagunça. Haviam potes, pratos e talheres jogados por cima da pia e da mesa, sujos. As panelas em cima do fogão estavam transbordando. O chão estava engordurado e grudento. E também existia um cheiro de queimado e comida estragada no ar. Aquela não era mais a cozinha de antes, a qual Sakura deixava brilhando e com um ótimo aroma de pão fresquinho com café.

Ela não pode ver isso.

Esse foi o principal pensamento de Sasuke quando notou a bagunça que ele e sua filha fizeram. A tentativa de fazer Tomates Recheados foi um desastre. O bacon não fritou direito e acabou espirrando óleo para todo lado, os demais ingredientes que deveria ser picados e colocados dentro do tomate foram ao chão na primeira tentativa com a faca. Mas a desilusão dos dois foram a sua fruta favorita, eles acabaram com o tomate na tentativa de tirar o miolo.

Missão Tomate Recheado: fracassada.

Agora era uma corrida contra o tempo para limpar a cozinha e tirar aquele cheiro horrível do cômodo, tudo isso antes que a dona da casa chegasse. E só faltava uma hora para o término do plantão dela no hospital.

Vamos morrer – Sasuke sussurrou, olhando o relógio.

Os dois se apressaram em jogar água e sabão pelo piso do local e esfregá-lo, tirando a gordura. A louça suja foi lavada e guardada em seus devidos lugares. Mas mesmo com o trabalho em conjunto a cozinha ainda não estava devidamente limpa, e para piorar o relógio indicava que seu tempo estava esgotando-se.

Sasuke nunca admitiria, porém tinha um certo medo de sua esposa. Sakura podia passar de amorosa e dócil a uma leoa sanguinária quando via algo seu em desordem, ele mesmo já havia presenciado seus ataques de fúria quando Boruto quebrava algo do quintal quando vinha brincar com Sarada.

É isso! – o pai deu um grito vitorioso, assustando a filha que tentava limpar os respingos gordurosos das portas dos armários – espere aqui querida, já volto com a nossa solução.

Sarada então esperou, sentando-se no banquinho alto em frente a bancada. Seus olhinhos alternavam entre vigiar o relógio e a entrada da casa. Seu pai não podia demorar muito ou toda a surpresa que planejavam desmoronaria quando Sakura chegasse, afinal ela não pararia de importuná-los até que contassem a verdade.

A pequena Uchiha soltou um suspiro de alívio quando viu o ex-vingador passar pela porta, mas seu rosto mudou de serenidade a perplexidade quando viu o companheiro dele. Boruto seguia seu pai e tinha um enorme sorriso vitorioso – o mesmo que Sasuke exibia antes – em contrapartida, o Uchiha tinha um olhar de derrota.

Ele é a nossa solução? – a pequena questionou, apontando para o Uzumaki.

Olá, Sarada. É muito bom te ver e estou bem – o garoto respondeu, ironicamente, sem deixar de sorrir. Sasuke teve de segurar um tique nervoso enquanto Boruto sentava-se ao lado de sua menina. – você gostaria de saber que fui subornado por seu pai?

A garota olhou o pai e indagou-o com os olhos. Sasuke emitiu um bufo em irritação e foi para dentro da cozinha, torcendo o nariz por conta do cheiro.

Subornei o Boruto para que ele fingisse que ajudou a queimar a comida aqui. Vamos fingir que vocês dois estavam com fome e queriam fazer um lanche, mas Boruto teve a ideia de assá-los e acabou queimando tudo, por isso o cheiro.

Apesar de não gostar da ajuda desse imbecil, é uma boa ideia – Sarada comentou após dar um suspiro. Descendo da cadeira, ela se dirigiu ao lixo e começou a levá-lo para fora, mesmo com o plano eles ainda tinham de terminar de limpar a bagunça – mas só por curiosidade, o que você pediu, Bolt? – ela questionou o loiro que também havia começado a ajudar na limpeza.

Pedi uma conta livre no Tio do Rámen por um ano, – o garoto contou com os olhos brilhando ao pensar na comida favorita, Sarada bufou e revirou os olhos. – mas o Tio Sasuke é bom de pechincha e diminuiu para um mês. Se bem que eu aceitaria até uma semana – ele concluiu rindo. A Uchiha pode perceber o quão fulo seu pai ficou ao saber que fora ludibriado, e por uma criança ainda!

Então os três trabalharam em perfeita sincronia pelos próximos trinta minutos, deixando para trás apenas um pão queimado e uma pequena bagunça de presunto e mussarela em cima da bancada. Boruto prostrou-se em frente a pia e treinava a sua cara de desilusão para a comida, Sarada estava apoiada no balcão e repetia suas falas mentalmente e Sasuke escondia-se no quintal para que Sakura pensasse que ele não estava em casa.

Olhando de fora, o ex-vingador observou todo o decorrer do teatro dos pequenos e as reações de sua esposa. Ficou aliviado quando ela não notou nada de estranho e apenas deu um pequeno sermão aos dois. Respirando normalmente, ele começou a pensar em como conseguiria fazer uma comida descente, pois estava mais do que provado que ele e sua filha não serviam para cozinhar.

Então uma lâmpada ascendeu-se e ele pôde ver a luz no fim do túnel, iluminado a sua saída dessa enrascada. A sua querida sogra, Mebuki.



(…)



Véspera de Natal



Mas é claro que eu posso fazer isso, Sasuke querido – a Senhora Haruno sorriu ao genro sentado a sua frente, o mesmo possuía um olhar pidão que fazia qualquer mulher aceitar seu pedido na hora, até mesmo a mãe de sua esposa – então tem de ser algo com tomates? Vejamos... Sakura sempre preferiu doces, porém existe uma receita que ela adora e tem essa particularidade. A boa e velha macarronada, com bastante molho e tomates picados.

O Uchiha deu um sorriso pequeno, mas vitorioso. Finalmente tinha achado a solução para o desastre culinário. Pedira a sua sogra que preparasse a receita e a mesma aceitou de prontidão, então aqui estava ele de pé na cozinha dos Haruno observando a experiente mulher mexer em seus utensílios, Sasuke já podia ver o quão boa ficaria a tal macarronada. Ele só rezava para que Sarada estivesse fazendo tudo certo em casa, ela havia ficado para arrumar a sala com a decoração produzida pelos dois e certificar-se de que o presente comprado fosse colocado no lugar certo.

Estava tudo praticamente certo.

Após agradecer Mebuki e despedir-se com um até logo, pois a mulher também estaria presente na surpresa, Sasuke praticamente correu para casa com a comida em mãos. Entrou em casa com cuidado para não deixar cair a travessa e a depositou em cima da mesa de jantar, cobriu a macarronada com uma tampa de pote grande para que não entrassem mocas até a hora da janta.

Pai!

O grito de Sarada fez os nervos de Sasuke pularem. Saindo apressado de onde estava, ele atravessou os corredores e entrou no quarto de sua filha. A garota estava parcialmente escondida na enorme bagunça que o cômodo se encontrava, havia uma trilha de lágrimas em seu rosto e ele conseguia ouvir as fungadas altas dela.

Antes que ele pudesse perguntar o que ocorreu, acabou entendendo. O desespero dela só podia significar uma coisa: o presente sumira!

Os próximos minutos foram preenchidos por uma busca frenética pela casa toda pelo presente, os dois reviraram cada canto da casa tentando encontrar tal item. Sarada gemeu quando olhou o relógio em cima da lareira da sala, ele estava marcando oito horas, ou seja, faltava apenas meia hora para que sua mãe chegasse!

Então a pequena reparou em outra coisa ao olhar a sala e seu choro que havia parado retornou com toda força. Sua decoração fora arruinada pela caça ao presente. A faixa de Feliz Natal, Sakura! Tinha caído um lado, os presentes postos embaixo do pinheiro estavam espalhados e alguns rasgados, as almofadas estavam jogadas em todos os cantos e os pisca-pisca tinham se desenrolado de seus lugares.

O que ocorreu aqui? Um furacão? – uma Mebuki chocada comentou ao entrar na casa. A menina correu para o colo da avó assim que a viu. E depois de dar uma breve explicação do que tinha acontecido, os pais de Sakura começaram a ajudar os dois desesperados.

Com uma equipe maior, a maior parte do estrago fora resolvido. Os Haruno haviam reorganizado a decoração da sala e terminado e aprontar a mesa de jantar. Sarada tinha ajeitado os quartos e limpado o rosto para mascarar o choro. Entretanto, Sasuke tinha olhado cada cômodo mais de uma vez e não achara o bendito presente.

Certo, o presente mega-especial da mamãe sumiu e não vamos mais conseguir achar, então fingiremos que isso não aconteceu e receberemos ela como combinamos, tudo bem? – Sarada planejou calmamente, mais para Sasuke e ela do que para seus avós. Após receber três acenos de cabeça em concordância, ela sentou-se perto da janela para espiar a chegada da mãe.

Sakura demorou apenas cinco minutos para aparecer no gramado da residência. Ela tinha um semblante cansado, porém feliz. A médica trazia em mãos um embrulho grande e o carregava com cuidado.

SURPRESA!

Assim que Sakura botara os pés na sala um coro gritou em plenos pulmões, machucando um pouco seu ouvido. Tomada pela surpresa, a kunoichi teve de pensar e agir rápido ou seu embrulho cairia no chão. Sorrindo de orelha a orelha, ela abaixou-se e abraçou a filha com força enquanto a mesma lhe desejava Feliz Natal.

Sasuke pôde notar como os olhos esmeraldinos de sua esposa brilhavam ao observar a sala decorada, seu sorriso era lindo e radiante. Aproximando-se dela com calma, reparou em algo incomum nela. Um colar.

Só pode ser brincadeira. Esse foi o pensamento do ex-vingador quando notou qual colar se tratava. Era o presente que ele e Sarada haviam comprado, o mesmo que tinha sumido e os descabelarem. Ele estava com Sakura! Um tanto desconcertado, ele mal notou sua esposa chegar ao seu lado, só percebeu quando a mesma tocou-lhe o braço.

Não tive tempo de agradecê-los pelo presente adiantado – ela comentou só para ele, pois Sarada estava ocupada abrindo o enorme embrulho junto com os avós – então, obrigada. Eu amei – ela pôs a mão no colar e o abriu, relevando a foto dos três que havia dentro. Qualquer dúvida de que aquele era o presente desaparecido se foi, mas Sasuke sorriu como se tudo tivesse ocorrido conforme planejado.

Fizemos o jantar, gostaria de prová-lo? – ele perguntou enquanto condiu-a até a mesma.



(…)



Uma semana depois



Sakura estava rindo e chorando ao mesmo tempo, sua barriga doía e ela não conseguia parar mais. A sua frente haviam um Sasuke e uma Sarada, indignados com a reação dela. Os dois tinham contado os problemas que tiveram em sua surpresa após Boruto deixar escapar que fora subornado pelo Uchiha.

Após acalmar-se, Sakura abriu um sorriso enorme. Ela estava emocionada com a ação dos dois, pois eles se esforçaram para fazer algo bonito e especial para ela, e não havia ato melhor para deixá-la derretida. Quando encontrou os olhos de seu marido viu o amor dele refletido, podia-se ver também através de seus gestos, as vezes pequenos ou grandes como no caso da surpresa, mas definitivamente havia o sentimento ali.

Então eu meio que arruinei o plano de vocês?

Sinta-se culpada, mãe – Sarada comentou, fingindo um drama.

Sasuke apenas riu e balançou a cabeça.

Eu adoraria ficar aqui e comentar mais sobre as habilidades culinárias do papai, mas Boruto está me esperando para treinarmos – a garota zombou, levantando-se do sofá. Depois de dar um abraço em seus pais ela correu para fora, deixando o casal a sós.

Os dois ficaram um tempo observando a filha correr pelo gramado até encontrar seu amigo e então sumir, o silêncio entre eles era agradável e confortável.

Gostaria de te ver cozinhar um dia, Sasuke.

O braço dele a rodeou pela cintura e a trouxe para mais perto, fazendo com que ficassem colados um no outro.

Minhas habilidades são outras – Sasuke sussurrou, fazendo com que Sakura arrepiasse.

Sem respondê-lo, ela cobriu a distância entre suas bocas. O beijo foi calmo e aproveitado, cheio de palavras não ditas. Eles se completavam, eram conectados pelo espírito.

Apesar de um tanto louca essa surpresa, Sasuke percebeu que faria de tudo para arrancar o mais pequeno dos sorrisos de sua esposa. Pois, apesar de todo o trabalho, ver a face dela iluminada de alegria já lhe bastava para pagar. Ele já formava outras ideias para as próximas datas... apenas pedia que as coisas dessem certo, ou mais certo, da próxima vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Espero que tenham gostado!
Caso achem algum erro, peço que me avisem. Eu revisei o capítulo, mas postei de madrugada e as vezes o sono faz os olhos perder algo.
No mais, desejo a todos um ótimo e saboroso Natal e um próspero Ano Novo!
Beijos e até a próxima!