Futuro, Volume II - Futuro Perdido escrita por MikaTag


Capítulo 12
A Armada


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura caros leitores! Tris realmente percebe quem está do seu lado.



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Mais uma vez Eric desapareceu daqui da Sede. Ninguém sabe para onde ele pode ter ido – não que isso tenha comovido a nós ou aos líderes das facções, que eu acho que nem estão sabendo disso – mas tenho as minhas suspeitas sobre ele. Com certeza, mais q absoluta ele foi para o centro da cidade, se resolver com Umbridge. Uma vez que, Hermione também não tem dado as caras por aqui. Sempre pergunto a Rony por onde ela tem andado, mas nem ele sabe onde ela está, então se ele não sabe, acho que ninguém mais de nós sabe.

O dia começou quente aqui em Atlanta. Não tão quente quanto o dia que chegamos aqui, mas continua quente, o que, particularmente, eu estou preferindo. Depois de tomar um banho frio eu fico no dormitório olhando todos se dirigirem para o café da manhã. Não estou com fome, então eu não faço questão de ir. Fico sentada na minha cama, apoiada na sua cabeceira pensando sobre Eric, Hermione e Umbridge. Eu sei que não tinha prova de que Eric era um Comensal, mas eu estava me alimentando com essa expectativa. Eu tinha que descobrir de qualquer jeito. Tinha que ter alguma prova.

Começo a olhar em volta do quarto só para ter uma ideia do que posso fazer. Vejo a cama de Eric, o que me deu a maior ideia que tive durante esses dias, como eu pude ser tão burra. Levanto-me do meu conforto e vou em direção a cama dele. Começo a olhar por toda a cama alguma coisa que me leve a ele, uma unha, fio de cabelo, qualquer coisa. Olho pelos lençóis, nada. Olho o seu travesseiro, pego-o lentamente para ter certeza de que não vai cair nem um fio, olho atentamente até que está ali, um fiozinho, bem curto, mas tamanho não faz a diferença nessa situação. Agora daqui para frente já sei o que fazer.

Guardo o fio de cabelo no meu bolso e saio do quarto correndo para a Sala de Snape. Vejo a porta e abro-a, ele não está lá. Penso que seria bem melhor avisar a ele o que eu estou planejando fazer, antes que ele me pegue de surpresa e me puxe no meio da lembrança, como fez com a de Hermione. Então volto a correr pelos corredores da Sede para tentar achar Snape. Vejo uma mulher um pouco velha, de cabelos grisalhos e algumas rugas no seu rosto, decido perguntar para ela onde está Snape, melhor a ela do que a ninguém. Então eu corro até ela. Ela está com uma blusa de mangas até os pulsos amarela – não sei como está aguentando nesse calor – e uma calça vermelha. Vejo que ela é da amizade.

– Eh … bom dia – digo, tentando parecer educada.

– Olá, garotinha. Bom dia – diz ela com uma voz agradável. – Vejo que você é uma das emigrantes de Chicago.

– Sou sim mas, como a senhora saber?

– Eu sou a líder da Amizade. Sou Minerva McGonagall. – e ela estende a mão para me cumprimentar. Vejo em um de seus dedos um anel com uma pedra vermelha com o símbolo da Amizade.

– Esse anel … – falei

– Ah … esse aqui? – e ela mostra o anel, posso vê-lo mais claramente – Foi a Dolores que me deu de presente. Ela só deu para mim e para Snape até agora. Primeiramente ela só tinha dado para Snape, mas ela pensou melhor e me deu um também. Acho que ela dará para pelo menos Alvo. Flitwick e ela não se dão bem, nem com Hagrid.

– Entendo … – digo – mas eu queria mesmo saber onde está Sna … Severo Snape.

– Ah! Severo está na sala de reunião, pode ir lá, acho que ele já deve estar sozinho.

Sinto um grande alívio por ele estar aqui na Sede. Não ter ido muito longe.

– Muito obrigada … é … Minerva. – digo com um sorriso.

– De nada. – e ela sai para algum lugar que não sei qual é.

Saio correndo pelos corredores atrás da sala de reunião, que não sei exatamente onde ela fica. Depois de passar por várias e várias portas, eu encontro uma que ao seu lado tem uma placa metálica escrito: Sala de Reuniões.

Abro a porta com um baque. Entro na sala. Dentro dela há somente uma mesa com umas dez cadeiras em volta dela ao total, e um bebedouro no canto da sala, caso as pessoas sintam sede. E Snape está sentado bem na ponta mais afastada da mesa. Escrevendo uma papelada, como de costume.

– Oi Beatrice. – diz ele – O que foi dessa vez?

– Preciso usar a sua Penseira. – digo respirando bem fundo – Urgentemente.

Ele levanta a cabeça, que uma hora estava abaixada enquanto ele escrevia nos papéis. Encara-me por alguns segundos com ar de quem vai dizer “não”.

– Pelo menos agora você pediu a minha permissão não é? – diz ele.

Não falo nada.

– Mas para que exatamente? – pergunta ele.

Vou para mais perto dele e sento em uma cadeira a sua esquerda.

– Quero olhar uma lembrança de Eric. Preciso saber se ele virou um Comensal ou se foi ele quem soltou a maldição em Harry.

– O que levou você a pensar de que pode toda hora ficar bisbilhotando lembranças dos outros? Não acha isso um pouco de … – ele parece pensar para achar a palavra certa – invasão de privacidade.

– Não neste caso! – exclamo – Isso é perigoso. Para todos nós.

Ele volta a olhar para os papéis.

– O que são esses papéis que você tanto assina e escreve. Tanto aqui nessa sala, como no seu escritório. – pergunto

– Você é um pouco curiosa, não é? – diz ele sem olhar para mim.

– Por isso que sempre consigo resolver todos esses problemas.

Ele não responde nada.

– Mas e aí? Vai me falar o que são …

Mas antes que eu pudesse terminar a frase ele pega um dos papéis aleatoriamente e arrasta-o na mesa até a mim. Pego ele, um papel meio amarelado, com cara de velho. Tinha escrito bem grande, no topo do papel:

DOLORES UMBRIDGE ELEITA DITADORA DE ATLANTA

– Eleita? – pergunto – Pelo que eu soube ditadores não são eleitos.

– Mas o povo daqui não sabe. Acham que votaram nela para “ditadora” – e ele para de escrever para fazer esse movimento com os dedos fingindo serem aspas.

– Que horror. Mas, pelo que eu vejo, as pessoas aqui tem um mínimo de liberdade.

– Ela não é tão rigorosa assim. Mas gosta de fazer várias emendas como você já pode perceber. Essa foi a última.

E ele me entrega outro papel, dessa vez o papel é branco e novo. Pela data foi entregue a ele faz uma semana. Leio o que tem em destaque:

ALTA INQUISIDORA DOLORES, FORNECE NOVA LEI

Eu, Dolores Umbridge, digo que a partir de hoje, a Sede da Amizade e todos os seus campos pertencerão ao lado de dentro da cerca. Ou seja, um novo projeto está sendo feito para incluírem os nossos caros colegas.

Muito obrigada, alta inquisidora de Atlanta.

– Então por isso Minerva estava aqui hoje? Para tratar sobre esse assunto? – pergunto

– Sim. – respondeu Snape com paciência – Umbridge gostou bastante dela. Por isso ela deu um anel para ela também.

Fico meio confusa com uma parte.

– Como assim Umbridge gostou dela? Elas não se conheciam?

– Não exatamente. Elas nunca se falaram diretamente. Só se comunicavam por cartas, ou por e-mail.

– Isso é meio um absurdo, não é? – digo – Sabe … ser uma líder de uma facção e mesmo assim não ter contato direto com maior líder.

– Muito sábia essa sua fala Beatrice Prior. – disse de repente um homem com uma barba grisalha e longa. Alto e com um conjunto de roupas cinzas. Ele acabou de entrar pela porta. – Acho que você deve estar se perguntando quem eu sou.

Olho para a mão dele e vejo um anel branco, com um símbolo, e sei que é da Franqueza porque já me contaram sobre ele. Sei que ele é Alvo Dumbledore.

– Você é o líder da Franqueza. Já me falaram sobre você.

– Esperta você. Mas vim aqui falar com Snape. – respondeu ele. Não gostei muito dele. Ele tem um ar de agressivo e que está pronto para dar uma resposta a qualquer hora.

– Tris, você pode me dar licença por um momento? – pediu Snape – Daqui a pouco você volta, para podermos continuar.

Olho para ele e confirmo com a cabeça. Pelo menos ele pediu com educação. E levanto da cadeira para sair da sala.

Espero do outro lado da porta e coloco o meu ouvido para tentar escutar

– … essa garota parece ser perigosa – diz Alvo

– Não vejo porque você diz isso. Ela parece ser bondosa.

– Mas só parece Snape. E é exatamente dela de quem eu vim falar. – disse ele – Não sei se você sabe mas o histórico dessa menina não é muito bom.

– Sei de quase tudo que ela fez. E pelo que me pareceu ela fez tudo para salvar ela, os amigos e a cidade. Não vejo perigo nela.

– Você quem sabe Severo. Mas estou abrindo o seu olho. Dolores me falou bastante sobre ela.

– Dolores mal veio ver ela. Só a viu na enfermaria quando teve o acidente com a mal … – disse Snape as foi interrompido por Dumbledore.

– Chega Severo! Chega. Você está do lado de uma pessoa que era da Abnegação!

Com esse comentário meus olhos começam a lacrimejar. Sinto meu pulmão queimando e que quero chorar. Não posso acreditar que isso voltaria a acontecer. Não seria possível.

Saio correndo pelo corredor sem ouvir mais nenhuma palavra da conversa.

Encontro todos – menos Eric, novamente – no dormitório e começo a contar a todos o que aconteceu e o que eu ouvi através da porta. Eles ficam abismados a cada palavra que eu conto.

– Então … – diz Tobias – Estamos de volta ao governo Jeanine … Só que agora é Dolores.

– E ela vai usar os Comensais como seu exército. Vai ser o exército mais forte de todos. – diz Rony

Mal posso imaginar. Se com o pessoal da Audácia e armas já foi ruim o suficiente. Imagine com Comensais e maldições de mortes instantâneas.

E nesse exato momento escutamos um ruído vindo das caixas de som, o que significa que Dolores dará um recado.

– Lá vem … – disse Harry passando a mão pela cabeça.

Queridos cidadãos de Atlanta. Gostaria de informar a vocês que todas as pessoas que usarem a Maldição Avada Kedavra será instantaneamente morto. Atualizamos todos os chips. Com exceção aos meus Comensais. Muito obrigada sua Alta Inquisidora”

– Ela está querendo exclusividade para os seus Comensais. – diz Tobias.

– Estou começando a achar que não foram pessoas que invadiram o sistema de chips. Foi tudo programado para isso. – digo

– Já suspeitava isso a muito tempo. – disse Christina

Dou um olhar de indiferença para ela. Mas acho que ela interpretou errado.

– Que foi? – perguntou ela – Desde quando ela liberou as maldições para os Comensais eu suspeitava disso e ainda tem mais …

– Christina. Deixa pra lá – digo passando as mãos nos ombros dela.

– Temos que resolver isso de algum jeito. – disse Gina

Harry abriu bem os olhos como se tivesse tido a ideia mais genial de todos os tempos.

– Gina, Rony – diz ele, e os dois olham para Harry – Lembram quando eu formei a Armada lá no colegial?

– Lembro sim … – diz Gina – Mas acho que dessa vez não dará certo Harry.

– Por que não? – perguntou Rony surpreso pelo pessimismo de Gina – Acho que pode funcionar. Treinar as pessoas.

– Vai dar certo sim. Só temos que juntar o maior número de pessoas. Mas … tem uma coisa …

Olhamos todos para ele curiosos de qual seria o problema.

– Teria que ser só de pessoas da Audácia. Não podemos falar com outros líderes sobre isso. Porque eles não suspeitam de nada. – finalizou Harry.

– É … – digo concordando – Não dá para chamar de outras facções.

* * *

Depois de uns dias dessa nossa conversa, conseguimos reunir o máximo de pessoas possíveis para se juntar à Armada. Tinha cerca de umas quinze pessoas reunidas no nosso dormitório prontos para ouvir o que Harry tinha para falar. Acabei conhecendo Dino Thomas e Simas Finnigan amigos de Harry, Rony e Gina. Nenhum sinal de Eric. O que é bom, porque assim ele não faz o favor de falar para Umbridge sobre as nossas reuniões.

– Pois bem – começa Harry – Estudei com muitos de vocês aqui, quando estávamos no colegial. Então acho que vocês sabem o que é a Armada.

Um garotinho levanta a mão:

– Mas não era Aramada de Dumbledore?

– Era – responde Harry – Mas Alvo infelizmente não está mais do nosso lado.

O garoto faz um cara de tristeza. Dumbledore deveria ser muito querido por todos. Até se juntar à Umbridge.

– Então, estamos aqui pelo mesmo motivo. Treinar todos vocês para um dia lutarmos contra os Comensais da Morte.

Agora dessa vez uma garota levanta a mão:

– É assim que os estão chamando? Comensais da Morte?

– Sim Katie Bell – respondeu Harry – Estão chamando eles assim mesmo. E com razão.

– Acham que foi a Di-Lua que lançou a maldição contra você? – pergunta Katie

Harry pensa um pouco antes de falar:

– Para falar a verdade, sim. Temos nossas suspeitas. Mas um emigrante chamado Eric também está na lista.

– Então nós vamos treinar na sala de treino mesmo? – perguntou Dino

– Sim. Por enquanto este é o melhor lugar para treinar. Se alguém tiver uma sugestão pode falar …

Mas ninguém disse nada. Como se ninguém aqui conhece a própria cidade. Achei meio um absurdo. Mas acho que a sala de treino é boa o bastante para não levantar suspeitas.

Depois dessa primeira reunião fizemos um treino bem puxado. Com lutas, chutes e pontapés. Saí um pouco dolorida quando voltei de lá, fui direto para o chuveiro para ser a primeira a tomar banho e ir me deitar. Estava morta de cansada.

No outro dia no café da manhã recebemos o Profeta Diário mais uma vez desta vez com uma notícia que não me agradou em nada. O que já era de costume.

ALTA INQUISIDORA FAZ NOVA EMENDA

Na noite de ontem, a Alta Inquisidora Dolores Umbridge fez mais uma de suas emendas. Nesta intitulada nº 20 ela propões que:

* Todos os grupos e reuniões estão completamente dissolvidas, reunião é dito como um conjunto de quatro ou mais pessoas.

* Treinos estão totalmente cancelados em todas as facções, apesar de só a Audácia persistir neles.

E com essas palavras a Alta Inquisidora finalizou sua entrevista:

Preciso manter a ordem aqui nessa cidade. Tudo estava sobre real controle até esses emigrantes chegarem.”

– Vaca – digo – Ela tem espiões aqui dentro. Pode ter sido a Di-Lua … ou melhor Luna.

– Não … não foi ela. – disse Harry – Não pode ter sido nem ela nem Eric. Pedi para certificarem de que nenhum dos dois estariam aqui no momento do treino e das reuniões.

– Mas Harry … você esqueceu de uma pessoa … – disse Gina – Uma pessoa que tem a maior ligação com isso.

– Quem? – pergunta Tobias.

– Lilá Brown – completo antes de Gina falar.

– Mas ela poderia entrar aqui? – pergunta Rony – Quer dizer ... ela é da Amizade não é?

– Ninguém proíbe ninguém de entrar em outras Sedes – conclui Gina

– Então foi ela – diz Harry – Foi Lilá Brown.


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Notas finais do capítulo

Esperam que tenham gostado. Eu gostaria de que vocês comentassem se acham que a história está boa, dar sugestões, ou até falar se estou enrolando um pouco, porque as vezes tem disso. Mas tudo bem, até o próximo capítulo.



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