A verdade sobre Johanna Mason escrita por Carol Paris


Capítulo 9
Capitulo 9 - sorrisos


Notas iniciais do capítulo

Gente eu tenho mais cap assim q der eu posto bjs



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O gongo soa, o um minuto se passou e eu corro para a floresta, não vou muito longe. Escolho uma das primeiras arvores e subo nela. Ela é bem alta e cheia de folhagem, sei que aqui ninguém vai conseguir me ver, mas eu consigo ver tudo. Tudo que está acontecendo.

Os carreiristas já estão na cornucópia com armas até os dentes, posso contar sete tributos mortos mais a que eu sei que morreu explodida antes do gongo soar. Vejo uma garota fugir para a campina de flores, e dois tributos para o lado do riacho. Os outros correm para a floresta e nem mesmo notam minha existência nessa arvore. Erick está com os carreiristas, e então vejo eles matarem mais três. Os carreiristas fazem Erick matar uma garota do onze.

Não tem mais ninguém além dos carreiristas vivo na cornucópia. Tento contar mentalmente, em menos de uma hora onze tributos mortos.

Os quatro carreiristas e Erick conversam e eu consigo ouvir muito bem tudo que eles falam.

– Vamos atrás deles enquanto ainda está dia e ainda não estamos cansados – falou o garoto enorme do dois.

A garota tributo do mesmo distrito que ele concordou e o garoto do um também. A menina pequena do distrito um deu a ideia de alguém ficar e cuidar da cornucópia caso alguém apareça, mas Erick disse que ninguém teria coragem o suficiente para ter ficado por perto.

Sinto pena dele, a pior coisa que se pode sentir por alguém. Pena. Porque eu sei que ele é só um fantoche para os carreiristas que vão usá-lo e assim que não tiver mais utilidade ele será morto.

Todos os cinco se abastecem com mais suprimentos e então vão floresta a dentro onde a maioria dos tributos se esconderam. Passam em baixo da minha árvore rindo e conversando alto e ninguém me nota, mas quando Erick passa por baixo de mim dá uma olhada para o alto e sorri, por um momento sei que ele me viu subindo nessa arvore e que a ideia de que ninguém seria corajoso o suficiente para ir para a cornucópia foi uma dica para que eu fosse para lá. Ele está me ajudando, mas porquê? Porque ele está me ajudando?

Depois de uns dez minutos que eles foram para a floresta desço da árvore e corro para a cornucópia. No caminho a primeira mochila que eu vejo ponho em um ombro, tem mais duas em meu caminho eu as levo lá para dentro onde ficam as armas. No interior da cornucópia ainda existem suprimentos e armas. Muitas armas.

Consigo ver uma câmera escondida no alto da parede da cornucópia, olho para ela e com um sorriso demoníaco eu falo:

– Hora do show!

Ainda sorrindo eu prendo dois machados em meu sinto e cinco facas em minha jaqueta. Abro as três mochilas que peguei pelo caminho da árvore até a cornucópia e analiso o conteúdo delas.

Tenho um óculos para usar a noite, comida, bastante comida. Três cantis de água, mas apenas um cheio, protetor solar, um par de meias, um rolo de linha, mais uma faca pequena e um saco de dormir. Sorrio ainda mais ao saber que tenho tudo isso para usar. Coloco todos os itens das três mochilas em apenas uma e então ouço passos rápidos chegando na cornucópia.

Serão os carreiristas? Não, ainda está cedo e o sol ainda está alto eles não voltariam antes do escurecer. Dou uma pequena espiada e vejo que é a garota do oito, lembro dela. Na colheita quando seu nome foi chamado ela sorria como se tivesse amando tudo aquilo. Mas agora estava tensa e com medo.

Ao me ver ela joga em mim uma das facas que segura, eu facilmente me desvio dela, e então ela joga a outra. Agora ela está desarmada e é a minha hora de atacar.

Pego o machado que está preso no meu sinto e vejo ela rir com desdém para mim como se eu não tivesse chance alguma com ela mesmo com milhares de facas e dois machados.

Um grito animalesco sai da minha garganta e em um choque de encontro dos nossos corpos ela cai no chão. Com minhas pernas seguro as mãos dela e pressiono o machado em seu pescoço.

– Então sorrisinho – eu começo falando na voz mais doentia que consigo – será uma morte rápida? – eu pergunto – ou lenta? – dou a ela a opção de escolher e sei que nesse momento toda a câmera por perto está me filmando.

– Você não tem coragem – ela fala ainda sorrindo e se debatendo – eu vi você, está morrendo de medo dos jogos.

– Bom – eu digo – acho que todos caíram direitinho na minha encenação e a sua morte meu doce, será lenta – a garota retira o sorriso dela do rosto e agora o medo está estampado em seus olhos.

Ainda com o machado em seu pescoço eu pego uma faca em meu casaco.

– Onde está aquele sorriso seu? – eu digo – sabe gosto tanto dele que farei ele ser eterno.

E então com a lateral da faca foi o que eu fiz, abri um sorriso de lado a lado no rosto dela enquanto ela pedia que eu parasse, mas mesmo o meu coração estando apertado eu sabia o quando era importante aquilo para mim, e o quanto de patrocinadores iriam correr para me ajudar naquele momento.

A garota estava viva ainda, se debatia e gemia de dor, então para acabar com o sofrimento dela eu peguei a faca, me deitei sobre ela com os lábios sobre seu ouvido e sussurrei “Eu sinto muito” e então enfiei a faca em seu coração.

Eu realmente sentia muito, mas ninguém saberia daquilo. Fiquei em pé ao lado da minha primeira vítima, levantei meu rosto para que alguma câmera pudesse me filmar e então sorri.

– Doze já foram – eu digo alto para céu sabendo que estão me mostrando ao vivo – agora só faltam mais doze.

E então corro para a floresta feliz por não precisar mais ser aquela doce e frágil Johanna que todos na capital conheciam, mas triste, por ter certeza, que a garota do oito, não seria a minha única vítima.


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