Reencontro escrita por Carol Carrett


Capítulo 1
Capítulo Único- O Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Como sou filha de militar e gosto de escrever, uni o útil ao agradável, e escrevi uma one super simples feita na última hora. Desculpe- me se ficou meio bosta



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- Vamos logo Kath! Vamos acabar chegando bem na hora de entrar e você sabe que a Madeleine odeia isso.

Era a última noite do nosso espetáculo de fim de ano, eu estava terminando de fazer a minha maquiagem quando Sophie me chamou, ela estava estranha. Ela sempre fica meio emotiva no fim dos shows, ela diz que é por saber que está fazendo a coisa que ela mais gosta na vida. Mas hoje não; ela estava toda sorriso e abraços. Tenho duas teorias:

Ela está aprontando alguma coisa

Ela é retardada

Eu tenho fé em 50% de cada, mas vai saber o que acontece na cabecinha dela.

Chegando às partes laterais do palco, Madeleine me olha feio, mas tem um sorrisinho bobo na cara. A música toca. E as meninas mais velhas entram numa dança calma e ficam no fundo. Chegou a nossa hora. Entramos nas pontas dos pés, rodamos algumas vezes e paramos um pouco na frente da outras. E me pus a pensar um pouco.

Como o tempo passa rápido né? Já é o meu décimo segundo ano na Academia de Dança Miss Madeleine. E já faz quatro anos que ele não me assiste dançando ao vivo. ELE não é um namoradinho como vocês devem estar pensando, é o meu pai. Ele é um militar que foi escalado a ir para a guerra, e já faz quatro anos que eu não o vejo pessoalmente, só o vejo pela internet agora. Eu quase morri quando soube que ele iria para a guerra (literalmente, porque quando minha mãe me ligou eu estava atravessando uma avenida e parei no meio dela em choque), ele é a pessoa que eu mais amo nessa vida. Não me leve a mal! Eu amo a minha mãe, mas o meu pai é o meu porto seguro. Ele sempre me apoiou, me levava para vários lugares e que me mostrou os esportes. Eu amo a dança porque ele me colocou quando eu tinha cinco anos por causa da minha animação.

Eu sinto tanta saudade dele!

E quando me dei por mim Madeleine estava pegando o microfone para dar o seu discurso.

- Olá a todos! Primeiramente uma salva de palmas para as nossas dançarinas e dançarinos!- todos se levantaram e aplaudiram, assoviariam, gritaram... – Eu quero agradecer a todos que fizeram esse show possível, as dançarinas e os dançarinos, a todos os professores, aos pais (que confiaram seus filhos a nós), os patrocinadores e ao público. Esse ano acontecerá uma coisa diferente! Katherine Miller venha até aqui menina! – gelei, pensei em tudo que tinha aprontado em todos aqueles anos- Relaxa não é bronca! – ela disse quando cheguei a seu lado- Pessoas! Essa menina aqui dança na academia desde que tinha 5 anos. Eu me lembro de quando ela entrou, ela já chegou derrubando algumas cadeiras e uma garotinha de tanta animação que afobamento. Ela é como uma filha para mim. Já aprontou diversas vezes, põe a academia de ponta cabeça sempre que vai lá. Mas não a chamei para falar de todas as coisas que ela já fez, eu demoraria demais. Todo ano eu penso em maneiras diferentes para fazer esse discurso, e nesse ano a resposta veio até mim. Uma pessoa muito especial para você ligou para mim há uma semana, ela me disse que queria fazer uma surpresa para você, mas não podia ser qualquer surpresa já que você não o vê a quatro anos. – nessa hora eu já tinha algumas lagrimas em meus olhos pensando em uma única pessoa- E essa pessoa está ali! – ela apontou para o outro lado do palco. Onde um homem estava com roupas do exercito.

Eu gelei. Não acreditava que era ele! Ele tinha voltado!

Saí em disparada de onde eu estava e me joguei nos braços do meu pai. As lagrimas já corriam livremente pelas minhas bochechas. Ele esta aqui!

- Eu senti tantas saudades papai! Você não sabe o quanto!

- Eu sei sim minha pequena, eu sei porque também senti a sua falta. Eu sempre pensava em você quando estava lá. Sempre que eu estava no meio de um conflito eu pensava o quanto eu te faria sofrer se eu morresse, e era isso que me dava forças para levantar de manhã, que me dava forças na guerra, que me dava forças quando eu estava prestes a morrer. Eu pensava em você, minha garotinha, todos os dias. E você não faz ideia do quanto eu estou feliz por ter sobrevivido todo esse tempo, e de quando eu senti sua falta e da sua mãe também.

As lagrimas de saudades ainda corriam pelo meu rosto quando Madeleine terminou de falar o discurso, que eu nem prestei atenção. Eu e meu pai estávamos lado a lado, o braço dele passava pela minha cintura e os meus dois braços pela cintura dele. Depois que Madeleine terminou o discurso, as pessoas começaram a sair. Uma cabeleira loira platinada que eu reconheceria de longe saiu correndo das arquibancadas em nossa direção, era a minha mãe, me afastei um pouquinho para ela poder pular no pescoço de meu pai e eles começaram a se beijar intensamente (ainda bem que as crianças já tinham ido embora). E do nada, Sophie apareceu na minha frente.

- Porque será que eu acho que você sabia disso?

- Nem sei – ela respondeu, rimos.

- Se eu não tivesse com tantas saudades dele e não quisesse ficar um pouquinho mais de tempo, eu pediria pra você se posso dormir na sua casa, porque a noite deles vai ser longa- sussurrei no ouvido dela, rimos novamente.

- Sophie! – disse meu pai quando os dois finalmente se separam

- Olá tio! – ela o abraçou, ele a conhecia desde sempre, já que o pai dela e o meu são amigos. –Bom gente, vou indo.

- Diga para o seu pai que temos que marcar um churrasco!

- Ok

Nós três começamos a andar calmamente em direção ao estacionamento pra poder voltar para casa quando o meu pai virou-se para minha e disse:

- Que história é essa de você ter um namorado, Katherine Miller?

Essa noite vai ser beeem longa.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem



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