Acordei meio pra baixo.

Ainda queria que os gêmeos entrassem pro circo.

E também estava nublado, isso ajudava na "tristeza".

Mas depois acordei animada, pensando neles encontrando a mãe.

– Bom dia, mamãe e papai!

– Bom dia, princesa!

– Pai! Não sou uma criança!

– É sim!

– OK...

– Coma logo filha, porque ta quase na hora do curso!

– Sim, mãe!

[...]

– Alunos, essa será a nova professora de vocês! Vovó fuego.

– * Seja bem-vinda, vovó fuego! *

– Huhu! Muito obrigada, queridos!

– Então vamos começar!

Fiquei fazendo meus treinamentos de sempre, enquanto conversava com meus primos.

– Vovó fuego?- perguntou Solange à mim.

– Sim.

– Nome esquisito!- disse Luan.

– Para! Nome de circo é estranho mesmo.

– Desculpa, Doux. Mas nossos nomes não são nada estranhos!- disse Solange.

– Sol, Lua. Não é estranho?

– Doux que é!- disse Luan gargalhando.

E aí o dois gargalharam. E muito!

– Mas é DOUXZINHA!

– *Como se fizesse diferença!*

Não aguentei e gargalhei também.

Eles, infelizmente, têm razão!

E, de repente, alguém chega ate a gente.

– Com licença, vocês conhecem Suzi Scelerisque?

– Sim, sim, é minha tia -disse Solange- ela está com as criança agora.- ela apontou.

– Obrigada.

Aí continuamos com os exercícios, até a minha mãe me chamar.

– Doux, Solange e Luan, reunião de família.

E o tio Dagger chega bem na hora.

– Tio! Reunião de família!

– Pode deixar!

– Vovó fuego, dá aula pra todos por um momento?

– Claro!

E entramos numa sala.

– Gente, essa é Fernanda.- disse mamãe- É uma estilista que vai nos ajudar com as roupas pra apresentação de final de ano,

– * É um prazer!*

Foi uma longa reunião.

[...]

Em frente ao circo

– Tudo bem!- Luan- Eu comprarei as perucas e maquiagem. E tinta se for preciso.

– Eu comprarei os acessórios!- Solange- E umas ferramentas, caso ocorrer algo na parte técnica.

– E eu comprarei tecido para as roupas!

– * 1 2 3 e vamos nessa!*

Nos separamos em três caminhos diferentes.

[...]

– Comprei, rosa, roxo, ver, amarelo... é comprei todas as cores!

E caiu algumas gotas de água no meu nariz.

– A previsão do tempo estava certa.

Então peguei meu guarda-chuva e fui andando.

A chuva não estava forte, mas o suficiente pra tirar a minha maquiagem.

– Doux?

Virei pra trás.

– Jorge?!

Ele foi até a mim e parou na minha frente.

– Tudo bem?- perguntou ele.

– Sim.

– Você ta mais bonita do que antes.

– Obrigada.- disse secamente.

– Faz um tempo que não nos vemos desde aquele dia...

– Desculpa por isso.

– Por quê? Você não quis se vingar? Eu te perdôo.

– É que vingança não é legal. Eu devia ter ficado na minha...

– Entendo...- Doux, quando eu te vi agora, eu.... que queria te pedir desculpas por tudo!

Oi?

É melhor perdoar. Faz bem.

– E vim te pedir outra chance!

– Quê?! E a Patricia!

– Já terminei com ela há um tempão!

– Mas.... Mas eu tenho...!

Ele me puxou para um beijo.

Eu não conseguia mover nem um músculo!

Além da surpresa repentina, eu não sentia nada!

Nada!

Quando ele se desgrudou de mim, o Nícolas estava vendo tudo.

– Nícolas, não é nada disso!

Ele saiu correndo.

Olhei bem pro Jorge.

– E-Eu perdôo você. Tivemos até um relacionamento bom. Mas não podemos viver essa vida juntos. Nem como amigos, adeus!- e saí correndo a procura do Ní.

A chuva alimentava mais e mais. E não tive outra escola, a não ser ir para casa.

[...]

Entrei em casa correndo, coloquei a sacola da mamãe em cima da mesa da cozinha e subi pro quarto pra chorar.

– MAS QUE PALHAÇADA!