A Profecia de Delfos escrita por GG


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridas pessoas que estão lendo isso! Eu já havia começado a postar essa fanfic na minha outra conta que eu acabei excluindo depois de um ataque de idiotice, mas O.K, só pra ficar bem claro que não é plágio, essa fanfic é de minha completa autoria. Espero que vocês gostem, acompanhem e deixem reviews. Boa leitura ♥



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A minha vida nunca foi das melhores, eu sempre morei com a minha mãe num apartamento humilde e pequenino no Brooklyn, e a minha mãe era uma mulher viciada em bebidas alcoólicas que todas as noites aparecia com um homem diferente pela casa e para completar eu sou uma criança bastante problemática, tenho déficit de atenção e dislexia, olha que maravilha! Todavia sempre me esforcei para compensar esses "pequenos obstáculos", desde pequena me empenhei na escola para não perder o ritmo dos outros bons alunos, até consegui uma bolsa integral numa boa escola particular de New York, eu me senti uma pessoa vencedora pela primeira vez na vida quando fiz isso.

— Violet, ainda não deu as boas-vindas ao Tommy?! — gritou minha mãe irritadamente da porta do apartamento, ela estava abraçada a um homem com cara de marginal, veja bem quando digo cara de marginal eu me refiro a um homem alto e um pouco acima do peso, uma jaqueta preta e calças jeans surradas e com pedaços faltando, cicatrizes no rosto e um olhar maníaco.

— Mas não quero que o Tommy seja bem-vindo na minha casa. — eu digo cruzando os braços, talvez não tenha sido boa ideia pois o homem abre um sorriso cruel e doentio, eu sinto um tremor percorrer meu corpo e faço exatamente o que costumo fazer todas as vezes que sinto medo, coloco a mão no pingente do meu colar antigo, minha mãe costumava dizer que fora o único presente que recebi de meu pai fugido, eu não o conheci.

— O que disse, garotinha? — pergunta Tommy desafiadoramente, ele se solta abruptamente do abraço de minha mãe que ri baixinho, ela realmente parece se divertir com a cena, nem liga para a encarada sinistra que Tommy me dá.

— Disse que não quero que você seja bem-vindo na minha casa, Tommy. — eu digo no mesmo tom de voz que Tommy, ele avança na minha direção e eu recuo na direção do meu quarto, Tommy consegue me alcançar e me empurra violentamente para dentro do meu quarto, meu coração dispara.

— Da próxima vez, você vai dizer que não quer que eu seja bem-vindo aqui sem os dentes! — ele grita, eu tento agir o mais rápido possível quando ele se aproxima cada vez mais, bato a porta com força e tranco-a quase automaticamente, ele começa a chutar a porta mas graças a alguma força divina ela não se abre. — Abra agora!

— Nunca! — eu grito do outro lado da porta, já deitada na cama com a cara no travesseiro.

Eu nunca vou conseguir entender o motivo da minha vida ser tão infeliz e terrível, eu já passei por coisas parecidas antes, quando era menor, mas fora pior, eu recebera dois tapas na cara de um sujeito idiota chamado de Alfred, minha mãe não fez nada para pará-lo e no dia seguinte ainda disse que fora merecido, que eu fora muito sem educação com Alfred.

As lágrimas são coisas que não consigo evitar mas naquela noite eu não as reprimo, pelo contrário, deixo que corram livremente pelo meu rosto pálido, quando eu adormeço sou envolvida pelas trevas.

+++

Quando abro os meus olhos estou num lugar escuro e frio, mas não sinto medo, já estive aqui várias e várias vezes, este é o lugar onde encontro um homem misterioso que se diz meu pai, sempre que tenho medo ou estou passando por momentos terríveis eu o encontro em sonho, abro um sorriso quando as trevas começam a formar o corpo do homem das sombras.

— Olá, pequena Violet. — cumprimenta a voz, eu anuo com a cabeça educadamente.

— Olá. — eu digo gentilmente.

— Criança, eu vi o que você tem passado com a sua mãe. — diz a voz cheia de pena e tristeza transbordando. — Eu realmente sinto muito mas fico feliz que seja corajosa e forte o suficiente por ter aguentado tantos anos mas agora você já está na idade de ir embora.

— Ir....embora?

— Sim, para um lugar com crianças como você, crianças que são do mesmo jeito que você, quem têm histórias semelhante de diferentes formas!

— E que lugar é este?

— Acampamento Meio-Sangue.

— Quer que eu fuja para um.....acampamento?

— Exatamente, mas não vá pensando que é uma bobagem, eu, seu pai, garanto-lhe que não é.

— Devo confiar no senhor, meu pai. — eu digo, ele sempre esteve por perto nos piores momentos então devo lhe dar um voto de confiança.

— Ótimo. — ele diz e estala os dedos brincalhão. — Quando acordar, irá arrumar uma bolsa com roupas, suprimentos e tudo que achar que precisa, eu irei guiá-la até Long Island, haverá dinheiro no criado-mudo da sala quando passar por lá, deixe um bilhete para Emma....

— Espere aí, como vai haver dinheiro no criado-mudo? Mamãe não deixa dinheiro perto de mim!

— Claro que não deixa. —ele diz e abre um sorriso amedrontador. — Mas eu deixo.

Eu nem tenho tempo de discutir pois o sonho começa a dissolver-se em sombra mais uma vez.

+++

Desperto ofegante mas com um sorriso radiante no rosto.

A primeira coisa que faço é trocar de roupa, coloco calças jeans pretas e uma camiseta de manga com uma frase qualquer, arrumo minha mochila logo, assalto os armários da cozinha e encho cinco garrafinhas de água, vou até a sala de estar na pontinha dos pés e escrevo um bilhete para minha mãe.

“Mãe,

Chegou a hora de ir embora, não aguento mais essa vida, não aguento tudo isso pelo que passo, eu não devo merecer isso. Meu pai me guiará em segurança até o lugar a qual pertenço, seja lá o que for isso.

Sempre te amarei,

Violet Charbonnet."

Fico exultante quando encontro o dinheiro no criado-mudo da sala, coloco os duzentos dólares na bolsa cuidadosamente. Dou um suspiro demorado quando encaro a casa uma última vez, não deveria hesitar mas sentirei falta da minha mãe, não a mulher que enche a cara todas as noites mas aquela que fora a minha verdadeira mãe quando eu era bem menor, aquela que não bebia e estava sempre sóbria e pronta para me dar carinho e atenção.

Saio para a noite escura e fria em busca do Acampamento Meio-Sangue, sem olhar para trás mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Eu continuo se tiver leitores. Por favor, deixem reviews, podem ser sugestões, críticas ou elogios, tanto faz. Apenas expressem a sua opinião. Obrigada.



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