Quando o amor bate à porta escrita por Walker


Capítulo 6
Olimpíada!


Notas iniciais do capítulo

Olá povo!
— Capítulo programado dia 20/12.
Gente, só pra constar, eu sei que anteriormente tinha posto o nome da secretária de Jack como Ellen (apelido El), mas como o apelido do lindo do Khael é El também, mudei o nome dela pra Ash. Espero que não se importem!
Boa leitura e até lá embaixo.



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POV Jack.

Horas atrás.

Dave se autoconvidou para minha casa e, mesmo eu dizendo que não, ele veio comigo. Como eu realmente não estava com humor para brigar ou insistir, fiquei simplesmente ouvindo seu tagarelar, tentando tirar Lissa da minha cabeça.

Bem, eu sabia que tinha que reconquistá-la, mas não sabia como.

Chegamos em casa, falei com Ash que disse que meus pais não estavam e subi para o meu quarto, me jogando na cama.

– Hey Jack, onde está sua cabeça, cara? Você mal me ouve. – Perguntou Dave, sentando ao meu lado.

– Ainda não acredito que Lissa me deixou. E eu não sei como tê-la de novo. – Fiquei encarando o teto.

– Nossa, você está enchendo o saco com isso sabia? – Rolou os olhos. – Então, como eu sou um bom amigo, vou te apresentar uma boa ideia pra reconquistá-la.

– E o que é? Magia? – Ironizei.

– Credo, não, eu que não vou mexer com isso. – Dave meneou com a mão. – Se chama ciúmes.

– Como assim? – Me sentei, o encarando curioso. – Fazer ciúmes para ela com quem?

– Comigo é que não é. – Riu. – Mas não pode ser qualquer uma. Tem que ser uma menina de respeito, alguém parecida com Lissa.

Bem, eu não conhecia muitas meninas parecidas com Lissa.

– Me ajuda então, porque não tenho ideia alguma. – Me joguei novamente na cama, suspirando.

–Bem... Gina Perks? – Neguei. Essa menina era mais forte que eu! Eu tinha um pouco de medo dela. – Lunna Bean? – Não. Não mesmo. – Que tal... A Uckerman?

Aí foi demais. Ri até minha barriga doer.

– Fala sério Dave! Eu não a suporto! – Recuperei o fôlego.

– Não sei por quê. – Bem, eu sei, pensei. – Mas segue meu raciocínio: ela é bonita (Ah, é sim Jack!), é inteligente, um gênio da matemática, é meio popular... Ela é uma boa adversária para Lissa.

Pensando bem e deixando de lado o fato de que eu não podia passar cinco minutos ao lado dela sem brigar, Dave estava certo. Uckerman era até bonitinha, e acho que posso relevar o fato dela ser mais nova que eu quase dois anos. Se nós já fomos amigos antes, acho que daria para sermos de novo. Eu acho...

– Ok, vamos supor que eu escolhesse a Uckerman. O que me garante que ela aceitaria? – Perguntei.

– Eu garanto. – Sorriu ele como se tivesse descoberto a cura de alguma doença grave. – Aquela amiga dela, Lília, Marília...

– Sicília. – Corrigi.

– Enfim, é apaixonada por mim. Eu poderia dar uma chance para ela se a Alice aceitasse esse seu plano.

– Cara, a sua mente é do mal. – Eu observei. – Coitada da menina.

– Qual é, tem uma ideia melhor?

Bem... Não.

Depois de quase ter um ataque cardíaco de tanto correr até a casa de Alice, vi que ela estava atravessando a rua e fui até ela. Demorei a convencê-la a me seguir, mas ela concordou e a levei até a pracinha perto da sua casa.

Eu realmente não achei que aquilo iria funcionar. E minhas suspeitas só se confirmaram quando ela começou a rir da minha cara.

– Você tem algum problema mental? – Perguntou. – Bem, quer dizer, mais algum além de retardamento?

– Não precisa ser tão cruel. – Rolei os olhos.

– Me diz então, Jackson, porque raios eu faria isso? – Ela pôs as mãos na cintura. Parecia uma criancinha, e me dei conta de que aquela praça fora a praça da última vez que havíamos brincado. Balancei minimamente a cabeça.

– Bem, todo mundo sabe que Sicília é apaixonada por Dave. – Ela fez uma cara de surpresa. – Fala sério, Uckerman! Todo mundo mesmo já percebeu. E Dave se propôs a dar uma chance pra ela caso você aceite.

– Você está falando sério? Jackson, isso é chantagem.

– Eu prefiro chamar de “convencer por meio de sentimentos”, porém se você quiser chamar assim... Bem, eu tenho certeza que ela ficaria muito feliz com isso. Faz quanto tempo que ela quer sair com Dave? Uns três, quatro anos? Achei que você era uma boa amiga. – Alice pareceu prestes a replicar, mas eu continuei. – Vamos lá, nós não teremos que nos beijar. É só fingir que você gosta de mim.

– Isso já é difícil o suficiente. – Ela pareceu refletir. – Você tem que prometer que Dave não vai machucar os sentimentos dela.

– Com certeza não. – Sorri. Eu conseguira, afinal!

– Tudo bem então...

POV Alice.

E fui fazer o relatório com Greg. Eu estava muito distraída, mas finalmente acabamos e voltei para casa, quase sendo atropelada.

Ser namorada falsa de alguém não era a coisa mais interessante do mundo, principalmente se esse alguém fosse Jack, mas eu não consegui recusar quando ele me disse que Dave sairia com Sici se eu aceitasse.

Ela falava nele 24h ao dia, sete dias por semana, 365 dias ao ano, e almejava um encontro com Dave desde a sexta série. Que péssima amiga eu seria se não a ajudasse! Mas, como eu sabia que ela não gostaria nadinha se eu dissesse que ele faria isso como um favor ao amigo, eu não falei nada.

Quando contei a Sici sobre meu namoro com Jack ela ficou muito desconfiada e meio chateada por eu não ter falado que gostava dele, mas tive que enrolar um pouquinho pra ela acreditar e me perdoar por esconder minha “paixão” por ele. Argh... Não acredito que estou fazendo isso.

Fiquei pensando durante a noite se Dave iria mesmo pedir pra sair com Sici e estava quase desistindo disso quando, no pátio da escola no dia seguinte, vi a multidão feminina se abrindo como se fosse o Mar Vermelho e fiquei esperando que Moisés saísse de lá, mas era só o amigo da Assombração.

Sici quase dilacerou meus ossos ao ver ele, apertando meu braço, e quase me transformou em pó quando ele veio até ela.

– Hey, Sicília não é? – Perguntou com uma voz meio galanteadora e senti ânsia de vômito.

– É sim... – Ela sorriu abobada.

– Posso falar com você um segundo?

– Claro! Quer dizer... – Pigarreou. – É, tudo bem.

E foi com ele, me lançando olhadelas assustadas e eu sorri para que fosse em frente.

– Espera, vocês viram o que eu vi? – Perguntou Louis, franzindo o cenho.

– Isso é muito estranho. – Carl falou desconfiado. – Primeiro você começa a namorar com Jack, Ally, e depois vem esse menino falar com Sici. O fim está próximo!

– Fala sério Carl. – Louis rolou os olhos para o irmão. – Você não vê que esse menino não é bom o suficiente para Sici? Ela é sei lá, uma princesa, e ele é um sapo.

Olhei para ele surpresa.

– O quê? – Perguntamos eu e Carl em uníssono.

– Ah... Nada, sei lá. Vocês entenderam. – Ele corou e olhou para o relógio. – Olha só, já deu a hora! Que pena né... vamos logo.

E praticamente correu até a sala de aula.

– Seu irmão tem problemas. – Falei pra Carl.

– Tem mesmo. – Passou o braço pelos meus ombros. – Vamos logo, pequeno polegar.

Eu ri e fomos para a classe.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? E feliz ano novo, que Deus abençoe!



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