Quando o amor bate à porta escrita por Walker
Notas iniciais do capítulo
Oi gente!
— Capítulo programado dia 20/12.
Espero que gostem!
POV Ally.
Uma semana depois.
– É verdade, El. – Respirei fundo, concordando com Khael. – Eu sei que preciso fazer isso.
– Ally, não se preocupe, são só alguns dias. – Ele tentou apaziguar minha dor.
– Mas como será que ele vai ficar? Ele é só um bebê! E mal conheço Gregory, e se ele for um psicopata? – Meus olhos estavam cheios de lágrimas.
– Para de frescura, Alice! – Khael queria rir. – Ele é só um ovo. E aliás, o Gregory é o “padrinho” dele.
Olhei para Boone. Ah, fala sério, eu gostava mesmo de cuidar dele!
Eu e Khael paramos na frente da escola. Ele era um adolescente alto e forte, de pele negra e olhos cor de mel, com os cabelos cortados estilo militar. O abracei e me despedi, descendo do carro.
A ultima semana de aula havia sido normal. O trabalho de sociologia estava indo muito bem e eu estava adorando os assuntos que estávamos dando, principalmente em matemática.
Fui em direção à Sici e aos gêmeos e ficamos conversando até a aula começar.
– Hey Ally, sabe o que eu soube ontem no treino? – Perguntou Carl.
– O quê? – Franzi o cenho.
– Vai haver uma olimpíada de matemática regional. – Ele comunicou. – Tem um montão de cartazes anunciando.
– Como assim?! – Perguntei eufórica. Eu nunca participei de uma, mas sempre quis. Porém para as olimpíadas regionais juvenis tinha que ter pelo menos quinze anos.
– Participa amiga. Você é um Einstein pra essas coisas. – Sorriu Sici.
– Você acha que eles me aceitariam? Eu ainda tenho só quatorze... – Fiquei apreensiva.
– Temos certeza. – Todos falaram em uníssono.
Fiquei pensando nisso. Eu realmente era boa em matemática e adoraria participar de uma olimpíada, mas será que eu conseguiria passar? Depois das regionais vinham as nacionais e, por fim, as internacionais. E tenho certeza que se eu chegasse às internacionais eu já estaria muito feliz, mas o problema era conseguir chegar até lá.
O sinal bateu e fomos para a sala. O que me deixou mais animada é que o professor me chamou para conversar com ele e falar sobre as olimpíadas logo ao fim da aula.
– Olá Alice. – Cumprimentou o prof. Augustus. – Você pode ficar mais um pouco, por favor?
Assenti e fui até ele.
– Gostaria de te entregar esse papel. – Ele me entregou o pôster da olimpíada. Começava daqui a um mês e alguns dias. – Eu vi seu histórico escolar e você não possui nenhuma nota abaixo de nove na minha matéria desde a quinta série.
– Ah, que isso professor. – Sorri. – Mas... Eu ainda não tenho quinze anos.
– Isso não é problema. – Ele meneou com a mão, como se fosse desimportante. – Eu consigo com que você entre.
– Sério?! – Arregalei os olhos com um sorriso. – Olha, professor, se o senhor não puder...
– Não se preocupe Srta. Uckerman. Tenho certeza que você será muito útil para o nosso time. – Ele sorriu ternamente.
Agradeci e saí correndo animada para procurar Gregory e entregar Boone. Ele estava na biblioteca, e entrei toda afoita e suada.
– Hey Greg. – Chamei um pouco alto, e a bibliotecária me olhou repreensiva.
Greg tirou os olhos do livro que lia e sorriu ao me ver.
– Oi Ally. – Sussurrou. – Senta aqui.
Fui até lá e tirei Boone da caixinha.
– Cuida bem dele, por favor. – Pedi, dando um beijinho na casca do ovo. – Mamãe te ama.
Greg me olhou com uma cara estranha de “o que é isso?” e eu ri.
– Pode-se dizer que meu instinto maternal é muito aguçado. – Expliquei e ele pegou Boone com cuidado.
– Vou tomar cuidado com seu bebê, pode deixar. – Ele me olhou de um jeito estranho. Tinha alguma coisa no meu rosto? – Hum... A gente pode fazer o relatório hoje?
– Claro, mas... Não era no sábado? – Franzi o cenho.
– Era, mas sei lá... Seria legal fazer logo hoje. – Sorriu amarelo. Era impressão minha ou ele estava corado?
– Tá. A gente combina o local por mensagem, tudo bem? É que eu tenho que ir embora agora. – Olhei no relógio e estava quase na hora de Khael vir me buscar. É, eu usava ele de motorista quando ele vinha me visitar. – Tchau Greg.
Beijei sua bochecha e corri para o portão da escola.
–
Greg e eu combinamos que seria na sorveteria que tinha do outro lado da rua, o que facilitava muito pra mim. Fiquei com meus pais e depois que meu pai voltou para o trabalho e mamãe teve que ir testar algumas receitas para o novo livro eu resolvi me vestir logo.
Coloquei uma blusa lisa com uma leggin e um sobretudo (o inverno ainda não tinha ido embora, mesmo que em Miami as temperaturas fossem mais altas), calcei uma bota e saí de casa.
Enquanto esperava pra atravessar a rua fiquei pensando sobre a olimpíada. Eu sei, eu sei, provavelmente eu era a única garota de quase quinze anos que ficava entusiasmada com matemática, mas e daí? Cara, eu realmente queria participar daquilo.
De repente, quase chegando do outro lado da rua, senti uma mão tocando no meu ombro.
– O que você quer? – Perguntei, surpresa ao ver quem era.
– Oi pra você também. – Jack ofegou, apoiando as mãos nos joelhos. – Cara, eu tive que correr muito pra chegar até aqui. Precisamos conversar.
– Eu estou indo fazer o relatório com Greg agora. Precisa ser nesse momento? – Perguntei.
– Precisa sim.
Rolei os olhos e enviei uma mensagem para Greg que eu iria demorar alguns minutos para chegar.
O que será que esse menino queria?
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