Quando o amor bate à porta escrita por Walker
Notas iniciais do capítulo
Gente, oi! Primeiramente gostaria de dizer que vou viajar hoje e vou passar dois meses fora.
Sim, dois meses! Meu pai vai dar aula numa universidade do exterior e não sei com que frequência conseguirei postar.
Por sorte, tenho capítulos prontos aqui e vou programá-los. Quanto aos comentários, bem, eu vou tentar respondê-los pelo celular, mas se eu não responde-los saibam que não é porque eu não quis tá?
Mesmo assim, continuem mandando! Eu adorarei lê-los e vou tentar responder todos. Até lá embaixo e boa leitura!
POV Alice.
O resto da tarde foi agradável. Meu pai voltaria do trabalho às sete horas para nos buscar e mamãe precisou ir até a editora que publicava seus livros de culinária para uma reunião, o que me rendeu uma tarde meio solitária.
Estudei e vi alguns filmes de comédia romântica enquanto comia chips de maçã que eu mesma havia feito.
Quando eram umas cinco horas meu celular tocou, e era um número desconhecido. Estranhei, já que quase ninguém me ligava.
– Alô, quem é? – Atendi.
– O irmãozinho mais gato do mundo. – A voz conhecida falou do outro lado da linha, com um tom engraçado, e eu caí na gargalhada.
– Khael! – Exclamei feliz. – Você está aqui em Miami? Como assim? E que número é esse?
– Espera, criança. São muitas perguntas para um só Khael. – Ele riu. – Estou aqui em Miami sim. Vim passar uns dias por aqui e só vou embora depois do seu aniversário.
– Você tá doido? Meu aniversário é só daqui a um mês e meio, Khael.
– Não é maravilhoso?!
– Vem pra cá agora! A gente tem muito o que conversar e não aceito “não” como resposta.
E desliguei.
Khael não era exatamente meu irmão, mas eu o considerava um. Quando eu nasci ele tinha dois anos, e cuidou de mim sempre como uma irmãzinha. Ele é filho de outros amigos dos meus pais, Michael e Kimberly.
Fazia mais ou menos um ano desde que ele resolvera ir para Washington estudar, e sei lá o que deu nele pra se mudar pra Miami de novo por um mês e meio.
Infelizmente Khael estava no aeroporto mais distante da minha casa e logo eu teria que me arrumar para o jantar, então marcamos dele vir nos visitar no dia seguinte.
Como a minha vontade de ir era 0%, vesti um short jeans e uma camiseta regata.
Óbvio que meus pais me mandaram trocar aquela roupa de ir na padaria, então escolhi um vestido branco e rendado, colocando um salto discreto bege e fiz uma cobertura leve de maquiagem, deixando o cabelo solto. Peguei também um sobretudo, já que estava frio.
– Isso sim é roupa pra um jantar, Ally. – Sorriu mamãe. Ela estava linda como sempre, vestindo um vestido simples, porém longo.
– Celina, acho que o vestido dela está meio curto. – Meu pai Peter começou. Ah não...
– Pai, o vestido está no joelho. – Rebati.
– Essas crianças de hoje em dia... – Papai bufou.
Fomos então para a casa dos Mills. Contei a eles sobre Khael, e ficaram felizes dizendo que iriam convidá-lo para ficar um tempo lá em casa.
A casa de Jack não era novidade para mim. Quando eu era mais nova eu vivia indo lá, mas depois do que houve nossa amizade nunca mais foi a mesma. Na verdade, ela meio que evaporou.
O local era bem clean. As paredes eram brancas e as janelas eram de vidro, com design moderno e vista para o mar. Realmente uma beleza.
A Sra. Mills nos recepcionou. Ela tinha longos cabelos castanhos presos em um coque belo e jurava que não tinha plástica, mas eu sabia que tinha. Fala sério, ninguém de quarenta anos conseguia ter aquele corpo sem uma boa lipo!
– Oi, entrem! – Convidou com um sorriso. – O Frank recebeu uma ligação urgente do trabalho, mas já vai chegar. – Ela olhou para mim. – Nossa, Celina, sua menina já está uma moça.
– Obrigada – Eu sorri educada.
– Ah e querida, Jack pediu para que você subisse. – Ela avisou.
– Subisse? – Meu pai perguntou antes que eu pudesse fazer algo. – Pro... Quarto dele?
– É, eu acho... – A Sra. Mills confirmou estranhando.
– Ah não. Minha bebê não vai pra...
– Pai! – Exclamei, morrendo de vergonha. – Eu tenho juízo viu? E é só pra fazer um trabalho.
– Hum... Ok então. – Ele me olhou desconfiado enquanto mamãe queria rir.
Quando eu já estava no topo da escada...
– Abaixa o vestido!
Eu mereço.
–
A porta de Jack era a segunda à direita. Tudo que eu queria era pegar logo o Boone, responder o questionário da semana e ir embora, então depois de bater na porta duas vezes sem resposta resolvi entrar.
O quarto da Assombração estava quase irreconhecível. No lugar dos brinquedos agora estavam taças dos campeonatos de basquete. No lugar dos quadros infantis estavam fotos. E no lugar da cama estava um Jack babando.
Ri baixinho e fui acordá-lo. Foi quando vi no criado mudo ao lado da cama Boone numa caminha cuidadosamente arrumada.
Aí eu não me segurei e gargalhei.
– O que você tá fazendo aqui?! – Perguntou ele, que acordou de supetão. Percebi que estava só de bermuda e corei violentamente.
– Vi que você levou a sério cuidar do Boone, né?- Desviei o olhar de seu tórax e apontei para a caminha do ovo.
– Hum... Foi só... Prevenção. – Tentou se explicar, se enrolando.
– Que tal a gente responder logo esse questionário antes do jantar? – Disse eu, me sentando sem permissão na cadeira da escrivaninha.
Para meu alívio, Jack vestiu uma camisa. A noite não foi muito mais do que o que eu esperava, que era basicamente uma relação estritamente profissional. O primeiro questionário vinha com perguntas sobre o nosso “filho”, como nome, avós, tipo de berço, quarto, aparência (como nós o imaginávamos) e eu achei isso uma completa besteira, porque eu e Jack diferimos em tudo, menos o nome e os avós.
– Jack, simplesmente não dá pro Boone ser ruivo dos olhos azuis! – Eu exclamei pela milésima vez, a minha paciência quase no fim.
– Porque?! – Questionou, irritado.
– PORQUE EU TENHO CABELOS LOUROS E OLHOS VERDES E VOCÊ TEM PELE MORENA E CABELOS PRETOS! – Exclamei.
– Ah. – Ele respondeu pensativo. – É verdade.
– É só uma questão de genética. – Respirei fundo, me acalmando.
Ficamos em silêncio e estranhei o fato de ele não ter me replicado. Jack estava diferente. Ele não estava querendo me irritar naquele dia, ou se vangloriando. Ele parecia triste.
– Ei Jack. – Chamei. – Tem algo errado?
Ele me olhou curioso.
– Porque você quer saber?
– Hum... É por que... Ah, é estranho. Você está caladão e fica difícil fazer o trabalho com a sua cabeça nas nuvens. – Me atrapalhei um pouco.
– A Larissa terminou comigo. – Ele confidenciou, e por um momento senti pena dele.
Por um momento.
– Fala sério, Alice, não tem nada haver ela ter feito isso. Eu sou tipo... Perfeito! – Ele exclamou. – Porque ela fez isso?
– Porque será? – Ironizei e antes que ele pudesse replicar, seu pai nos chamou para comer.
Descemos e comemos um risoto delicioso de salmão. Os pais de Jack estavam estranhos, e parece que não fui só eu que percebi. Eu hein. Família esquisita.
O dia acabou e caí na cama logo que cheguei em casa, dormindo até o dia seguinte.
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E aí? Ficou bom?
Beijoos