Quando o amor bate à porta escrita por Walker


Capítulo 11
27 pra 30


Notas iniciais do capítulo

Olá! Obrigada pelos comentários, vocês são umas fofas. Espero que gostem desse capítulo, não vai ser nada muito romântico já que é basicamente basquete jwnfiwnir mas o próximo vai compensar -mistério-. Espero que gostem!



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O domingo estava bom para ser preguiçoso. Fomos pra missa e, ao chegar em casa, coloquei meu pijama da Minnie e me joguei na cama para assistir o filme que o professor de filosofia havia nos pedido.

Eu sinceramente achei que ia ser um saco, mas sinceramente, era muito bom. Coloquei Boone numa caminha improvisada do meu lado (ele estava cheirando mal, não quis nem pensar na probabilidade de Boone estar apodrecendo) e no dia seguinte era a vez de Jack ficar com ele.

Jack. Não queria mesmo pensar nele.

Enquanto eu comia preguiçosamente alguns cookies, mamãe bateu na porta do meu quarto.

– Alice, meu amor, já são quatro e cinquenta. – Lancei pra ela um olhar confuso. – Nós já vamos nos arrumar para o jogo de basquete.

– Ah, mãe... Sobre isso – Eu respirei fundo. Ir para o jogo iria ser muito desagradável pra mim, ter que ver Jack e falar com ele, fingir ser a namorada dele. Eu sei que no dia seguinte isso seria inevitável, mas o quanto mais eu pudesse prolongar, melhor. – Eu não estou me sentindo bem.

Mamãe me olhou longamente com uma expressão que eu não soube reconhecer.

– Aposto que essa dor é no coração.

Eu era realmente tão transparente assim?

Mamãe entrou no quarto e sentou na beira da minha cama.

– Eu sei que provavelmente você não quer falar sobre isso agora. – Eu assenti e ela me deu um sorriso. – Mas eu sou sua mãe e quero que saiba que sempre que quiser conversar, eu vou estar aqui.

Quão sortuda era eu em ter uma mãe assim? A abracei e agradeci, e fui me arrumar. Eu teria que enfrentar aquilo mais cedo ou mais tarde.

POV Jack.

Eu estava uma pilha de nervos. Aquele jogo era decisivo, era exatamente o que eu precisava pra mostrar para os treinadores que além de uma carinha bonita eu era um bom capitão.

Um ótimo capitão com uma carinha bonita, é claro.

O time todo estava tenso, meio calado, e o silêncio misturado com aquele cheiro de meia suja do vestiário estava me irritando.

– Qual é a de vocês? Vamos ficar calados assim mesmo? Relaxem! – Tentei animar.

– Como relaxar, Jack? Todos estão com as expectativas lá em cima sobre nós. – Miller falou, passando as mãos pelos cabelos louros. – É pesado.

– Ok, todos se lembram dos nossos treinos? – Olhei ao redor e o time assentiu. – Eu sempre disse para levarmos o treino tão a sério quanto o jogo. Então ajam agora como no treino, só que com o máximo de determinação. Se nós passarmos dessa fase, ótimo! Se não, nós tentamos outra vez ano que vem, não é o fim do mundo. Só porque a gente perdeu várias vezes antes, não significa que não dá pra ganhar. Agora parem de agir como menininhas e vamos levantar esse astral.

O pessoal assentiu e começamos a cantar o hino do colégio. Eu sabia o quanto era importante para nós ganhar aquele jogo, já fazia seis anos que o colégio não conseguia passar nem da primeira fase, então agora que tínhamos condições de ganhar era exatamente isso que iríamos fazer. Eu iria mostrar pra todos que aquele time era cheio de jogadores em potencial e que não éramos apenas criancinhas.

O primeiro jogo era contra North Miami High School, o que era meio irônico já que nós éramos a West Miami High School. Esses meninos eram o auge da boçalidade nos jogos de basquete, sempre foi assim. O cara Francês da aula de Lari era de lá.

Não era nada bom quando eu trazia as coisas para o lado pessoal.

Nós entramos na quadra e todos aplaudiram. O treinador Fines chegou junto a nós e fez seu discurso de sempre, dizendo que dessa vez nós iríamos conseguir, que esse ano ele havia acertado em trocar de capitão e que a estratégia que eu havia montado estava boa. Não vou mentir, o peso nos meus ombros pareceu ficar cada vez mais pesado.

”Você consegue”.

O jogo começou. A bola veio pra mim, e driblei um ou dois jogadores. Eu já estava dentro do garrafão quando vi o garoto que provavelmente era o pivô se aproximar de mim. Era o Francês. Eu procurei jogadores do meu time para quem eu poderia passar a bola, e Miller (que era o armador arremessador) mexeu os braços a alguns metros de mim. Arremessei a bola, porém o francês conseguiu pegá-la e disparou para nossa cesta, passando para outro jogador que a arremessou.

O número dois apareceu na tabela.

Não desanime” Eu pensei.

Nós estávamos quase lá. O jogo ainda tinha dois minutos até acabar e nosso placar estava vinte e sete a vinte e oito. Precisávamos de mais dois pontos para vencer, e eu estava otimista. Dei uma olhada para as arquibancadas e vi que minha mãe e meu pai estavam lá, sorrindo. Sem brigar. Eles estavam torcendo por mim.

Mas isso durou pouco. Meu o celular do meu pai pareceu tocar, e ele o atendeu, saindo das arquibancadas e indo para dentro do vestiário. O jogo continuava rolando, mas eu não prestei atenção e quando a bola veio para mim, peguei-a de último instante e senti que alguém se jogou com força contra meu corpo para tentar pegá-la.

No momento em que caí no chão, eu senti que algo havia acontecido no meu braço. Um apito soou ao longe, marcando falta.

– Garoto, cê tá bem? – O treinador Fines veio me levantar, suas sobrancelhas brancas quase juntas de preocupação.

– Eu acho que algo aconteceu com meu braço. – Gemi, e ao tentar apoiá-lo no chão eu senti que não conseguiria marcar a falta. – Eu preciso de cinco minutos.

O treinador assentiu e eu me dirigi até o banco. Os jogadores vieram até mim, passando algo gelado no meu braço esquerdo e incentivando, até que eu ouvi uma voz feminina.

– Você tá bem? – Perguntou Alice, entrando na quadra.

A cena da noite anterior veio em minha cabeça e me senti culpado.

– Ally, eu... – Tentei me explicar, sabendo que todos os olhares estavam direcionados para nós.

– Você consegue. – Ela completou a frase de uma maneira completamente diferente, me lançando um sorriso meio sem humor. – Direcione a força para seu braço direito, você pode apoiá-lo com o braço machucado. Tente posicionar sua mão de maneira que o arremesso vá alto, porém não muito longe, e não ache que precisa fazer muita força no braço, apenas o empurre num ângulo de cinquenta graus.

– Não sabia que você era boa em basquete. – Dave franziu o cenho.

– Não sou. – Ela se virou para ele, sorrindo. – Sou boa em matemática.

E depois saiu, sem falar nada. Eu estava pasmo com aquilo, e muito desconfiado. Ela estava com raiva de mim, porque me ajudaria?

Mas de repente me vi confiando em Ally. Eu sabia que mesmo que ela estivesse irritada comigo ela nunca sacrificaria a vitória do time por causa disso. Eu devia tentar usar aquele método, e pronto.

Os cinco minutos acabaram e o treinador veio até mim.

– Você consegue marcar a falta, Mills? – Perguntou. – Eu posso substituí-lo.

– Eu consigo. – Tentei lançar o sorriso mais convincente que consegui. – Pode deixar.

Fui marcar a falta. Toda a quadra estava silenciosa, e eu conseguia sentir meu coração bombeando sangue para o resto do meu corpo. Braço esquerdo apoiando o direito. Arremesso em cinquenta graus. Essa é a hora.

Meus olhos não seguiram a bola, pelo contrário, ficaram focados no placar. E um alívio gigante veio até mim quando o placar mudou de 27 para 30.

Seria estranho se eu dissesse que a primeira coisa que veio na minha cabeça foi o rosto de Alice?


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Eu nunca fui boa em basquete (quando fui fazer aulas eu era a que mais se arrebentava) mas espero que a narração tenha ficado boa.
Comentem! Obrigada mesmo :D



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