Quando o amor bate à porta escrita por Walker


Capítulo 1
Apresentação


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Já expliquei nas notas iniciais e tal... Espero que gostem viu! Comentem :3 Devo demorar um ou dois dias para postar mais.



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Aquilo estava simplesmente me deixando maluca. Maluquinha.

Várias coisas passavam pela minha cabeça. Números, o quanto aquela blusa pinicava, os adversários, Jack... Ah, principalmente o Jack.

Só de pensar que ele não estaria ali meu coração doía.

Um grupo entrou na quadra com o outro grupo já pronto e à espera. Eu tinha que prestar muita atenção naquilo: um daqueles dois seria meu adversário daqui à meia hora no Campeonato Nacional de Matemática. Sentei-me no banco e respirei fundo.

- Hey. - Sorriu uma moça sentando ao meu lado. Pelo que tudo indicava, inclusive sua blusa, ela era de um dos grupos que havia perdido. - Posso sentar aqui?

- Fique à vontade. - Disse eu, forçando um sorriso.

- Sinto muito pelo seu grupo. - Eu franzi o cenho e ela olhou para minha camisa. - Para falar a verdade, nem te vi competindo.

- Não não, você entendeu errado. - Eu ri. - Meu grupo ainda não competiu.

- Nossa, então porque essa cara de quem perdeu? - Ela perguntou. - Quer dizer, desculpe. Eu não devia me meter.

- Sem problemas. Sou Ally. - Apertei a mão dela.

- Sou Heather. - Ela se apresentou.

- Heather, você já ouviu aquela frase que diz: quando o amor bate na porta tem que convidá-lo a entrar?

- Hum... Sim. - Ela fez uma expressão confusa. - Isso tem haver com toda essa tristeza?

- É... Na verdade, esquece. É uma longa história. - Meneei com a mão.

- Não, pode me contar! - Ela se animou. - E temos tempo, afinal.

- Se você pediu...

E comecei tudo desde o início.

(-----)

Acho que não apenas eu, mas a vizinhança inteira acordou com os gritos estridentes da mamãe na tentativa de me tirar da inconsciência.

– Primeiro dia de aula, ervilinha! As férias acabaram!

Droga, acabaram mesmo. Mas eu até que estava animada. Iniciar o primeiro ano do ensino médio não era pouca coisa!

Eu, Alice Uckerman, sempre fui meio adiantada na escola. Meu pai Peter sempre diz que puxei à minha mãe por isso, mas sinceramente eu preferia mil vezes estar na série que devia do que entrar no primeiro ano com quatorze. As pessoas fazem muita zoação, tanto pelo meu tamanho - que por muito pouco passa de um metro e meio - quanto pela minha idade.

Idiotas.

Levantei da cama como um zumbi e me dirigi até o banheiro, encarando meu rosto. Espera, tinha um segundo em mim. Encarei, apertando com nojo o vulcão no meu queixo e vendo que aquela era uma espinha ultra dolorosa, daquelas que insistem em aparecer no rosto no dia daquela festa especial, no dia do encontro, no primeiro dia de aula... Rolei os olhos e decidi primeiro cuidar da moita na minha cabeça.

Depois de tentar esconder a espinha e de fazer minhas higienes, me dirigi até a cozinha. Mamãe, Celina, fazia o café enquanto meu pai lia o jornal. Os dois conversavam.

– Não, Peter. Meu Deus! Já disse que não vou pra esse jantar. - Mamãe cismava.

– Bom dia, família! Do que estão falando. - Cumprimentei, com um sorriso. Papai levantou os olhos.

– Olá, meu am... Meu Deus! Tem um rosto na sua espinha! - Arregalou os olhos.

– Peter! Tadinha dela, é da idade. - Mamãe abrandou a quase depressão em que meu pai estava me fazendo entrar. - Nós estávamos falando do jantar de amanhã.

– Não, por favor, gente. Tudo menos esse jantar. - Me sentei na mesa.

O tal jantar era dos pais ricassos de um garoto da minha sala, Jack. Papai e o pai dele trabalhavam juntos na Apple, e eram muito amigos, então seria uma desfeita bem grande faltar ao jantar. De qualquer maneira, eu sinceramente não suportaria passar uma noite inteira na casa do garoto mais insuportável da face da terra.

Eu definitivamente não entendia ele.

Jack era muito, muito popular mesmo. Era o astro do basquete da escola, era muito bonito, muito inteligente, muito adorado e, principalmente, muito desagradável. Pelo menos pra mim. Ele sempre me tentava superar em tudo, seja em notas ou no esporte, mas por incrível que pareça quando estávamos em público parecia que ele nunca tinha visto mais gorda.

– Mas gente, eu preciso mesmo ir. - Papai fez o olhar de cachorro pidão que sempre fazia quando queria que eu convencesse a mamãe. Droga, ele queria mesmo ir.

Eu cobraria um sorvete de baunilha mais tarde.

– Pensando bem... Vamos, mãe. Não é má ideia. - Pedi.

– Você acha? - Perguntou ela, virando para mim.

– É, já pensou? Comida chique, poderíamos nos produzir todas, seria muito divertido. - Sorri com um falso entusiasmo.

– É, pode ser. Então tá. - Papai sorriu exultante para mim. - Agora coma logo, tem aula.

Engoli minha comida, peguei minha mochila e me despedi.

– Sorvete mais tarde, você me deve. - Sussurrei para papai ao abraçá-lo.

Peguei minha mochila e parti para o novo universo desconhecido: o ensino médio.


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Notas finais do capítulo

Essa "parte dois" eu peguei da primeira estória. Comentários? Críticas? Comentem!



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