Boa Sorte, Katniss escrita por Hanna Martins


Capítulo 13
Garotas sensatas não se envolvem com Draco Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado a linda da Raiza, que fez com uma recomendação para a fic e me deixou sorrindo aqui. Obrigada, sua linda!



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— Katniss! Katniss!

— O que foi, Madge?

— Pegue esses guardanapos! — diz ela, jogando para mim um pacote de guardanapos de papel.

Olho para os guardanapos tentando decifrar... Não, ela não estava pensando que...

— Limpe essa baba, Katniss!

— Madge! — a repreendo.

— Você não para de olhar para certo alguém... — fala sugestivamente.

— Ei, eu não estava olhando para o Peeta!

— Então, você admite que estava olhando para o Peeta!

Bufo. Minha melhor amiga anda me conhecendo muito bem. Mas eu não estava olhando para o louro oxigenado... só estava... analisando o estranho comportamento dessa espécie rara denominada Peeta Mellark, uma espécie que nem a ciência consegue decifrar. Levará anos e anos de estudos para que se possa ter algum avanço nesse departamento.

Peeta conversa com Gale. Os dois estão sentados em uma das mesas do refeitório. Infelizmente, a mesa não fica muito afastada da mesa em que eu e Madge estamos. Esses dois têm andado muito juntos ultimamente. Praticamente, viraram melhores amigos. Sei que Peeta está dando algumas dicas para Gale sobre garotas. Porém, ver os dois juntos é extremamente estranho.

— Confessa, Katniss, você acha o Peeta um pedaço de mau caminho!

Minha melhor amiga pirou, a levem para um hospício, urgente, antes que ela comece a atacar inocentes por aí.

— Madge, eu te passei aquela gripe? — interrogo com uma das minhas sobrancelhas arqueadas.

— Katniss, não se faça de inocente! Vocês já se beijaram três vezes! Três vezes — enfatiza. — Ele até foi seu primeiro beijo! Vai dizer que não sente nada por ele, agora?

— Que é isso, Madge? Está me estranhando?

Ela me lança um olhar malicioso.

— Alguma coisa você deve sentir! — fala, tomando seu refrigerante. — O Peeta é muito gato! Tipo, o garoto mais bonito de nosso colégio... diria até que da cidade.

Já vi tudo, hoje Madge tirou o dia para me torrar a paciência.

— Vai negar que ele não é bonito?

— Ele é... — ela me encara. — Bonito! — admito derrotada. — Mas é tipo Draco Malfoy, lindo, sexy e mau!

— Mas as garotas adoram um Draco Malfoy!

Madge tem sérios problemas.

— Garotas sensatas não se envolvem com Draco Malfoy — rebato.

— Eu não estou dizendo que você gosta dele, muito menos que está apaixonada por ele... mas...

Aonde Madge quer chegar?

— Não se esqueça de que hoje iremos começar a trabalhar no vídeo! — a interrompo.

Peeta achou que seria uma ótima ideia fazer com que Madge participasse do vídeo. E eu precisei fazer mil e uma promessas para convencer ela a aceitar. É o que eu digo, sempre fico com a parte mais difícil nos trabalhos em grupo, se eu pensei que dessa vez iria ser diferente, estava muito enganada.

— Ok... — suspira. — Mas, Katniss, por que você não faz o papel da protagonista?

— Eu já te disse, Madge, Peeta e Gale quase enfartaram quando me viram atuar — o que não é totalmente falso, já que sou péssima na atuação. E aqueles dois realmente não me querem diante de uma câmera atuando.

Madge se prepara para protestar. Porém, sou salva pelo sinal. Está na hora de voltarmos às aulas.

Quando chego no apartamento, Peeta já está na sala, comendo um sanduíche. Vou para a cozinha pegar algo para comer. Encontro na geladeira um pedaço de pudim que sobrou da sobremesa do jantar de ontem. Pego o pedaço do pudim e volto para a sala.

— Então... — começo a falar, me sentando no sofá. — Qual é o plano exatamente que você e Gale estão tramando?

— Nada de mais... — fala vagamente. Uma resposta mais concreta não tiraria pedaço, não?

O vídeo é simples, uma espécie de clipe. Ele consiste na história de uma garota (Madge) que adora a liberdade e um garoto que tenta conquistá-la (Gale). Qualquer semelhança aqui não é mera coincidência. A ideia não foi minha, tudo saído da cabecinha de certo Mellark.

— Sei... — falo o encarando.

Peeta arqueia a sobrancelha e também fica me encarando. Somos interrompidos pelo som da campainha. Imediatamente, vou atender a porta.

— Trouxe a câmera que você me pediu — diz Madge, entrando na sala. — Oi, Peeta! — cumprimenta.

— Oi, Madge.

Se Madge soubesse que o ele está planejando, tenho certeza que não estaria nem falando com ele.

— Então... o que iremos gravar hoje? — pergunta Madge.

Peeta coça o queixo.

— Uma cena em que Gale e você dançam...

Pela expressão de Madge, sei que ela não gostou muito da ideia de dançar com Gale e está planejando como será minha morte nos mínimos detalhes. Porém, antes que ela expresse sua oposição a campainha toca e Peeta vai abrir a porta.

— Katniss, vai preparando a frase para sua lápide — murmura em meu ouvido.

Definitivamente, vou ter que fazer isso.

Gale entra na sala.

— Estávamos conversando sobre a cena que iremos gravar hoje... — explica Peeta. — É a cena em que você e Madge dançam.

Gale assente, enquanto, Madge ainda continua me lançando olhares furiosos, não tão discretos assim, com a promessa de que minha morte está perto.

— Que música vai ser? — pergunta Gale, sem se atrever a olhar para Madge.

— Hum... — Peeta pega alguns cds. — Que tal essa? — diz, colocando o cd no aparelho de som.

Misery do Maroon 5 começa a tocar. Pelo menos nem um dos dois levantou qualquer objeção.

— Então, vamos começar a gravar — fala Peeta, que resolveu tomar o posto de diretor.

Gale, um pouco sem jeito, vai para o meio da sala. Madge, um tanto relutante, ainda me prometendo que minha vida será muito breve com seu olhar, se aproxima de Gale. Eu pego a câmera e começo a filmar.

Gale de uma maneira desconfortável pega na cintura de Madge. Ela coloca a mão em seu ombro e os dois começam a dançar... Seja lá qual for o plano de Peeta, não vai dar certo... Eles são péssimos dançando juntos. Especialmente, Gale que uma vez ou outra pisa no pé de Madge. Olho para Peeta, que parece analisar a situação cuidadosamente.

— Corta! Vamos começar tudo de novo!

Madge parece um tanto aborrecida, e eu não consigo escapar de outros de seus olhares mortíferos. Gale está visivelmente desconfortável. Novamente, eles começam a dançar e novamente fracassam.

Estou em sofrimento

Não há ninguém

Que possa me consolar

É, estamos todos em sofrimentos, como diz a música, e não há ninguém para nos salvar. Acredito que até mesmo o louro oxigenado percebeu isso, já que olha a cena um tanto pensativo.

— Corta! — interrompe Peeta.

Madge e Gale param de dançar imediatamente e se afastam igual alguém que acabou de tomar um choque.

— Tive uma ideia — anuncia Peeta —, para o começo da dança... Katniss — me olha —, me ajude aqui.

O que será que o oxigenado está pensando?

Deixo a câmera em cima do sofá e me aproximo de Peeta que está no centro da sala. Antes que eu chegue perto, ele pega em meu pulso, me fazendo praticamente rodar, indo parar em seus braços. Peeta me lança um sorriso travesso e um daqueles olhares sedutores que ele sabe fazer tão bem. Muito bem, aliás. O que ele está pensando?

Sinto sua mão em minha cintura me puxando para perto do seu corpo. Meu corpo toca o seu. Estou tão perto dele que posso sentir perfeitamente a sua colônia. Sinto um pequeno arrepio com esse ato... mas tenho certeza que foi devido à surpresa, que fique bem claro!

— O que acharam? — pergunta, me soltando dos seus braços.

— Acho que ficaria legal — opina Gale.

— Madge? — pergunta Peeta.

— É... pode ser.

— Ótimo, vamos gravar então!

Pego a câmera o mais rápido possível. Ficar perto de Peeta não faz bem para a saúde.

Gale tenta repetir o gesto, mas não consegue com tanta perfeição. É preciso que Peeta explique para ele novamente.

A cena é repetida diversas vezes, até que sai adequada. Já é noite, quando conseguimos isso. Porém, a dança ainda é muito ruim.

— Isso não está dando certo... — murmura Peeta que está perto de mim. — Precisamos de mais... naturalidade... Hum, será que...

Antes que eu possa perguntar sobre o que ele está falando, Peeta interrompe as gravações.

— A gente poderia fazer uma pesquisa de campo, não?

Madge, Gale e eu olhamos para ele esperando uma explicação.

— Sair para dançar e filmar alguma coisa... Assim, ficaria um pouco mais natural... — sugere.

Gale concorda imediatamente. Madge também aceita a proposta de Peeta. Avisamos minha mãe e Haymitch que vamos sair. Peeta sugere irmos até a Arena, um local barato e frequentado por muitas pessoas de nossa idade, já que lá eles não ligam muito para essa coisa de idade. Não é meu lugar preferido, mas como prometi ajudar Gale com Madge e precisamos fazer nosso trabalho, acabo concordando.

Quando chego, quase fico surda e cega, devido ao som e as luzes fortes que piscam em meus olhos sem parar. Tiro a câmera de minha mochila e começo a filmar, isto é, tento filmar, com todas essas luzes, a imagem não fica muito boa. Madge e Gale parecem um tanto deslocados, principalmente, Gale.

— Gale e Madge, acho que seria bom vocês irem dançar... — sugere Peeta.

— É... — concorda Gale.

Peeta dá uma palmadinha nas costas dele. Noto-o sussurrar algo no ouvido de Gale. O louro oxigenado e seus truques. Gale parece um pouco mais animado depois disso e estende a mão para Madge. Por um segundo, ela hesita, mas logo coloca a mão na de Gale. Os dois vão para a pista de dança.

— Filmou isso? — pergunta Peeta.

— Filmei... — Peeta observa os dois começando a dançar.

— Continue a filmar.

A música é agitada, daquelas que deixam as pessoas querendo mexer todos os membros do corpo. Noto que Madge e Gale estão mais naturais. Odeio admitir, mas o oxigenado estava certo, antes eles pareciam muito artificias.

Vendo eles assim... formam um casal bonito. Gale tem um porte atlético, embora seja bem magro, seus cabelos negros são bonitos e combinam com seus olhos cinzentos. Realmente, ele é muito belo. Madge é delicada, sua cabeça bate nos ombros de Gale (ok, quem sou eu para falar de altura?). Porém, estranhamente, eles combinam.

Eles até que se divertem dançando. Observo que a barreira de gelo que existe entre eles derreteu um pouquinho.

— O que você falou para Gale? — pergunto para Peeta.

— Querendo saber meus segredos, tampinha?

Olho para ele e vejo uma garrafa de bebida em sua mão. Quando ele pegou isso?

— Escuta aqui, louro oxigenado, se você ficar bêbado, eu não vou te proteger dessa vez! — ameaço, apontando meu dedo para ele.

Ele simplesmente encolhe os ombros. Até parece que falei com uma porta. Não sei por que ainda me preocupo em dar essas advertências, já que sei que ele não vai me ouvir.

Madge e Gale voltam para junto de nós. Madge está corada e ofegante devido à dança, Gale está um pouco menos tímido com Madge.

— Essa música é legal para dançar — observa Gale.

— É, ela é bem agitada — concorda Madge.

— Mas eu preferia uma das músicas da Mockingjay.

Madge olha para Gale, sem esconder sua expressão de surpresa. Aposto que ela nunca pensou que Gale conhece a Mockingjay. Boa jogada, Gale.

— Você conhece a Mockingjay?

— Não só conheço, como é uma das minhas bandas prediletas! — seja lá o que Gale andou tomando os resultados estão cada vez melhores.

Noto um sorrisinho se formando nos lábios de Peeta.

— Sério? — Madge fala perplexa.

Gale confirma com a cabeça. Os dois começam a conversar sobre a Mockingjay. Minhas dicas até que serviram para alguma coisa.

Peeta aparece perto de mim com outra garrafa de bebida. Esse cara adora beber.

— Tampinha — a mão de Peeta se fecha sobre meu pulso. — Vamos dançar! — diz, me puxando.

— Mas... — começo a protestar.

— Já temos material suficiente por hoje — me olha sugestivamente.

Entendi tudo. Peeta quer deixar Madge e Gale sozinhos. Bem pensado, Peeta.

Deixo que ele me leve até a pista de dança. Guardo a câmera em minha mochila. Peeta começa a dançar em minha frente. Há apenas um pequenino problema, eu não sei dançar.

— Vamos, tampinha!

— Eu... não acho que sou lá muito boa na dança... — não muito boa, é? Até mesmo uma vareta tem mais habilidade do que eu na dança.

— Qual é? Você só precisa se mexer! — começa se mover e fazer uns gestos até que engraçados. — Vê?

Começo a desconfiar que ele esteja levemente bêbado.

— Não... dançar não é para mim!

— Vamos lá! Tente! — insiste, tomando um grande trago da garrafa de bebida que tem nas mãos. — Apenas se mova!

— Você está bêbado?

— Não, tampinha! — toma outro trago. — Quer?

— Não!

— Você já bebeu na vida?

— Eu não gosto de bebidas! — digo, observando Peeta se agitar em minha frente.

Como a música é muito alta, precisamos quase gritar e ficar bem próximos um do outro para que um possa escutar o outro.

— Experimenta! — estende a garrafa para mim.

— Não!

Balança a garrafa em minha frente.

Olho para a garrafa. Nunca experimentei nada alcoólico antes. Qual será o gosto disso?... Observo a garrafa em minha frente... Tenho que admitir que sinto certa curiosidade. Peeta continua a balançar a garrafa. Pego-a. Sem pensar muito, coloco uma certa quantidade do líquido estranho em minha boca. Me arrependo imediatamente, o gosto é horrível, praticamente queima a minha garganta.

— Então?

— Como você bebe isso? — faço uma careta de asco.

— Melhora no segundo trago.

Olho para a garrafa. Será que é verdade que fica melhor no segundo trago? Já que experimentei uma vez, não custa nada uma segunda. Viro a garrafa e a bebida cai em minha boca. Definitivamente, Peeta me contou uma mentira, porque o gosto continua sendo horrível, talvez ainda pior.

— Essa coisa é horrível! — afirmo, entregando a garrafa para ele.

Peeta dá outro bom trago.

É estranho, totalmente inacreditável, mas meus membros começam a se mover praticamente sozinhos. Quando me dou conta estou me movendo (de uma forma cruelmente descoordenada). Pode ser que, embora a quantidade de álcool que eu ingeri seja pequena, ela esteja me afetando um pouquinho. Só pode ser isso, e não o fato de Peeta estar dançando tão livremente que dá vontade de acompanhá-lo.

Peeta fala algo, porém não compreendo. A música está muito alta.

— O quê? — grito.

Ele se inclina e aproxima-se de minha orelha.

— Falei que isso é divertido — seus lábios roçam em minha orelha causando cócegas, o que me faz rir.

Ele também dá uma gargalhada.

— Vamos embora daqui! — seus dedos envolve meu pulso.

— E Madge e Gale? — olho em direção a eles. Os dois parecem bem alegrinhos conversando. O que será que Peeta cochichou no ouvido de Gale para ele ter mudado tanto em questão de minutos?

— Eles precisam ficar mais um pouco sozinhos...

Acabo concordando com o oxigenado. Saímos da Arena. A noite está bastante agradável, nem quente, nem fria. Meus ouvidos e meus olhos também agradecem o fato de eu ter saído daquele lugar.

Peeta caminha ao meu lado, um pouquinho feliz demais, o que me faz acreditar que ele está definitivamente bêbado. Pelo menos, dessa vez não agiu feito um cara carente.

O céu está sem nuvens, cheio de estrelas. Já faz algum tempo que não apreciava as estrelas. Fecho meus olhos e deixo o vento bater em meu rosto. Me sinto leve, talvez, o vento que acaricia meu rosto possa me levantar.

— Tampinha! — o grito de Peeta me desperta de meu devaneio.

Nem é preciso abrir os olhos para saber que há algo errado aí, sua voz vem de longe. E isso não é bom.

Abro os olhos com cautela e... (não sei por que ainda fico surpresa com estas coisas) vejo Peeta dentro de um chafariz.

— O que você está fazendo aí? — me aproximo do chafariz. Ele está com as calças molhadas.

— A água está boa! — ele joga um pouco de água em mim.

— Você!

Me vejo pulando dentro do chafariz e jogando água em Peeta. Ele revida. Jogo mais água ainda. Em instantes estamos encharcados e dando sonoras gargalhas.

Peeta me olha. Seus olhos são ainda mais belos a luz do luar. Sua risada diminui até se transformar em um sorriso. Me dou conta que a distância entre nós é imensamente pequena.

Sinto a mão dele em minha cintura me trazendo para perto do seu corpo. Fico arrepiada. Ele me olha. Como pode seu olhar ser tão profundo e mais quente que o fogo? Sinto que irei queimar diante de seu olhar. Porém, eu não desvio dele. Sinto sua respiração quente em minha face.

Sensatez. Tenho que ser uma pessoa sensata. Peeta é um Draco Malfoy e garotas sensatas não se deixam levar por ele. Seu olhar cai sobre meus lábios, sinto meu corpo sendo pressionado ainda mais contra seu. Sensatez. Garotas com juízo não desejam Draco Malfoy.

Por um segundo me esqueço de respirar, precisamente na hora em que os lábios de Peeta se aproximam dos meus. Draco Malfoy. Peeta é um Draco Malfoy.

Levemente seus lábios acariciam os meus. Eles são tão... macios e se encaixam perfeitamente nos meus. Entreabro meus lábios. Sinto sua língua deslizando para minha boca.

Katniss, você é uma garota sensata! Meu lado racionar grita, enquanto minhas mãos começam a passear pelas costas de Peeta. Adeus, lado sensato.

O beijo fica ainda mais intenso. Parece que nossos lábios se fundiram. Agora sei como um cubo de açúcar se sente quando é colocado na xícara de café quente. Eu sou o cubo de açúcar e Peeta é o café quente que me dissolve toda, sem que eu consiga impedir. Meu corpo se esquenta. Um estranho calor, nem por isso menos delicioso, se apodera de mim.

Tenho a necessidade de pressionar meu corpo ainda mais contra o corpo dele. As mãos dele exploram lentamente cada centímetro de minhas costas.

Seus lábios saem dos meus e escorregam até meu pescoço. Aproveito para apanhar um pouco de ar. Minha respiração é ofegante. Fazer o oxigênio entrar em meus pulmões tornou-se uma tarefa realmente complicada.

Os lábios dele exploram a pele do meu pescoço. E isso é deliciosamente perigoso. Ele planta um beijo demorado na base do meu pescoço. E depois volta a percorrer com seus lábios a minha pele. Preciso novamente aprender a respirar.

Novamente, recebo os lábios dele nos meus. E para que mentir, isso é maravilhosamente bom. Agora é a minha língua que primeiro procura pela sua com necessidade e urgência. E quando finalmente a encontra, penso que chocolates têm um sério concorrente.

Um apito. Isso é que faz com que eu e Peeta nos separemos.

— Ei, vocês não podem entrar aí! — grita o guarda, vindo em nossa direção.

Sinto a mão de Peeta apertando a minha e me levando para longe.

Corremos, corremos e corremos. Enquanto o guarda nos persegue. Peeta começa a rir e eu acompanho sua gargalhada. Por que eu estou rindo? Não sei. Pergunte para minha sensatez que deve ter ficado jogada por aí (tipo na lata de lixo). Não sou mais uma garota sensata, me deixei levar (novamente) pelo Draco Malfoy.

E o guarda continua a correr atrás de nós. Enquanto soltamos sonoras gargalhas pelas ruas. O vento bate em meus cabelos. A mão de Peeta aquece a minha. E sinto que estou voando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? E não é que Peeta ajudou mesmo Gale! E esse beijo final que deixou a Katniss acreditando que chocolates têm um sério concorrente! E os dois ainda tiveram que fugir de um guarda furioso, tudo porque nosso encrenqueiro número um quis tomar um banho no chafariz!