My Sweet Vampire escrita por tata-chan


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

obrigados a tds que estão lendo



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Não sei quanto tempo ficamos assim. Era estranho como eu me sentia bem em seus braços. Era algo bom se fosse pensar bem, já que meu destino era ser sua amante pela eternidade. Eu realmente não estava arrependida de prometer isso a ele. Não, eu não o amava. Pelo menos não ainda, mas um tipo de afeição começava a se formar em mim. Ele era uma ótima pessoa, e falava a verdade quando disse que tinha se apaixonado por mim. Suas mãos suaves alisavam meu cabelo e eu o abraçava pela cintura. Ele sussurrava em meu ouvido para eu me acalmar. Estava preocupado comigo. Mas eu estava calma. A razão pela qual eu continuava agarrada a ele era porque esse era o único contato físico que eu tinha com alguém desde a morte de meus pais. Era estranho que para conseguir carinho eu tivesse que abrir mão de minha humanidade.

“Como você está se sentindo?” – sussurrou em meu ouvido.

“Eu estou bem” – sussurrei e percebi que continuava agarrada nele. O soltei e me afastei dele um pouco corada, limpando minhas lágrimas. – “Me desculpe.”

Ele levantou meu rosto delicadamente e me deu um beijo em minha maçã do rosto.

“Quero que você saiba que você pode contar comigo pra tudo que você precisar. Não pense que eu não vou dar nada em troca do muito que você prometeu para mim. Sei que para você é algo muito difícil se prometer para um estranho, mas te admiro por ter pagado preço tão alto por sua vida. Mas eu não menti quando disse que te amava nem quando disse que queria te fazer feliz.”

“Acredito em você. Tive sorte, pelo menos você não é nenhum louco.”

“Talvez eu seja um pouco louco.” – ele riu e jogando seu cabelo para trás com a mão – “mas nada muito grave.”

Comecei a listar: além de lindo, carinhoso, gentil, poderoso, delicado, lindo (eu já disse isso?) ele ainda era bem humorado.

“Venha” – estendeu a mão – “Vou te mostrar o resto da casa.”

Segurei a mão dele e me levantei. Olhei para mim pela primeira vez e vi que minhas roupas haviam sido trocadas e eu havia sido limpa. Eu corei a constatar isso e ele percebeu.

“Não fui eu que a trocou” – ele riu um pouco alto – “Pedi para uma criada fazer isso. Não sou nenhum tarado, sabia?”

“Espero mesmo que não seja” – virei o rosto e ele riu de novo. Ele não parecia tão triste quanto havia falado. Talvez fosse por que ele não estava mais sozinho. Eu mesmo me sentia com um pouco mais de esperança, mas não o bastante para ficar sorrindo. Ele continuou a andar em direção à porta ainda segurando minha mão. Isso não me incomodava nem um pouco. Acompanhei-o e saímos do quarto.

O corredor do lado de fora da porta era tão luxuoso quanto o quarto em si. Nós íamos passando pelo corredor e ele ia indicando o que tinha atrás de cada porta, o quarto dele, alguns quartos de hospede, um escritório...

“Você mora aqui sozinho?”

“Com alguns criados, se você quiser contar. Eu tenho um conflito de personalidades com meus pais, por isso prefiro morar sozinho. Eu me dou bem com eles no geral, mas eles pensam de forma diferente de mim, então fica difícil conviver.” – respondeu distraído.

“É uma casa muito grande para você morar praticamente sozinho”.

“Meus pais são apesar de tudo muito super protetores. Já foi uma briga para eles me deixarem viver sozinho... Então eles exigiram que eu pelo menos morasse em uma das casas da família.” – fiquei impressionada com a declaração e com o pensamento da família dele ter mais de uma casa desse porte. Ele percebeu minha expressão e riu.

“Nós vivemos muito mais que os humanos. Acumular dinheiro é algo fácil de fazer.”

“Isso faz sentido...” – Ele riu novamente.

Chegamos a uma sala bem ampla e luxuosa como o resto da casa. Tinha algumas poltronas e um grande sofá, além de outros móveis.

“Eu gosto de ficar aqui. É acolhedor e silencioso. No geral peço para os criados não me incomodarem quando estou aqui.” – ele me disse ainda distraído.

“Então é um lugar que você não quer que eu esteja.” – olhei ao redor.

“Claro que não é isso. Não importa onde eu esteja eu quero que você esteja junto.” – ele sorriu e me puxou para o sofá. Sentou e eu me sentei ao seu lado. Ele me puxou mais para perto me abraçando pelos ombros e sussurrou em meu ouvido – “Mas quando você estiver de saco cheio de ter que me aturar é só me dizer ou simplesmente sair.” - Ele beijou a ponta de minha orelha.

“Você é bem compreensivo mesmo com o acordo.”

“Nosso trato é apenas para você não fugir, mas eu não sou nenhum carrasco. Vou tentar não ser muito malvado.”

“Mas você já está sendo malvado” – eu o lembrei.

“Estou?” – ele me olhou confuso.

“Sim, está me escondendo seu nome. Como eu posso ser amante pela eternidade de alguém cujo nome eu desconheço.”

“O que há num nome? Aquilo que chamamos de rosa, mesmo com outro nome ainda teria o mesmo bom cheiro” – ele citou depois sorriu olhando em meus olhos.

“Você não acha que citar Shakespeare é um golpe um pouco baixo?” – pisquei e ele deu os ombros.

“É a mais pura verdade. Mas acho que você vai ter que aguentar um pouco mais de maldade de minha parte. Está sendo divertido. Mas não se preocupe, na hora certa eu te conto meu nome.” – ele me puxou ainda mais para perto passando seus braços a minha volta e colocando seu rosto em meu ombro, falando em meu ouvido. – “Isso é, se você ainda quiser ouvir.”

“Se divertindo as minhas custas não é?” – tentei parecer séria, mas estava completamente derretida com sua respiração em meu ouvido. – “Se eu soubesse desse plano, não teria te dito meu próprio nome.”

“Mas você é um tanto mais inocente que eu” – continuou sussurrando em meu ouvido. Aquilo era maldade. Eu quase não conseguia raciocinar. – “Mas esse é um grande charme em você.”

“Pelo visto eu sou mesmo boba.” – eu disse derrotada. Ele riu em meu ouvido depois beijou meu pescoço, passando pela minha clavícula e levantando meu rosto para beijar meus lábios. Ele me beijou longamente depois me soltou ficando a centímetros de mim com os olhos ainda fechados. Ele os abriu lentamente olhando em meus olhos.

“Não parece te incomodar tanto” – disse ele baixinho ainda olhando em meus olhos. – “Ou você disfarça muito bem.”

“Do que você está falando?” – perguntei confusa.

“Do fato de eu ter tomado você para mim. Mas eu não sei se você realmente não se importa ou se está dissimulando o sua repulsa.” – sua voz era um misto de curiosidade e medo da resposta.

“Eu não repudio você” – eu lhe disse com confiança. – “Mas também não o amo. Mas isso, pelo visto você quer mudar.”

“Sim, eu vou mudar” – ele sussurrou alegremente em meu ouvido. – “Mas estou feliz que você não tenha nojo de mim.”

“Sinto muito se lhe dei essa impressão.” – fiquei impressionada com sua dedução – “Mas mesmo com essa impressão você é muito confiante.”

“Eu acredito que o amor que eu sinto por você é forte o bastante para te alcançar.” – sussurrou novamente em meu ouvido, a voz cheia de ternura.

“É estranho, mas me sinto bem em ouvir isso.” – eu disse com sinceridade.

“E isso já é um começo.” – ele sussurrou rindo depois virou meu rosto para beijar-me novamente.


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