My Sweet Vampire escrita por tata-chan


Capítulo 4
Capítulo 4




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Saí do quarto de Rin com um sorriso bobo nos lábios. Tudo havia saído melhor do que eu imaginava. Tocá-la havia sido tudo que eu imaginava e mais. Sua pele macia, sua boca...
Entrei no meu quarto ainda pensando nela e deitei-me em minha cama, ia descansar um pouco...
Porque essa teimosia de não falar meu nome nem mesmo para ela? Bem, acho que eu estava querendo fazer uma brincadeira. Acho que estava mais feliz do que jamais havia ficado. Falaria para ela na hora certa.
Não sabia exatamente o que ela havia pensado e sentido quando a beijei, mas ela não me rejeitou nenhuma vez.
Resolvi dormir um pouco. Já passava do meio dia e ao anoitecer eu teria muito que conversar com ela.
Acordei pouco depois do crepúsculo. Levantei e depois de me lavar fui vê-la. Entrei em seu quarto e a encontrei já acordada, sentada na cama.
“Boa noite! Espero que tenha dormido bem.” – eu sorri pra ela.
Ela ficou me olhando calada. Eu me aproximei e sentei na frente dela.
“Vejo que ainda está um pouco confusa. Você está bem, Rin?”
Ela olhou para mim novamente piscou algumas vezes antes de me responder.
“Estou bem... Eu acho.” – sua voz era baixa. – “muita informação para armazenar.”
“Por que você não conversa comigo? Talvez eu possa te ajudar a entender.”
Ela concordou com a cabeça.
“Tem algo que você queira me perguntar?” – que não seja meu nome, senão acaba a minha brincadeira.
“Como funciona... Essa coisa de...” – ela respirou fundo antes de concluir. – “de vampiro?” – concluiu um pouco em duvida. Ótimo, minha brincadeira estava intacta. Sua pergunta fazia sentido depois de tudo. Isso a deveria estar confundindo.
“Eu te mudei. Agora você não é mais humana, se tornou vampira.” – eu comecei. Respirei e continuei. – “pode parecer complicado, mas é bem simples. Não se deixe enganar por aqueles vampiros de mito que queimam no sol e dormem em caixões. A única coisa que acontece quando nós ficamos no sol e ter um mal-estar, já que nós somos criaturas da noite. Para alguns é mais forte que para os outros. Nossos ancestrais realmente dormiam em caixões, mas há muitos anos nós banimos isso. Dormimos normalmente em camas, mas de dia. Os crucifixos também não te fazem mal. No momento em que eu te transformei você ganhou a eternidade. Podemos dizer que é supostamente imortal. É praticamente impossível para um vampiro morrer de morte natural e nossa regeneração é muito superior que a dos humanos. A prova esta aqui. Se você fosse humana estaria morta. Mas é possível te matarem, e você tem que tomar cuidado com isso. Se sua cabeça ou seu coração forem destruídos, você morre. Você pode também continuar comendo o que você costumava comer, mas o principal item da sua dieta é o sangue humano. Se você não tomá-lo, vai ficando cada vez mais fraca...”
“Vou ter que matar pessoas para sobreviver?” – ela sussurrou indignada.
“A maioria dos da nossa espécie sobrevive às custa da vida de humanos. Eu particularmente sou contra. Acho isso errado, mas como preciso sobreviver, compro sangue de transfusões para mim e as pessoas que trabalham aqui. Ficaria feliz se você seguisse a minha filosofia, mas entenderei se não quiser.”
“É claro que eu não vou matar para sobreviver se tive escolha!” – Rin parecia ainda meio indignada.
“Fico feliz que você entenda. Acho que já te expliquei tudo o que precisava. A partir de agora você viverá aqui comigo, cumprindo o nosso trato. Sinto muito, mas esse foi o combinado. Mas não se preocupe Rin, eu não te tratarei mal.” – disse para confortá-la, mas, ela não me parecia receosa com isso.
“Eu sei que você não vai me tratar mal” – sua confiança era tamanha que fiquei impressionado e imaginando se merecia isso.
“Por que diz isso com tanta certeza?” – Não consigo deixar de perguntar.
“Por que você é sincero. E também por que se você fosse me tratar mal, já o teria feito. Mas eu sinto que você não é esse tipo de pessoa e não costumo errar nas intuições que tenho sobre as pessoas. – ela diz tudo isso olhando diretamente em meus olhos.
Eu a olhei em silencio durante um tempo. Depois me inclinei e não resisti à vontade de lhe beijar levemente nos lábios. Ela pareceu surpresa.
“Você é realmente fantástica – seguro seu rosto em minhas mãos enquanto sinto seu rosto corar ao ouvir o elogio. Era incrível a facilidade que ela corava. Isso deixava seu rosto ainda mais lindo e meigo. – “É uma pena que ninguém em sua vida humana prestava atenção em você.” – ela me olhou um pouco surpresa. – “Eu disse que te observava. Não podia acreditar que ninguém te dava atenção. Eu sentia em você uma tristeza tão grande que parecia que iria te engolir a qualquer momento. Na verdade, ainda sinto.” -
Ela olhou para baixo e eu vi uma lágrima escorrer em seu rosto. Não aguentei ver aquilo. Ela não deveria sofrer mais. Merecia ser feliz. Eu a puxei para perto de mim e a abracei com força. Para minha surpresa, no momento em que eu a abracei, ela jogou seus braços em volta do meu pescoço, deitou sua cabeça em meu ombro, se grudou em mim e desatou a chorar. Ela estava sofrendo sozinha já há muito tempo e eu, ironicamente era aquilo mais próximo de um amigo ou companheiro que ela já havia tido.
Eu continuei abraçando-a e acariciando seus longos cabelos enquanto ela chorava. Depois de algum tempo ela se acalmou, mas continuou agarrada em mim como se fosse confortável para ela. Ela deslizou lentamente os braços pelo meu pescoço e sentou-se na cama, mas continuou agarrada em mim com seu rosto em meu peito e suas mãos segurando minha camisa. Ela continuava soluçando um pouco.
“Me desculpe. Eu sei que parece egoísmo de minha parte te pedir para continuar o trato, mas eu preciso que você fique ao meu lado. Não posso permitir que você continue sozinha. Tenho medo até de imaginar o que aconteceria se você continuasse sozinha.”
“Não, está tudo bem. Eu não me importo” – ela me disse entre as lágrimas. – “E também não me arrependo de ter prometido ser sua amante em troca de minha vida.” – ela continuava grudada em mim, mas estava bem mais calma. Eu beijei o topo de sua cabeça e continuei lhe acariciando a cabeça.


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