My Sweet Vampire escrita por tata-chan


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Bettado pela Lecka-chan
Alguns fatos que acontecem nesse capitulo, assim como alguns personagens citados são relacionados com My Shadowy Vampire, então qualquer duvida, basta ler



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Observei por um momento a porta por onde o servo de Honoka havia saído. Com um suspiro me dirijo para o elevador. De alguma forma tenho a impressão de que vou me estressar ainda mais até finalmente conseguir chegar em casa.

Francamente, quem em sã consciência marca uma reunião às sete da manhã? Não que o grande problema fosse exatamente a reunião. Eu mal havia conseguido me despedir de Rin. Por fim, depois de tanta discussão eu não consegui falar não pra ela. Uma parte de mim sabia que ela estava certa. Eu não poderia escondê-la por baixo de minhas asas pra sempre. Se ela estava disposta a melhorar o mínimo que eu poderia fazer era apoiá-la. Mas não conseguia impedir minha preocupação.

Rin havia melhorado extremamente no tempo em que estava comigo. Claro que eu mal a deixava ficar quieta, sempre conversando sobre assuntos diversos. Mas não era só eu. Acabei descobrindo que mesmo quando eu a deixava em casa ela não ficava sozinha. Era tão gentil que foi quase impossível que todos os servos não caíssem de amores para ela. Mesmo os servos que vinham de família de vampiros a respeitavam e nutriam muito afeto por ela. Quando Rin insistiu em voltar pra escola, alguns até insistiram em ir com ela para protegê-la. Claro que ela negou, disse que tinha que fazer isso sozinha. Às vezes ela era simplesmente teimosa demais.

Quando cheguei ao térreo, me dirigi para o carro onde Akira me esperava. Normalmente quem estaria dirigindo seria Aoi, mas eu insisti que Rin pelo menos aceitasse que ele a levasse e buscasse. É claro que também pedi que ele esperasse por ela caso acontecesse qualquer problema. Entro no carro e suspiro colocando minha mão em meu rosto. Ainda estava muito quente. Não era um problema muito grande sair durante o dia no inverno, mas no verão era simplesmente insuportável.

"Alguma chance da reunião das onze ter sido cancelada?" - pergunto para Akira sem um pingo de esperança enquanto afrouxava um pouco minha gravata.

"Eles estão esperando o senhor, Yuui-sama." - ele responde e eu fecho meus olhos.

Abro os olhos novamente ao sentir o celular vibrar em meu bolso. Ao retirar do bolso vejo que é minha mãe. Esse dia não vai mesmo acabar.

"Olá mãe, como a senhora tem estado?" - pergunto tentando parecer animado. - "Você não deveria estar dormindo a essa hora?"

"Ora, não fale com esse tom fingido com sua mãe. Tenho tentado falar com você a semana toda e você tem me ignorado não posso impedir de ligar quando eu sei que você vai atender por reflexo." - ela parece injuriada e eu gemo internamente. Não deveria tê-la ignorado por tanto tempo.

"Eu peço desculpas, minha mãe. Essa semana foi realmente muito cheia. Você tem algum problema?" - tento falar de forma mais natural possível. Por mais poder que eu tivesse, simplesmente não conseguia enganar ela. Provavelmente isso tinha mais haver com o fato dela ser minha mãe do que qualquer outra coisa.

"Bem, quero saber por quanto tempo você pretende esconder minha nora de mim. Já faz três meses, gostaria de saber para que tanto mistério. Ouvi falar que ela é um doce."- eu gemo internamente ao ouvi-la.

"Não estou escondendo, mãe. Muita coisa aconteceu. Nós estávamos nos conhecemos e ela estava se acostumando com a transformação. Apenas não surgiu oportunidade de vocês duas se conhecerem."

"Bem, ela parece estar bem acostumada agora. A ponto de sair durante o dia todos os dias para frequentar o colégio. Claro que ela está certa, educação é exatamente importante. Como poderia se tornar sua esposa sem ao menos ter graduado em uma boa universidade? Não quero nem imaginar a possibilidade da mãe dos meus netos não ter nem terminado o ensino médio. Ainda mais alguém tão inteligente quanto ela, que sempre tira as notas máximas mesmo antes de se transformar.” - gemo novamente. Quando ela começa é quase impossível fazê-la parar.

"Mãe, eu adoraria que a senhora parasse de fofocar com meus servos. E principalmente parar de fazer o detetive da família pesquisar a vida de minha namorada." - fecho meus olhos novamente enquanto falo. Ela não deveria estar cansada? São dez horas da manhã, pelo amor de deus.

"Ora, como você não fala nada eu sou obrigada a ficar criativa. Você não entende minha curiosidade de mãe? Mais do que isso eu fico preocupada, afinal de contas estou vendo que você está sério com ela. Até mesmo a fazendo se alimentar de seu sangue. E dormir todos os dias no mesmo quarto..."

"Como diabos a senhora sabe disso?" - eu sinto ódio de mim mesmo ao perceber que estou corando. Por mais que Akira fosse um servo leal, eu tinha certeza de que ele estava usando todas as suas forças para não dar um sorriso sarcástico e quis me bater por isso.

"Bem, os servos fofocam e você não pode culpa-los. Não estou te censurando, longe disso. Pelo contrário, Deus sabe como fico feliz que você finalmente arranjou uma moça. E lógico que não me importo com o fato dela já ter sido humana. Eu até gosto disso, uma vez que ela é do seu sangue. Ainda mais se você pode confiar nela o suficiente para liberta-la e continuar dando o seu sangue pra ela. Mas você precisa ser mais discreto. Sei que você não a quer apenas como uma simples amante, então tome mais cuidado enquanto os dois não são casados! Pelo menos lembre de se proteger, não vai querer que seus filhos sejam chamados de bastardos!" - simplesmente não consigo acreditar no que estou ouvindo.

"Mãe, eu não estou fazendo nada desse tipo. Tem certeza que você quer falar sobre isso essa hora e pelo telefone?" -digo exasperado.

"Você está certo. Sábado vocês dois virão jantar comigo. Eu não vou te perdoar se não forem. Quero conhecer minha nora, ainda tenho muito que falar com ela."

"Tudo bem, mãe a gente conversa depois" - eu desligo o telefone antes que ela consiga falar qualquer coisa.

Rin com certeza me matará quando descobrir o que nos temos programado para sábado.

Eu quase gemo ao perceber que já chegamos a meu segundo destino do dia.

X

Se quatro dos homens que estão distribuídos ao redor da mesa na cobertura da grande empresa de tecnologia descobrissem que os outros seis homens e duas mulheres restantes eram vampiros dos mais poderosos, eles provavelmente sairiam correndo escada abaixo.

Reprimi um bocejo enquanto aturava mas de duas horas da palestra daquele humano que queria que a maior parte de nós financiasse suas pesquisas.

Depois de mais de três horas e muitas discussões, finalmente pude me levantar para sair.

“Mugetsu-kun, poderia ter uma palavrinha com você?” – um dos vampiros a sala me abordou quando eu estava saindo.

Olhei pra ele. Ayamiya Souchirou era um sangue puro assim como eu, porém sua família era de longe muito menos poderosa do que a família Mugetsu, além do que ele próprio nasceu com pouco poder. Nós ficamos para trás enquanto todos os outros saiam deixando a sala vazia.

Eu já esperava o tipo de conversa que ele queria ter comigo. Há anos ele tentava fazer com que eu me casasse com sua filha e há anos eu tenho recusado. Ele chegava a tentar convencer meus pais a aceitar a filha, com o discurso de que os sangue puros devem sempre estar juntos. Provavelmente foi um golpe para seu ego de quem dava tanta importância para a pureza de seu sangue (mesmo sendo da família menos importante de sangue puros) saber que o homem que ele aspirava em ter como genro havia tomado uma ex-humana para si. Se o fato de que eu estava com Rin havia chegado aos ouvidos dos Houou que não se importava tanto com fofocas, então Ayamiya com certeza já devia ter mais informações que minha mãe.

“Em que posso ajuda-lo, Ayamiya-san?” – indaguei com um sorriso.

“Bem Mugetsu-kun, eu andei ouvindo alguns rumores e achei que o melhor era falar diretamente com você.” – ele começou com um tom controlado. “Soube que você tomou uma humana como noiva.”

“Bem, rumores tendem a ter certos graus de mentira.” – eu respondi com um sorriso frio - “Apesar de Rin já ter sido humana, hoje é tão vampira como qualquer outro.”

“Ora, não posso acreditar que alguém na sua posição queira manchar o nome de sua família tomando uma serva como noiva!” – ouvi-lo falando com tamanha prepotência e o rosto vermelho de raiva me fazia querer acabar com sua existência ali mesmo – “Como pretende dar seguimento à sua linhagem com alguém de sangue sujo?”

“Peço desculpas, Ayamiya-san. Não quero ser rude, mas acredito que esse assunto não diz respeito a você.” – liberei aos poucos a áurea de poder que normalmente eu controlava e ele estremeceu. “Agradeço a sua preocupação, mas não há motivos para isso. Eu fui o único que a trazer Rin para o mundo da noite e fui eu que a alimentei com meu sangue para que ela deixasse de ser uma serva. O sangue dela é o mesmo que o meu e com certeza mais puro que o seu.” – eu olhei para ele sem quase controlar meu ódio. – “Bem se era só isso mesmo, então, se não se importa já estou indo.”

Dei as costas para ele e me dirigi para o elevador. Quando cheguei ao térreo fui diretamente para meu carro, onde Akira me esperava já com a porta aberta. Eu entrei, encostei minha cabeça no encosto do banco e fecho meus olhos.

“Tenho mais algum compromisso hoje?” – eu pergunto para Akira, sonhando com uma resposta negativa. Tudo o que eu queria era entrar embaixo das cobertas, entrelaçar minhas pernas com as de Rin, esconder meu rosto em seus cabelos e dormir sem pensar em quando terei de acordar de novo.

“O servo dos Houou deve chegar na próxima hora, como vocês já haviam combinado.” – Akira respondeu e eu pressionei meu indicador e polegar na ponte de meu nariz.

Realmente espero que isso não me traga mais dor de cabeça.


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Notas finais do capítulo

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