My Sweet Vampire escrita por tata-chan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem, pois eu adorei :)
Bettado pela minha irmazinha Lecka-chan kk



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Sou aquele tipo de pessoa que ninguém presta atenção. Sabe aquele tipo de pessoa incógnita que só dão por falta quando percebem que ela não estava na aula para responder uma chamada oral? Essa sou eu…

Estou sozinha há muito tempo. Meus pais morreram em um acidente quando eu tinha nove anos e fiquei aos cuidados de um tutor que nunca deu à mínima. Cansada de aturar o descaso daquela pessoa, pedi permissão para morar sozinha. Hoje moro em um pequeno apartamento de um cômodo. É pequeno, mas pelo menos eu estou em paz.

É mesmo, eu ainda não me apresentei. Meu nome? Minamoto Rin. Até meu nome é sem graça! Eu estudo no segundo ano do colegial e daqui alguns dias completarei 17 anos.

Eu me sustento sozinha, faço vários bicos pra isso. Mas acredite, nem lá eles dão alguma atenção para minha existência. Apenas quando é meu dia de abrir a cafeteria. Quase não tenho tempo pra nada. Trabalho seis dias da semana em uma cafeteria, como garçonete. Isso contando com a escola e meu apartamento que eu tenho que cuidar. Tiro apenas os domingos de folga, senão era capaz de eu sucumbir ao cansaço.

Hoje, como toda a quinta feira estou a caminho da cafeteria. É um lugar acolhedor até, para os clientes. Para os funcionários é como o purgatório.

“Você está dois minutos atrasada. Da próxima vez eu desconto do seu salário!” – diz meu chefe. Sua forma de cumprimentar os funcionários. Na verdade, sua forma de cumprimentar a mim, em particular.

Eu detesto esse lugar. Mas não tenho escolha, preciso sobreviver e eles pagam bem.

“Desculpe senhor, isso não vai se repetir.” – eu disse sem nenhuma emoção.

“É bom mesmo que não se repita. Tem muita gente mais competente que você que adoraria esse emprego.”

Cara antipático. O pior de tudo é que ele tem boa aparência física. As clientes o acham o máximo. Se elas soubessem da sua verdadeira face...
Do que adianta ter uma bela aparência se por dentro a sua alma é podre?

Acho que a pior parte é quando ele me pede para sorrir para os clientes. Eu não tenho motivos para sorrir há pelo menos uns nove anos, então por que deveria sorrir agora, só por que estou entregando uma torta para algum gordo nojento...

“Meu expediente acabou por hoje, estou saindo” – anunciei ao chefe, ainda sem emoção alguma.

“Espere aí um momento Miname” – disse o chefe. Qual será a dificuldade que ele tem de dizer Minamoto?

“O que foi senhor?”

“Preciso que você faça o turno da noite no domingo.” – disse ele.

“Mas eu nem trabalho aqui domingo! É o meu dia de folga, e além de tudo é o meu aniversário!”

“Você vai ter uma festa?”

“Não, mas...”

“Vai passar com algum amigo ou família?”

“Não, mas...”

“Então vai ficar com o seu namorado?”

“Não senhor, eu não tenho namorado, mas...”

“Então é bom você estará aqui às cinco horas no domingo se você quiser continuar com esse emprego!”

Não tinha nem mais o que discutir.

“Estarei aqui sim senhor.”

Turno da noite. Droga, logo no domingo. Trabalhar das cinco às nove da noite, e ainda ficar para limpar o lugar. Alguém me explica porque uma cafeteria tem que fechar tão tarde? Ainda por cima no domingo! Sobre que maldita estrela eu nasci para ter tanto azar?

Eu estava andando pelo corredor da escola na sexta, ainda pensando na minha falta de sorte, quando alguém passou por mim e me empurrou, derrubando-me no chão. Ótimo! Agora além de incógnita eu era invisível. Levantei e continuei meu caminho.

O resto da semana se passou sem muitas tragédias e mais rápido do que eu queria o domingo chegou.

Trabalhei igual uma mula e, não que eu esperasse, mas ninguém me desejou um feliz aniversário.

Quando saí daquela maldita cafeteria já passava das dez e caminhei sozinha pelas ruas escuras. Entrei numa rua a caminho de casa, e talvez por estar acostumada a passar por ali apenas de dia, nunca havia percebido o quão escura, estreita e deserta ela era. Um lugar perfeito para um tarado ou assassino.

“Ei garotinha, por que você não se diverte um pouco comigo?” – disse uma voz masculina às minhas costas. Ê boca. Eu continuei andando, sem dar atenção para o individuo.

“Ei gatinha se você não parar vou ter que de te machucar!”

Ao ouvir isso eu desatei a correr. Não tinha avançado muito, quando ouvi um estampido e uma imensa dor na minha perna me fez cair. Primeiro olhei para ela onde vi sangue escorrer e depois em direção ao agressor parado com um revolver na mão. Reconheci o seu rosto. Era um cliente da cafeteria.

“Volta aqui benzinho, eu te amo muito e você tem que me amar também, se não eu te estouro os miolos.”

Pelo visto eu não era tão invisível quanto pensava. Havia alguém que me notava... Mas por que diabos tinha que ser logo um maníaco?

“Me deixa em paz!” – eu disse com a voz rouca, cheia de pavor – “ou então eu vou gritar!”

“Ah meu amorzinho, eu sei que você não vai gritar!” – disse o sujeito. – “sei que você também me ama...”

Em meu desespero, juntei tudo o ar que tinha e berrei por socorro. Mas teve efeito contrario do que eu imaginava. No susto, o maldito atirou mais cinco vezes em mim, descarregando a arma, e depois fugiu do lugar me deixando para morrer... Eu podia sentir que uma bala tinha acertado o meu estomago. Se eu não morresse por hemorragia, morreria porque meu interior seria derretido com meu próprio ácido estomacal. De qualquer forma...

“Parece que você vai morrer aqui, não é?” – disse uma voz linda, a mais bela que eu já havia ouvido. Eu levantei o rosto com as forças que me restavam e vi através dos meus olhos embaçados pela dor o homem mais lindo do mundo. Tinha a pele branca, os cabelos cor de mel, lisos, caindo em seu rosto e os olhos em um surpreendente vermelho escuro. Continuei observando aquele ser perfeito, sem reação...

“Eu posso te salvar, sabia?” – disse ele com aquela voz angelical.

“Nã... Não diga besteiras. É impossível me salvar...”– comecei a dizer com dificuldade.

“Para mim não é nada impossível.” – disse ele sorrindo – “Me diga... Você acredita em vampiros?”

“Isso é apenas lenda!” – retruquei irritada.

“E se eu disser que eu sou um vampiro?” – ele perguntou.

“Eu direi que você é louco.” – respondi. Ele estava me irritando. Ele não podia ir embora e me deixar morrer em paz?

Ele chegou, com uma velocidade impressionante ao meu lado e se debruçou sobre meu rosto. Seu hálito era quente e delicioso.

“Mas eu sou, e posso te fazer virar vampira também, e com isso salvar sua vida... Com uma condição, é claro.” – ele disse com sua voz doce.

“E qual seria a condição?” – perguntei. É lógico que ele estava louco, mas minha filosofia dizia que se havia forma de continuar vivendo, eu deveria aceitar...

“Eu salvo a sua vida, e em troca você se torna minha.” – disse ele simplesmente.

“Me tornar sua...? O que você quer dizer com isso?” – perguntei.

Ele chegou ainda mais perto e disse no meu ouvido.

“Quero que você se torne minha amante.”

“Amante?”

“Sim, amante. Você aceita? Ou prefere morrer?”

Pensei por um segundo se havia uma forma de continuar viva, eu não me importaria de me tornar amante de um suposto vampiro bonitão.

“Eu aceito.”

“Então diga adeus para sua vida de humana.” – disse ele em meu ouvido e eu senti seus lábios me tocarem e depois algo como presa penetrando o meu pescoço. Depois disso eu perdi os sentidos.


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