– Onde eu coloquei aquela câmera? – perguntou Albus confuso olhando para a expressão de felicidade dos amigos.

– Você tem uma câmera? – perguntou Lily.

– Detalhes. – respondeu o moreno virando para a irmã. Enquanto a conversa voltava a fluir na Toca, Rose puxou o loiro para os jardins.

– Posso estar aqui? – perguntou ele.

– Não sei mas está agora. – Rose se soltou dele respirando o ar gelado de inverno, se acalmou antes de voltar para Scorpius.

– O que estava pensando? – exclamou ela. – Queria morrer? Você acordou com vontade de e

levar uma surra?

– Rose do que esta falando,deu tudo certo.

– Mas e se não tivesse? E se meu pai tivesse pirado te amaldiçoado e não desse permissão? – Scorpius se aproximou segurando os braços da ruiva olhando em seus olhos.

– Mas ele deu ruiva. – disse ele balançando ela. – Foque nas coisas boas hoje ta legal? Olha eu to aqui, seu pai não vai me caçar por ai, e você esta tão linda nesse vestido que eu quero proibir você de usar ele novamente. – Rose riu.

– Scorpius eu preciso falar sobre outra coisa...

– É uma coisa boa e feliz para completar essa noite?

– Hã não sei.

– Não querendo ser chato mas podemos falar disso lá dentro está congelando aqui. – Rose concordou já sentindo seus membros ficarem duros. Scorpius se voltou para a porta por onde saíram ainda segurando sua mão.

– Espera.

Rose o beijou se permitindo a ficar feliz naquela noite de Natal. Afinal era Natal, tinha comido muito bem, estava com sua família e estava beijando Scorpius Malfoy quem se importa com uma carta de admissão em Beauxbatons?

Ao ver o sorriso de Scorpius quando se separaram a ruiva trancou aquela memória tão bem quanto trancara a carta em seu quarto.

* * *

– Como isso aconteceu? – perguntou Hugo encarando o casal no sofá.

– Enquanto você tinha um namoro secreto. – respondeu Rose.

– Não é secreto.

– Então quem é ela? – perguntou Scorpius olhando ao redor.

– Vamos fazer assim vocês não me enchem e eu não perturbo vocês.

– Melhor opção da noite.

– Oh me desculpe mas eu ser oficialmente sua namorada se encaixa aonde? – questionou a ruiva cruzando os braços.

– Rose, querida, você já tinha aceitado a muito tempo.

– Tinha é?

– É.

– E quando isso?

– Quando você abriu esses grandes olhos azuis e disse: Oi.

Rose gargalhou.

– Você é muito convencido.

– E não deveria? Eu um Malfoy namorando Rose Weasley isso com certeza me da prestigio.

– Você é tão idiota.

– Malfoy. – disse Ron Weasley atrás deles, o loiro virou cabeça para encarar o ruivo.

– Senhor.

– Siga-me.

– Não vai não. – murmurou a ruiva vendo o garoto se levantar.

– Vai ficar tudo bem. – respondeu ele.

– Eu gostava dele, bom garoto. – disse Albus quando o loiro se foi. – Mas era sarcástico demais.

– Adeus Scorpius, seus cabelos oxigenados vão sempre nos lembrar de uma garotinha. – completou James colocando a mão sob o peito.

– Por Merlin, o que estão fazendo? – perguntou Rose.

– Prestando nossas condolências.

– Por quê?

– Porque ele esta indo, indefeso, com o seu pai para onde ninguém ouça os gritos dele.

Rose revirou os olhos.

– Vocês são tão exagerados.

– Só fala isso porque não está no testamento. – resmungou Albus, Rose apertou as mãos nervosa.

Seu pai voltou sozinho meia hora depois.

– Onde esta Scorpius?

– Ele foi pra casa.

– Sem se despedir?

– Vamos almoçar nos Malfoy’s amanhã. – respondeu o pai.

Ele ignorou Rose pelo resto da noite.

* * *

Alguma coisa tinha dado errado e Rose não dormiria até descobrir o que. Talvez ela tenha parecido surpresa demais quando ele chegou, talvez fez seu pai pensar que era tudo uma brincadeira ou uma aposta.

Rose estava com saudades de Scorpius também, não esperava estar Inal só tinham se passado algumas horas e o sentimento fazia seu coração pesar mais. Se já estava assim imagina tão longe... Não. Ainda não tinha decidido, mas por quanto tempo podia adiar aquilo?

A ruiva se virou na cama de novo,e de novo. A luz da lua passava pela cortina fazendo o quarto se iluminar. Ela invejou Lily dormindo calmamente na cama ao lado. Quando Rose começou a ser vencida pelo sono a janela abriu de supetão, ela pegou sua varinha rapidamente apurando seus sentidos e rapidamente planejando uma fuga ou um confronto quando viu uma pétala vermelha flutuando no quarto. Foi até a janela vendo o loiro no gramado sorrindo com uma vassoura na mão.

Você só pode estar brincando, sussurrou ela vestindo o casaco e botas. Subiu silenciosamente na parte de trás da vassoura, fechou a janela com um movimento da varinha e partiram seguindo a luz da lua cheia.

– Feliz Natal ruiva.