– Esta comendo de novo? Você acabou de almoçar. – disse Lucy vendo Rose devorar o pacote de balas.

– Estou nervosa demais pra ficar de estomago vazio. E sobrou muito doce do Halloween.

– Claro que sim seu namorado praticamente jogou um caminhão de doce em você.

– Já pedi para não dizer essa palavra.

– Caminhão?

Rose olhou para a morena.

– Que foi? Só um idiota não perceberia isso. – respondeu ela rindo.

– Rose o Scorpius estava te procurando. – disse Hugo aparecendo ao lado da irmã. – Ele parecia estranho, toma cuidado com aquele garoto.

– Aham é isso que eu estava falando, ele é um garoto muito mau. – disse Lucy concordando.

O olhar de Hugo balançou entre a irmã de braços cruzados e a amiga segurando um sorriso, concluiu que era melhor ir embora.

Rose estava tentando passar pelo corredor sem entrar em pânico, não estava dando certo. Os alunos passavam por ela como se quisessem levar ela junto para um buraco escuro da desolação, Rose não gostava de multidões. Ela ficou tão feliz ao ver a cabeça loira na cabine a direita que quase saiu correndo e o abraçou então olhou para o resto do lugar e avistou os amigos sonserinos do garoto.

– Malfoy. – disse ela abrindo a porta e mandando o seu olhar mais frio para todos ali até chegar nele.

– Sim?

– Estão te chamando na cabine dos monitores.

– Por quê? – perguntou Amanda Zanbini.

– Não me importa o porquê. –voltou seu olhar para Scorpius. – Apenas esteja lá.

Voltou a fechar a porta e esperou. Alguns minutos depois ele saiu.

Scorpius indicou o corredor com a cabeça e a guiou pela mão até uma cabine vazia.

– Somos ótimos atores. – comentou ela se jogando em um banco.

– Merecemos um Oscar.

– Ponto pela referencia trouxa. –Rose esticou a mão para ele bater, qual ele usou para se colocar ao seu lado passando o braço por seus ombros.

– Eu estava com saudade do seu olhar de ódio. – comentou Scorpius.

– Não sei por quê.

– Ora eu...

– Scorp, precisamos conversar.

– O.k.

Rose colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e respirou fundo.

– Eu gosto de você, sério mas eu preciso de um tempo.

– Tempo? – o jeito que as sobrancelhas dele ficavam quando estava confuso fizeram Rose sorrir um pouco.

– É, não pra tipo rever nosso relacionamento ou algo assim mas eu preciso fazer umas coisas e com você lá no meio, não dá.

– Eu atrapalho?

– Não não não, não. – ela segurou as mãos do garoto. – Eu, hã.

Respirou fundo, tão confuso.

– Tudo bem. – ele apertou um pouco sua mão. – Só preciso de um limite de tempo senão eu vou sair correndo desse trem com você nas costas.

Ela riu.

– Depois das férias de Natal.

– Ta legal. Pergunta: Você consegue garantir que eu não use o vira tempo e faça parecer mais rápido?

– Não.

– Vai tentar me impedir?

– Não.

– Que bom.

Scorpius a beijou e Rose se permitiu a sentir que tudo estava bem.

* * *

Ficaram tanto tempo conversando na cabine que tiveram que sair correndo pegar suas coisas e nem tiveram tempo de se despedir.

Rose já se encontrava com sua família indo em direção ao portal para o mundo trouxa quando algo chamou sua atenção no canto do olho.

Scorpius sorria pra ela, diretamente pra ela. Rose sorriu de volta mesmo achando que nada venceria o sorriso do garoto. A multidão se mexeu e ele sumiu, sua família a chamou e Rose Weasley voltou ao mundo trouxa deixando seu coração no bruxo.