Até a Última Esperança Cair escrita por Rize Chan


Capítulo 1
Por toda minha vida


Notas iniciais do capítulo

Essa one simplesmente, apareceu na minha cabeça no nada. Só faltou fazer "pop".



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Um grito. Sangue. A risada fria do Titã, soando à minha frente. Mais gritos. A risada para, o Titã urra de dor. Eu sabia o que acontecia, mas não tinha forças para olhar para cima. Tudo o que passei veio-me a mente.

Flashback

Três meses antes.

- Aonde você está, seu idiota? - Pergunta ela, olhando ao redor da clareira. Mais uma vez havia escapado do treinamento. - Vamos, Perseu. - Suspira ela, frustrada. - Temos que voltar para seu treinamento. Sabe que Zeus não irá gostar disso. - A deusa ameaça, tirando seus cabelos ruivos do rosto, aonde insistiam em cair. Desprendo meu braço da árvore, caindo atrás dela sem nenhum ruido, mas estamos falando de uma deusa, ela logo percebe e tenta se virar. Mas eu aproximo meu rosto de seu ouvido pelas costas, rapidamente.

- Mas você não vai contar, não é? - Sussurro, pulando rapidamente de volta na árvore, e onde eu estava antes havia grama chamuscada. Ela estava vermelha, me olhando severamente. - Vamos, Hes. - Peço olhando-a divertidamente. Ela somente me encara. - Tudo bem, vamos voltar ao treinamento. - Suspiro, ela sorri brilhantemente, pegando minha mão e correndo de volta para a arena. Eu sorrio, feliz, tudo por ela estar assim também. Sim, eu a amava.

Héstia brilha, eu desvio o olhar, ainda não queria me desintegrar por ver um deus em sua forma divina. Ela reaparece, ainda brilhando um pouco, em sua forma de quatorze anos, sempre usava essa forma quando queria falar normalmente comigo, ela dizia que era por ser estranho ver uma garotinha de oito anos ou uma mulher de trinta conversando animadamente com um garoto de quatorze anos. Eu nunca reclamara, seus cabelos ruivos chegavam à sua cintura, ondulados. Os olhos brilhantes como chamas de uma lareira ainda mais brilhantes pela felicidade, sempre com um vestido vermelho escuro. Mas hoje ela parecia, de certa forma, diferente.

- Percy... - Começou ela, nervosa, mordendo os lábios vermelhos. Eu sabia que iria me dar mal, ela era uma deusa, casta, ainda por cima. E eu era um semideus, filho de Poseidon, algo raro, mas ainda assim, um semideus, mas eu simplesmente não podia negar, eu me apaixonara por Héstia. - Eu... Eu estou apaixonada. - Ela sussurra, tão baixo que, se não tivesse me inclinado, não teria ouvido. Ela ainda mordia os lábios, mas seus olhos estavam pregados no chão, como se a grama verde fosse muito interessante. Meu coração acelera e se contrai dolorosamente, ela estava apaixonada. Tento sorrir, mostrar que estou feliz por ela, apesar de que, eu sabia, mais tarde estaria ainda mais destruído do que agora, somente pelo fato de isso se provar ser verdade, possivelmente.

- Eu... Estou feliz por você. - Digo, tentando forçar minha voz a sair mais alto do que um sussurro. - Eu conheço? - Pergunto, apesar de tudo, ela ainda é minha amiga, e se a magoassem... Eu iria mandar alguém ao Tártaro. Ela levanta os olhos, parecendo hesitante, como se não soubesse bem o quê faria. Héstia assente, parando em minha frente, ela se estica e me beija. Era, indescritível. Eu estava feliz, muito feliz, mas confuso. Ela... Se apaixonou... Por mim?

Antes que eu pudesse ter consciência e chegar à uma conclusão, Héstia tinha ido embora, eu só pude ver seu vestido balançando na entrada do jardim, correndo para a floresta. Sem pensar, eu corro atrás dela, achando-a em uma clareira, sentada em frente à um lago, enquanto náiades tentavam calmá-la. Lágrimas de fogo escorriam pelo seu rosto.

- Hes. - Chamo-a, ela se vira, as náiades me olham, furiosas, tudo bem, isso é novo. - Posso falar com ela? - Pergunto à elas, que, relutantemente, assentem e mergulham de volta no lago cristalino. Ela me olha, sem reação, acho que não esperava que eu a seguisse. Sento ao seu lado. - Aquilo... - Começo, incerto. - Aquilo era verdade? - Ela me olha surpresa, mas assente.

- Mas, por favor, finja que nunca aconteceu. Eu somente, não conseguia guardar para mim. E... Eu realmente não que perdê-lo. - A deusa murmura, naquele momento ela parecia apenas uma mortal normal, eu sorrio e a abraço.

- E por quê eu esqueceria do que mais queria ouvir? - Sussurro, ela arregala os olhos e sorri brilhantemente, eu a beijo, diferente de antes, agora era calmo e transmitia todos os nossos sentimentos. E naquele momento eu sabia que a amaria por toda a minha vida.

Hoje

A guerra contra os Titãs começara, eu ( que voltei do treinamento com os deuses ) e Annabeth estava ao meu lado, Luke à nossa frente. Não, Cronos à nossa frente. O Titã e a filha de Atena se encaram. Annabeth ri friamente, observando-me debochadamente. Franzo o cenho, o quê estava acontecendo? A loira anda, cambaleando, na direção do outro, que dá a mão para ela. Os dois, Luke e Annabeth, um ao lado do outro, à sua frente... Eu. Então tudo se encaixou. Annabeth era a espiã do exército de Cronos, Silena era apenas uma isca. A raiva fluí por minhas veias. E eu ataco.

Incrivelmente, a luta estava equilibrada. Estava. Os treze deuses abrem as portas da Sala dos Tronos, encontrando-me lutando contra Luke e... Annabeth. Os olhos cinzentos de Atena marejam, sua filha era uma traidora. Os dois sorriem friamente para mim. Eu estremeço, o que eles farão? A filha de Atena se desvia da espada e corre em direção à... Héstia!

- Você roubou meu lugar, deusa da lareira. - Diz a loira, nós dois arregalamos os olhos. - Nada mais justo que você morrer. - Eu não vi mais nada, não senti que estava correndo, mas estava. Não senti a faca de Annabeth enterrar-se em meu peito, mas ela o fez.

- Acho que... Você precisa revisar o que é justiça. - Murmuro, sem ar.

Fim de Flashback

Um grito. Sangue. A risada fria do Titã, soando à minha frente. Mais gritos. A risada para, o Titã urra de dor. Eu sabia o que acontecia, mas não tinha forças para olhar para cima. Tudo o que passei veio-me a mente. Sinto braços ao meu redor, lágrimas quentes caem em mim. Héstia. Me forço a levantar a cabeça e encará-la, eu sorrio, como que para a encorajar, por esses meses, foi bom estar com ela, mesmo que ninguém saiba. Eu a amo. Mesmo que somente ela saiba. Eu a amo. Passo a mão pelo seu rosto delicadamente, seu rosto sujo de icor, icor de Luke.

- Não. Não. Não. Não pode morrer. - Ela murmurava desesperadamente. Eu sorri fracamente para ela.

- Lembre-se sempre, Hes:

Eu estarei com você, dia a dia, cada minuto, amarei-te por toda minha vida. E se isso não bastar... Amarei-te além. Até a última esperança cair.


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Notas finais do capítulo

Pelos céus! Eu consegui mesmo escrever algo assim? MILAGRE!
Agora só falta o epílogo, como um bônus. Espero que tenham gostado. Mais tarde eu coloco uma capa.



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