O som alto do alarme ressoou pelas paredes que compunham o 3º andar do prédio subterrâneo. Seguindo o alarme as portas de segurança se fecharam trancando o andar em questão quando uma rasa fumaça esbranquiçada encheu os corredores. Ninguém se mexeu ao todo a não ser para que colocassem as marcaras de oxigênio, enquanto os que tinham magia agitavam sua varinha ao lançar um feitiço para limpar o ar.

Todos já aviam se acostumado a esses momentos usuais e comuns no 3º andar para Pesquisa em Soluções com Poções onde a maioria dos Cientistas, Pesquisadores e Mestres em Poções dedicavam seu tempo em pesquisas de varias poções a serem melhoradas e a serem criadas para melhor atender Lobisomens.

Um dos Cientistas próximo a sala sete do corredor 27 começou a pegar um pequeno tubo de 15 ml com um composto sanguíneo de um Lobisomem e colocou em uma Centrífuga microematócrito onde ele giraria por 10 segundos, logo após a voz aumentada magicamente ressoou pelos corredores.

— Inferno Sangrento. — Se ouviu vindo pelos corredores da sala 7. — Jason traga outro tubo de 15 ml com composto sanguíneo Lobisomem para a sala de desenvolvimento.

A voz já muito conhecida pelos corredores de todos os cinco andares do prédio subterrâneo escondido em uma das muitas florestas do Canadá pertencia a Katrismira Calaelum Malfoy, irmã mais velha de Lucius Malfoy II por cinco anos. Com seu cabelo curto e branco, seus olhos âmbar e sua pele morena com o corpo levemente definido, ela era extremamente diferente da família.

Mas nem sempre fora assim.

Repudiada pela família aos 20 anos de idade quando recebeu sua maestria em poções, por ter sido atacada por um Lobisomem e transformada, ela abandonou-os em meio o inicio da primeira guerra bruxa por Voldemort e se mudou para Londres trouxa onde estudou em Oxford por cinco anos onde ganhou seu doutorado em Química e Física quântica. Aos 25 anos ela se mudou para Washington onde fez residência fixa.*

Ganhando poder político ao se unir a um amigo, John Hussein II, estando ao lado dele quando se tornou Ministro, ela conseguiu através de ajuda do Ministério e de muitos Lordes da Suprema Corte montar seu nome sem a sombra da família Malfoy da Grã-Bretanha, Fundar o Centro Clinico de Pesquisa Licântrópica (CPL) no ano de 1979 e se tornar diretora da Coordenadoria de Regulamentação de Direitos e Deveres das Criaturas Mágicas fundada pelo Ministério no ano de 1985 quando ela conseguiu convencer a Suprema Corte a levantar a lei de Igualdade as Criaturas Mágicas para votação.

Em 1986, oito anos depois da fundação da CPL, ela havia ganhado poder político suficiente para levar suas idéias e visões para fora da America, e com seus ideais e carisma ela conquistou o apoio de todos os Ministérios espalhados pelo Mundo. Apesar de ter conseguido implantar a lei da Igualdade para Criaturas Mágicas somente na America do Norte, a CPL tinha apoio e ajuda em todo o mundo, recebendo Lobisomens condenados a pena de morte para serem usados em exames e pesquisas.

Ela havia se tornado o ícone de esperança para todas as Criaturas Mágicas, uma princesa com toda graça e carisma, e uma rainha com a alma protetora e astucia.

31 de Julho de 1987

Katrismira estava sentada em uma mesa em frente a uma sorveteria, enquanto apreciava o fraco sol de Londres tocando sua pele. Ela se deliciava com uma casquinha enquanto conversava e ria com dois de seus cientistas e dois de seus seguranças pessoais.

Eles aguardavam à hora de descerem ao Ministério Britânico para uma conversa com o Ministro Fudge e o chefe do departamento Auror, sobre o Lobisomem Lion Stensen que havia sido preso uma semana antes por atacar um acampamento trouxa e ferir 3 pessoas.

Eles estavam conversando sobre a tentativa de desenvolvimento para o tratamento de angina que os pesquisadores e cientistas da Pfizer trabalharam. Eles riam sobre o que eles haviam criado quando fizeram o teste. Charles Pfizer** ao saber da descoberta de seus funcionários resolveu tirar proveito e estava preparando o medicamento para colocar no mercado, o nome seria conhecido por Viagra.

Eles falavam sobre o que poderia ter sido feito no desenvolvimento do remédio que deu este resultado aos cientistas quando suas atenções foram tiradas para uma família extremamente estranha entrando no recinto. Um Homem gordo e uma mulher fina de pescoço longo e uma criança que mais parecia uma bola estavam entrando felizes e sorrindo e quase fazendo desaparecer uma segunda criança, magra e fina com roupas maiores que ele, os olhos fundos com aparência de uma criança de cinco anos de idade, ninguém parecia ter notado a pequena criança lá.

Katrismira viu quando o homem mais gordo pegou o garoto pelo braço o sentando com força em um banco do lado de fora. — Você moleque, vai ficar aqui quieto, nós vamos só buscar um sorvete ao nosso Duda. — O homem havia dito baixo o suficiente para que nenhum trouxa ouvisse, e se ela fosse 100% humana também não teriam ouvido.

A criança não se moveu, ficando lá parada enquanto olhava para a calçada, ninguém parecia notar o olhar de tristeza enquanto ele via as famílias felizes passando a sua frente rindo.

— Ei garoto. — Ela chamou fazendo-o virar para ela. — venha aqui. —pediu ela dando seu sorriso mais doce com medo de que o garoto fugiria. Ele veio andando devagar olhando com grandes olhos verdes por trás dos óculos gastos e remendados para ela até que chegou. — Oi, meu nome é Katrismira pode me chamar de Doutora Kat. Qual seu nome querido?

— Harry, prazer em conhecê-la. — ele havia falado baixo para que eles se esforçassem para ouvir.

— Bem Harry, deixe-me te apresentar a uns amigos, o moreno de cabelos negros e olhos azuis é o Doutor Antony, o loiro de olhos castanhos é Professor Jason e os dois gêmeos ali de cabelos azuis e olhos âmbar são o James e a Jamisia. — Ela apresentou apontando para as respectivas pessoas que acenaram calorosamente para ele. Antes que mais algo pudesse ser dito o grande homem com os outros dois saíram pela porta em direção a eles.

— Sinto muito pelo meu sobrinho, ele é um garoto perturbado e encrenqueiro. — Disse o homem corpulento enquanto a mulher e a criança-bola ficaram mais ao fundo.

— Não tem nenhum problema. — respondeu Jason sorrindo para o Harry.

— Eu sou a Doutora Katrismira, é um prazer conhecê-lo senhor... — Ela parou a pequena apresentação a espera dele dar-lhe seu nome.

— Dursley, Valter Dursley. — Disse ele pegando a mão oferecida. — Agora sinto que tenho que ir, há muito a se fazer. — Respondeu ele apertando ligeiramente o braço do garoto. Somente os cientistas notaram o estremecimento de Harry.

— Claro, eu entendo, nos vemos por ai. — Disse ela enquanto os olhava sair em direção a um carro e jogando Harry sem nenhum cuidado no banco de trás. — James, Jamisia, vão atrás deles e descubram o que puderem e nos encontre no Ministério. — Eles assentiram antes de virarem para um pequeno beco onde minutos depois dois lobos com um tamanho maior que o normal e pelos azulados saíram***. Katrismira lançou um pequeno feitiço de desilusão antes que eles corressem atrás do carro que acabará de sair.

— Você acha que eles... — Perguntou Antony deixando a frase morrer.

— Tenho quase certeza. — Respondeu ela antes de pegar as mão dos dois cientistas que estavam agora do seu lado e desaparatar para o Ministério.