Anna & Kiba escrita por ACarolinneUs5


Capítulo 5
Capítulo 5




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Eu adorava a sensação de andar no Akamaru: o vento batendo no rosto, a maciez de cada impulso e cada passo, minhas mãos encostando no menino que eu amava, era tudo perfeito. Passamos em frente a minha casa, a porta estava apenas encostada, provavelmente minha mãe tinha ido ao mercado comprar verduras e frutas, então não me importei.

No caminho encontramos Sai e Sakura, o novo time de Naruto. Sai é um menino muito bonito, mas ele usa umas roupas e dá uns sorrisos bem suspeitos, mas eu não ligo, continua sendo muito bonito. Ele geralmente está usando sua mini camisa, que metade da barriga fica de fora, sua calça preta e uma bolsa de lado, na qual ele sempre leva suas ferramentas de pintura e luta. Teve uns dias, antes do Naruto voltar do seu treinamento, que eu gostava de observar o Sai desenhando, ele desenha extremamente bem. Viramos até amigos, mas ele não pôde ir no aniversário do Kiba aquele dia, que foi um dia depois da chegada do Naruto à vila, então ele ainda não conhece Kiba, só de vista.

– Vocês viram o Naruto? – Kiba perguntou para eles.

– Não, acho que ele está em casa, provavelmente dormindo ainda – disse Sakura.

– Obrigado.

Quando Akamaru fez menção de continuar correndo, Sai falou:

– Já ouviram falar que a Akatsuke está nas redondezas?

– Sim, estamos indo agora conversar com Naruto, sei que ele vai ficar doido quando souber, se já não estiver ouvido.

– Entendo... – disse Sai.

– Eu fiquei sabendo disso, mas vocês sabem quais membros foram avistados? – Perguntou Sakura.

– Pelas minhas fontes apenas o Kabuto foi visto – disse Kiba.

– Droga! Justo ele! E quem mais...

Antes de Sakura terminar sua pergunta, Sai interrompeu:

– Deidara foi visto.

– Quem é Deidara? – Eu perguntei.

– Um loiro, da vila da pedra – disse Sai. – Tomem bastante cuidado com ele, pode ser um brincalhão, mas é muito forte e geralmente anda com seu parceiro Sasori.

– SASORI? – falei, preocupada e desesperada. – Você não quer dizer aquele de cabelo vermelho que perdeu os pais na vila da areia né?

Eu conheci Sasori, ele era um jovem muito solitário que vivia quase escondido fabricando bonecos de ventriloquismo. Sua avó, Chiyo cuidava de mim quando minha mãe tinha que sair para resolver algumas coisas e me levava para ficar com Sasori. Eu o ajudava a fazer seus bonecos, bem pouco, mas ajudava. Fiz uns cinco fantoches com ele, ele fez uma miniatura de mim que eu guardo até hoje. Não acredito que ele também havia se tornado um rebelde.

– Ele mesmo.

– Você o conhece? – Kiba me perguntou, surpreso.

– Eu o conheci na vila da areia. Depois te conto detalhes.

– Tudo bem.

– Obrigada, Sai, ficarei atenta. Como é esse menino loiro mesmo?

– Ah, não se preocupe, se você vê-lo, saberá que é ele. Ele é único. Usa massas de chakra para criar coisas e as fazem explodir.

– Certo. Obrigada. Vamos indo, tenham um bom dia.

– Vocês também – desejou Sakura.

Fomos correndo até chegarmos em frente a entrada do edifício. Desci do Akamaru e Kiba disse que ia dar uma voltinha enquanto eu conversava com Naruto. Ele esperou eu passar pela porta de entrada e foi. O apartamento do Naruto era o último no último andar. Subi as escadas, cheguei em frente seu lar e bati na porta três vezes.

Como não teve resposta, eu bati mais forte, novamente, três vezes. Dessa vez ele escutou, perguntou quem era e eu disse que era eu. Ele me mandou esperar um minuto.

– Oi Anna. Não te esperava por aqui. Entre – disse ele sorrindo, surpreso.

Pelo cheiro de seu hálito, soube que ele tinha acabado de escovar os dentes, o que significa que eu o acordei. Sua cara estava um pouco amassada do lado esquerdo. Seu quarto era muito bagunçado, nunca cheguei a entrar nele, sempre fiquei do lado de fora esperando ou em frente ao edifício. Estar ali me fazia sentir próxima dele, mais que a amiga que sempre fui. Mas eu tinha uma missão, então fui direto ao ponto. Sentei-me em sua cama bagunçada e disse:

– Naruto, tenho uma coisa séria para te falar.

– Fale, Anna – disse ele fechando a porta e sentando-se ao meu lado. – Ah, não repare muito a bagunça, não costumo receber visitas.

– Tudo bem – falei sorrindo. – Você soube de algo recentemente?

– Tipo o quê?

– Hum... Não sei, tipo, qualquer coisa perigosa, ou estranha, acontecendo em Konoha, ou aos arredores?

– Não, por quê?

– Vou ter que te contar então. É o seguinte: Kabuto foi visto rondando por aí. E pelo que soube, parece que também foi visto um tal de Deidara. Você o conhece?

– Sim... digo, não. Só sei quem é – disse ele levantando-se de preocupação. – O que eles vieram fazer aqui?

– Não faço a mínima, você tem alguma ideia?

– Não, não consigo imaginar. Deidara e Kabuto... Não sei o que eles tem em comum e nem o que eles podiam estar procurando. Kabuto... ele tem posse do Sasuke, será que ele veio? – perguntou ele, esperançoso.

– Não, Naruto, foi isso que eu vim falar com você. Você não deve procurá-lo.

– Mas porque não? Ele sabe onde meu amigo está, é meu dever, minha promessa, eu devo encontrá-lo – disse ele, indignado.

– É muito perigoso e você não está preparado ainda.

– QUEM DISSE QUE NÃO ESTOU? – ele gritou. Fiquei com um pouco de medo, ele nunca falou comigo assim.

– Desculpa, eu só imaginei que...

– Não, Anna, me desculpa – disse ele sentando-se de volta ao meu lado e passando a mão nos meus cabelos. – Eu só fico muito indignado com a situação. Mas entendo seu lado. Não se preocupe, não vou procurá-lo. Mas se ele vier até mim, não hesitarei em lutar.

– Só não quero que se machuque. Você é um dos meus únicos amigos, não quero perdê-lo. Já perdi toda a minha antiga equipe e... – comecei a lamentar, não conseguia lembrar da minha equipe sem derramar uma lágrima.

– Não, não, Anna. Você não vai me perder – disse ele me abraçando. – Eu prometo.

– Se cuida, viu? – Com essa promessa eu sabia que ele ia se cuidar. Naruto não quebra suas promessas. Mas quis apenas certificar-me.

– Sim, claro. Você também.

Chorei discretamente durante o abraço para que ele não visse. Soltamo-nos e me levantei, olhando para o outro lado para enxugar as lágrimas. Ninguém me via chorando. NINGUÉM.

Fui andando em direção à porta. Senti sua mão puxando meu braço e me virando. Parei em frente a ele. Ele olhou profundamente para mim, com aqueles lindos olhos azuis e disse:

– Obrigado por se importar comigo, Anna.

– Eu sempre me importei com você, Naruto.

Ele sorriu, me abraçou novamente e foi soltando-me devagar. Parou, com as mãos ainda ao meu redor. Ele parecia muito pensativo. Virou o rosto para mim, observando-me. Não sabia o que fazer, estávamos muito perto um do outro, seu rosto muito próximo ao meu. Ele foi chegando perto. Mais perto. Mais perto. Me desesperei por dentro, não estava indo como eu queria. Ele fechou os olhos bem devagar e no último momento pensei em virar a cara. Ele beijou minha bochecha. Senti um arrepio percorrer meu corpo. Nunca imaginei Naruto dessa forma e não pretendo imaginar. Quando ele beijou o lado do meu rosto, logo soltou-me, desconsertado. Começou a falar umas coisas sem nexo, sorrindo e sem jeito. Olhei para ele e retribuí o beijo, no mesmo local. Então, abri a porta e desci as escadas rumo à saída, deixando-o aliviado e ao mesmo tempo feliz.

Quando saí pela porta da frente, Kiba estava em pé, do lado do Akamaru, conversando com um garoto. Não gosto de pensar muito nisso, mas ele era bem bonito. Um pouco moreno, de cabelos vermelhos e olhos brancos, iguais os do Neji. Essa vila ainda acaba comigo... Sorte a minha que tinha conhecido Kiba primeiro e me apaixonado por ele, pois seria difícil escolher dentre as opções.

– Ah, oi Anna, como foi lá? – perguntou-me Kiba.

– Bem... eu acho – falei olhando para a sua companhia. Perguntei, então, sem arrodeios: – Quem é você?

– Ah – disse ele, surpreso, secando a mão e estendendo-a para me cumprimentar. – Sou Zuu Uzumaki.

– Uzumaki? – Perguntei apertando sua mão. Só conhecia o Naruto do clã Uzumaki, e eles não eram fáceis de encontrar. Fora que ele parecia muito um Hyuuga, mas seus cabelos eram incontestavelmente Uzumaki.

– Sim. Acho que ninguém aqui me conhece. Nunca falo meu sobrenome. Nem sei por que falei agora. Geralmente deixo as pessoas pensarem que sou Hyuuga, mas não ligo – disse ele normalmente.

– Sou Sabaku No Anna.

– Espera, Sabaku... Que nem o Gaara? – Disse ele, animado.

– Sim, Gaara é meu primo. Você o conhece?

– Ele se tornou Kazekage com apenas dezesseis anos, todos conhecem ele.

– Verdade... – Havia me esquecido disso. Tenho que ir visita-lo qualquer dia.

– Então, Anna – disse Kiba. – Zuu estava me contando que ouviu Kabuto conversar com alguém. Ele acha que era Orochimaru. Mas não tem certeza ainda.

– E porque você acha que nos importamos? – perguntei. Soou como grosseria, mas não me importei, pois ele respondeu normalmente.

– Eu estava seguindo Kabuto desde um esconderijo que eu encontrei a pouco tempo, e aí ele veio até aqui, em Konoha. Então lembrei que tinha conhecido uma pessoa há um tempo durante uma missão, e era meu amigo aqui, Kiba. Então pensei em alertá-lo, mas ele já estava a par da situação.

– Entendi... Então, você quer nos ajudar?

– Sim, não sabemos o que eles querem, então, qualquer coisa, estou aqui.

– Certo.

– Vamos, então? – Zuu perguntou.

– Para onde? – perguntei.

– Atrás do Kabuto e seu amiguinho.

– Hahahah – eu ri forçadamente. – Quer ser morto?

– Não, eu só pensei que... Hum... Verdade

– Tudo bem, nós vamos mesmo – disse Kiba.

– Vamos?!? – perguntei, indignada. – Só se for vocês, eu vou para a minha casa.

– Estou brincando, Anna – disse Kiba. – Eu vou levar esse rapaz lá pra casa, enquanto ele descansa da sua viagem.

– Então vou para casa do mesmo jeito...

– Anna, sobe no Akamaru que ele te leva em casa.

– Você não vem?

– Não, vou acompanhar Zuu até a minha casa. Vamos conversando.

– Tudo bem. Eu vou a pé mesmo. Podem ir no Akamaru – falei do jeito mais simpático que consegui. Eu queria ir com eles, mas parece que querem um tempo sozinhos. Então tudo bem.

Eles subiram no Akamaru e dispararam rumo à zona residencial onde morávamos. Fui andando, escolhi um outro caminho, mais longo, queria pensar um pouco sozinha. Passei pelo Ichiraku, cumprimentei ele, o Neji e a Hinata, que estavam sentados lá, e saí. Fui andando pelo pátio da academia onde estudei e fui rumo à minha casa.

Chegando lá, a porta ainda estava apenas encostada. Abri-a e chamei pela minha mãe. Ela não respondeu, então fiquei preocupada. Peguei uma kunai de dentro da bolsinha preta que sempre uso, vasculhei o térreo e comecei a subir as escadas para o primeiro andar. Nada encontrei, então fui para o segundo, sorrateiramente. Quando cheguei no meio da escada, um menino loiro, com cabelos presos em um rabo-de-cavalo com uma mecha caindo sobre seu olho esquerdo, olhos azuis, vestindo uma capa preta com nuvens vermelhas estampadas, olhou para mim. De cara, soube quem era. Deidara, o rebelde da pedra, membro da Akatsuki. Esperei golpes e justos, mas ele me surpreendeu rindo e falando apenas:

– Oi, maninha!


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