Epílogo

Hoje faz um ano que Anna morreu. Ainda não consigo acreditar... Parece que ela foi viajar e não quer mais voltar.

Na sua casa mora um casal com dois filhos. Sempre que passo por ela, olho para a janela do quarto da Anna e espero que ela me olhe de volta. Mas ela não está mais lá.

Estou dando tudo de mim para seguir com minha vida normalmente, mas não dá, eu a amava demais.

Minha mãe não lembra dela, sequer a conheceu. Hana nunca ouviu falar de nenhuma Sabaku no Anna.

Quando a menciono para Akamaru ele faz uma cara de dúvida e me olha, confuso.

Nem mesmo ninjas inimigos apareceram em Konoha atrás dela.

Ninguém a conheceu.

Mas eu, Inuzuka Kiba, a conheci. E ela foi e sempre será a melhor.

Anna foi embora sem deixar rastros. Seu corpo está enterrado no cemitério de Konoha. A fim de manter seu desejo de anônima, coloquei um nome aleatório na lápide.

Eu levo flores todo fim de semana, conto a ela como foi minha semana e tento ser forte para não ficar lembrando dos momentos que passamos juntos. Seria muito mais doloroso do que já é.

De acordo com a Hokage, o casal que mora na casa da Anna está lá há 6 anos.

A noite do meu aniversário, no Ichiraku, é lembrada por todos, com todos os detalhes, exceto um. Sem a Anna.

A confusão do dia de sua morte é lembrada apenas como uma invasão de rebeldes.

É incrível como ela conseguiu criar memórias novas e interligadas para todos que conhecia, sem deixar nem mesmo uma brecha sequer.

Mal sabem eles que Anna estava por trás de tudo.

Eu a amo tanto...

Anna me fez viver, pois antes de conhecê-la, eu apenas existia.

Sofrer a morte de alguém é terrível.

Sofrer sozinho é ainda pior.

Mas, Anna, eu prefiro sofrer sua morte e sentir sua falta todos os dias, sozinho, do que viver na ilusão de que você não existiu.