Anna & Kiba escrita por ACarolinneUs5


Capítulo 14
Capítulo 14




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Capítulo Quatorze

Eu não queria companhia, porém, Sai é realmente uma das melhores companhias que eu poderia ter encontrado. Fomos andando, com o passo apressado, mas não a ponto de correr. Ele me contou sobre seu irmão e eu contei sobre o meu, recém-descoberto, irmão assassino.

Contei para ele toda a minha situação com a minha mãe, toda a nossa briga, e toda a minha indignação. Ele me entendeu completamente, mas não concordou com o modo que falei com Kunanari. Preferiria que eu tivesse sido mais compreensível e paciente. É fácil falar...

– Não deve ter sido fácil para ela, Anna... – disse ele, pesaroso.

– E daí? Não foi fácil pra mim também! – Eu estava quase gritando, e então diminuí o tom. - O que ela estava pensando quando decidiu esconder isso tudo de mim assim?!

– Vai ver seria melhor que ela escondesse. Veja tudo que vem acontecendo desde que você descobriu que Yashamaru não é seu pai.

– Não, isso tudo é decorrente da visitinha inesperada do Deidara na minha casa. É tudo culpa dele!

– Tem sentido.

Continuamos andando, passando por pequenos casebres abandonados e alguns animais que nada faziam a não ser nos encher de medo com aqueles olhos gigantes direcionados a nós. Fora esses animais, a estradinha ainda estava completamente deserta.

– O Kiba fala sobre mim pra você? – perguntei, mas logo me arrependi. A mudança do assunto e a quebra do silêncio foi muito repentina.

– Não.

– Nenhuma vez? – perguntei, desapontada, mas ainda insistindo no assunto.

– Nem uma só vez – ele respondeu sem desviar o olhar do chão à sua frente.

– Hum... Okay...

– Anna... Por favor, né... – disse ele, olhando para mim. Retribuí o olhar.

– O quê?

– Acho que todos os meninos da vila são apaixonados por você.

– Você é?

Ele ficou vermelho num piscar de olhos.

– Não, eu não.

– Então porquê afirmou isso?

– Eu não sou natural de Konoha...

– Certo... então você está querendo dizer que todos os meninos naturais de Konoha e que moram lá, são apaixonados por mim?

– Exato.

– Você é doido.

– Às vezes.

– Por quê você acha isso?

– De tanto o Kiba falar bem de você, todos os meninos que ouviram ele falando ou que já te viram em algum lugar, gostam de você.

– Isso é tenso...

– Hahah! É bom que você pode escolher.

– Eu já escolhi.

– Kiba, não é? – ele olhou para meu rosto vermelho e não teve mais dúvidas. – Ele tem sorte. E você também, ele é muito legal e te respeita.

– É, ele é – suspirei ao lembrar do beijo que dei nele. Quero repetir qualquer dia desse...

– Vocês já ficaram? – se eu estava vermelha antes, agora estou roxa.

– Não – menti, mas acho que não fui muito convincente.

– Ah, Anna, você mente mal. Quando vocês ficaram?

– No hospital, alguns dias atrás.

– Que legal... Quem tomou a iniciativa?

– Eu – falei, um pouco vergonhosa.

– Ora ora, quem diria. Na verdade, acho que eu me surpreenderia se ele tivesse tomado a iniciativa, você fez bem. Ele é muito mole quanto a esse assunto.

– Porquê você acha isso?

– Eu não acho, eu estou afirmando. Kiba é muito mole, Naruto me disse que ele sempre sonhava em ficar com você, dizia uma hora ou outra que ia conseguir chegar em você e te beijar, ou fazer alguma coisa, mas ele nunca conseguiu, você o deixava nervoso demais para isso.

– Kiba sempre quis ficar comigo? Quem diria...

– Todos diriam, Anna – ele riu. – Kiba dispensava todas as garotinhas que se jogavam para ele, e pelo que Naruto me disse, não eram poucas, pois ele queria que você fosse a primeira na vida dele, e a última também.

– Fui a primeira menina que ele ficou? – eu ainda não acreditava naquilo, ou não queria acreditar. É algo tão bom, tão legal para mim. Eu fui a primeira dele, e ele foi o meu primeiro.

– Como se você não soubesse disso – ele falou com ironia.

– Ele foi o meu primeiro também... – confessei.

– Eu sei – rimos.

– Quem é aquele? – apontei quando percebi um movimento à nossa frente na diagonal esquerda.

– Como eu vou saber?

Ai.

Às vezes esqueço o tanto que o Sai é grosso, mas eu adoro isso. Ri e continuamos andando, atentos e preparados para qualquer coisa.

– Quem é você? – Sai gritou quando estávamos mais perto do homem. Percebi que era homem pelo modo de se vestir: calça folgada, camisa e um chapéu meio esquisito. Sua cabeça parecia uma pirâmide. Eu achei que ele não ia responder.

– Eu que pergunto isso. Essa é minha terra. Quem são vocês? – sua voz era ríspida e agitada, ele cuspia as palavras como se elas estivessem saindo à força.

– Estamos procurando uma pessoa – Sai disse, e fomos nos aproximando.

– Quem?

– Kunanari – falei.

– Nunca ouvi falar de tal. Agora deem o fora daqui.

– Talvez alguém aí saiba, deixe-nos procurá-la.

– Vocês não deviam estar aqui – falou uma outra voz, mais grossa e tranquila. Um cara mais alto chegou por trás do homem, cabelos curtos e oleosos, os olhos baixos e escuros, um pano tampava sua boca. Ele parecia ter trinta e poucos anos.

– Estamos procurando por Kunanari – Sai explicou novamente.

– Sei que estão... Vocês pelo menos sabem onde estão?

– Na vila secreta do som? – perguntei, observando de longe a bandana dele com o símbolo. Eles cochicharam entre si e depois olharam para nós.

– São só vocês dois?

– Por enquanto, sim – menti.

Eles se entreolharam rapidamente e prosseguiram:

– Podem entrar – disse o homem mais alto, sorrindo, virando-se e apontando para o portão da vila logo à frente como quem diz "sejam bem-vindos".

– Obrigada – falei, retribuindo o sorriso. Fui na frente de Sai. Quando cheguei mais perto do portão, seus passos ficaram tão suaves que eu nem ouvi, tive que olhar para trás para verificar se ele estava realmente me seguindo.

Esse foi meu erro.

Sai estava no chão, havia um pequeno corte na sua testa que sangrava. O homem mais baixo estava com um pedaço de madeira na mão, sorrindo. E quando fui procurar pelo mais alto, recebi uma pancada forte na cabeça.

Apaguei.


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