Anna & Kiba escrita por ACarolinneUs5


Capítulo 12
Capítulo 12




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Capítulo Doze

Acordei de madrugada para preparar minhas coisas e poder seguir viagem à procura da minha mãe. Ontem depois de perceber a falta de Kunanari, tomei um banho e prometi a mim mesma que ia dormir bem, repor as forças e acordar um pouco tarde para poder dar tempo de descansar, afinal, tinha passado o dia anterior procurando a mesma pessoa.

Eu não sei exatamente o que fazer, estou sendo movida na base do sentimentalismo, raiva, ódio, curiosidade e amor pela minha mãe estão embaraçados na minha mente. Tudo está se confundindo, não sei mais o que é o quê.

Saio do meu quarto, dessa vez pego na dispensa da casa um recipiente grande cheio de areia que deixo guardado para quando preciso, tipo o do meu "primo" Gaara, porém, bem menor e em formato retangular, como uma caixa grande. Esse é um dos momentos de necessidade. Estou em busca da minha identidade.

Tenho que contar para Kiba. Ontem apenas saí da casa dele e vim para a minha, ele ainda não sabe o que aconteceu. Droga! Eu não queria preocupá-lo mais do que já preocupei... Ele não merece isso.

Já envolvi gente demais nisso, vou sozinha.

Pego tudo que preciso: um pouco de comida, areia, gaze, luvas (caso fique frio de noite, se minha busca durar até tarde), shurikens e kunais. Tranco os cômodos da casa e saio pela porta da frente. Ainda não tenho pistas de para onde levaram minha mãe, mas sei exatamente para onde ir. É uma sensação estranha, mas tenho certeza do rumo que devo tomar, é como se tivesse algo me atraindo até lá.

Olho para os lados, nesse horário, ainda não tem gente na rua. Ótimo. Zuu provavelmente dormiu na casa de Kiba, no quarto dos hóspedes, ou no sofá, como ele dizia preferir. Olho para a casa dele, vejo uma luz fraca atravessando a fresta da janela e sussurro um "eu te amo" antes de seguir viagem.

Vou andando pela rua quase deserta, ainda não amanheceu. Saio da Vila pela saída leste, onde geralmente tem guardas, mas eu jogo apenas alguns grãos de areia nos olhos deles e no momento que eles saem, esfregando as pálpebras, para lavar a cara, eu passo, silenciosamente, e eles não me percebem. Nunca perceberam.

Não tem gente na pequena parte da floresta que estou, nem sinal de qualquer presença. Mas eu sei onde ir. Minhas pernas mechem quase automaticamente, não preciso direcioná-las. Tenho que dar a volta por Konoha, pois o rumo que meus pés querem tomar é na direção da Vila do Som.

E é onde eu iria chegar, cedo até, se eu não tivesse escutado passos atrás de mim.

Congelei. Quem será? Escuto um passo mais perto, e uma mão toca meu ombro esquerdo. Não consigo pensar na hora. Quando vi, eu já estava torcendo o braço do Sai. Sinto uma grande energia percorrendo nossos corpos. Não, não é esse tipo de energia. Energia mesmo! Elétrica. Eletricidade correndo nas minhas veias. E quando percebo, eu estava eletrocutando-o. Espanto-me e solto seu braço rapidamente.

– O que você está fazendo aqui? Seu doido.

– O que foi isso, Anna? – Ele pergunta, atordoado, olhando para minhas mãos. Eu as olho também, assustada.

– Não sei, me desculpe.

– Você tem genes do país do raio? – ele me pergunta.

– Não faço a mínima. Por favor, me desculpe.

– Tudo bem, está tudo bem.

– O que está acontecendo comigo?

– Achei que você ainda estava procurando essa resposta.

– E estou, mas isso do nada? – Olho para minhas mãos novamente, tento colocar força, e raiva, como a que senti quando percebi que havia alguém me seguindo. Pequenos raios atravessam de um dedo para o outro, eu consigo vê-los.

– MEU DEUS, Anna! Desde quando você sabe fazer isso?

– Estou tão surpresa quanto você, Sai. Não lembro de ter isso.

– Interessante...

– O que você está fazendo aqui mesmo?

– Não está na cara?

– Sei que está me seguindo, mas não quero companhia.

– O quê? Quem disse que estou te seguindo? Eu só vim aqui para dar uma mijada – diz ele, olhando para mim e rindo.

– Para com isso – eu rio junto com ele. – Sério, eu não quero companhia, desculpa.

– Tudo bem, Anna, desculpa, mas vou te seguir de qualquer jeito. Como você pretendia fazer uma busca como essa? E ainda mais sozinha? Eu posso te ajudar, e você sabe disso.

– Eu sei – falo, cabisbaixa. – Mas não quero meter ninguém em confusão, e minha vida já é confusa o bastante.

– Quero te ajudar. Quero entrar na confusão da sua vida, Anna. Sou seu amigo.

– Sai, entenda... Isso não é algo em que se pensar, eu estava indo para essa procura sem nada a perder, sabe? Eu já tinha aceitado o fato de morrer tentando, ou morrer após conseguir minhas respostas. Não quero que isso prolongue tanto.

– Eu entendo perfeitamente, mas vou com você. Tire essa ideia de morrer tentando. Tenha esperança. Vamos conseguir.

– Você é tão fofo, e tão irônico. Tão frio... por que se importa comigo?

– Porque gosto de você. És minha amiga. Posso ser frio, irônico, sarcástico e tudo mais, mas eu me importo com meus amigos. Não quero perdê-los. Eles são tudo que eu tenho agora.

– Certo, então. Mas me promete uma coisa?

– O quê?

– Só fala que promete...

– Não posso falar isso antes de saber qual é a promessa.

– Tá bem... Me promete que... – respirei fundo, o coração partido. – Me promete que quando eu falar para você ir embora e me deixar, você assim fará.

– Não posso prometer isso...

– Claro que pode, é simples. Quando estivermos em perigo, e eu tiver a chance de salvar você, é o que farei, e por favor, você terá que respeitar minha decisão.

– Não vou deixar você entrar em perigos tão grandes. Não se preocupe.

– Então prometa! – falei um pouco mais alto, lágrimas escapuliram dos meus olhos, e eu os sequei rapidamente. Tenho quase certeza que não volto mais pra vila.

– Ok. Eu prometo – ele falou, triste, olhando pro chão.

E em seguida, completou:

– Mas não chegaremos a tal ponto.

– Confio em você, Sai.

Ele sorriu para mim. Nunca sei se o sorriso dele é sincero ou apenas de educação, mas o que eu posso afirmar é: confio nele, é sincero, educado, engraçado, sarcástico, irônico, me alegra e ainda é um dos meus melhores amigos.

Não entendo essa minha eletricidade surgindo do nada. Pensei que não tinha como as coisas ficarem ainda mais confusas, massempre tem como, agora tenho certeza disso. Vou apenas continuar minha jornada, as respostas para tudo, creio eu, estarão me esperando no fim.


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