Partners escrita por Adri M


Capítulo 9
Eu confio em você...


Notas iniciais do capítulo

Gente, atrasei hoje, mas, ai está mais um cap. Espero que gostem.



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Entro na minha casa, ela não é grande, sem luxos, as paredes são da cor salmão, tem dois sofás na sala e uma mesa de centro no meio deles, alguns quadros na parede e fotos da minha família. Olho para a porta, que dá acesso a cozinha e minha mãe está encostada no batente com os olhos fixos em mim e um lindo sorriso nos lábios.

Minha mãe é linda, às vezes acho que não puxei a ela, ela tem os cabelos compridos da cor de ouro, que cai em seus ombros, os lábios estão pintados de vermelhos. Eu sou magricela e uso óculos, com certeza, puxei ao meu pai, ele é todo nerd. Ensinou-me, desde pequena a mexer em computadores.

Eles são o tipo de casal errado, opostos, porém, são daqueles que se amam, tanto que não conseguem ficar longe um do outro.

Meu pai abraça minha mãe e lhe dá um beijo na bochecha, ela retribuiu dando um selinho nos lábios dele.

– Eca. – Digo virando minha cara. Os dois sorriem e fazem careta para mim. – Por que vocês estão me olhando dessa forma? – Pergunto quando o olhar dos dois muda e fica mais sério.

– Acho que ela nem lembrou Donna. – Diz meu pai.

– Acho que não. – Minha mãe dá alguns passos e para na minha frente. – Entretanto, nós somos bons pais e nos lembramos. – Eu fazia de tudo para não comemorar meu aniversário, mas, os dois sempre lembravam.

Senti os braços da minha mãe ao redor de mim, fechei meus olhos, pois sábia, o que ia acontecer. Ela me dá vários beijos molhados, no meu rosto.

Depois dela foi a vez do meu pai, mas, ele não é tão exagerado, apenas me deu um abraço e me girou no ar.

– Nós compramos um bolo. – E essa era a melhor parte. Joguei minha mochila e livros no sofá e corri para a cozinha, onde um bolo de chocolate me esperava, com cobertura de glacê e raspas de chocolate branco e preto em cima, sobre ele, uma vela com um numero 14, minha idade. Sim, eu prefiro apenas um bolo, ao lado das duas pessoas mais importantes da minha vida, do que uma festa. Ia passar o dedo no glacê, quando minha mãe segurou minha mão.

– Ei mocinha vai lavar essa mão. – Me repreendeu. Levantei e corri para a pia, lavei minha mão e voltei a sentar.

– Agora você assopra a velinha e faz um pedido. – Dizia meu pai, enquanto acendia a vela do bolo.

Aproximo-me do bolo, assopro a vela, faço meu pedido e a vela se apaga.

– Você quer seu presente agora ou depois? – Escuto a voz da minha mãe, atrás de mim.

– Agora. – Respondo. Ela pega uma pequena caixinha, em cima da geladeira e me entrega.

Abro a caixa e retiro um colar de ouro, com um pingente de coração. Minha mãe tira o colar das minhas mãos e abre o fecho. Segura, meus cabelos e coloca no meu pescoço, seguro o pingente na mão e o aperto. Minha mãe aperta minha mão com carinho.

– O coração se abre, mas, você tem que prometer que vai abrir na hora certa. – Ela me dá um beijo na testa, e depois volta olhar dentro dos meus olhos. – Promete? – Assinto. – Então vamos cortar o bolo, agora?

Acordo no quarto escuro do meu apartamento com o celular tocando. Estou de folga faz dois dias. E isso está me deixando louca.

Pego o celular e vejo a foto de Oliver.

– Alo. – Tomara que seja uma missão.

‘Temos missão.’ – Jogo as cobertas para cima e levanto rapidamente, abro as portas do guarda roupa.

– O que vamos fazer hoje? – Escuto o riso de Oliver.

– Está mesmo entediada. – Estava mesmo, dois dias é demais. – Sei que, é um traficante de drogas. Dig acabou de me ligar e pediu para eu lhe avisar, não sei muito sobre o caso. – Jogo as roupas em cima da cama. – Seu carro ainda está na regulagem? Por que estou perto da sua casa, se você quiser uma carona, eu lhe dou, aceita? – Paro o que estou fazendo e sinto minha resposta entalada na garganta. – Felicity? – A ultima vez que fiquei sozinha com Oliver, eu senti arrepios pelo corpo, quando o vi sem camisa e ele disse que eu tinha sido incrível. Não sei se é uma boa idéia, acho que não devo.

– Claro. – Minha boca deu para desobedecer meu cérebro agora?

– Estou indo. – Ele desliga a ligação.

Droga! Não acredito que aceitei uma carona de Oliver.

[...]

OLIVER.

Não sei onde estava com a cabeça quando pedi se Felicity queria uma carona, e ainda disse que estava perto da casa dela. Na verdade, estava a muitos km de distancia da casa dela, mas quando ela disse “Claro” não evitei o sorriso que se alargou em meus lábios e nem mudar de direção.

Estacionei o carro na frente do prédio dela, peguei meu celular e mandei uma mensagem dizendo que já estava na frente do prédio e ela respondeu dizendo que já estava descendo. Deixei meus olhos fixos na porta até que a vi.

Ela está com os cabelos soltos, uma calça jeans preta e uma regata vermelha e com uma bolsa no ombro. Esfrega a mão no braço, está um pouco frio do lado de fora. Apressa os passos, até o carro, eu abro a porta para ela.

– Bom dia. – Diz entrando no carro.

– Bom dia. Como você está? – Pergunto. Meus olhos se mantêm fixos na estrada.

[...]

Quando chegamos no esconderijo, Dig já está ali, arruma algumas armas em uma bolsa de coro.

– O que temos que fazer dessa vez? – Pergunto, quando termino de descer as escadas.

– Um traficante de drogas que se refugia no México, o nome dele é Tyler Collins, conhecido como o Cobra. Cobra trafica drogas por todo o país, é um dos mais famosos traficantes do planeta. Sempre consegue escapar, e está na lista que o general passou para vocês. – Diz. – Recebemos informações do aeroporto do Havaí, parece que ele, está tirando algumas férias. Ele foi pego no reconhecimento facial. Imediatamente o diretor do aeroporto ligou, dizendo que ele estava na cidade. Temos que ir para lá imediatamente, antes que a policia local se meta no assunto, e acabe o deixando fugir novamente. – Explica.

– E qual é o plano? – Felicity pergunta.

– Ainda não tenho planos, mas até lá eu penso em um, agora temos que ir. – Dig joga a bolsa de armas nas costas e sobe as escadas, parece que algo está o incomodando.

– O que será que está acontecendo com ele? – Felicty também nota e pergunta para mim. Apenas maneio a cabeça e nós dois subimos as escadas.

Chegamos no aeroporto e o jatinho já nos espera, Dig ainda está nervoso, sei que tem algo o incomodando, mas, não vai ser eu que vai pedir, sento em uma poltrona e coloco o sinto.

[...]

Antes de qualquer coisa, tínhamos que falar com o diretor do aeroporto. Dig fez as perguntas e ele respondeu todas de bom grado.

Tyler não estava sozinho, ele trouxe mais dez homens, seus capangas e também seu irmão mais novo.

Depois de sair do aeroporto descobrimos onde Tyler estava hospedado, e nos estalamos no mesmo. É um hotel cinco estrelas e a diária, é uma fortuna, todavia, a c.i.a se encarrega da parte burocrática do nosso trabalho.

Passamos o dia todo, procurando Tyler, pelo hotel e pelas praias do Havaí. Não o encontramos em lugar algum. O dia já tinha anoitecido. Ficamos sabendo de uma festa, o hotel estava promovendo. Então descemos para a tal festa, a beira da praia, talvez Tyler desse as caras.

– Ele não está aqui. – Felicity diz. Depois de verificar cada canto da praia.

– Temos que esperar, uma hora ou outra ele vai aparecer. – Nesse mesmo momento o celular de Dig toca. – Preciso atender. – Sua feição volta a ser como antes, cheia de preocupação e medo. Ele se afasta e atende o celular.

– Ele não está bem. – Felicity o observa com atenção. Ele desliga o celular e abaixa a cabeça, massageia as têmporas. Está ainda mais nervoso. Dig parece um cara durão, entretanto, é o contrário. – Eu vou lá. – Seguro o braço dela. Felicity é teimosa, puxa o braço. Não consigo impedi-la, ela se aproxima de Dig e eles começam a conversar, ele parece ir se acalmando a medida que ela fala com ele. Vejo quando ela o abraça e ele sai às pressas.

– O que aconteceu? – Pergunto.

– Dig tem uma filha. Ela está com pneumonia e o quadro se agravou. Por isso ele estava tão nervoso. – Deu uma pausa. – Disse para ele ir para casa e nós dois, resolvemos isso, sozinhos. – Agora entendo por que ele se acalmou. Felicity sempre teve esse dom.

– Fez o certo. – Ela sorriu e sentou em um banco na frente do bar. – Vou verificar mais uma vez. – Digo e saio sem esperar resposta dela.

Ando pela praia, pelo hotel. Verifico cada canto mais nada, volto para a praia e lá esta ele, no bar com a mão no braço de Felicity. Tento me aproximar, Felicity percebe e me lança um olhar, eu entendo que não é a hora certa.

Olho ao redor e vejo alguns capangas de Tyler, eles são enormes e mal encarados. Por que um bandido precisa de tantos capangas? Percebo que todos estão armados. Eu e Felicity estamos de mãos atadas, não podemos fazer nada, enquanto pessoas inocentes estiverem ao nosso redor.

Tyler se afasta de Felicity. Aproveito a distração dele e me aproximo do bar.

– Um wiscky, por favor. – Peço ao barman. – Tem algum plano? – Murmuro.

– Vou subir para o quarto dele. – Mas...

– Que droga você sempre tem que fazer isso? Isca novamente? Sério? – Tento não expressar toda minha raiva, me seguro para não berrar com ela e levá-la para outro lugar, bem longe das mãos de Tyler.

– Eu também odeio isso Oliver. – Murmura. – Mas você tem que confiar em...

– Confiar em você e ter mais fé em você? Eu sei você me disse aquela noite. – Fico um tempo em silencio. – O problema é. – Viro-me para ela e nossos olhos se encontram. – Eu confio em você, eu apenas não consigo deixar de me preocupar com o fato de você se arriscar e do que pode acontecer com você. – Felicity arregala os olhos. Limpa a garganta. Mas, não fala nada, apenas olha intensamente para mim.

– Oi docinho. Esse cara está lhe incomodado? – Seguro minha vontade de dar um soco na cara do homem e me afasto.

Não posso deixar ela sozinha com ele, eu não vou, não mesmo. Volto para o hotel. Entro no quarto dele, antes dos dois saírem do bar. É um quarto luxuoso, suíte máster. Entro no banheiro e espero os dois. Logo escuto risos e a porta sendo fechada.

Abro uma pequena fresta da porta, sinto meu sangue ferver e borbulhar dentro das minhas veias, a maneira que ele toca em Felicity, sinto vontade de acabar com aquilo, porem, sei que ela vai resolver sozinha, assim como fez com Ramon Villas.

Ela não o deixa beijá-la, se mantém o máximo possível distante da boca do homem, mas, ele força a barra e é bem mais forte que Felicity. Ela tenta se livra dele e ele a joga na cama e deita por cima dela. Vejo que ela tenta se livrar do corpo do homem, porém, ele é mais forte, ela não consegue livrar-se dele.

Felicity começa a distribuir socos no tosto de Tyler, ouço algumas palavras sem nexo entre eles. Tyler segura o braço dela. Encosta a boca na dela, Felicity dá uma mordida nos lábios dele e consegue se livrar dos braços do homem, que se levanta e tenta pega-la. Hora de fazer alguma coisa.

– Você está passando dos limites. – Digo. Ele vira-se rapidamente.

– O que você está fazendo aqui. – Grita.

Dois dos seus capangas entram no quarto. E partem para cima de mim.

Sou atingido com um soco no abdômen e outro na cara. Minha arma cai no chão e um dos capangas chuta para Tyler.

Coloco as mãos na cara para me defender, mas levo vários golpes dos homens, são socos e chutes, diretos no meu abdômen. Levanto e consigo dar uma cotovelada no nariz de um deles, que dá alguns passos para trás. Olho para Tyler, ele agarra o cabelo de Felicity. Está com a minha arma, e a segura, encostada na têmpora de Felicity, sai do quarto e a leva junto.

Dou o chute na canela do maior, ele cai de joelhos, aproveito e dou uma joelhada no meio de sua cara e mais alguns socos, até ele desmaiar, pego sua arma e aponto para o outro.

– Não se mecha. – Atiro em seu pé.

Saio do quarto. Não faço a mínima idéia de onde Tyler foi, apenas sigo pelos corredores do hotel. Quando chego à recepção, os vejo. Ele esta saindo com ela do prédio. Corro o mais rápido que consigo.

– Larga ela, antes que eu meta uma bala, no meio da sua testa. – Vejo a agitação ao nosso redor. Várias pessoas correm e gritam desesperadas. Mesmo com uma arma, apontada para a cabeça, Felicity permanece calma.

– Não, você está errado. Você vai largar essa arma, se não eu vou atirar nessa linda cabecinha. Ele encosta os lábios no pescoço dela.

Momento de distração, porque ela segura o cano da arma, afasta de sua cabeça e da uma cotovelada no rosto dele. Vira-se e dá um chute nos países baixos do homem que cai gemendo no chão.

Abaixo a arma, respiro pela primeira vez, depois de o ver sair do quarto com ela. Por que eu tenho vontade de abraçá-la? Que se dane. Aproximo-me dela, e a envolvo em meus braços, ela demora a reagir, mas acaba me apertando contra seu corpo.

– Temos que levá-lo. – Se afasta e algema Tyler.

[...]

FELICITY.

“Eu confio em você, eu apenas não consigo deixar de me preocupar com o fato de você se arriscar e do que pode acontecer com você.”

Malditas palavras que não saem da minha cabeça, eu juro que não entendo Oliver. Eu sei que ele estava falando a verdade, eu é que, estava errada o tempo inteiro, ele confia em mim, ele tem fé em mim, e ele se preocupa comigo e eu pensando que ele continuava, o mesmo garoto, imbecil e estúpido que conheci no passado. Ele mudou e muito.

E ontem quando ele me disse isso e depois me abraçou. Vi o quanto Oliver Queen se importa comigo. Eu também, me preocupo com ele, me importo com ele, se fosse diferente eu não teria ajudado ele, com a mãe. Não teria nem me importado.

E agora estou com medo de me aproximar, ele parece incomodado com alguma coisa, impaciente e nervoso, algo esta o afetando, eu quero tanto perguntar. Dou alguns passos hesitantes até estar a centímetros dele, toco em seu ombro, ele ergue a cabeça e fita meus olhos.

– O que está acontecendo Oliver? – Ele pensa um pouco.

– Minha mãe ligou. – Ele olhou para o lado, por um longo tempo. – Minha irmã, ela disse que não quer me ver. – Vejo toda dor que ele sente, em seus olhos, a mesma dor que eu via no passado. Aperto o ombro dele.

– Por quê?

– Por que ela acha que eu deveria ter aparecido antes, disse que eu ia ser apenas um estranho para ela e que ia fazê-la sofrer. – Tiro minha mão do ombro dele e coloco em seu queixo, nossos olhos se encontram.

– Você não vai desistir assim tão fácil, de motivos para ela Oliver, mostre o quão espetacular você é. – Ele dá um sorriso fraco. Tira minha mão do seu queixo e aperta com certo carinho.

– Eu tenho que ir. – Levanta e coloca a jaqueta. – Obrigada. Por tudo. – Meus olhos, o percorrem até ele sair do esconderijo.

Pego meu celular, sei que não é certo, mas não consigo ver Oliver sofrendo, eu me importo demais com ele. Não quero ver ele dessa forma.

– Moira? – Pergunto, depois de escutar um ‘alo’ do outro lado.

‘Sim. – Dou um sorriso.

– Aqui é Meghan. Espero que, ainda se lembre de mim.

‘ Claro que lembro. Você quer saber de Oliver?’ – Pergunta.

– Não! Thea. – Digo.

[...]

OLIVER.

Desço as escadas do esconderijo como um flash, ela está ali, é bem com ela que eu quero falar, quero contar as novidades. Sinto-me bem quando falo com ela. Felicity me faz um bem tão grande.

– Felicity! – Chamo. Ela se vira para mim.

– Viu um passaria amarelo Oliver? – Me aproximo, parando a centímetros do corpo dela.

– Thea mudou de idéia, marcou um encontro amanha. – Digo. Meu sorriso é enorme e reflete no dela.

– Ótimo. – A envolvo em meus braços, isso está se tornado freqüente, mas, não me importo.

– Oliver e Felicity! Que bom que estão aqui. – Dig entra na esconderijo. Nós nos separamos – Nós temos um novo caso e companhia. – Não acredito. A pessoa que está descendo as escadas. Olho para Felicity, ela está tão surpresa, tanto quanto eu. Por que vamos ter companhia? Somos bons sozinhos, não precisamos dele.

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Notas finais do capítulo

Eu sei, vocês querem ver esses dois juntos de uma vez por todas. HASUHASUH Não se preocupem, está chegando a hora. Não esqueçam de comentar, não custa nada, e me faz muito feliz, saber a opinião de cada leitor.
Meninas do WPP. Minhas lindas, amadas do meu coração, que volta e meia querem me matar, eu agradeço ao apoio e incentivo de cada uma de vocês. Agradeço também, aos das leitoras fantasminhas, e as que todos os cap comentam, as que comentam de vez enquando, quem favorita. MUITO OBRIGADA. É por causa de vocês, que continuo escrevendo. Bjooos.