Partners escrita por Adri M


Capítulo 10
Se você morrer, eu lhe mato pela segunda vez.


Notas iniciais do capítulo

Atrasei o cap, Sorry, casa cheia de parentes, tinha que dividir minha atenção, mas agora fugi deles, e está ai um novo cap, espero que gostem.



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Ela tem os olhos como os céus mais azuis

Como se eles pensassem em chuva

Detesto olhar para dentro daqueles olhos

E enxergar o mínimo que seja de dor

Seu cabelo me lembra um lugar quente e seguro

Onde, quando criança, eu me esconderia

E rezaria para que o trovão

E a chuva

Passassem quietos por mim

Sweet Child O' Mine ( Guns N' Roses)

– Barry? – Felicity parece incrédula.

– Oi Meghan! Ou seria Felicity? – Ele desce as escadas e para na frente dela. – Oliver seu namorado, então vocês trabalham juntos? – Seus olhos vagueiam por mim e por Felicity, que fica vermelha.

– Não somos namorados. – Ela diz enquanto tenta disfarçar sua vergonha.

– Eu pensei que... – Apontou para mim.

Por que precisamos da ajuda dele Dig? Sabe que somos eficientes, que não precisamos da ajuda de ninguém. – Digo enquanto Felicity e Barry engatam uma conversa, ela não parece feliz, nenhum pouco. Devo confessar que não gosto de ver ele aqui, conversando com ela.

– Nós não vamos resolver um caso tão simples. Barry está investigando o suspeito há algum tempo já. – Escuto uma tossidela do meu lado e me viro.

– Eu vou explicar por que estou aqui. – Dá alguns passos e para na minha frente. – Eu investigo Samuel Turner há dois anos, ele sempre consegue escapar, quando estou chegando perto dele, sabe se esconder direito.

– E por que vamos ter que trabalhar juntos? – Pergunto.

Barry abre a pasta que tem em mãos e tira dois dardos de dentro.

– Bom eu recebi uma ordem direta do general para me afastar do caso. – Entregou os dardos para Felicity. – Mas ele mudou de idéia e pediu para eu voltar a investigar o caso e qualquer informação que eu tivesse, era para mim o avisar pessoalmente. – Começou a mexer novamente na mochila e tirou um notebook, se dirigiu até a mesa e sentou em uma cadeira. – Há alguns meses atrás, coloquei um alarme no satélite da Cia, para que qualquer pista sobre ele, o meu computador apitasse, aquele dia que nos encontramos na lanchonete em Nova Iorque, eu estava investigando os rastros que achei de Turner, porem, ele conseguiu escapar – Voltou sua atenção para Felicity. – Nós nos conhecemos por acaso, não fazia idéia que você era uma agente, assim como eu. – Ela assente. – Então eu marquei uma reunião com o general, e falei que tinha o perdido, mas que consegui seguir seus rastros até Washington, e ele me falou que eu ir ter que trabalhar com outros três agentes, ou seja, vocês. – Diz.

– E o que são esses dardos? – Felicity pergunta com os olhos fixos nos objetos.

– Turner é um químico. Ex professor de química, e já ganhou vários prêmios. Há alguns anos trás, por causa de um de seus experimentos seu filho ficou cego, e a mulher o largou e não o deixa ver o filho. Ele se rebelou contra o mundo, começou a fazer soros, altamente perigosos e vender no mercado negro. Esses líquidos que contém em cada dardo, são dois tipos diferentes de soros que ele criou, o azul é um soro que ele desenvolveu há dois anos, ele faz as pessoas perderem a suas próprias ações e fazer coisas horríveis como matar, roubar e estuprar. O liquido amarelo aumenta potencialmente a adrenalina do indivíduo que ingerir e ele acaba morrendo em questão de segundos, tenho certeza que ele quer vender esses dois soros, também no mercado negro e por isso ele está em Washington. – Explicou.

– E como você conseguiu esses dois soros? – Pergunto intrigado, ele mesmo disse que quando chega perto do homem, ele escapa.

– Há dois meses eu invadi um dos laboratórios dele, e consegui coletar algumas amostras que sobraram nos vidros, e com essas amostras eu consegui refazer o soro e descobrir para que sirvam. – Respondeu. – Podemos conversar Felicity? – Ela assente e os dois se afastam.

Depois de alguns muitos minutos os dois voltaram conversando animadamente.

– O que vamos fazer? – Pergunto. Os dois olham para mim.

– Barry disse que o satélite marcou que ele estava no museu de ar e espaço de Washington, vou tentar seguir o rastro dele e descobrir onde ele está. – Diz Felicity, se sentado em frente aos computadores.

– Podemos conversar? – Barry pergunta diretamente para mim.

– Sim. – Nos afastamos um pouco. Quero muito saber o que ele quer falar comigo.

– Eu vi que você não gosta da idéia de ter que trabalhar comigo. – Fala olhando nos meus olhos. Cruzo os braços demonstrando impaciência, ele está totalmente certo, não gosto da idéia de ter ele no nosso esconderijo, e nem trabalhando juntamente com nós. – Porem, querendo ou não, temos que trabalhar juntos, ordem direta no general. – Diz.

Respiro fundo, e descruzo os braços. Por mais que seja ordem do general, eu continuo não gostando da idéia, entretanto, se é para o bem do time e para prender Samuel, eu devo o tratar bem, na medida do possível.

– Tudo bem. – Ele sorri e me estende a mão.

Demoro um pouco, todavia, aperto a mão dele. – Se é para prender Turner, temos que cooperar. – Ele assente. Viro-me para Dig. – Eu vou dar uma saída por alguns minutos, qualquer coisa vocês me ligam. – Ele assente. E eu saio.

[...]

FELICITY.

Não vou dizer que não gostei de reencontrar Barry, eu gostei dele no dia em que nos conhecemos, ele parecia uma cópia masculina minha, um belo par, porém não é o meu tipo.

Oliver veio com aquela palhaçada de me chamar de “amor”. Eu simplesmente não consegui encarar Barry.

E agora descubro que ele é um agente da c.i.a, assim como Oliver e eu.

– Você e Oliver? – Pergunta, enquanto eu cruzo algumas informações sobre Turner, e ativo o rastreador facial da c.i.a.

– Não. – Digo, antes de Barry retomar a pergunta. – Somo parceiro, apenas isso. – Completo. E recebo um sorriso.

– Isso quer dizer que depois de prendermos Turner. Você. – Fica vermelho e sem jeito. – Nós, poderíamos sair para um jantar? O que acha? – A pergunta me pega completamente de surpresa. Não, eu não esperava essa pergunta, não mesmo, e responder é ainda mais dificil.

E então? – Seus olhos brilham.

Fico tentada a aceitar, claro que sim, Barry é lindo, inteligente, tem lindos olhos, e um sorriso perfeito.

– É. Eu acho legal. – Volto minha atenção para os computadores.

– Pessoal?! – Chamo, depois de encontrar algo suspeito. Os dos se aproximam, Oliver ainda não voltou, Param um em cada lado.

– As câmeras de Washington, elas registraram Turner entrando em um café, próximo ao newseum e depois entrando nesse hotel. – Abri os arquivos com imagens dele.

– Tem como, invadir os arquivos do hotel? – Viro-me para John, não acreditando que ele duvida da minha capacidade.

– Moleza! – Começo meu trabalho, e em menos de dois minutos, tenho todos os arquivos do hotel. – Nenhum Samuel Turner. – Digo, depois de procurar pelo nome dele.

– Ele usa nome falso. – Barry diz. – Turner tem menos de 60 anos e mais de 50. – Elimino alguns nomes da lista, e resta apenas 5 nomes. – Estudei esse homem, durante anos, algum nome dos que restaram é alemão? – Olho entre os cinco nomes.

– Petrus Balzer. – Olho para Barry, ele sorri satisfeito.

– Achamos. – Diz.

[...]

OLIVER.

Queria comprar algo especial para dar, para Thea, não a vejo há tanto tempo, não sei mais seus gostos, nada na verdade. Depois de tanto andar em lojas, espero que ela goste do que eu comprei.

Quando saio da loja, sinto meu celular vibrar, tiro do bolso e vejo que é uma mensagem de Dig. Dizia que eles tinham encontrado Turner, e tinha o endereço. Bom, ao menos eles não me deixaram excluído.

Monto na minha moto, e dirijo pelas ruas movimentadas de Washington, até parar na frente de um prédio, com a pintura descascada. Era o local que Dig tinha me passado, pego minha arma, e a destravo, a porta está aberta, e isso facilita minha entrada. Olho para o balcão e um homem, parece ser o porteiro, está debruçado na mesa, tirando uma soneca. Entro no elevador, sem fazer barulhos, as portas se abrem e eu entro no corredor do quarto andar, procuro pelo quarto 25, era o que estava na mensagem de Dig.

Giro o trinco, e empurro a porta, entro com a arma apontada para a frente, olho ao redor, e o quarto está vazio, a cama está revirada. Entro no banheiro, está vazio.

Pego o celular para ligar para o time, quando sinto uma picada no meu pescoço e sinto meu corpo padecer. A arma e o celular caem no chão, eu levo minhas mãos na cabeça, que lateja e perece que vai explodir. Apenas escuto um forte zumbido e minha visão fica turva.

– Dor de cabeça, fortes dores na cabeça, um zumbido de inicio, seguido de um tic-tac horroroso. – Um homem careca, vestido em um terno para na minha frente. – Você acabou de ser minha cobaia, no meu mais novo experimento. – Sinto algo tilintar na minha cabeça. – Logo, vai perder todas as ações do seu corpo, e por ultimo vai ter alucinações, lembranças, vai ver seus piores medos e ter algo que você quer, entretanto, no fim isso vai lhe levar a morte.

As palavras começam a ecoar em minha cabeça, sinto minhas pernas fraquejarem.

– Mãe!? – Alcanço a mão para ela, mas ela se distancia cada vez mais. Minhas pernas pesam, a cada passo que tento dar. Minha mãe some e eu vejo Thea, correr pela casa, ela está vestida, com um vestido vermelho, corre por toda a casa, enquanto eu corro atrás dela, lhe chamando pelo apelido carinho, que inventei para ela. “Speedy”!

O cenário muda, de uma hora para outra, estou deitado no quarto de hotel, o mesmo que tinha acabado de entrar, para prender Turner. Ouço os gritos de Felicity, ela chama pelo meu nome e entra como um furacão pela porta do quarto. Vejo que Turner pega a arma, e aperta o gatilho, o tiro atinge o peito dela, que cai no chão.

– NÃO. – Seu desgraçado eu vou matar você. Levanto do chão, e agarro o pescoço de Turner, entretanto, mãos agarram meus ombros, eu não sei quem é. Meus olhos estão cheios de lágrimas, elas começam a escorrer pelo meu rosto. Ando alguns passos e caio de joelhos ao lado do corpo de Felicity. Passo a mão em seu lindo rosto, abaixo minha cabeça, tento escutar seu coração, sem êxito, nenhum sinal, ele não bate.

Pisco os olhos e estou em outro lugar, é um apartamento, com as paredes da cor salmão, uma sala pequena e um corredor.

– Oliver! – Ela está linda, usa um vestido florido, que destaca todas suas belas curvas, os cabelos estão soltos e ondulados, caem em cascatas em seus ombros. Tem um sorriso lindo nos lábios e seus olhos brilham intensamente. – Pensei que você não ia aparecer. – Aproxima-se e me dá um selinho nos lábios. – Vamos. – Puxa minha mão, entramos na cozinha, a mesa está posta, com velas e flores. Uma tigela com lasanha e uma garrafa de vinho tinto. O cheiro é bom.

– Por que estamos aqui Felicity? – Ela apenas sorri. – Você acabou de levar um tiro, eu vi você morrer. – Sinto meu coração apertar tanto.

– Está ficando maluco? – Pergunta, depois de colocar um pedaço de lasanha em um dos pratos.

Isso não é real, não mesmo. Fecho meus olhos e pisco constantemente, como se pudesse me acordar de um sonho ruim.

– Oliver...Oliver seu desgraçado. Acorda! Se você morrer, eu juro, que vou lhe matar uma segunda vez. – Sinto alguém me balançar, é a voz de Felicity. Não consigo ver mais nada, apenas paredes pretas.

[...]

FELICITY.

John mandou uma mensagem para Oliver com o endereço do hotel que Turner estava, eu não queria que ele fizesse isso, pois sabia que Oliver ia querer ir sozinho. E foi isso que aconteceu, quando chegamos no prédio, subimos imediatamente no quarto que Turner estava registrado, com o nome falso, a porta estava aberta, eu fui a primeira a entrar.

Oliver estava convulsionando no chão, gritava tantas coisas sem nexo, que era difícil entender, escutei um nome, o meu nome, ele gritava meu nome constantemente. Turner estava agachado ao lado dele, com uma arma na mão, ele se virou para mim, pronto para atirar, mas eu apertei o gatilho primeiro e o tiro atingiu seu ombro, a arma caiu no chão e antes que ele conseguisse pegar, eu corri e a chutei para longe. Dei uma coronhada na lateral da cabeça dele, que caiu desacordado no chão.

Agachei-me ao lado dele, e segurei seu rosto com uma das minhas mãos, com a outra chacoalhava seu ombro. – Oliver...Oliver seu desgraçado. Acorda! Se você morrer, eu juro, que vou lhe matar uma segunda vez. – Grito desesperadamente.

– Temos que levá-lo. – Sinto as mãos de Barry, ele me levanta.

Dig pega o corpo de Oliver e joga nos ombros.

– Ele não pode morrer Dig. – Digo.

– Oliver é forte. Ele não vai morrer. – Diz Dig, carregando Oliver até a porta do quarto.

Barry me larga, algema Turner, eu o ajudo e o levantamos do chão.

[...]

– Ele vai ficar bem? – Pergunto. Barry coletou uma amostra de sangue de Oliver, e conseguiu fazer um antídoto, mas ainda não tínhamos certeza que ia dar certo.

– Eu não sei. – Responde.

Sento em uma cadeira, tentando afastar meus pensamentos ruins, que é impossível, não consigo parar de pensar em Oliver gritando meu nome. Algumas horas se passam e Oliver continua inconsciente. Dig e Barry saíram e eu estou sozinha, com os olhos fixos em Oliver.

Levanto e ando receosa até a maca, pego em sua mão e aperto. – Você com certeza, me encheria de sermão, se eu tivesse feito o que você fez. – Digo. – É o que eu vou fazer quando você acordar. – Olho para o lado.

– Acho que vou ter que fingir estar inconsciente. – Volto a olhra para ele, permanece com os olhos fechados e com um sorriso nos lábios, roça o polegar na parte superior da minha mão.

– Você vai ter que abrir os olhos, uma hora ou outra. – Seu sorriso se alarga ainda mais.

– Só se você aceitar ir comigo no jantar, com a Thea amanhã. – Eu não posso, não posso dizer não para Barry. – Então você aceita?

– Eu...Eu...É. – Gaguejo. Respiro fundo. – Tenho uma jantar com Barry amanha. – Sinto minha mão refrescar, ele a solto, abriu os olhos e sentou na maca.

– Tudo bem. Eu não tinha que te pedir isso mesmo. – Segura forte a borda da maca e abaixa as pernas no chão. – E Turner? Vocês o prenderam? – Assinto. – Eu vou para minha casa. Minha cabeça ainda está doendo. Enfim, nos vemos amanha.

– Tchau Oliver. – Murmuro.

– Como? – Ele não escutou, claro que não, eu falei tão baixo que nem eu mesma escutei.

– Você está mesmo bem? – Ele assente. – Se cuida. – Digo.

– Boa noite, Felicity.

– Boa noite Oliver. – Meus olhos o seguem até ele sair do covil.

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Notas finais do capítulo

Vou peeedir que esperem, mais um pouquinho para ver esses dois juntos. Quem sabe presenteio vocês, no natal...HAUSHAUHS. Não esqueçam de comentar, não custa nada, Acho que mereço né? Bjooos amores, até amanhã.