Everything's Better With You escrita por Maremaid


Capítulo 8
07 - A festa é da Avery, mas quem é surpreendida sou eu


Notas iniciais do capítulo

Waaazza! õ/

Tudo bem com vocês? Eu estou bem :3

Hm... nada de importante para falar agora.

Então... tenham uma boa leitura!



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Prós e contras de festas:

PRÓS:

1- Adolescentes amam festas. Claro, quando são na casa dos outros. Afinal, você não precisa se preocupar com nada, apenas se diverte.

2- Conhecer melhor as pessoas que estudam na mesma escola que você, mas que nunca teve a oportunidade de conversar.

3- Para algumas pessoas, festas são sinais de muita pegação. E se você não for comprometido(a), pode aproveitar à vontade.

4- Comida e bebida de graça. Sério, tem coisa melhor que isso?

5- Muita música boa para dançar. Claro, se você gostar de dançar.

CONTRAS:

1- Aquele casal que tenta invadir algum cômodo livre (torça que não seja o seu quarto o escolhido) para fazer você-sabe-o-quê.

2- Pessoas sem noção que vem em festas que não são convidadas. Sempre tem um!

3- Todos adoram e se divertem na festa, mas na hora de limpar... Todo mundo vai embora.

4- Se alguém quebrar alguma coisa, mesmo que tenha sido um acidente, a culpa vai toda para o dono da casa.

5- Se você beber demais, pode acabar fazendo coisas que não queria. E não poderá reclamar se virar o assunto da escola na segunda-feira.

6- Se você estiver evitando alguém — Kendall —, mas essa pessoa também veio à festa, você — no caso, eu — não tem muitos lugares para se esconder.

***

Eu só tive dez minutos de paz na festa antes dos jogadores de Hóquei chegarem. Liderando o grupo, lá estava o capitão do time: Kendall Knight. Também conhecido como meu “stalker particular”. Sério, esse garoto parece que vive me seguindo por todos os lados, por mais que ele diga que é apenas “coincidência do destino”. Aham, claro.

Consegui evita-lo por mais alguns minutos enquanto ele conversava com algumas pessoas, mas não demorou muito para ele me avistar, afinal, a casa não é tão grande assim. Eu juro que tentei fugir, mas ele foi mais rápido do que eu.

— Ei! Howard — me cumprimentou, parando na minha frente e impedindo a minha passagem para a cozinha.

Lá estava ele com a sua habitual camisa de flanela — que já havia virado a sua marca registrada —, jaqueta preta, um gorro cinza, jeans escuro e Vans.

Revirei os olhos.

— O meu nome é Stefanie e você sabe muito bem disso.

— Eu sei, mas gosto de te chamar assim — um sorriso presunçoso brotou em seus lábios.

Não ouse sorrir desse jeito para mim, pensei.

— Mas eu não gosto, parece nome de homem — respondi, cruzando os braços para enfatizar a minha insatisfação.

— Exatamente. Você disse que eu tinha nome de garota, só estou retribuindo — seu sorriso mudou para de deboche.

Eu já estava pronta para xingá-lo e dizer que isso não era motivo, mas acabei me lembrando de uma coisa:

— Isso não faz sentido... Você começou a me chamar assim antes de eu te dizer isso.

— Eu sei, mas no dia que nos conhecemos você fez uma cara estranha quando eu disse o meu nome, do tipo: Ai meu Deus, ele tem nome de garota! — ele afinou a voz na última frase.

Na verdade eu pensei: “Ai meu Deus, ele tem o mesmo nome da minha ex-amiga vadia!”.

— É, quase isso — respondi, por fim. — Você vai me deixar passar ou não?

Ele saiu da minha frente e fez um gesto com a mão para que eu entrasse.

— Fique à vontade, Howard, a casa é sua.

Eu nunca tive problemas com o meu sobrenome, mas estou começando a me irritar por ele ficar me chamando assim direto.

— Ainda bem que você sabe disso, Knight — desdenhei e entrei na cozinha. Comecei a fingir que estava procurando algo na geladeira para ver se ele se tocava e me deixava em paz.

Sem sucesso.

Ele apoiou o braço na parte de cima da porta da geladeira e ficou me olhando. Eu não conseguia nem pensar direito sabendo que ele estava ali. Sentia-me igual uma presa sendo observada pelo predador. Respirei fundo antes de virar para ele e dizer:

— Por que você não vai aproveitar a festa, hein?

— Oh, mas eu já estou aproveitando. Acredite nisso — ele balançou a cabeça.

— Mas eu não — puxei a porta com força e ele se desiquilibrou, mas infelizmente não caiu. — Com licença.

Sai da cozinha em velocidade recorde.

***

Para muitos adolescentes, festa é o melhor tipo de entretenimento que existe. Para mim, há outras maneiras melhores — e menos exaustivas — de ser divertir, como ler um livro, assistir um filme ou série, escutar uma boa música. Quer dizer, não estou dizendo que não gosto de festas. Costumava ir a muitas no tempo que morava na Califórnia. Mas foi em uma dessas festas que eu peguei Will e Kendy praticamente nus dando uns amassos no banheiro. Acho que já deu para perceber que eu não tenho boas recordações de festas.

Se fosse qualquer outra festa eu inventaria uma desculpa qualquer e não iria. Mas essa estava ocorrendo dentro da minha casa. E ficar trancada dentro do quarto não evitaria ouvir o barulho do som alto e das pessoas falando. Sem falar que era o aniversário de Avery e seria muita sacanagem da minha parte não comparecer, principalmente porque estávamos nos dando bem agora.

Havia uma caixa grande no canto da sala transbordando de embrulhos. As pessoas aqui são realmente muito legais, porque todo mundo — sim, sem exceção — trouxe algum presente para Avery. Certo, os garotos provavelmente pediram ajuda para suas mães ou irmãs. Talvez ela tenha que trocar algumas coisas que não serviram ou que não são de seu agrado. E como havia muitas pessoas na festa, ela ganhou muitos presentes! Eu acho que se contarem todos os presentes, não chega nem perto do que já ganhei nos meus melhores aniversários quando criança. Fiquei aliviada de ter comprado algo para ela, mesmo sendo algo simples.

Avery ficou a semana toda contando os dias que faltavam para o seu aniversário, como se fazer dezoito anos fosse a melhor coisa na vida. Eu não concordava. Para mim, haviam duas datas muito importantes na vida de um adolescente/jovem. Dezesseis anos: afinal, você pode dirigir. E, vinte e um: quando você vira maior de idade legalmente e não precisa mais depender dos seus pais. Mas dezoito? A única coisa que você pode fazer é votar, e eu nem acho isso assim tão interessante, não sou muito ligada em política.

Voltando a festa... A situação estava mais ou menos assim:

James estava dando em cima de praticamente todas as garotas da festa — exceto as comprometidas e as “feias” na visão dele —, inclusive eu. Carlos estava com aquele capacete idiota na cabeça e quase quebrou um vaso. Logan deve ter bebido muita cafeína — sim, não tinha nada alcoólico na festa por incrível que pareça — porque estava muito animado e não parava de falar nerdices para todo mundo que encontrava. Kendall estava me perseguindo por todos os lados, enquanto eu ficava tentando fugir dele, mas isso nem é mais novidade. Avery estava sendo paparicada por todo mundo e não só porque era aniversário dela, afinal isso já acontecia com frequência na escola. Kacey acabou perdendo a amiga para os visitantes e ficou conversando com as garotas do time de vôlei. A minha única salvação nesta festa foi Gabe. Maddie não veio porque estava trabalhando como babá.

Eu estava conversando com Gabe perto da mesa de comidas, quando ele me disse que precisava ir ao banheiro. Assenti e vi ele indo em direção às escadas que levavam ao segundo andar. Em seguida, outra pessoa entrou no meu campo de visão.

Ah, droga!

— Oi, Howard.

— Tchau, Knight — acenei e comecei a andar.

Eu não sei por que você diz adeus, eu digo olá — recitou.

Parei na mesma hora e olhei para ele.

— Não use os Beatles contra mim, ok? — apontei o indicador para ele em tom de ameaça. Ele me encarou com aqueles olhos verdes arregalados e comecei a cogitar a hipótese de estar brotando um terceiro olho na minha testa. — O que foi?

— Você sabe que essa música é deles?! — eu não sabia dizer se aquilo era uma pergunta ou uma afirmação, mas por via das dúvidas resolvi responder.

— Dã, é claro que sei — disse.

— Você, por acaso, gosta de Beatles? — perguntou com uma expressão indecifrável no rosto.

— Gosto.

— Uau! — ele disse surpreso. — Quer dizer que, além de bonita, engraçada, inteligente, você ainda tem bom gosto musical? Onde você esteve a minha vida toda? — perguntou maravilhado.

Espera... Ele havia dito que eu era bonita? Em voz alta? Na minha frente? Ok, agora quem ficou surpresa fui eu. Desviei o olhar, as chances de eu ter ficado vermelha igual um tomate eram bem grandes. Apenas respondi:

— Felizmente na Califórnia, bem longe de você.

— Infelizmente — corrigiu.

Eu sabia que Kendall estava me provocando, dava para ver isso na cara dele. Então resolvi ficar quieta e não entrar no seu joguinho.

— Você não vai dançar? — continuou, apontando para a sala onde tinha um grupo de pessoas se balançando freneticamente ao ritmo da música. — Festas são feitas para isso.

Bem que eu queria, mas estou ocupada demais tentando fugir de você, pensei.

— Não está tocando nada do meu agrado — dei de ombros.

Ele pareceu pensar um pouco, mas logo em seguida deu um sorriso enorme, como se tivesse tido a melhor ideia do mundo.

— Com licença, eu preciso fazer uma coisinha...

— Tchau — acenei animadamente quando ele saiu de perto de mim.

Gabe voltou logo em seguida.

— O que ele queria com você? — perguntou, olhando na direção que Kendall havia ido.

— O de sempre: me incomodar — respondi, suspirando exageradamente.

— Já parou para pensar que talvez esse não seja o real motivo dele te “incomodar”?

— Como assim? — perguntei.

Gabe foi em direção à mesa de bebidas e eu o segui.

— Talvez a intenção dele seja outra — comentou, colocando um pouco de Coca-Cola no seu copo.

— Vá direto ao ponto, McAdams — disse, começando a me irritar com a enrolação dele.

Ele olhou para mim.

— Eu acho que o Kendall está a fim de você.

Não consegui me segurar e deixei escapar uma gargalhada alta.

— Por que você está rindo? — perguntou confuso.

— Meu caro Gabriel, entenda uma coisa: eu conheço muito bem os garotos do tipinho do Kendall. — expliquei. — Capitães do time que se acham os maiorais e usam e abusam da sua popularidade. Uma hora ele vai acabar percebendo que está só perdendo o seu “precioso tempo” comigo e vai começar a incomodar outra garota. Pronto!

— Você está julgando um livro pela capa — disse antes de tomar um gole do seu refrigerante.

— Ah, é, esqueci que de livro você entende — respondi com cinismo. Ele apenas semicerrou os olhos para mim, mas não respondeu a provocação.

— Você realmente não conhece nada sobre o Kendall — continuou. — Em primeiro lugar, ele é um cara bem legal, ele não se acha melhor do que os outros e nem é tão popular assim como você está imaginando. Segundo, se você parasse de ficar o agredindo verbalmente toda vez que o garoto vem falar com você e tentasse ter uma conversa civilizada, perceberia que estou com a razão.

Não respondi. Gabe não era do tipo que dava lição de moral nos outros, mas ele havia acabado de me dar uma agora. Ele realmente estava certo. Eu não conhecia nada sobre o Kendall! Nunca tivemos uma conversa de verdade, ele apenas me incomodava e eu rebatia. Era sempre assim.

Eu tinha essa mania de julgar as pessoas sem conhecê-las direito, apenas pela aparência. Eu sei, isso era um defeito bem grande. Foi a mesma coisa com Jill e Avery, eu achava que elas estavam apenas fingindo serem boazinhas para que eu gostasse delas, mas aos poucos percebi que esse era realmente o jeito delas. Talvez eu precise apenas de um pouco mais de tempo — e de paciência — para conhecer Kendall melhor.

— Você... Você está certo — respondi, por fim.

­— Eu estou?! — Gabe parecia ter sido pego de surpresa, mas logo recuperou a postura. — Claro que estou! — afirmou convicto.

— Prometo que vou tentar não xingá-lo da próxima vez que ele vier falar comigo.

—Isso já é um bom começo — assentiu, deixando escapar um riso.

***

Quando Avery finalmente conseguiu se livrar dos bajuladores de plantão, acabou me encontrando conversando com Gabe. E uma das suas primeiras palavras foi: “Você poderia ter caprichado pelo menos um pouquinho mais no seu visual, afinal, isso é uma festa”. Eu nem discuti com ela, já me bastava Savannah que ficou falando da minha roupa. Eu não tinha motivos para me produzir toda, rebocar o meu rosto com maquiagem, usar salto alto e deixar as pernas a mostra. Eu não tinha — e nem queria — ninguém para impressionar. Na verdade, até preferia se as pessoas não reparassem em mim. O importante é que eu estava confortável e quentinha. Porque mesmo sendo outono, eu já estava achando muito frio por aqui. Não quero nem pensar quando chegar o inverno e, por consequência, minha rinite alérgica atacar para valer.

Depois que Avery se despediu de nós para encontrar Hunter, eu e Gabe ficamos olhando o pessoal dançando.

— Se a Maddie estivesse aqui, estaria nos puxando para dançar com ela ­— Gabe comentou sorrindo, possivelmente lembrando-se de alguma situação anterior.

— É uma pena que ela não tenha vindo — respondi. — Acho que ela não sabe dizer “não” para os pais das crianças.

­— Não é bem assim. Maddie tem medo de perder a clientela. Teve uma vez que ela acabou cancelando com um casal porque tinha que estudar para um prova muito difícil e, depois disso, eles nunca mais pediram para ela cuidar do filho deles.

— Nossa, que cruel — comentei. — Ela só furou uma vez.

— Eu sei, mas eles acabaram achando outra babá e não quiseram mais os serviços da Maddie.

— Afinal, por que ela é babá? Ela não tem um jeito melhor de ganhar dinheiro sem ter que cuidar dos filhos dos outros enquanto eles saem para se divertir?

— Ela gosta de crianças — Gabe deu de ombros. — Além do mais, ela está juntando dinheiro para ajudar os pais a pagar a faculdade, caso ela não ganhe uma bolsa.

Assenti.

— Ela deve perder várias festas por causa disso.

— Sim, você não imagina o quanto. Normalmente eu não venho quando ela está trabalhando. Mas como hoje eu sabia que você estaria, vim para te fazer companhia — sorriu.

— Obrigada —­ coloquei a mão no coração, me sentindo comovida de verdade. — Você é um bom amigo.

— Eu sei disso — deu um sorriso convencido.

Antes que eu pudesse responder alguma coisa, Kendall surgiu na minha frente do nada e eu quase gritei por causa do susto.

— Oi, Howard ­— sorriu, depois olhou para o meu amigo. — Oi, Gabriel.

— Oi, Kendall — Gabe deu um leve aceno.

— Então... Você quer dançar comigo agora? — perguntou.

Olhei para Gabe pedindo ajuda, mas ele apenas me lançou um olhar como se quisesse dizer “seja gentil, você prometeu que ia tentar”.

— Hm... — tentei pensar em algo educado para responder. — Não gosto desta música.

— E se tocasse uma música dos Beatles, você mudaria de ideia?

— Ah, claro... Com certeza — respondi, com uma pontinha de ironia na minha voz. Acho que Kendall não percebeu, pois sorriu ao ouvir a minha resposta.

Eu sabia que não tinha como isso acontecer, eu confirmei com a própria Kacey ­ — que havia escolhido o repertório de músicas — que não tinha nada de Beatles na lista.

— Bom saber — disse.

— Ah! Lá está o Logan! ­— disse Gabe de repente. — Estava mesmo precisando falar com ele.

Eu sabia o que ele estava tramando. Queria me deixar sozinha com Kendall, mas isso não iria rolar.

— Vou com você — respondi prontamente.

— Espera só um pouquinho — Kendall levantou o indicador direito como se pedisse para que prestássemos atenção.

— O que você... — fui interrompida quando a música que estava tocando acabou e começou a próxima.

Reconheci os acordes de “Here Comes The Sun” na hora. Espere, isso não é possível. Eu devo ter batido com a cabeça em algum lugar e estou tendo alucinações... Não tem como isso estar acontecendo. Não tem!

Ele deu um sorriso de lado e segurou o meu braço de leve.

— Com licença, vou ter que roubar a sua amiga por uns instantes. Ela está me devendo uma dança — avisou para Gabe antes de me puxar em direção à sala.

— Como você fez isso? — perguntei perplexa.

Será que Kacey havia me enganado?

— Eu tenho os meus meios, Howard ­ — respondeu. Ele colocou a mão na minha cintura e me puxou para mais perto dele. — Você deveria colocar a mão em volta do meu pescoço.

— Eu sei como isso funciona — revirei os olhos e passei os meus braços em volta do seu pescoço, mesmo não me sentindo à vontade com essa aproximação repentina.

Com tantas músicas animadas que os Beatles têm por que ele foi escolher justo uma lenta? Só pode ter sido para me provocar!

Nós nos mexemos de um lado para o outro, seguindo o ritmo da música. Seus olhos conseguiam ser ainda mais verdes e incrivelmente lindos assim tão de perto. Sua boca se contorceu em um pequeno sorriso e a sua covinha ficou visível. De repente, fiquei nervosa. Senti que a palma de minha mão estava começando a suar.

Ao final da música, ele aproximou o seu rosto mais do meu. Nossos narizes estavam quase se encostando.

Nem pense nisso — disse, em um fio de voz.

— Não vou fazer o que você está pensando — ele se aproximou ainda mais, só que não foi para a direção que eu estava imaginando. — Obrigado pela dança, Stefanie — ele sussurrou no meu ouvido.

Em seguida, deu um beijo na minha bochecha e me soltou. Ele deu um sorriso satisfeito antes de sair, me deixando sozinha na pista.

Eu continuei imóvel por mais alguns segundos. Só então percebi que eu estava prendendo a respiração. Soltei um suspiro longo, tomando ar.

Eu não sei o que me deixou mais nervosa: a dança em si, ele surrando no meu ouvido, a sensação de ter os seus lábios quentes em contato com o meu rosto ou uma combinação de tudo isso junto.

Mas o que me deixou mais confusa mesmo foi: por que ele não tentou me beijar como das outras vezes? Ele teve a oportunidade perfeita, mas não a usou. Se ele tivesse tentado de verdade, eu não sei se teria conseguido o impedir.

Stef — Alguém balançou a mão na frente do meu rosto. Voltei à realidade quando avistei Gabe olhando preocupado para mim. — Você está bem?

— S-sim.

— Mas o que foi isso? Eu pensei que vocês iam... — ele gesticulou atrapalhado. — você sabe.

Fiquei o encarando por alguns segundos sem saber o que dizer. Ele coçou a nuca, parecendo constrangido.

— Eu estava observando de longe — confessou. — Desculpe

— Tudo bem — balancei a cabeça. Eu não podia culpá-lo por isso, acho que teria feito o mesmo no lugar ele.

— Tome — ele ergueu um copo de refrigerante na minha direção. — Acho que você está precisando.

— Obrigada — peguei o copo e dei um gole rapidamente.

— Afinal, o que ele disse no seu ouvido para você ter ficado igual uma estátua? ­— perguntou curioso.

— Ele agradeceu pela dança e... E me chamou de Stefanie.

— Entendi. Não me lembro de ouvir ele te chamando assim antes.

— Porque ele nunca me chamou. Essa foi a primeira vez.

— Ah! — foi tudo que ele respondeu.

Sinceramente, eu estava confusa. Ele gostava de me chamar de Howard porque sabia exatamente que isso me irritava. Então por que dessa vez ele havia me chamado de Stefanie? Não fazia sentido para mim.

A única conclusão que eu conseguia ter no momento era: Kendall Knight definitivamente seria um problema na minha vida.


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Notas finais do capítulo

* Só para deixar claro... "Howard" pode tanto ser sobrenome, como nome de pessoa. (Quem já assistiu "Big Bang Theory" sabe do que eu estou falando).
* O trecho da música citado pelo Kendall é "Hello Goodbye" dos Beatles.
* "Heres Comes The Sun" é uma música também dos Beatles. Escolhi ela porque é a preferida do Kendall na vida real (Sim, ele mesmo respondeu isso em um tweet).

Então, o que acharam do capítulo? Parece que o Kendall está finalmente mexendo com a Stefanie, nem que seja um pouquinho.

Sem spoiler do próximo capítulo #sorry

Não esqueçam de comentar e deixar a opinião de vocês! Lembrando que ainda estou aceitando sugestões para o ship "Stefanie e Kendall".

Até mais! Beijos :*

P.S.: Preparem os corações para os próximos capítulos, as coisas vão começar a mudar a partir de agora u.u




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