Everything's Better With You escrita por Maremaid


Capítulo 5
04 - Eu e Kendall começamos com o pé esquerdo. Literalmente.


Notas iniciais do capítulo

Waaazzaa!

Tudo bem com vocês? Eu vou bem!

Gostaram do spoiler que deixei no grupo lá no facebook? Ah, você não tá não grupo? Não acredito! Tá esperando o que para entrar?! (Link nas notas finais)

Quero dedicar o capítulo para duas pessoas: Duda e Gabi. Sabe por quê? Porque elas recomendaram a fic! Isso mesmo!! õ/ #WooHoo

Eu estou muito feliz com isso. Muito obrigada, meninas, de coração *----*

Ok, era isso. Boa leitura, pessoal!



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Prós e contras da aula de biologia

PRÓS:

1- É a minha matéria favorita. Ok, eu sei que a maioria das pessoas odeia e até foge dela, mas eu amo.

2- Minha mãe era professora de Biologia, foi ela que me fez adquirir gosto pela matéria. (Mas Savannah sempre detestou)

3- Biologia, como o próprio nome já diz é o estudo da vida. E o que é melhor do que estudar sobre o nosso corpo? Nada!

4- O meu antigo professor era ótimo! Ele conseguia deixar a matéria ainda mais interessante. (Já a srta. Gilmore... eu ainda não sei)

5- Usar o microscópio. Adoro as aulas que podemos analisar aquelas bactérias minúsculas que não podem ser vistas a olho nu.

CONTRAS:

1- Dissecar sapos. É algo totalmente nojento. Além disso, o que o pobre do sapinho fez para você matá-lo? Nada!

2- Botânica. Sério, para que estudamos isso? Ninguém vai olhar para aquela samambaia que a sua tia cuida com tanto amor e carinho e dizer: “Essa plantinha faz parte do grupo das pteridófitas.” Por favor!

3- Por último, mas não menos importante, Kendall faz essa matéria comigo. O que significa que irei vê-lo pelo menos duas vezes na semana durante o ano letivo. Estou com um pressentimento que isso não vai ser bom.

***

Eu só posso estar sendo castigada por algo de muito ruim que eu fiz no passado. Não tem outra explicação plausível para isso.

Existem tantas pessoas neste mundo, mas tantas mesmo, por que não podia ser qualquer outro garoto a se sentar atrás de mim? Por que justo ele? Por quê?

Deus, vamos conversar: O que eu fiz para merecer isso? Foi por causa daquela vez que eu não ajudei aquela velhinha a atravessar a rua? Olha, juro que vou ser mais caridosa com as pessoas idosas daqui para frente. Sério.

Ok, calma Stefanie. Não tem motivos para ficar nervosa. Talvez ele nem lembre mais de você, disse para mim mesma.

A professora já tinha voltado a falar e agora fazia uma pequena revisão das matérias anteriores. Eu estava tentando prestar atenção em tudo o que ela dizia, mas algo me atrapalhou.

Quer dizer, alguém.

Porque aquela pessoa que estava sentada atrás de mim resolveu cutucar o meu ombro. Fingi que não tinha percebido e continuei olhando fixamente na direção da professora. Ele me cutucou de novo. E de novo. E de novo.

Agora chega!

— Que foi? — disse, me virando para trás.

— Lembra-se de mim? — ele perguntou, como um sorriso no rosto. Seus olhos verdes pareciam ainda mais brilhantes do que eu me lembrava. Ah, que belos olhos... Foco, Stefanie!

Forcei uma careta ao responder:

— Infelizmente.

— Oh, também fiquei feliz em te ver de novo — ele ironizou, mas não respondi. Virei para frente.

Quase um minuto se passou e ele não havia falado mais nada. Que bom, de certo se tocou e resolveu parar de me incomodar.

— Psiu!

Droga, falei cedo demais.

— Hm? — murmurei, sem me dar ao trabalho de virar e olhar para ele. Sem falar que, se eu fizesse isso, eu poderia acabar sendo hipnotizada por aqueles malditos olhos verdes que ele tinha.

— Acho que o destino está nos dando um empurrãozinho, não acha? — sua voz estava tão próxima de mim que cheguei a sentir um arrepio. Olhei pelo canto do olho e percebi que ele estava a poucos centímetros de distância do meu ouvido. Oh, céus!

Tentei manter a calma e não esboçar nenhuma reação que demonstrasse como eu havia sido pega de surpresa. Não só pela sua aproximação, mas pela pergunta também.

— Só se for um empurrãozinho direito para o inferno — murmurei.

— Acho que é o contrário — rebateu.

Dei de ombros, querendo dizer que não me importava.

Em seguida, um papelzinho de caderno, dobrado várias vezes, caiu na minha carteira. Eu nem precisava ser uma vidente para saber quem havia mandado. Peguei o papel e joguei para trás, sem me dar o trabalho de ler o que estava escrito. Segundos depois, lá estava a porcaria do papel novamente na minha frente. Respirei fundo e o coloquei dentro do bolso da jaqueta.

— Era para você ler — ele murmurou.

Virei-me bruscamente para trás e lhe lancei um olhar assassino.

— Pare de me falar comigo!

Ele abriu a boca para falar, mas alguém pigarreou antes. Então eu me virei para frente e vi que a professora estava olhando na minha direção, com os braços cruzados. Bem, pela expressão de seu rosto, ela não parecia nada contente.

Acho que falei um pouquinho alto demais e ela acabou escutando. Na verdade, acho que todo mundo ouviu. Porque, neste exato momento, a sala toda estava olhando para mim.

E eu odeio ser o centro das atenções.

— Com licença, a minha aula está atrapalhando a sua conversa? — ela perguntou, olhando para mim por cima da sua armação de óculos quadrada.

Demorei um pouco para pensar em algo para falar. Afinal, um professor nunca havia chamado a minha atenção na aula. Eu sempre fui o tipo de aluna que nunca conversava com ninguém na sala, eu só abria a boca para responder a chamada ou para fazer alguma pergunta importante.

— Ah... desculpe, srta. Gilmore. Isso não vai se repetir — falei.

— Assim eu espero — respondeu. — Você pode ser nova aqui, mas quero que fique bem claro que eu não tolero conversar paralelas na minha sala de aula enquanto eu estou falando. Entendeu, srta. Howard?

— S-sim, srta. Gilmore — me encolhi na cadeira.

— Ótimo — ela deu um sorriso satisfeito e voltou a falar sobre a matéria. Respirei aliviada.

Essa foi por pouco.

***

Quando você está com pressa, o tempo sempre parece passar mais devagar, não é mesmo? Então, essa aula parecia que não acabava mais! Por mais que eu ame biologia, eu não via a hora de sair dessa sala.

Só para ter uma noção de como eu estava louca para sair daqui, estava até disposta a ouvir Avery e a sua amiguinha Kacey cantando de novo e, se duvidar, até cantava junto com elas. Ok, agora eu exagerei. Isso definitivamente não iria rolar. Eu podia até estar desesperada, mas nem tanto assim.

Eu olhava direto para o relógio redondo que ficava em cima do quadro. Ok, eu sei que isso não ajudava em nada quando você quer que o tempo passe rápido. Pelo contrário, parece que ele passava ainda mais devagar.

Mas então o sinal finalmente tocou e foi quase a mesma coisa que eu ouvir anjos com harpas cantando “aleluia! aleluia!”.

Nossa, eu nunca tinha ficado tão feliz por ouvir esse bendito sinal tocando como eu fiquei nesse momento. Joguei tudo de qualquer jeito dentro da mochila e fui saindo da sala. Dei um sorriso discreto para a professora, que me lançou um olhar de: “você não terá tanta sorte da próxima vez”. Eu cheguei a gelar.

Sério, essa mulher estava começando a me dar medo. Talvez ela seja solteirona porque lançou esse mesmo olhar para algum homem e ele não perdeu tempo em sair correndo para o mais longe possível dela. Sinceramente, eu não duvido nada.

Só consegui respirar mesmo quando eu botei o pé para fora da sala e vi aquela aglomeração de alunos pelo corredor. Quer dizer, não que o ar estivesse melhor ali, porque não estava, mas pelo menos eu estava fora daquela sala.

Fui direto para o meu armário e guardei o meu livro de biologia. Levei um susto quando fechei a porta e dei de cara com um garoto loiro sorrindo presunçosamente para mim.

— Sentiu minha falta, loira?

— Não — eu respondi. — E não me chame assim.

— Mas você é loira.

— Obrigada pela observação, sr. Óbvio — revirei os olhos. — Mas você também é e eu não te chamo desse jeito.

— Certo. E você prefere que eu te chame como?

— Na verdade, prefiro que você nem dirija a palavra a mim — comecei a andar sem me dar o trabalho de dar “tchau”.

E eu nem precisei.

— Lamento lhe informar, mas isso não vai rolar — quando percebi, ele já estava ao meu lado.

— Por que você não vai incomodar outra garota? — suspirei.

— Porque eu prefiro te incomodar. É divertido ver você revirando os olhos e ficando nervosinha. Além disso, eu não sou de desistir facilmente.

— Percebi — murmurei.

Tentei acelerar o passo, mas ele segurou o meu pulso, me fazendo parar. Olhei para trás.

— O que foi? — perguntei, resistindo ao impulso de revirar os olhos. A última coisa que eu queria era ver ele se divertindo com a situação.

— Acho que já sei como vou te chamar! Que tal Howard? Muito melhor do que “loira”, não é? — ele sorriu.

— Me chame como você quiser, eu não me importo — respondi. Queria ir embora, mas ele ainda estava me segurando. — Será que você poderia fazer o favor de me soltar?

— Olha, como você é educada!

— Bem diferente de você ­ — lembrei.

Ele não perguntou por que eu havia dito aquilo, e nem precisava. Afinal, ele sabia muito bem que eu estava me referindo ao dia que nos conhecemos e ele quase me atropelou.

— E... que tal você me ensinar a ter bons modos?

Quando eu estava prestes a perguntar o que diabos isso queria dizer, ele se aproximou mais de mim. Não precisava nem ter uma bola de cristal para descobrir o que iria acontecer nos próximos segundos se eu não tomasse uma atitude.

Então antes que algo acontecesse, eu pisei no pé dele com força. Ele foi pego de surpresa e me soltou, arregalando os olhos verdes em seguida.

Ai! — ele reclamou. — Você ficou maluca?

— Acho que quem está perdendo a sanidade aqui é você! — exclamei, com raiva.

— Por quê? Foi você que pisou no meu pé. E doeu!

— Bem feito ­— debochei. — Isso é para você aprender a não tentar me beijar de novo!

— E quem disse que eu iria te beijar? Porque, francamente, eu não beijo garotas que me tratam mal.

— E você queria que eu te tratasse bem como? Por sua culpa, a professora chamou a minha atenção!

— Isso não teria acontecido se você tivesse lido o meu bilhete...

— Foda-se aquele maldito bilhete!

— Pronto, acabou de perder a educação.

— Eu estou perdendo é outra coisa: minha paciência!

— Calma, Howard. Não precisa ficar assim — ele deu um passo na minha direção.

— Fique aí mesmo se você não quiser que eu te acerte de novo. E já vou avisando: vai ser em um lugar muito mais doloroso desta vez! — alertei.

— Tudo bem! Já entendi o recado — ele parou no mesmo instante e jogou as mãos para cima em sinal de rendição. — Olha, eu sei que não começamos com o pé direito...

— Verdade, foi o esquerdo — disse, sem puder conter um sorriso debochado.

— Muito engraçado — ele riu sem humor. — Eu quis dizer que não sou uma pessoa ruim como você deve estar pensando. Vou fazer você ter uma impressão melhor de mim.

— Hm... acho difícil. Porque, normalmente, a primeira impressão é sempre aquela que fica e acho que você já percebeu que eu não tive uma boa de você.

— Não se preocupe, vou trabalhar nisso, Howard — ele garantiu.

— Boa sorte, então.

Nesse momento, meu celular começou a vibrar no bolso da calça jeans, o retirei e vi que era uma chamada de Avery. Por que eu fui dar o meu número para ela mesmo? Droga. Agora ela iria ficar sempre me importunando.

Mas até que agora ela não estava errada, afinal, já havia se passado mais de dez minutos desde que a aula acabou. Resolvi não atender, porque sei que ela iria começar a falar sem parar, querendo saber o motivo da minha demora. Simplesmente recusei a chamada e guardei o celular de volta no bolso.

— Tenho que ir... hm, qual é o seu nome mesmo? — perguntei, fingindo que havia esquecido.

Mas eu me lembrava. Modéstia parte, eu tinha uma boa memória.

Além disso, ele tinha um nome bem difícil de esquecer.

— Kendall. Kendall Knight.

— Isso aí! Ah, alguém já disse que você tem nome de garota?

— Não... — respondeu, adotando uma expressão confusa.

— Pois é. Você tem — afirmei.

— Eu não conheço nenhuma garota que tenha o mesmo nome que eu.

— Sorte sua — murmurei, tendo péssimas lembranças de uma certa ruiva que até pouco tempo atrás eu considerava minha amiga.

— O que você quer dizer com isso? — ele perguntou desorientado.

— Nada — balancei a cabeça — Preciso ir. Tchau, Knight.

Se ele podia me chamar pelo sobrenome, eu também poderia fazer a mesma coisa, não é? Claro que sim.

— Tchau, Howard — ele deu um aceno. — Vou ficar ansioso para o nosso próximo encontro.

— Pena que eu não posso dizer o mesmo — forcei um sorriso e comecei a andar.

O corredor estava vazio. Afinal, já era tarde. Todo mundo já deveria ter ido embora.

Eu tinha quase certeza que ele ainda estava parado no mesmo lugar, com aquele sorrisinho torto no rosto, olhando enquanto eu me afastava.

Mas eu não olhei para trás a fim de conferir isso.

***

Rapidamente achei o carro amarelo de Avery. Afinal, ele nem se destacava no estacionamento. Tipo, quase nada. Ela e Kacey estavam sentadas no banco da frente conversando. Abri a porta traseira e entrei.

— Aleluia, Stef! — Avery disse, parecendo aliviada em me ver. Por que ela insiste em me chamar de Stef? Eu não dei essa intimidade para ela, além disso, eu não a chamo por apelidos. — Por que você não me atendeu?

— Eu já estava no meio do caminho — menti. — A propósito, eu tenho relógio. Não precisa ficar me ligando!

— Estava preocupada, achei que você podia ter ser perdido, ou algo do tipo — se defendeu.

— Fique tranquila, ainda não cheguei ao ponto de me perder em uma escola assim pequena — respondi, mas Avery nada disse em resposta.

Kacey ficou não disse nada, ficou apenas nos observando. Pelo jeito, ela conhecia bem a amiga que tinha.

— Já estou aqui — cruzei os braços. — Pode ir agora.

­— Ok... — Avery assentiu, virou para frente e ligou o carro, dando partida em seguida.

Assim que ela saiu da rua da escola, já ligou o som do carro. Coloquei meus fones no volume máximo para não ouvir aquela tortura de novo. Encostei a cabeça no vidro e coloquei as mãos no bolso. Senti algo tocando na ponta dos meus dedos e lembrei que ainda estava com o bilhete dele.

Fiquei curiosa para saber o que havia naquele maldito papelzinho que me fez levar uma bronca da professora. Quando o abri, percebi que havia apenas uma série de números aleatórios bem no meio da folha.

O número de telefone dele.


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Notas finais do capítulo

Acho que já deu para perceber que o Kendall é bem direto, né? Hahaha.

*SPOILER* No próximo capítulo, Stef tentará entrar no time de Vôlei. Além disso, ela também vai acabar conhecendo alguns jogadores de Hóquei... (Quem já estava sentindo a falta de três garotos que ainda não tinham aparecido? õ/ )

Gente, não queria ser chata, mas... comentem! Poxa vida, eu recebi apenas três comentários no último capítulo, sendo que 28 pessoas acompanham a fic. Eu sei que o fandom não está no seu melhor momento, pelo contrário, mas precisamos ficar unidas(os)!

Até mais!
Big Time Kisses :*

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