Everything's Better With You escrita por Maremaid


Capítulo 36
35- Aquele em que eu descubro a verdade sobre Kendall


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem com vocês? Eu vou bem ;)

Duas semanas depois e.. eu voltei. Não demorei tanto assim dessa vez rs.

Enfim, espero que gostem do capítulo e boa leitura!

P.S.: Para quem não entendeu o título... faz referência a série Friends.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/572926/chapter/36

Prós e contras de ter irmãos

PRÓS:

1- Bebês são fofos. Quando comem e se sujam todo. Quando estão aprendendo a engatinhar e, logo em seguida, andar. Quando começam a falar tudo errado e mesmo assim você acha lindo;

2- Eu não vou ser mais a caçula, Sim, isso é algo positivo para mim. Porque o mais novo é sempre o mais protegido, aquele é visto como o bebê da casa (mesmo que já tenha 18 anos) e eu odiava ser tratada assim;

3- Savannah, além de minha irmã mais velha, é também minha melhor amiga. Ela é a pessoa que mais confio neste mundo!

CONTRAS:

1- Por mais que seus pais digam que amam todos os filhos igualmente isso é mentira, eles sempre têm um favorito. E, com certeza, não sou eu;

2- Se você é mais velha, logo vai ter que ajudá-lo quando precisar; será babá quando seus pais precisarem sair; se algo acontecer e você for a única por perto, a culpa será sua por não ter cuidado direito; não pode sair gritando toda vez que ele/ela lhe tire do sério (por mais que queira muito);

3- Só tem três quartos nesta casa. Isso significa que alguém vai ter que ceder o seu. (Ok, estamos quase indo para a faculdade. Mas terei que dividir o quarto que sobrou com Avery nos feriados quando virmos visita-los);

4- Se sua madrasta está grávida, significa que ela e o seu pai tem uma vida sexual bem ativa. Ew!

P.S.: Para mais informações, consultar também a lista de “prós e contras de crianças”

***

Alguns dias depois, Jill reuniu todos na sala — incluindo Savannah em um vídeo chamada — e disse que tinha uma coisa importante para nos contar: ela estava grávida. Avery começou a dar gritinhos histéricos enquanto pulava em volta do sofá e dizia estar muito feliz. Savannah começou a dançar do outro lado da tela. Meu pai ficou paralisado por uns segundos absorvendo a informação, quando a ficha caiu abraçou a mulher, ele estava muito feliz, fazia tempo que não o via sorria desse jeito. Eu tive que usar os meus — cof, cof — ótimos dons de atriz e fingir que estava surpresa com a novidade, e dei parabéns para Jill. Eu estava feliz por eles, de verdade.

Na mesma semana, papai levou Jill ao médico para saber se estava tudo certo com o bebê. Ela fez o ultrassom, o bebê estava saudável e a previsão para nascer era em novembro. Ah, e era um menino!

Meu pai ficou super contente porque não seria mais o único homem da casa. Vovô ficou muito feliz com a notícia, ela disse que finalmente meu pai tinha conseguido fazer um filho homem que levaria o nome Howard para frente. Sei que ela adora eu e Savannah, mas como mãe de dois filhos, ela sempre disse que meninos davam muito menos trabalho.

E então chegou a hora de escolher o nome do bebê. Concordamos que precisava ser um nome que agradasse a todos, porém isso não foi muito fácil. Avery só indicava nome de membros das bandas que ela gostava. Meu pai falava apenas nomes feios e sem graça (Aposto que, se dependesse dele, eu e minha irmã não teríamos nomes tão normais). Savannah fez uma lista enorme com nomes que gostava e mandou para mim. Jill achava todas as opiniões boas. E eu? Bem, eu só ouvia as sugestões e dizia se concordava ou não. 

Não foi uma tarefa fácil, mas conseguimos escolher um nome que agradasse todo mundo: Alexander. Agora teríamos 2 Howards começando com “S” e 2 com “A”. Bem vindo à família Howard, pequeno Alex!

***

No sábado à tarde, eu estava indo em direção as escadas para esperar Kendall na sala para o nosso encontro. Passei na frente do quarto de Avery, que estava com a porta aberta, e a vi se equilibrando em cima de um banquinho, tentando pegar algo em cima do guarda-roupa.

— O que você está fazendo? — perguntei, colocando a cabeça para dentro do quarto. Ela virou o tronco para olhar para mim e o banco se desiquilibrou, porém ela conseguiu se segurar na parede ao lado antes de algo pior acontecer.

— Você me assustou, Stef! — Ela suspirou aliviada e desceu do banco com uma caixa em mãos. — Estou arrumando o quarto, oras. Coisa que você deveria tentar no seu também.

Não respondi o seu comentário.  Ela colocou a caixa que tinha em mãos no chão, se ajoelhando na frente dela.

— São meus anuários antigos, quer ver?  

— Hm, melhor não. — Coloquei a mão no nariz por impulso.

Ela revirou os olhos.

— Não está empoeirada ou com cheiro de mofo, se é isso que você está pensando. Eu limpo o meu quarto com frequência, ok?

Olhei para o relógio rosa na parede. Kendall não costumava ser pontual, então pensei que não fazia mal ficar um pouco no quarto enquanto esperava a campainha tocar.

— Tudo bem, mas se a minha rinite atacar por causa dos ácaros a culpa é sua. — Sentei ao seu lado no chão.  

— Não vai — ela respondeu, me entregando um dos anuários.

Se há algo que eu gostava de fazer era ver fotos antigas dos outros, era sempre interessante ver o quanto as pessoas tinham mudado com o passar dos anos. Eu adorava ir à casa da vovó Howard e ver suas fotos de juventude.

Achei James em uma das fotos, ele era mesmo gordinho quando pequeno, mas muito fofo. Quando ele me contou isso uma vez eu mal consegui acreditar. Encontrei Carlos, Kendall e Logan também, além de Maddie e Hazel.

— Ei, cadê Kacey e Gabe?

— Ah, os dois se mudaram para cá quando estávamos no Middle School*. Eles estão nos outros anuários.

Assenti e peguei os outros, e então achei eles nas fotos. Era estranho ver todos os meus amigos tão novinhos. Reconheci também pessoas que faziam algumas disciplinas comigo, mas que até então eu nem sabia o nome. Em um dos anuários, haviam fotos de uma competição de hóquei feminino. Estava escrito “Parabéns, meninas, por chegarem até a semi-final!”. T-Rox, o urso mascote, aparecia em várias fotos, porém o Gabe mesmo só aparecia na foto individual. Achei Maddie e Hazel — que na época não tinha as suas famosas mechas rosas no cabelo — no meio de várias meninas que eu conhecia apenas de vista por estarem no time ainda. De repente, uma menina em especial chamou a minha atenção. Ela usava uma jardineira jeans, boné vermelho, o seu cabelo era loiro com um corte chanel curto. Ela estava ao lado de Hazel.

— Ei, eu conheço essa garota — eu disse, apontando para a foto.

Avery desviou a atenção do anuário que tinha em mãos e se inclinou na minha direção para olhar o meu.  

— Impossível! — Avery riu. — Ela se mudou uns 2 anos antes de você vir para cá. Você deve ter a confundindo com alguém.

— Eu não a vi pessoalmente. Foi em uma foto, mas ela estava junto com os meninos. Deve ter sido no mesmo dia, porque ela usava a mesma roupa, foi por isso que a reconheci.

Avery ficou séria de repente.

— Onde você viu essa foto?

— Na quarto do Kendall, por quê? — perguntei.

Ela deixou escapar uma risadinha sarcástica, parecia achar graça do que eu havia dito.

— O que foi? Por que você está fazendo essa cara?

— Hm? — Ela voltou a olhar para o próprio anuário. — Nada.

— O que você está me escondendo? — perguntei, colocando a mão no seu braço para que ela olhasse para mim.

Ela suspirou.

— Hm, você já ouviu falar sobre uma garota chamada Rachel**?  

— Não. É ela?

Ela assentiu. De repente, sua expressão ficou tensa. Como se o meu cachorro tivesse morrido, mas ela não soubesse a melhor forma de me dar a notícia.

Stef, essa garota é a ex-namorada do Kendall.

Eu abri a boca para falar algo, mas então escutamos algo caindo no chão e nos viramos. Kendall estava parado na soleira da porta, com os olhos arregalados. Aos seus pés, o causador do barulho: uma caixa de biscoitos.

— É melhor eu deixar vocês sozinhos. — Avery se levantou rapidamente.

— Mas é o seu quarto! — respondi. — Nossos somos os intrusos aqui.

— Tudo bem — ela respondeu, se abaixando para pegar a caixa de biscoitos. — Posso dar isso para a mamãe? Ela anda tendo desejos com coisas doces ultimamente.

Kendall apenas assentiu, ainda na porta. Então Avery o empurrou para dentro e, antes de fechar a porta, murmurou um “desculpa” para mim.  

— Stefanie... — Kendall começou, finalmente se aproximando.

— Como você entrou? Eu não ouvi a campainha — o interrompi. 

— Ah, a sra. Howard estava na varanda, então me disse para entrar e subir.

— E os biscoitos?

— A sala de Katie está vendendo para arrecadar dinheiro para uma viagem de fim de ano. Minha mãe comprou várias caixas, então trouxe uma para você. — Ele se sentou no chão, porém um pouco afastado de mim.  

— Entendi.

Sobre isso — ele apontou para o anuário no meu colo que ainda estava aberto na mesma página —, eu posso explicar.

— Não precisa...

— Sim, eu preciso. Eu deveria ter te contando antes. Eu disse para você confiar em mim, mas não fiz o mesmo.

— Claro que fez, você me falou sobre o meu pai — respondi. E eu sabia como aquele assunto era doloroso para ele, porque era assim que eu me sentia em relação a minha mãe também.

É diferente. — Ele encolheu os ombros. — Você está brava comigo por não ter te contando sobre isso?

— Claro que não. Você deve ter os seus motivos.

Motivos idiotas... — ele murmurou, mas para si mesmo, encarando suas próprias mãos que estavam pousadas no seu colo.

— Ei! — Coloquei minhas mãos no seu rosto, o fazendo olhar para mim. — Você não precisa me contar, se não quiser.

— Eu sei, mas eu quero...

Então ela me contou tudo, desde o começo. Kendall conheceu Rachel aos 7 anos, ela morava na sua rua, e sempre ia brincar com ele e Carlos — naquela época, ele ainda não era muito próximo de James, isso só aconteceu quando Logan se mudou para lá aos 9 anos. Quando pequena, era frequentemente confundida com um menino: o cabelo sempre curto, adorava subir em árvores, os joelhos viviam ralados, as roupas sujas de terra. E foi assim que Kendall sempre a viu, como um de seus amigos. Mas então eles cresceram, entraram na adolescência. Rachel entrou para o time de Hóquei feminino e começou a andar mais com as meninas, principalmente com Maddie, e começou a deixar aquele jeito de “garota moleque” de lado. Deixou o cabelo crescer, começou a usar maquiagem, vestidos e saias. Foi só aí que Kendall começou a vê-la como uma menina e, sem saber explicar o porquê, se sentia estranha perto dela, mais nervoso, coisa que nunca tinha acontecido antes. Ele resolveu não falar sobre isso com os amigos. Saiu com algumas meninas, mas só conseguia pensar nela. Foi então que, aos 14 anos, ele finalmente percebeu que estava apaixonado por ela. Porém, ele não se confessou de imediato, isso só aconteceu um ano depois, quando ele deixou escapar isso, sem querer, quando Rachel o questionou o motivo dele não gostar do garoto que ela estava saindo. Ela ficou muito surpresa e chegou a evitá-lo por semanas, até que estão ela terminou com o garoto que saía e propôs que ela e Kendall namorassem. Eles começaram a namorar e estavam felizes, porém, um ano depois, o pai de Rachel ganhou uma promoção e eles tiveram que se mudar para o Canadá. Eles resolveram continuar o namoro, mesmo a distância. Conversavam todas as noites. Rachel sempre chorava, dizendo que queria ir embora, Kendall disse que ela ia conseguir se enturmar logo. E isso realmente aconteceu, ela entrou no time de hóquei feminino de lá, e fez amizade com as meninas do time. Ela parecia mais feliz, porém eles não conversavam com tanta frequência como no começo: ela tinha os treinos, às vezes saia com as amigas, a época de provas também estava chegando e precisava estudar. Rachel já estava 5 meses lá quando, um dia, durante uma de suas conversas ele percebeu que ela parecia estranha, ele ficou preocupado e perguntou o que tinha acontecido, então ela começou a chorar e pediu para eles terminarem. Um garoto, irmão mais velho de uma de suas amigas, havia lhe beijado... E ela confessou que estava gostando dele. Ela pediu desculpas, enquanto deixava as lágrimas caírem. Kendall aceitou o término, e eles concordaram em ainda serem amigos. Eles trocaram meia dúzia de e-mails depois daquilo, mas a amizade deles nunca mais seria a mesma coisa, então optaram por parar de se falaram por completo.

— Kendall, eu sinto muito... — eu disse quando ele terminou. Eu estava mesmo consolando meu namorado por causa da ex dele? Uau!

Ele estava sentando com as costas apoiadas na cama de Avery e olhava para o céu através da janela.

— Tudo bem. — Ele finalmente olhou para mim e sorriu. — Eu já superei isso.

Ficamos em silêncio por um tempo.

— Então... Você não teve mais noticias dela? — perguntei.

— Às vezes Maddie me fala sobre ela, por mais que eu não tenha perguntado.

Eu não sabia o que falar. Kendall pigarreou.

— Hm, eu omiti um pequeno detalhe dessa história.

— Qual?

— Quando Rachel pediu para terminar, eu... eu não aceitei aquilo tão bem como fiz parecer. Eu disse para ela que não tinha problemas ela ter beijado outro cara, que nós poderíamos passar uma borracha nisso e continuar. Mas então ela falou: “na verdade, essa não foi a primeira vez que nós nos beijamos.” Eles estavam saindo há uma semana já, mas ela não sabia como me contar aquilo.

— Pelo menos ela foi franca com você — respondi. — E ela poderia ter mentido, estava em outro país, você nem saberia.

Oh! — Ele pareceu se tocar de algo. — Eu não deveria ter falado sobre isso, Stefanie, me desculpe.

Eu sei que ele estava se referindo a Will. Mas eram situações diferentes, eu não podia colocar Rachel no mesmo patamar daquele idiota.

— Tudo bem, eu também já superei.

Ficamos alguns segundos em silêncio.

— Se as coisas tivessem acontecido de um jeito diferente, nós nunca teríamos ficado juntos. Foi o destino.

— Verdade  — concordei.

— Ah, agora você concorda comigo? Quando nos conhecemos e eu disse que foi o destino nos dando um empurrãozinho, sabe qual foi a sua resposta? — ele perguntou, mas não esperou eu responder e continuou. — “Só se for um empurrãozinho direto para o inferno”.

Eu dei uma gargalhada, me lembrando da cena.

— Nós brigávamos feito cão e gato no começo, não é?

— Sim. Você não era uma garota fácil de lidar.  ­— Ele deu um sorriso torto. — Quer dizer, ainda não é. Mas definitivamente era pior naquela época.

— E mesmo assim você não desistiu de me importunar — lembrei. — Você ficava dando em cima de mim direto, sempre com aqueles sorrisinhos tortos e cantadas. Você se apaixonou por mim a primeira vista, não é? Admita — brinquei.

— Se ache menos, Howard. — Ele desviou o olhar, fingindo estar chateado, mas percebi que estava sorrindo.

­— Ah, é? Como explica o fato de ter dado o número do seu celular na segunda vez que nos vimos? — questionei.

— Ok, admito que eu não deveria ter feito isso, foi uma atitude impulsiva da minha parte. Além disso, eu sabia que você não iria me ligar, eu só queria irritá-la, era o meu passatempo favorito.

— Céus, Kendall! — Eu queria muito bater nele agora, mas me controlei. — Você me irritava muito! Eu realmente deveria ter te acertado em outro lugar, em vez do seu pé, naquele dia.

— Ainda bem que você não fez isso. Se fosse outro lugar, eu não ia poder ter filhos. 

— O mundo não precisa de mini Kendalls andando por aí irritando garotas inocentes.

— E mini Stefanies? — ele perguntou. Ele estava na minha frente agora, inclinado na minha direção. Quando foi que ele se aproximou?

— Stefanies são muito bem vindas — murmurei.

Ele estava tão perto de mim agora, que senti cócegas no meu nariz quando ele deu uma risadinha discreta.

— Concordo — ele sorriu, mas logo em seguida sua boca traçou uma linha reta. — Stefanie, eu... eu...

Eu o interrompi, colocando o indicador em seus lábios. Sabia o que ele estava tentando dizer, aquela não era a primeira vez. Mas só agora eu me sentia pronta para isso.

— Eu te amo — falei, sorrindo. 

Kendall arregalou um pouco os olhos, surpreso, mas não disse nada.  

— Poxa, eu acabei de me declarar e você nem vai dizer nada? — brinquei. — Ok, retiro o que eu disse então!

— Não! — gritou. Kendall olhou para a porta, esperando que alguém aparecesse. Nada. Então olhou para mim e sorriu. — Céus, garota, eu realmente amo você.

Kendall me beijou, me puxando para o seu colo. Eu enrosquei meus braços em volta do seu pescoço, ele moveu as mãos pelas minhas costas.

— Vocês já... Ai meu Deus! Procurem um quarto! — Avery estava na porta fazendo careta para nós.

— Já estamos num quarto, cunhadinha — Kendall respondeu, sem me soltar.

— Eu quis dizer um quarto que não fosse o meu, seu mané! Fico feliz que vocês estejam de boa, mas vocês não iam ao cinema?

— Ah, verdade. ­— Eu finalmente me lembrei o motivo de Kendall ter aparecido aqui, iriamos em um encontro. Eu dei um tapinha de leve no ombro dele, dizendo para me soltar, e deslizei para o chão. — Bem, acho que já perdemos a sessão mesmo.

— Então vão para outro lugar! — ela praticamente nos expulsou do seu quarto.

Já estava um pouco tarde, então mudamos o nosso encontro para o dia seguinte. Kendall e eu ficamos conversando um pouco na varanda com Jill e depois ele se despediu, indo para sua casa.

***

Estávamos no final de março. Os comunicados das faculdades já estavam começando a sair. Todos os formando estavam ansiosos para saberem se passaram, ou não, nas suas opções. E claro que comigo não era diferente. Eu havia me inscrito em várias, apenas por precaução, mas a prioridade era mesmo Yale. Quando Savannah entrou lá, eu e mamãe fomos juntas com ela para conhecer o lugar e ajudá-la a arrumar as coisas. Eu me apaixonei pelo campus, desde então era o meu sonho ir estudar lá também.

Eu estava tão confiante, minhas notas eram boas, eu tinha algumas atividades extracurriculares no currículo. A orientadora da minha antiga escola em San Diego disse que eu era uma forte candidata e tinha chance de entrar em várias faculdades, mesmo as foram do estado que eram consideradas mais difíceis. E eu sabia que isso era possível porque Savannah conseguiu.

Na terça-feira, eu estava apoiada no capô de Connor esperando Avery, que conversava com James mais adiante. Kacey deveria estar com Logan e ainda não tinha chegado no estacionamento.

Foi então que meu celular virbrou, avisando que eu tinha uma nova notificação. Yale havia tuitado sobre os resultados. Minhas mãos tremiam e cheguei a errar algumas vezes a senha de bloqueio até finalmente acertar e entrar no site. A pagina estava demorando para carregar, esse era o pior momento possível para o meu 3G ficar lento.

Mas quando finalmente abriu, toda aquela excitação que eu estava sentindo passou e foi substituída por outro sentimento quando o sistema finalmente abriu.

Eu olhei fixamente para a tela do meu celular, sem acreditar no que estava escrito. Senti minha visão ficar embaçada devido às lágrimas.

— Oi, Stef! — Kacey se aproximou de mim e percebeu que tinha algo errado. — O que aconteceu? Você está chorando?

Eu não consegui responder.

— Avery! Avery! — Kacey gritou.

Não sei quanto tempo demorou, mas quando percebi Avery já estava ao meu lado.

— Stef! — Ela me balançou pelos ombros. — Ai meu Deus!  O que houve?

­ — O celular...— Kacey murmurou. — Ela ficou assim depois de ler algo ali.

Avery tirou o celular da minha mão. Não olhei para elas, pois sabia que não aguentaria ver a expressão em seus rostos.

— Stef — senti a voz de Avery dar uma fraquejada —, eu sinto muito...

Num impulso, eu a abracei. Então comecei a soluçar enquanto chorava, porque percebi que eu não estava sonhando. Aquilo era real.

Eu não havia entrado para Yale.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

*Middle School corresponde ao nosso Ensino Fundamental II.
**Ah! Eu imagino a Rachel como a AnnaSophia Robb.

E aí, o que acharam? Me conte nos comentários!

* Spoiler Alert* No próximo capítulo... Como Stef e Kendall vão lidar com seu relacionamento sabendo que podem ficar distantes quando entrarem na faculdade? Terá também o baile de formatura, no qual, o BTR vai se apresentar.

OBS: Só lembrando que o próximo vai ser o último capítulo.

Até mais!
XOXO



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Everything's Better With You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.