Everything's Better With You escrita por Maremaid


Capítulo 27
26 - Meu idiota favorito


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem com vocês?

É, eu sei que demorei... Cadê a novidade, né? Hahaha.

Nem vou me alongar muito aqui, porque estou quase cochilando em cima do teclado (É, eu sei que hoje é só segunda-feira, mas eu acordo muito cedo durante a semana :/ ).

Enfim, espero que vocês gostem e tenham uma ótima leitura! õ/



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Prós e contras de inícios de relacionamentos:

PRÓS:

1- O cara sempre vai querer te impressionar. Vai pagar as coisas, te levar em lugares legais (como o parque de diversões) e ficar te elogiando sempre.

2- Os beijos. Oh, eles sempre são ótimos no começo. Te faz sentir aqueles “borboletas no estomago”.

3- Você está tão feliz que só pensa no presente e todos os momentos que passa com a pessoa sempre são incríveis.

4- Não consegue parar de pensar no cara e desejaria estar com ele em diversos outros momentos. Se duvidar, vai até sonhar com ele.

CONTRAS:

1- Seus amigos vão ficar querendo que você defina como é a relação de vocês dois, sendo que nem você mesma sabe o que está acontecendo direito.

2- Sempre ocorre aquele medo de você acabar se envolvendo demais com o cara e, no fim das contas, ele não querer nada sério com você.

3- Você está envolvido por aquele sentimento de “começo de relação” e não vai enxergar os seus defeitos, manias, gostos, etc... Coisas que poderiam te fazer repensar se você tomou a decisão certa.

4- Ciúmes. Não adianta negar, todo mundo sente... Nem que seja um pouquinho. Pior é sentir ciúmes do cara que você começou a sair e que nem é “seu” ainda.

***

Eu estava animada para ir à escola na semana seguinte.

Quer dizer, eu gostava de estudar, nunca tive esse problema de não querer ir. Só não gostava de acordar cedo (Quem gosta, não é?). Mas a minha empolgação não era por causa de conteúdo superinteressante de uma matéria, ou os treinos de vôlei ou ver minha professora preferida — cof cof —, srta. Gilmore. Estava feliz porque veria Kendall.

Ok, eu sei... Alguns meses atrás eu estaria rezando paras não esbarrar com ele pelos corredores e ficaria feliz se não visse ele.  Mas agora as coisas eram diferentes.

Por isso não revirei os olhos nem xinguei quando ele me deu um pequeno susto na manhã de segunda. Eu estava pegando meu material no armário e quando fechei a porta... Boom! Lá estava ele, poucos centímetros de mim, me observando com um sorrisinho no rosto.

— Caramba! — coloquei a mão livre no coração.

— Te assustei? — ele perguntou, um sorrisinho brotando em seus lábios.

— Imagina —­ ironizei. — A propósito... Bom dia, Kendall. Estou bem, obrigada por perguntar!

— Eu já ia chegar nessa parte — ele riu. Em seguida, se inclinou na minha direção e me roubou um beijo rápido. — Bom dia, flor do dia.

“Flor do dia”, sério? Que brega!

Sem me perguntar, ele pegou o livro e o caderno que eu estava segurando e carregou, enquanto andávamos pelo corredor.

— Como estão as coisas com o seu pai? — perguntou.

— Hm... Normal — dei de ombros. Eu poderia ter falado com ele ontem, mas estava feliz e não queria estragar isso.

— Então... Qual a sua primeira aula? — ele mudou de assunto.

— Álgebra — respondi. Ele fez uma careta. — E a sua?

— Inglês... Não sei qual é a pior das duas.

— Eu gosto de Inglês! O professor sempre passa livros interessantes para lermos e depois fazemos discursões.

— Sério? O nosso só pede para lermos livros chatos e fazer prova — ele revirou os olhos.

— Eu estou no avançado — comentei. Ele pareceu surpreso.

— Ah, isso explica muita coisa. Eu faço o outro, sabe? Para pessoas normais que não tem o QI acima da média.

Revirei os olhos e bufei. Ele riu.

— O que foi? — perguntei, semicerrando os olhos.

— Você fica linda com essa cara de irritadinha.

Idiota — entrei no corredor onde ficava a sala de Álgebra.

— Você vai continuar me chamando assim? Sério? Pensei que isso era passado.

— Só quando você agir como um — olhei para ele, e dei um sorriso sínico. — Coisa que acontece com bastante frequência.

— Isso eu não é verdade — ele fez cara de ofendido. — Eu sou adorável na maior parte do tempo.

— E modesto — acrescentei. — Não se esqueça de modesto.

Paramos em frente à sala. Ele devolveu minhas coisas e me deu um último beijo, desejando “boa aula” e seguiu adiante pelo corredor. Entrei na sala e sentei na carteira atrás de Logan, que logo se virou para mim.  

— Oi, Stef — ele estava sorridente.

— Oi, Logan. Qual o motivo de tanta felicidade? Não me diga que é por causa da aula...

Ele soltou um “Dã!” como se fosse óbvio.  

— Ok, Loganerd, vire-se. O professor está entrando.

Não precisei falar duas vezes.

***

Nós continuamos nesse ritmo. Nos encontrávamos na frente do meu armário antes do sinal bater, conversávamos um pouco e ele me acompanhava até minha sala — exceto na quinta, pois a aula dele ficava do outro lado da escola e ele iria chegar atrasado —, nos víamos no intervalo, depois de cada um comer na sua habitual mesa e, as segundas e quintas, no qual tínhamos Biologia juntos na última aula, ele me acompanhava até o estacionamento onde Avery e Kacey sempre já estavam me esperando.

No sábado, tivemos o primeiro ensaio do ano. Faltava um mês para o Show de Talentos e precisávamos ter tudo perfeito para a apresentação. Foi o primeiro ensaio que Nick faltou desde que tinha começado a frequenta-los. Perguntei casualmente para Logan e ele disse que o primo teve um compromisso familiar, não sabia se isso era mesmo verdade, ou se ele estava me evitando.  Ele estava bem estranho comigo desde o dia em “dei um fora” nele (não gostava de usar essa expressão, mas foi o que aconteceu...). O lado bom foi que Kendall estava bem tranquilo durante o ensaio devido a ausência do seu “arquirrival” (Na verdade, nem sei se ele sabia que o Nick era a fim de mim, ou se eles tinham problemas mais antigos). Os garotos deveriam saber o que estava acontecendo entre nós dois, mas mesmo assim não fizeram perguntas constrangedoras para mim, o que me deixou agradecida. Mas acho que mesmo se eles não soubessem, iriam desconfiar que algo havia mudado, pois havíamos reduzidos as nossas brigas quase a zero. A questão foi que tudo ocorreu bem e quando ele me ofereceu uma carona para ir embora não recusei.

No domingo, fomos ao cinema. Eu escolhi o filme, então assistíamos uma comédia. Assim evitamos todo aquele clichê do cara-escolher-um-filme-de-terror-para-que-a- garota-ficasse-com-medo-e-o-abraçasse. 

Na terça-feira da outra semana, Kendall perguntou se nós poderíamos começar a almoçar juntos. Confesso, isso me pegou um pouco de surpresa. E ele percebeu pela minha expressão, por isso tratou de explicar:

— Sabe, não nos víamos com tanta frequência durante a semana — ele enfiou as mãos no bolso do jeans e ficou encarando o chão, parecendo um pouco envergonhado de confessar isso —, e eu gostaria de passar mais tempo com você.

— Eu também — confessei, sentindo meu rosto ruborizar —, mas não sei se me sinto confortável em sentar à mesa com o pessoal do seu time.

— O quê? — ele me olhou surpreso, mas logo riu. — Não, não! Eles são uns ogros comendo, você não ia querer ver isso. Pensei em sentarmos na sua mesa.

— Ah! Claro, acho que o pessoal não vai se importar.

Antes era apenas eu, Maddie e Gabe, mas depois do dia do baile de natal, Hazel começou a sentar conosco também. Ela era vegetariana, mas não se importava de comermos carne na sua frente. Eu pensei que seria esquisito ter Maddie e Hazel na mesma mesa, mas as duas se davam muito bem por serem colegas de time. Gabe parecia ter o mesmo pensamento do que eu, pois parecia pronto para sair correndo toda vez que uma das duas levantava um pouco o tom de voz (o que chegava a ser engraçado).

Contei para Maddie enquanto estávamos na fila, e ela disse que não queria ficar “segurando vela”, então chamou Carlos para se juntar a nós, que aceitou na mesma hora. Ele meio que fazia tudo que ela pedia, igual um cachorrinho, mas eu sabia que era o seu jeito mesmo.

— Olá, meninas — Kendall parou em frente a nossa mesa com a sua bandeja na mão e fez sinal com a cabeça para que eu fosse mais para o lado para ele sentar. — Oi, Gabe.

— Oi — respondemos em uníssono.

Carlos chegou alguns segundos depois.

— Olá! — ele se sentou no lado de Maddie, que já tinha deixado um lugar para ele. — Nossa, estou faminto!

Hazel olhou para Gabe, confusa, mas ele fez a sua habitual cara de “não sei o que está acontecendo”. Então ela mesma tratou de perguntar:

— Hmm, não querendo ser grosseira, mas a mesa de vocês não fica do outro lado do refeitório?

— Sim, mas agora vamos sentar aqui. — Kendall disse. — Algum problema para você?

— Não, claro que não — Hazel balançou a cabeça —, mas eu só não entendi o motivo.

Ela sabia de Maddie e Carlos, pois já havia ouvido as duas conversando sobre isso, mas eu não havia comentado nada com ela. Afinal, não éramos assim tão próximas ainda.

— Não é óbvio? — Carlos disse de boca de cheia. — Eles estão se pegando!

— Carlos! — Maddie ralhou com ele, ficando tão vermelha quanto o seu cabelo.

— O quê? — ele olhou para ela, com a boca cheia de migalha. — Eu só disse a verdade!

Maddie bateu na própria testa e desistiu de falar alguma coisa. Hazel imediatamente lançou seus grandes olhos esverdeados na minha direção, esperando uma resposta.

— É, estamos saindo... — confessei, um pouco envergonhada ao perceber que todos estavam olhando para mim.

— Ok! Agora que tudo foi resolvido, podemos comer, não é mesmo? — Kendall sorriu e, em seguida, virou a sua atenção para o seu prato.

E foi que todos nós fizemos também.

***

— Ei, será que podemos conversar? — Kendall me alcançou na metade do corredor na quinta-feira, antes de eu chegar ao refeitório.

— Claro, pode falar. — eu diminuí o passo e olhei para ele.

 — Aqui não. Vem — ele me pegou gentilmente pela mão e me conduziu para o lado de fora. Sentamos em um dos bancos do pátio (que só não estava coberto de neve, porque o zelador vivia os limpando) mais afastado do fluxo de pessoas.

Senti um nó se formando no meu estômago. Oh, não! Será que ele vai terminar comigo?

No mesmo instante, comecei a repassar mentalmente todos os momentos que passamos juntos nessas duas últimas semanas, a procura de alguma coisa que eu poderia ter feito errado. 

— So-Sobre o que você queria falar comigo? — tentei controlar meu nervosismo.

— Então — ele esfregou as mãos uma na outra, talvez para espantar o frio, talvez porque não sabia direito como dizer o viria a seguir —, eu não estava sendo totalmente honesto com você. Isso que nos estamos tendo não está bastando para mim.

Não disse nada, pois não tinha o que dizer. Consegui manter meu rosto sem expressão alguma, quando queria mesmo era chorar. Não acredito! Ele vai mesmo terminar comigo!

— Eu... — ele respirou fundo e mexeu os ombros, como estivesse tentando se acalmar. — Eu quero mais. Quero ter algo sério com você, Stefanie.

Aquele desgraçado! Como ele pode fazer isso comigo e... Espera! O quê?  

— Ah! — é tudo que consigo dizer. Confesso, eu não estava esperando por essa.

Por um lado, fiquei aliviada. Mas, por outro, fiquei ainda mais nervosa. Será que eu estava pronta para entrar em outra relação séria? Não fazia nem 1 ano em que eu havia terminado meu namoro com Will e todos nós sabemos que ele não terminou nada bem...

— Será que você pode, por favor, me dirigir uma frase completa — Kendall pediu, seus olhos verdes pareciam suplicar. — Não consigo dizer se você está em choque de tanta felicidade, ou se quer me dá um pé na bunda e não sabe como.

Não consegui aguentar e dei uma risada. Ele me olhou, confuso.

— Seu idiota! — falei. — Achei que você ia fazer isso quando veio com aquele papo de “precisamos conversar”!

— Oh! — ele bateu na própria testa, depois de alguns breves segundos de reflexão. —Desculpe! Não foi a minha intenção!

— Tudo bem ­— eu disse, colocando a minha mão sobre a sua.

— Então a sua resposta é “sim”?

Respirei fundo.

— Você não acha que é tudo rápido demais? Nos conhecemos há menos de seis meses e estamos saindo só faz duas semanas. Eu gosto muito de você, mas não quero precipitar as coisas.

— Isso tem a ver com aquele babaca que partiu seu coração, não é? Olha, eu entendo que você possa se sentir insegura em confiar em outro garoto, mas eu...

— Kendall, por favor — o interrompi —, eu não quero falar sobre isso com você agora, ok?

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde, ele traria à tona aquele assunto que tivemos na salinha de limpeza no dia da detenção. Mas eu ainda não estava preparada para revelar tudo a ele.

— Ok — ele suspirou. — Mas eu espero que, um dia, você me conte o que aconteceu.

Assenti. Esperava que esse dia demorasse muito para chegar.

Kendall ia falar algo, mas seu celular emitiu um “bip”. Ele tirou do bolso, olhou algo e revirou os olhos.

— O que foi? — perguntei.

— Mensagem do Carlos — ele balançou a cabeça. — “O que vocês dois estão fazendo para esquecerem o horário do almoço? Esquece, não precisa responder”. Carinha maliciosa, carinha maliciosa.

Fui obrigada a rir. Carlos era uma figura.

— Para falar a verdade, estou com um pouco de fome — respondi.

— Eu também — ele disse se levantando. — Vamos.

Andamos algum tempo sem falar nada.

— Então... — eu quebrei o silêncio.

— Então... — ele repetiu. O que fez nós dois rirmos. — Ok, vamos deixar as coisas acontecerem ao seu próprio ritmo, sem pressão. Talvez eu tenha me precipitado um pouco com aquele assunto de dar um passo adiante. Precisamos nos conhecer melhor. Quer dizer, eu não sei qual é a sua cor favorita, o que mais gosta de comer, seu signo...

— Verde. Lasanha. Peixes — respondi.

— Ótimo. Vou fazer um questionário com todas as coisas que quero saber sobre você e deixar no seu armário, ok? — ele me lançou um sorriso desafiador. Não sei se ele estava mesmo brincando ou falando sério, mas por via das dúvidas, assenti.

— Fico feliz que tudo tenha se resolvido.

— Eu também. Afinal, eu sei que você ficaria devastada sem a minha ilustre presença na sua vida — ele parou, bloqueando a minha entrada para o refeitório, e deu uma piscadinha.

— Idiota — eu ri. Dei um tapinha de leve no seu ombro, para ele sair da frente.

Seu idiota — corrigiu, me dando um beijo. Em seguida, me pegou pela mão e me “arrastou” para dentro.

Kendall tinha razão, ele era mesmo o meu idiota... Meu idiota favorito.


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Notas finais do capítulo

Oi (de novo)!

O que vocês acharam? Me contem nos comentários, quero muito saber a opinião de vocês!

*SPOILER* No próximo capítulo, Stef fará um "favorzinho" para Maddie, mas acabará não dando conta e pedirá ajuda a uma pessoa (Quem será? Rsrs. Acho que vocês já sabem...)

#Favoritem #Recomendem #MovimentoFaçaUmaAutoraFeliz

Até mais, gente! õ/

XOXO

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P.S.: Ao pessoal que está no grupo do facebook: Desculpe não ter postado mais spoilers lá, mas é que eu só termino o capítulo e já posto aqui. Enfim, vou tentar postar alguma coisinha da próxima vez ;)