Everything's Better With You escrita por Maremaid


Capítulo 22
21 - Presentes especiais & Conselhos infalíveis


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem com vocês?

Ho, ho, ho! Feeeeeliz Natal! (Não, pera)

Sei que estamos quase em março já, mas na fic ainda é dezembro. Então... capítulo de natal para vocês! Hahahaha.

Espero que gostem.



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Prós e contras do natal:

PRÓS:

1- É o meu feriado favorito.

2- Presentes (Não precisa de maiores explicações)

3- Vou ver Savannah e a vovó! (Claro, além dos meus tios e o meu primo).

4- Corais. Sim, aqueles que passam nas casas. Sei que muita gente detesta, mas eu acho tão legal!

5- A única coisa que tem para ver na televisão nessa época do ano são filmes de natal. E eu adoro! Desde os clássicos, até aqueles mais bobinhos.

CONTRAS:

1- É o primeiro natal que passo sem a minha mãe. Sinto muito a falta dela.

***

Na manhã de natal, Avery nos acordou às sete horas da manhã. Ela estava com um gorrinho de Papei Noel e ficava saltitando enquanto cantava “Deck The Halls”, desafinando em todas as partes possíveis. Eu simplesmente queria bater nela por estar me acordando tão cedo em um dia que nem tem aula, mas estava com tanto sono que apenas joguei o travesseiro nela, que desviou facilmente.

Saí do quarto bocejando e coçando os olhos. Olhei para Savannah e ela não parecia muito melhor do que eu. Jill já estava na cozinha quando descemos e havia feito uma fornada dos seus maravilhosos biscoitos.

Após o café, sentamos em volta da árvore para abrir os presentes. Jill e meu pai me deram dinheiro. Claro, não poderia esperar outra coisa deles. Jill eu ainda entendia o motivo, afinal, ela me conhecia há pouco tempo e não sabia os meus gostos. Mas e o meu pai? Sei que eu e ele não nos vimos muito nos últimos anos — e um pouco da culpa era minha, admito — só que ele poderia, pelo menos, ter se dado ao trabalho de pedir ajuda a minha irmã. Falando nela, Savannah me deu o volume único de “As Crônicas de Nárnia” que eu estava querendo muito e um gorro preto com pompons que mais pareciam orelhinhas. Avery deu o meu presente adiantado, que foi o vestido que usei no baile. Ela comprou na Black Friday com a ajuda de Savannah e conseguiu esconder de mim por praticamente um mês sem eu desconfiar de nada.

Meu salário na loja não era dos melhores, por isso tive que dar uma economizada para conseguir comprar os presentes. Para Avery dei uma saia plissada florida que eu a vi espiando na vitrine outro dia. Ela me agradeceu me dando um abraço apertado, enquanto falava “Obrigada! Obrigada! Obrigada!”. E para Savannah dei o CD novo da Ed Sheeran, que é o cantor favorito dela. A única coisa que sei sobre Jill é que ela adorava cozinhar, então lhe dei um livro com receitas de sobremesas. Foi um presente simples, mas percebi pelo seu sorriso que ela havia adorado. Nós três nos reunimos e compramos um suéter azul marinho para o meu pai. Avery que escolheu, disse que contrastava com o azul dos olhos dele. Savannah concordou então deduzi que era verdade. Ele gostou tanto que vestiu na mesma hora. Terminamos de abrir o resto dos presentes mais ou menos dez minutos depois.

Jill diz que à tarde precisaria da nossa ajuda para fazer a ceia de logo mais. Teríamos que fazer bastante comida, pois minha avó viria junto com o tio Phill, tia Sarah, e o meu primo, August. Tio Phill morava em Iowa, que era a cidade natal da família Howard. Minha avó também morava lá, só que em uma casa de repouso. Ela decidiu ir para lá depois que o meu avô morreu, disse que não queria ser um incomodo para os filhos e as netas.

Peguei todos os meus presentes e levei para o quarto, depois fui trocar de roupa, já que ainda estava de pijama.

***

Eles chegarem logo no começo da tarde. Assim que terminou a rodada de abraços e cumprimentos, era a hora de receber os presentes. Minha parte favorita, devo ressaltar.

Tio Phill e sua tia Sarah deram dinheiro para mim e Savannah. Vovó Howard não nos deu nada na hora, o que me deixou um pouco surpresa. Ela não era aquele tipo de avó boazinha que enchia os netos de presentes, mas também não era avarenta.

— Meninas, vocês podem levar a minha bagagem para o quarto? — vovó perguntou para nós duas e assentimos. Pegamos tudo e levamos para cima.

Tivemos que ceder nossos quartos para as visitas. Auggie e vovó ficariam com o meu, e os meus tios com o de Avery. Por causa disso, nós três iriamos ter que dormir na sala.

Colocamos as coisas no quarto e já estávamos saindo.

— Esperem — vovó disse. — Quero dar o presente de vocês.

Eu e Savannah nos entreolhamos. Por que ela não deu antes?

Vovó pediu para que sentássemos e abriu a sua mala, tirando um objeto retangular embrulhado com papel de presente vermelho com renas e nos entregou.

— O que é isso, vovó? — perguntei.

— Abram que vocês saberão, oras!

Savannah rasgou o papel de presente e encontramos uma caixa branca dentro. Ela tirou a tampa e havia um álbum de fotografias antigo.  Ele tinha a capa preta e espiral no lado.

— Faz tanto tempo que não vejo isso! — Savannah passou a mão pela capa.

Eu nunca tinha visto aquele álbum antes. Então, como é que minha irmã o conhecia?

— Que álbum é esse?

— Era da mamãe... — ela fungou, impedindo que as primeiras lágrimas caíssem e olhou para a nossa avó. — Onde estava? Eu procurei ele por toda parte durante a mudança, mas não o encontrei.

— Veronica pediu que eu o guardasse comigo — ela respondeu. Pude perceber como a minha avó também estava triste, ela gostava muito da minha mãe. As duas se davam muito bem, até pareciam mãe e filha. — Achei que estava na hora de dar para vocês. 

Eu sabia o que ela queria dizer com isso. Poderíamos olhar para essas fotos sempre que sentíssemos falta da mamãe.

Quando Savannah abriu, percebi que não se tratava de um simples álbum de fotos de uma mãe. Não tinha fotos nossas. Na verdade, nós nem éramos nascidas naquela época. 

Ali tinha apenas Veronica Miller, a universitária. Era tão estranho olhar para aquela garota que aparentava ter mais ou menos a minha idade e pensar que era a minha mãe.  Olhando para ela assim, tão jovem, me fazia perceber a semelhança entre nós. Os mesmo olhos castanhos, o cabelo ondulado — porém o dela era castanho — o mesmo formato do rosto. Nas primeiras das fotos, ela estava sozinha ou com amigos, sentada na grama em frente ao campus. Conforme Savannah foi passando as páginas, vimos um cenário diferente. Agora ela aparecia em quase todas as fotos com um garoto loiro, de olhos azuis vibrantes e um sorriso enorme no rosto. Ele era muito, muito bonito mesmo.  Havia algo de familiar dele. 

— Espera... É o papai? — apontei para uma das fotos. Vovó assentiu.

Os dois pareciam tão... Felizes. Minhas maiores lembranças dos dois juntos eram de brigas, mesmo quando eles estavam de bem nunca aparentaram essa felicidade toda. Claro, eu sei que eles se amaram um dia, caso contrário, nunca teriam se casado.

Ao olhar novamente para Savannah e ver como ela estava emocionada, lembrei-me de algo que queria lhe perguntar.

— Como você sabia da existência desse álbum? Eu nunca tinha visto ele antes.

— Ah, flagrei a mamãe olhando para ele logo depois do divórcio. Ela estava sentada no chão do quarto, chorando. Quando ela me viu, enxugou as lágrimas e pediu para que eu descesse. Consegui vê- la colocando o álbum em cima do armário. Mas, um dia que estava sozinha em casa, fui procura-lo e ele havia sumido. Nunca tinha visto ele por dentro, mas reconheci a capa assim que vi. Sempre quis saber o que tinha aqui dentro, o que fazia mamãe ficar tão triste... Agora entendo.

Eu também entendia. Deviam ser memórias dolorosas.

— Foi por isso que Veronica pediu para que eu guardasse — vovó explicou. — Ela me disse que olhar para essas fotos só lhe faziam sofrer, pois lembravam de um tempo que nunca voltaria.

Um tempo em que ela e meu pai eram felizes. Algo que nunca mais aconteceu.

— Obrigada, vovó — Savannah disse com a voz de choro, estava demorando para que ela começasse a derramar lágrimas. — É o melhor presentes que você poderia nos dar.

— Obrigada — disse também. — Eu adorei.

— De nada, meninas — ela sorriu.

— Vovó, por que você entregou isso para nós escondido? Não podemos falar para ninguém? — quis saber.

— Não é isso, claro que podem. Eu só achei que vocês gostariam de privacidade para olhar o álbum. E me fazer perguntas, se quiserem.

Vovó estava nos dando a oportunidade de perguntar sobre a nossa mãe. Coisas de uma Veronica que não conhecemos. Tinha tanta coisa que eu gostaria de saber sobre ela. Mas olhando para aquelas fotos, só um tipo de pergunta vinha em minha cabeça.

 Savannah olhou para mim e fez sinal para que eu fosse primeiro.

— Vovó, a senhora e a mamãe sempre se deram bem?

— Sim — ela riu. — Lembro do dia que Gregory levou Veronica lá em casa pela primeira vez. Eu a adorei assim que a conheci. Dizem que sogras nunca se dão bem com suas noras, mas isso não é verdade. Pois eu e Veronica sempre nos demos muito bem, vocês sabem disso. Ela nunca fingiu ser outra pessoas só para agradar os outros, sempre foi ela mesma, e isso que eu mais gostava nela. 

— E quando que eles começaram a brigar?  

Vovó pareceu tensa com a minha pergunta e soltou um longo suspiro antes de responder.

— Eu prefiro não me intrometer nesse assunto. Você deveria perguntar isso ao seu pai.

— Sem chance — bufei em resposta.

— Stefanie, você não pode ficar ignorando seu pai para sempre — vovó disse.

— Eu falo com ele, mas só o essencial. Além disso, não quero ficar ouvindo as suas desculpas esfarrapadas que o levaram a se separar da mamãe.

— O quê? — vovó ergueu uma sobrancelha e olhou para minha irmã. — Você não contou a ela?

— Eu tentei, mas ela não acreditou em mim — Savannah encolheu os ombros.

— Do que vocês estão falando?! — exclamei.

Vovó olhou para mim com uma expressão séria no rosto.

— O Gregory não pediu o divórcio. Foi... Foi a sua mãe.

***

Aquilo ainda martelava na minha cabeça. Mamãe sempre dizia que foi o meu pai que quis se separar dela. Por que ela havia mentido para mim?

Savannah sabia a verdade. Quer dizer, mamãe nunca contou isso diretamente a ela. Minha irmã descobriu sozinha, mesmo tendo só 12 anos na época do divórcio, ela conseguiu compreender as coisas. Não posso culpa-la por nada, ela me contou isso uma vez, mas eu não acreditei. Achei que ela só estava falando essas coisas para que eu sentisse pena do papai e voltasse a falar com ele. E, depois daquele dia, pedi para que ela não tocasse mais no assunto. E foi o que ela fez.

Sei que o único jeito de esclarecer essa história era perguntando diretamente ao meu pai. Mas devido ao nosso histórico de brigas, sabia que a conversa não seria nada amigável. Então preferi esperar mais um pouco. Eu não queria estragar o meu fim de ano com isso. Eu já tinha esperado tanto tempo, mas alguns dias não fariam mal.

Quando desci as escadas, estavam quase todos na sala assistindo televisão e conversando. Avery estava na cozinha, preparando uma gemada para o meu primo. Auggie, como o chamávamos, tinha só oito anos, mas era um pouco alto para a sua idade e também meio gordinho. Era muito mimado por ser o mais novo e o único neto homem da família.  Era a cara do meu tio Phill que, por sua vez, era muito parecido com o meu pai. O mesmo cabelo loiro claro e ondulado, os olhos azuis e aquele cara de príncipe. A genética dessa família era boa, pena que eu tinha sido desfavorecida no quesito cor dos olhos.

— Prontinho! — Avery colocou um copo caprichado na frente dele.

Ele olhou de cara feia para o copo.

— Eu não vou tomar isso. Não gosto de noz-moscada.

— Desculpa! Eu não sabia! — ela pegou o copo de volta. — Faço outro para você rapidinho.

— Não fique fazendo todas as vontades dele, Avery  — disse e peguei o copo. — Eu fico com isso.

— Ei! — ele reclamou. — Eu não deixei você pegar!

— E quem disse que você manda em alguma coisa, pirralho? Alias, estamos na minha casa, não na sua — tomei um gole da gemada. — Hmm... Delicia.

Eu não era uma pessoa má. Mas ele era muito chato e vivia me tirando do sério. Eu só estava retribuindo.

— Eu te odeio — ele cruzou os braços.

— E eu não ligo — respondi.

— Gente, por favor. É natal! Não briguem! — Avery ralhou conosco.

— Foi ela que começou — Auggie apontou para mim. Apenas revirei os olhos.

— Pronto, aqui está a sua gemada sem noz-moscada. Experimente.  

Ele pegou o copo, meio desconfiado, e tomou um gole pequeno.

— Gostou? ­— Avery perguntou com expectativa.

— A da minha mãe é melhor, mas dá para o gasto — ele deu de ombros e pulou do banco, indo em direção à sala. Nem disse um “obrigado”. Pirralho mal-educado.

— Está uma delicia Avery — eu disse, porque era verdade. Ela tinha puxado a mãe, era boa na cozinha.

— Obrigada — ela sorriu, colocando a louça suja na pia. — Ah! Stef, chegaram para você — Avery apontou para um monte de envelopes em cima da geladeira.

— Para mim? — perguntei. — Tudo isso?

Normalmente eu só recebia cartas da vovó, pois ela era a única que ainda insistia nessas coisas. Ela sempre dizia que “não dava para confiar em cartas eletrônicas que podiam se perder na internet”, vulgo e-mails. Mas como ela estava passando o natal conosco, não tinha motivo para ter enviado alguma carta.

— Claro! É natal! — ela riu, mas ao perceber que eu continuava sem entender nada, tratou de explicar: — Normalmente são apenas cartões de natal. Mas algumas pessoas incluem outras coisas, como fotos ou algum recado. Vocês não fazem isso na Califórnia?

— Não... — respondi, pegando todas as cartas. Três? Uau! — Hã... Obrigada.

Sentei na cadeira e comecei a olhar os envelopes. Tinha da Maddie, do Gabe e uma sem remetente.  

No envelope de Maddie, além do cartão de Natal e uma cartinha super fofa falando de como a minha amizade era importante para ela, tinha uma foto de nós três — Eu, ela e Gabe — no dia do primeiro jogo de Hóquei da temporada. Fiz uma careta ao olhar para a minha imagem de rosto pintado e maria-chiquinha, eu parecia uma verdadeira fã de Hóquei. É, acho que sou uma boa atriz mesmo.

Gabe escreveu apenas uma pequena mensagem no cartão. Ele havia escrito “para a minha segunda melhor amiga”, o que me fez rir.

Iria mandar uma mensagem para eles depois agradecendo e pedindo desculpas por não ter enviado nada. Acho que Jill não vai se importar se eu pedir alguns biscoitos para dar aos meus amigos.

Finalmente peguei na mão o envelope sem remetente. Ele estava apenas endereçado a “Stefanie Marie Howard”, o que me fez concluir que a pessoa deixou na nossa caixinha pessoalmente. Encontrei dentro um cartão de natal e uma corrente prateada dos Beatles.

Não tinha ideia de quem poderia ter me mandado aquilo. Então abri o cartão. No lado esquerdo, escrito a mão, tinha apenas uma frase:

“Feliz natal, Howard”.

 E mesmo não reconhecendo a caligrafia, eu sabia perfeitamente quem havia me mandado aquilo. 

***

Já passava da meia-noite. Eu, Savannah e Avery estávamos deitadas na sala conversando.  Foi preciso afastar os sofás e tirar a mesinha de centro para podermos colocar os colchões. Esse era o lado ruim de receber visitas: ter que ceder o seu quarto e dormir no chão.

A televisão estava ligada em volume baixo, mas ninguém estava prestando atenção. Savannah estava perguntando a Avery como havia sido o baile. Ela já tinha me feito as mesmas perguntas antes. Só que minha irmã gostava de ouvir pontos de vistas diferentes da mesma história, dizia que assim dava para ter uma visão mais ampla dos acontecimentos.

E isso era verdade.

Contei a elas que Carlos havia convidado Maddie para sair e ela aceitou. Ela me telefonou toda eufórica para contar isso.

Foi por Avery que eu descobri que Kacey e Logan haviam se beijado no baile. Pela primeira vez. Ela ficou esperando a noite toda, mas como ele não a beijou, foi ela que tomou a iniciativa.

Depois Avery contou que encontrou James, enquanto estava batendo algumas fotos com a câmera que pedi que ela cuidasse para mim. Eles conversaram por um tempo e até bateram fotos juntos na cabine fotográfica.

— Você deveria ter aproveitado e beijado ele — Savannah disse para Avery, mas sei que ela estava olhando pelo canto do olho para mim.

Minha irmã podia ser muito boazinha, mas sabia mandar indiretas muito bem.

— Eu não podia fazer isso! — Avery arregalou os olhos, como se a ideia fosse absurda. — Ele foi com a Cindy!

— Por favor, ele ficou fugindo dela durante o baile todo! — Savannah disparou, indignada.

— Mesmo assim, seria errado. Ela deve gostar dele, afinal, o convidou para o baile.

— Olha, eu entendo o que você quer dizer — eu disse. — Mas a questão é que você também gosta dele.

Avery ruborizou. Acho que ela não havia dito diretamente para a minha irmã que gostava de James, mas é óbvio que ela se tocou disso. Estava muito na cara.

— Me mostre uma foto desse tal de James. Quero saber se ele vale isso tudo — Savannah disse.

Avery queria mostrar as fotos que eles haviam batido juntos, mas estavam em seu quarto. Então, ela pegou o celular e mostrou o Instagram dele. 

Uau! Ele é um gato! — minha irmã disse, rolando o dedo pela tela e olhando várias fotos dele. — Invista nele, garota.

— Eu estou tentando — Avery suspirou, pegando o seu celular de volta.

— Sabe, meninas, eu vou dar um conselho a vocês: usem mais o coração e menos o cérebro.

— Como assim? — perguntei.

— Às vezes só temos que seguir o nosso coração e agir por impulso, fazer o que realmente queremos. O que adianta pensar tanto antes de fazer algo e depois se arrepender?  — ela estava olhando diretamente para mim quando disse a última parte.

Savannah já sabia o que tinha acontecido. Eu contei a ela. Inclusive sobre a cena do visco. Era por isso que ela havia mandado aquela indireta. Mas Avery não sabia. E eu preferia que continuasse assim. Ela já gostava de implicar comigo por causa de Kendall, imagine então se soubesse disso.

Engoli em seco. Avery não percebeu nada, porque perguntou em seguida:

— E se agirmos por impulso e nos arrependermos? Não seria pior?

— Talvez. Mas e se der certo? Quando o quesito são garotos, temos que arriscar. Afinal, um “não” já temos. Se, por ventura, recebermos um “sim” será lucro.

— Foi isso que você em relação ao Mike? — questionei.

— Sim! Você acha que estaríamos namorando há quase três anos se eu ficasse esperando ele tomar uma atitude? — Savannah perguntou, mas não esperou que respondêssemos e concluiu: ­— Claro que não!

— E o que exatamente você fez? — Avery estava muito interessada no assunto.

— Ela chegou para ele e falou “Ei, Mike, tudo bem? O negócio é o seguinte: eu gosto de você. Vamos sair?” — eu disse, afinando um pouco a voz para imitar Savannah.

Avery deu uma gargalhada alta e colocou a mão na boca para abafar o som. Minha irmã semicerrou os olhos para nós em sinal de reprovação.

Desculpe — Avery disse, parando de rir.

— Estava brincando! — me defendi.

—  Que seja— ela deu de ombros. — Depois eu te conto a história nos mínimos detalhes, ok? Quando estivermos sozinhas.

— Ok — Avery sorriu.  Fiz cara de ofendida, mas as duas nem ligaram.

— Mais algum conselho? — questionei, por fim.

Ela assentiu e disse:

— Não deixe que uma desilusão amorosa te impeça de gostar de alguém novamente. Nem todos os caras são iguais.

E por mais que isso se encaixasse como Avery também, sabia que ela tinha dito isso diretamente para mim.  


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Notas finais do capítulo

* Nos EUA, a ceia de natal é feita na noite do dia 25 (Diferente aqui do Brasil que é no dia 24).

Oi (de novo)!

Gostaram do capítulo? Espero que sim.

Confesso que ele não ficou bem do jeitinho que eu estava prevendo, mas até que gostei do resultado. Algumas assuntos que ficaram sem conclusão (como o lance da mãe da Stef e a carta do Kendall), serão mencionados nos próximos capítulos e tudo ficará mais claro (;

*SPOILER ALERT* No próximo capítulo, será Ano Novo. Só posso dizer que vai ter muitas cenas da Stef e do Kendall. Aposto que vão gostar... rsrs.

[IMPORTANTE] Não queria bater nessa tecla de novo, mas estou triste com o número de comentários. Sempre que eu venho aqui e "reclamo" eles aumentam, mas no próximo já abaixam novamente. Eu PRECISO saber a opinião de vocês! Como é que eu posso melhorar a fic se ninguém me diz nada? Isso é muito frustante. Então, peço mais uma vez, que deixem um comentário... não importa o tamanho! Eu nem ligo para isso, sério. Só quero saber se vocês estão gostando da fic. (Não estou obrigando ninguém a comentar, ok? Que fique BEM claro). Por favor, considerem isso como um presente de aniversário adiantado para mim (Faço no próximo domingo, 28). #FaçamUmaAutoraFeliz #CadêOsFantasminhas

Ok, era isso. Até o próxímo! õ/

XOXO


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