Everything's Better With You escrita por Maremaid


Capítulo 13
12 - Entre ogros e patricinhas


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Tudo bem com vocês? :D

Sim, eu (finalmente) voltei! Vivaaaaaa! õ/

Ok, sem muita enrolação.Apenas relembrando que neste capítulo vai rolar a "festa do pijama" que eu havia mencionado anteriormente.

Boa leitura!

P.S.: No gif, como eu imagino a Avery #SelenaGomezDiva



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Prós e contras de Avery Lancaster

PRÓS:

1- Ela é uma pessoa legal. (Quase) todo mundo gosta dela.

2- É responsável. Você nunca vai se meter em problemas se ela estiver junto.

3- Ela é uma ótima jogadora de Vôlei. Não sei o que seria do time sem ela.

4- Você nunca vai vê-la reclamando da vida por aí. Pelo contrário, ela está sempre feliz, como se vivesse em um mundo cor de rosa, cheio de arco-íris e unicórnios. Bem, pelo menos costumava ser assim...

CONTRAS:

1- É desafinada. Vai por mim, você vai se arrepender caso pegue carona com ela. Principalmente se ela estiver com uma playlist da Taylor Swift.

2- É muito exagerada. Ela faz uma coisinha pequena virar um problemão. Isso me irrita.

3- É muito sincera, principalmente quando o assunto é roupa. Se ela não gostar do seu visual pode ter certeza que vai falar. E adivinha quem é o seu alvo favorito? É, eu.

4- Ela é um pouco mimada. Talvez por ser filha única e Jill fazer todas as vontades dela.

5- Avery é muito patricinha. Quando ela se junta com a Kacey e as duas começam a falar sobre roupas, sapatos e produtos de cabelo, me sinto assistindo “As Patricinhas de Shakopee”.

6- Agora que terminou o namoro, ela só vive chorando pelos cantos e se entupindo de sorvete. Argh, acho que prefiro a Avery feliz de antes.

***

Apertei a campainha. Nada.

Apertei de novo. E de novo. E de novo.

Quando eu estava disposta a tocar pela quinta vez, a porta foi aberta.

— Olá, gata — James fez a sua voz de conquistador barato, se encostando ao batente da porta.

— Oi — revirei os olhos e o empurrei, entrando na sua casa.

Folgada? Eu? Claro que não!

— Cadê os garotos? — perguntei, olhando em volta. A sala estava totalmente deserta.

— No meu quarto. Estávamos esperando apenas a senhorita chegar — ele olhou para o pulso, analisando seu relógio imaginário. —­ Que, por sinal, está atrasada.

— Quem sabe eu teria conseguido chegar na hora se alguém tivesse aberto a porta para mim na primeira vez.

— Eu estava em uma partida super importante! — James se defendeu. — Eu não podia parar!

— Ok. Que seja. — dei de ombros.

Quando eu dei um passo, James parou na minha frente. Ele coçou a nuca, parecendo desconfortável.

— Então, como a Avery está?

Eu não sabia por que ele estava me perguntando isso. Ele sabia como Avery estava. Todo escola sabia.

Por mais que ela tentasse fingir que nada havia acontecido, todo mundo sabia a verdade. A notícia se espalhou rapidamente pela escola na sexta-feira, um dia depois da festa. Esse era um dos “TOP 5” assuntos do dia, estava em segundo lugar, perdendo apenas para a festa de Hockeyween que estava sendo considerada a melhor dos últimos tempos.

A escola estava mais ou menos divida em dois grupos. Um: Aqueles que estavam no lado de Avery. Dois: Aqueles que estavam no lado de Hunter. O segundo grupo era pequeno, formado apenas por alguns garotos idiotas – a maioria do time de futebol americano, claro – que apoiava a sua atitude.

É isso que acontece quando você mora em lugar pequeno. Por mais que você não queira, a notícia vai se espalhar.

Avery estava passando bem por tudo isso. Achei que seria muito pior. Claro, quando ela estava em casa só queria saber de ficar trancada no quarto chorando e, quando saia, era para ir ao banheiro ou até a cozinha pegar outro pote de sorvete no freezer.

Mas na escola era diferente. Ela estava agindo indiferente. Aceitava as palavras de consolo de quem falava com ela, ignorava os que faziam piadinhas. Por mais que ela estivesse sofrendo por dentro, não deixava isso transparecer.

E Hunter? Bem, a maioria da escola estava odiando ele, mas o garoto não parecia estar ligando muito para isso. Exceto quando algum cara zombava dele por causa do seu olho roxo. Sim, por mais que ele estivesse tentando esconder, usando óculos de sol, alguém acabou descobrindo que ele havia levado um soco bem no olho.

Adivinhem de quem? Exato, James Diamond.

Mesmo se eu não tivesse ouvido algumas pessoas falando sobre isso, ainda assim teria certeza sobre isso. Só o olhar que James deu para Hunter quando viu ele no corredor foi o suficiente.

Eu não ia tocar nesse assunto com ele. Se James quisesse ser visto como herói, estaria se gabando disso. Mas ele não estava.

— Bem, na medida do possível. Mas ela vai ficar bem — assegurei.

— Eu sei que vai — ele suspirou. — Apenas fiquei preocupado com ela.

Eu também fiquei, mas não iria admitir isso a ele. E nem para ninguém.

— Obrigada por defendê-la. Sério.

— Imagina, eu só... — ele riu, constrangido. — Eu só fiz o que qualquer um faria no meu lugar.

— Nem todo mundo faria o que você fez — respondi, porque era verdade. Fiquei na ponta dos pés e dei um beijo no seu rosto. — Você é um cara muito legal, James. Continue assim.

— Pode deixar — ele deu um sorriso.

— Ok! Agora, vamos ver o que seus amiguinhos estão fazendo — segurei ele pela mão e o “arrastei” pelo corredor.

Quando chegamos na porta do quarto, avistamos Carlos e Kendall disputando um controle prata sem fio. Logan estava encostado na parede, com a mão na testa, apenas balançando a cabeça como se quisesse dizer: “O que eu fiz para merecer esses amigos?”.

— Meninos, não precisem mais brigar. Cheguei! — anunciei alto.

Os dois pararam no mesmo instante e me encararam. Logan deixou escapar um suspiro, como se estivesse aliviado.

— Stef! — Carlos abriu um sorriso enorme quando me viu, mas não largou o controle. Pelo contrário, conseguiu ficar com ele só para si.

Kendall não protestou. Na verdade, ele estava muito ocupado nos encarando, uma carranca estava começando a se formar em seu rosto. Foi, então, que eu percebi que ainda estava segurando a mão de James.

Fiz questão de segurar a mão dele por mais alguns segundos antes de soltá-la, o encarando de volta.

Dei um passo para dentro do quarto.

— Vocês já terminaram o jogo? Podemos ensaiar?

— Não acabamos, mas como o Kendall tirou a mão do controle... — Carlos deu um sorrisinho.

Ei! — Kendall virou-se rapidamente e apontou o dedo indicador na direção do amigo. — ­Isso não valeu! Eu me distraí!

— Mitchell... — Carlos olhou para Logan, que não havia falado nada até agora.

— Valeu. Você sabe as regras — ele assentiu, triste. — Sinto muito, cara.

Kendall revirou os olhos.

— Que seja. Vamos ensaiar de uma vez — ele empurrou James com o ombro quando passou pela porta. Não sei se foi de propósito ou não.

— O que deu nele? — perguntei.

— E você ainda pergunta? — Logan me olhou de forma acusatória. Franzi o cenho, sem entender onde ele queria chegar. — Esquece. Vamos.

Saímos do quarto e fomos para a garagem. Kendall estava sentado no sofá velho que tinha lá, com o seu violão no colo, parecendo muito impaciente.

Ele não falou nada, apenas se levantou quando nos viu. Cada um se posicionou nos seus lugares e começamos a ensaiar.

***

Estávamos repassando a música pela... Ah, sei lá, já havia perdido a conta.

A letra estava boa, mas a parte instrumental parecia não estar combinando muito bem. De vez em quando parávamos e tentávamos com uma nota diferente. Não imaginava que se preparar para um Show de Talentos poderia ser tão exaustivo assim.

Carlos e Kendall queriam uma coisa, James e Logan, outra. Não aguentava mais ouvi-los discutindo. Sei que os quatro eram amigos e daqui a pouco já estariam de bem novamente, mas a questão não era essa. Eu estava ficando com dor de cabeça de tanto eles gritarem que “A nossa parte ficou melhor!” e os outros rebaterem “Não, a nossa ficou melhor! A de vocês está ridícula!”.

Quase implorei para o tempo passar rápido para eu poder ir embora logo, mas lembrei de que algo (possivelmente pior) estaria me aguardando quando chegasse.

— Alguém pediu pizza? — sr. Diamond perguntou da porta, com duas caixas de pizzas na mão.

O pai de James estava todo arrumado. De jaqueta de couro preta e óculos de sol na cabeça, em cima do cabelo perfeitamente penteado para trás e parecia ter tomado banho de perfume. Ele deveria estar na casa dos 40 anos de idade, mas agia como se tivesse muito menos. Tanto que até namorava com uma mulher quinze anos mais nova, segundo James me contou.

Ele parecia aquele tipo de tio maneiro que todo mundo gostaria de ter. Não admitia que o chamássemos de “sr. Diamond”, dizia que fazia ele se sentir velho. Preferia ser chamado de David, ou Dave. Eu estava tentando me acostumar, mas às vezes ainda deixava um “senhor” escapar sem querer.

Os garotos pararam de discutir e Carlos quase atropelou os amigos para poder passar.

— Comida! — ele pegou as caixas e sentou-se no sofá. Os garotos o rodearam para poder “atacar” assim que ele abrisse. — Valeu, Grande D!

É, exceto por Carlos que sempre o chamava assim. Ele não reclamava, pelo contrário, adorava. Acho que já sei de onde o James puxou esse lado meio egocêntrico.

— Pai, você vai sair? — James perguntou, pegando uma fatia de pizza.

— Sim — ele respondeu, por mais que o seu visual já denunciasse isso. — Você fica no comando, filho! Tchau!

Dei um “tchau”, sorrindo. Os meninos apenas acenaram, pois estavam com a boca cheia. James não parecia muito contente.

Mas eu conseguia entendê-lo. Seus pais eram separados, ele vivia com a mãe durante a semana por causa da aula e passava o fim de semana com o pai. Ele tinha duas casas, dois quartos e, provavelmente, deveria ganhar dois presentes de aniversário também. Poderia parecer bom, mas aposto que ele preferia não ter tudo isso, desde que os pais ainda estivessem casados.

Diferente de mim, James se dava muito bem com o pai. Mas nossos pais também eram totalmente diferentes. O “Grande D” era legal, descolado, entendia o filho. Meu pai era o oposto disso.

Resolvi comer a pizza antes que aqueles quatro esfomeados acabassem com tudo. Eles comiam sem qualquer educação, falavam de boca cheia, arrotavam (Carlos). Pareciam ogros. Argh.

Quando terminamos de comer, voltamos ao ensaio. O tempo pareceu passar mais rápido agora, provavelmente porque eles pararam de discutir e apenas conversavam civilizadamente. Acho que um pouco do “estresse” deles era por causa da fome.

Resolvemos finalizar o ensaio quando era quase sete da noite. Os meninos começaram a sair da garagem.

— Sério? Vocês nem vão levar as caixas para o lixo? — perguntei, incrédula.

— Stef, ninguém gosta de gente chata — Carlos informou, vestindo sua jaqueta.

— Não é questão de ser chata, mas de higiene — esclareci.

— Eu levo, não se preocupe — James disse, recolhendo as caixas e mais alguns papéis de bala que estavam no chão. — Já estou acostumado. Se eu não jogar as coisas fora, meu pai não joga. Você nem imagina como a casa estava quando cheguei hoje de manhã.

— Nem quero imaginar — respondi. — Bem, preciso ir logo para casa. As meninas já devem estar me esperando.

— O que vocês vão fazer? Uma festa do pijama? — Kendall debochou.

Infelizmente — suspirei exageradamente.

— Como assim? — Logan riu. — Nunca achei que isso fosse sua cara

— E não é, mas... Kacey achou que seria bom para Avery uma noite “só das meninas”.

Carlos e Logan soltaram um “ah!”, sem saber o que dizer. James e eu trocamos olhares, sabia que ele também tinha lembrado da nossa conversa de mais cedo. Peguei Kendall nos encarando novamente, com os braços cruzados.

Qual era o problema dele? Deu para ficar vigiando tudo que eu faço agora? Eu, hein.

Quando fomos para fora de casa, esperamos James colocar as coisas na grande lixeira e nos despedimos dele. Kendall, que estava de carro, ofereceu uma carona, mas eu recusei. Não pretendia ficar no mesmo carro que ele tão cedo, mesmo que mais alguém estivesse junto. Resolvi ir a pé, junto com Logan, já que ele mora mais perto da minha casa. Carlos aceitou a carona de Kendall.

Logan fez questão de me levar até a porta de casa. Felizmente alguém naquele grupo era um cavalheiro. Despedi-me dele, e entrei em casa, já me preparando psicologicamente para uma noite só das meninas.

Oba! Mal posso esperar por isso.

***

Socorro! Alguém me salve! Eu só posso ter caído no sono sem perceber e isso é um pesadelo! Ninguém canta tão mal assim, não é? NÃO É?!

­— We are never, ever, ever getting back together. We are never, ever, ever getting back together. You go talk to your friends talk to my friends talk to me. But we are never, ever, ever, ever getting back together! — Avery desafinou na última parte.

Ok, retiro o que eu disse.

Só foi Avery ouvir Taylor Swift para ficar feliz novamente. Se eu soubesse que era tão simples, já teria feito isso antes. Pelo menos assim, não precisaria estar aqui agora. Vendo Avery usar uma escova de cabelo como microfone e pulando em cima da sua cama.

Eu já tinha perdido a conta de quantas músicas da Taylor elas já cantaram. Sim, Kacey estava cantando junto só que, diferente da amiga, ela era um pouco mais discreta. E um pouco menos desafinada.

Quando a música acabou, resolvi aproveitar a oportunidade para falar antes que elas colocassem outra música.

— Ei, meninas! Que tal fazermos outra coisa, hein? — perguntei.

— Ah, deixa para depois! Vamos cantar mais um pouco — Avery disse, sentando na cama e procurando a próxima música no seu celular.

— Não! — exclamei. As duas me encaram, sem entender. — Quer dizer... Qual é a graça de uma festa do pijama que só cantamos? Temos que fazer outras coisas.

— Que tipo de coisas? — Avery perguntou.

— Ah, vocês sabem... Coisas que se fazem em uma festa do pijama — enrolei. — Assistir um filme, comer besteira, jogos de tabuleiro, fofocar, pintar as unhas, etc...

Eu nem sabia direito o que eu estava falando. Tudo que eu sabia sobre festa do pijama – que não era muitas – era relacionado com filmes e séries de TV que já tinha assistido. Eu nunca tinha participado de uma festa do pijama.

— Stef tem razão — Kacey disse, olhando para a amiga.

É claro que eu tenho!

— Hm... — Avery pensou na ideia. — Ok, tudo bem.

Agradeci mentalmente por essa ideia ter dado certo. Acho que não aguentaria mais essa cantoria.

— Poderíamos ver um filme, então — Kacey sugeriu.

— Sim! — Avery bateu palminhas, animada. — Stef, como é a sua primeira vez, pode escolher o filme!

— Certo. Mas pode ser qualquer um que eu queira? — perguntei.

— Claro que não, bobinha! — Avery riu, como se fosse óbvio. — Tem que ser de romance.

Droga! Eu não gostava de filmes de romance. Talvez o motivo seja porque Savannah me “obrigava” a ver muito filmes assim com ela. Eu já assisti tantos que acabei enjoando. Para mim, eles pareciam ser todos iguais. Só de ler a sinopse eu já sabia como eles iriam terminar.

Mas entre todos esses filmes, havia uma exceção. Apenas um que eu realmente gostei de assistir. E que eu acabei revendo várias vezes depois.

— Pode ser uma comédia romântica de 1999? — perguntei. Elas assentiram, curiosas para saber qual filme se tratava. — “10 Coisas Que Eu Odeio Em Você”.

— Esse filme é muito bom! Sem falar que ele é uma adaptação de “A Megera Domada” — comentou Kacey. — Adoro esse livro do Shakespeare!

— Ah! Ótimo! — Avery exclamou, se levantando. — Para a cozinha! Precisamos de pipoca!

***

— Nossa! Fazia muito tempo que eu não assistia a esse filme. Tinha até esquecido como ele era tão bom. Ótima escolha, Stef! — Avery deu um abraço em mim de lado, meio contra a minha vontade, assim que o filme terminou.

— Valeu. É um dos meus filmes favoritos, não canso de ver — respondi, um pouco sem jeito devido ao “elogio” que recebi.

— Esse filme é a sua cara, Stef — Kacey riu.

— Minha cara? Como assim? — perguntei.

— Ah, sei lá. A protagonista, Kat, lembra você.

— Obrigada, eu acho — agradeci. — Pena que eu não tenho um Patrick Verona na minha vida.

— Claro que tem! — Avery falou. — Ele pode não ser parecido com o Patrick fisicamente, mas vocês brigam feito “cão e gato” do mesmo jeito. O nome dele começa com K e...

— Não. Ouse. Terminar. Essa. Frase — anunciei, apontando o dedo na direção dela.

— Tudo bem — Avery deu um sorrisinho, levantando as mãos em sinal de rendição. — Não está mais aqui quem falou.

A culpa é toda minha, eu não deveria ter reclamando de Kendall na frente dela. Agora ela sempre mencionava o garoto nas nossas conversas. Só para me incomodar.

Ainda bem que ela não sabia nada sobre o beijo, caso contrário... Eu estaria perdida.

— Isso me lembrou de uma coisa... — Kacey disse, me trazendo a realidade. — Precisamos jogar “Conte-me algo que eu ainda não sei”.

— Ótima ideia! — Avery fez um high five com a amiga.

— Que jogo é esse? — perguntei, já com medo da resposta.

— Ah, é um jogo que eu e a Kay inventamos. — explicou Avery. — Você tem que contar algo que os outros participantes da roda não sabem sobre você.

Ops. Não gostei muito desse jogo, não.

— Bem, supondo que vocês duas devem saber tudo da vida uma da outra... Acho que eu vou ter que falar mais. Viva! — disse, com falso entusiasmo.

— Vamos lá, Stef! Vai ser divertido— Avery fez biquinho.

— Ok... — suspirei. — Vamos começar.

***

Por sorte, eu não fui obrigada a contar nada que eu não queria. Ou seja, os assuntos Will, Kendy e chifres não foram citados por mim. Contei coisas mais bobinhas, que não eram realmente segredos, mas que as duas não sabiam.

Não foi tão horrível como eu estava imaginando. Acabei descobrindo algumas coisas legais e curiosas que eu não sabia sobre elas.

Sobre Avery: Ela nunca conheceu seu pai verdadeiro, disse que ele abandonou Jill quando descobriu que ela estava grávida. Seu nome do meio é Christine. Sua cor favorita é amarela — e não rosa, com eu sempre pensei. Além da Taylor Swift, ela adora uma banda britânica chamada The Vamps. Ela chama seu carro de Connor, pois é nome do seu integrante favorito da banda que eu citei antes. Ela já foi Escoteira e tem várias medalhas. Ela faz Ballet. Sabe que é desafinada, mas continua cantando – e torturando os meus ouvidos - porque se sente bem quando canta. Seu cabelo é naturalmente crespo, por mais que eu sempre achasse que era liso, mas ela mostrou uma foto quando era criança para provar. No ano passado, ela ganhou um certificado de presença por não ter faltado a aula nenhum dia. O assunto Hunter não foi mencionado, o que eu achei melhor, porque eu não queria ver essa garota chorando de novo.

Sobre Kacey: Ela entrou adiantada na escola e é um ano mais nova do que nós, vai fazer dezessete anos apenas em fevereiro. Seu nome do meio é Elizabeth. Ela nasceu na Pensilvânia, mas se mudou para Minnesota quando tinha onze anos. Sua cor favorita é verde. Sua banda favorita é Maroon 5. Ela é apaixonada pelo universo de Peter Pan, tanto que o nome da sua irmã mais nova é Wendy. Ela participa do clube do livro e diz que costuma ler mais de cinquenta livros por ano — não sei como ela consegue, mas ok. Sua matéria favorita é Inglês e ela diz ter muita dificuldade em Matemática. Quer fazer faculdade de Letras e ser professora. Nunca namorou. Gosta de um garoto da escola que está em um dos times — ela não disse qual dos dois — e que, se tudo der certo, eu descobria em breve quem era.

O jogo acabou quando não tínhamos mais o que contar uma para a outra. Ou não queríamos contar. Então ficamos apenas conversando sobre outros assuntos. Elas chegaram a mencionar que a reunião para decidir os preparativos da festa de Natal, que era responsabilidade do time de Vôlei, seria na semana que vem. Eu havia até me esquecido disso, pois Avery ficou um mês inteirinho falando apenas da festa de Halloween.

Acabei percebendo que Kacey e Avery eram muito mais do que apenas “patricinhas”. Elas eram garotas muito legais e que valia a pena ter sempre elas por perto. Era bom saber que eu poderia contar com pessoas que não iam me apunhalar pelas costas — sim, isso foi uma indireta para a vadia da Kendy.

Perdemos a noção do tempo e fomos dormir às três da manhã, mas não nos preocupamos porque era domingo. Eu quis voltar para o meu quarto e dormir na minha cama de casal enorme e muito confortável, mas Avery não deixou. Ela cedeu a sua cama – que também era de casal – para que eu e Kacey dormíssemos. Enquanto que ela dormiu em um colchão inflável no chão. Nunca achei que veria essa cena...

No fim das contas, percebi que o meu sábado não foi tão ruim como eu estava prevendo. Passar um tempo entre garotos ogros e garotas patricinhas até que podia ser bem divertido às vezes.


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Notas finais do capítulo

* "As Patricinhas de Shakopee" é uma referência ao filme de 1995 "As Patricinhas de Beverly Hills".
* Trecho citado: We Are Never Ever Ever Getting Back Together - Taylor Swift
* Eu não sei qual é o nome do sr. Diamond, nunca foi mencionado na série. Eu coloquei David, em homenagem ao James haha.


E aí, gostaram?

* Sem spoiler do próximo capítulo. Motivo: Eu ainda não decidi que "cena" vou usar.
* Ah, só uma coisinha sobre a Kacey... Vocês vão descobrir quem é o tal garoto que ela gosta em breve u.u #Aguarde

Ok, era isso. Espero vocês nos comentários!

Até mais! Beijos :* #FUI

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