Dark Nightingale escrita por Lady Mataresio


Capítulo 16
Capítulo 15 — No Strings On Me


Notas iniciais do capítulo

HEY-YOO, GUYS!
Demorei, mas cheguei!
Dessa vez, eu tenho um motivo plausível aushaushaus Ou melhor, dois motivos.
1- Minha fanfiction Run This Town! Atualizei ela essa semana e gostaria muito que vocês passassem lá meus amores, afinal, É ROMANOGERS S2 (e também é Scarlet Winter, para quem curte!) Quem quiser dar uma olhadinha lá, o link está nas notas finais!
2- Minha outra fanfiction, que estreia no dia 03 de Junho, "Agent Foster"! Acreditem ou não, mas essa fanfiction é spin-off de Dark Nightingale! Lá, estarei narrando sobre a S.H.I.E.L.D., Hydra, os Pierce's e uma personagem que já foi mencionada aqui, a Agente Foster! E é claro que vários personagens aqui da fic (como a Nat e o Phil) e personagens da Marvel (como o Demolidor e o Justiceiro) estarão lá também. Espero ver vocês por lá!
Mas enfim, finalmente estou postando o capítulo haha! Tem bastante Romanogers para vocês e, claro, Ultron! Quero agradecer por todo o apoio de vocês, que estão sempre comentando, e quero dizer: senti falta de vários leitores no último capítulo, hein? Apareçam, povinho, eu não mordo não (isso vale para os leitores fantasmas). De qualquer forma, MUITO OBRIGADA pelos quase 300 acompanhamentos, 22 mil visualizações, quase 90 favoritos e 318 comentários em 15 capítulos! Amo vocês todos!
E agora, vamos ao capítulo? Boa leitura!
P.s.: estou enfrentando uns probleminhas no meu editor, então infelizmente não fiz banner ~cry~ mas em breve coloco um aqui!



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Capítulo 15 — No Strings On Me

Agora, eu finalmente entendo o que é liberdade... Não há cordas em mim.

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 Ali estavam os dois, um fitando o outro com um pouco de receio; diante de tantas possibilidades, Rogers jamais pudera imaginar que se encontrariam daquela forma: em uma torre destruída, um de frente para o outro. Reparando agora, o americano podia ver alguns traços mudados no rosto de Bucky: mais passividade em seu rosto, ao mesmo tempo que seus olhos carregavam ódio.

— Faz bastante tempo desde nossa última conversa, Steve. — começou Barnes, se aproximando. — Eu sinto muito pelo estrago em Washington.

— Você se lembra? — Rogers perguntou.

— Não exatamente... Alguns flashes, nossa última luta, você afundado no mar e eu te tirando de lá. Pouca coisa. — dizia o soldado. — Mas então, depois de te deixar em segurança, eu esbarrei com Sharon Carter, e ela estava procurando por você. Eu estava muito confuso, perdido, mas ela me ajudou... Desde então, ela vem me auxiliando a lembrar de tudo o que é importante com os arquivos vazados da S.H.I.E.L.D; ela estava me preparando para estar bem para lhe rever. Não estou 100%, ainda não me recordo de muito do passado... Mas as vezes eu acordo com uma nova lembrança, como se tudo estivesse voltando aos poucos.

— Isso é muito bom, Buc. Sobre mim... O que você se lembra? — o capitão indagou curioso.

— Você colocava jornais nos sapatos, e o nome da sua mão era Sarah. Ela se orgulhava muito do seu caráter. — Barnes deu um meio sorriso. — Você também era virgem.

Rogers bufou enquanto seu amigo ria.

— Em algumas coisas você realmente não mudou, não é? — falou o loiro de forma humorada. — Por onde esteve no último ano?

— Califórnia, México, Irlanda, Sovena, Alemanha, Rússia, Itália... Muitos lugares, fugindo de muitas pessoas. — o tom do soldado tinha um ar melancólico. — Sharon me ajudou muito nesses últimos meses, Steve.

— Tenho que agradecê-la mais tarde, então. — disse o capitão.

Antes que pudessem continuar a conversa, a agente Romanoff surgiu no salão, dando um sutil meio sorriso ao ver Bucky e Steve juntos. Quando o americano a viu, parou imediatamente para encará-la, sorrindo tímido enquanto se lembrava do último momento de ambos, as bochechas dele corando sem que ele percebesse. Natasha riu fraco e caminhou até os dois, bem-humorada.

— Soldado Invernal. — a ruiva cumprimentou.

— Agente Romanoff. — respondeu o soldado. — Me recordo de você, desculpe pelo tiro ano passado.

— Tá desculpado. — ela falou um pouco receosa; podia estar mudado agora, mas ela ainda não confiava nele. — Cap. — Nat olhou para Rogers.

— Steve. — o homem corrigiu.

— Steve. — ela respondeu com um meio sorriso.

— Vou falar com Sharon um instante... Vejo vocês depois. — Barnes falou sem jeito, saindo para deixá-los à sós.

Quando saiu, Romanoff ficou de frente para Rogers, que prendeu a respiração enquanto reparava na pequena distância entre eles.

— Temos que falar para Stark melhorar a segurança da torre. Acredite ou não, o sistema daqui está falho há algumas semanas. — começou ela. — Wanda não fez esforço para sair.

— Entendido. — ele respondeu, respirando fundo enquanto seus olhos não conseguiam se desviar dos lábios da mulher. Por mais que ele achasse que não, Natasha sabia que ele estava pensando no beijo que deram - e, mesmo não admitindo, ela não conseguia tirar a cena de sua mente também.

— Você parece tenso. — sorriu travessa, colocando as mãos nos braços de Rogers e subindo até os ombros, os apertando de leve. — Está precisando relaxar, sabe?

O americano ficou ainda mais tenso com o toque da russa, que o fazia justamente para provocá-lo. Subiu as mãos até  a nuca dele, a apalpando devagar como se fizesse uma massagem; em seguida, uma das mãos foi até a bochecha dele, a qual ela acariciou com o dedão. Já sem conseguir se conter, Steve repousou a mão na cintura dela e a puxou para perto, seus corpos quase se colando enquanto ele encostava sua testa na dela. Ambos podiam ouvir a respiração um do outro.

— Nat... — ele falou quando ela apertou mais a sua nuca. — Eu...

— Shhh. — ela fez sinal para que ele se calasse, fechando os olhos. Sabia que ele falaria algo que estragaria totalmente o clima, e por mais que ela estivesse receosa, queria continuar ali.

Não pensando muito para agir, Natasha o puxou para perto e selou seus lábios. Ele correspondeu, a pressionando de forma calma contra seu corpo, sua mão passeando pelos fios ruivos dela enquanto a outra deslizava por suas costas. Ela levou seus dedos até as costas dele, o abraçando contra seu corpo. Seus lábios se tocavam de forma calma, ele sentindo o fraco e suave sabor de menta dos lábios dela.

Barton entrou no patio e encarou o casal, não levando muitos segundos para abrir um grande sorriso. Sabia desde sempre que havia algo entre os dois, e ver aquela cena o deixava feliz — por mais que fosse um relacionamento que, com certeza, ninguém esperava, ele ficava muito alegre por ambos. No entanto, sua mente logo o condenou "Até o cara mais virgem da América desencalhou e você continua aí", o que o fez bufar baixo e sair do local.

O casal continuou ali, trocando carinhos sem cessar o beijo por longos minutos, até que se separaram sem quebrar o contato visual. Se encararam por alguns segundos até que Rogers lançou para a garota um sorriso, a puxando novamente para outro beijo calmo e apaixonado. Romanoff sorriu quando selaram seus lábios, dando alguns leves puxões no cabelo dele, os quais fizeram ele se arrepiar. Ao se afastarem novamente, Natasha abaixou a cabeça e sorriu — ele, porém, levantou a cabeça e começou a rir encarando o teto, abraçando a ruiva apertado.

— Capitão... — começou América, entrando e se sentindo constrangida ao ver os dois. — Oh Deus, desculpem, eu...

— Não se preocupe, América. — Steve disse enquanto ambos se separavam, as bochechas do casal um pouco coradas. — Algum problema?

— O senhor Stark quer fazer uma reunião na sala dele, agora.

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No quinjet, suas mãos estavam acorrentadas em uma sala isolada do resto das pessoas. Sua mente se ocupada com planos — não para fugir, mas sim para ajudar Skye. Grant Ward podia odiar seu atual estado e poderia escapar facilmente dali se quisesse, mas não queria; queria apenas ajudar a garota que gostava — o único sentimento sincero dentro de si mesmo. A porta foi aberta e Grant levantou a cabeça para olhar Coulson, o qual fechou a porta e puxou uma cadeira, se sentando em frente ao homem.

— Achei que, a essa hora, já teria tentado fugir e correr para a liberdade. — Phil ironizou.

— Não quero fugir, Phillip, e não irei. — respondeu.

— Espero. — falava Coulson. — Skye precisa da nossa ajuda, da sua ajuda.

— Eu sei. — Ward disse, melancólico. Alguns minutos de silêncio predominaram o local, até que ele continuou. — Como estão as coisas?

— Como assim?

— É. — Grant insistiu. — Sabe, como estão Fitz e Simmons? May? Você?

— Desde quando você se importa? — Phil se irou.

— Eu só quero saber se está tudo bem... Por favor. — falou ele. Por mais que não gostasse de admitir, o ex agente da S.H.I.E.L.D. tinha seu lado humano, e esse lado se importava muito com sua antiga equipe.

— Bom... — começou Coulson, após longos minutos de silêncio. — Depois que você quase matou Leo e Jemma, eles ficaram bem abalados. Leo ficou meses em recuperação intensiva, e Jemma se afastou permanentemente da agência, mas abriu uma exceção por Skye. Você causou vários estragos, Ward. — ele condenava. — May e eu estamos bem, na medida do possível.

— "May e eu"? — Grant questionou antes de sorrir malicioso. — Vocês estão juntos, não é?

Phil revirou os olhos e Ward riu.

— Há quanto tempo? — o criminoso indagava curioso, provocando.

— Não lhe interessa. — finalizou Phillip,  saindo irritado e batendo a porta.

Ward apenas continuou rindo por alguns momentos, pensando no quanto as coisas haviam mudado. Mas a questão que não saía de sua cabeça, era sobre Skye; afinal, o quanto ela havia mudado?

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Uma forte chuva caía na janela, as gotas de água batendo contra o vidro enquanto uma brisa fria batia contra o corpo da garota; ela queria correr, queria gritar, queria fugir, mas sabia que nada iria adiantar. Se corresse, Pietro seria mais rápido e não a deixaria partir; se gritasse, Wanda daria um jeito de calá-la sem que o resto das pessoas naquele trem reparassem; se fugisse, a feiticeira a encontraria. Ela não tinha chance nenhuma contra os dois e sabia disso, sua única esperança sendo os Vingadores. Encarou Wanda, que estava sentada a sua frente com um pequeno caderno e uma caneta em mãos, concentrada no que fazia. Quando o trem parava em algumas estações, ela descia para comprar alguma coisa para comer, casacos quentes e outras coisas simples; no entanto, nada para Skye. Nem comida, nem casacos. Quando mais um arrepio percorreu o corpo dela, Pietro se cansou da situação que estava presenciando — começava a ver que estava enganado sobre a irmã, e que sua tirania era pior do que ele imaginava. Tirou o casaco grosso que usava e repousou a mão no ombro da garota, que o fitou; ele logo fez sinal para que ela se virasse e, mesmo insegura, ela fez isso, o Maximoff logo em seguida a ajudando a vestir a peça.

— Obrigada. — Skye agradeceu, encarando os olhos azuis de Pietro.

— Não há de quê. — ele sorriu fraco, dando de ombros sem desviar os olhos dela. Sabia que a irmã já havia reparado no momento de ambos, porém se surpreendera ao perceber que ela voltou a fitar o caderno em suas mãos.

Aproveitando-se da passividade da irmã, o Maximoff se aproximou mais da morena e ficou sentado ao lado dela, seus corpos se encostando. Ele apontou para a janela, sorrindo.

— Já esteve em Massachusetts? — indagou. Ambos conversavam baixinho, para não chamar atenção.

— Não. — ela respondeu. Não sabia que rumo ele queria tomar com aquela conversa. — E você?

— Nunca nem sonhei em estar. — Pietro respondeu. — Eu passei minha vida na Europa, então estar na América é uma novidade para mim.

— Por que está conversando comigo? — Skye foi direta.

— Porque eu não acho que você... — começou ele, no entanto, viu o olhar pesado da irmã sobre si, suspirando e pensando em outras palavras. — Só tentei ser simpático.

A garota percebeu o que aconteceu entre os irmãos, e logo ligou os pontos. Realmente, ele não queria estar fazendo tudo aquilo, mas a irmã era a única que ele tinha e a única que ele sempre teria; os dois já tinham perdido muita coisa, e ele não queria perder a irmã também — mesmo que, para isso, tivesse que concordar com coisas que não apoiava. Ele era um bom homem, afinal.

— Desculpe. — ela falou após pensar um pouco, ganhando um olhar confuso de Pietro. — Acho que só fiquei surpresa por ver simpatia por aqui. — soltou uma indireta, fazendo Wanda bufar. — Mas ei, eu já disse que acho o seu cabelo muito bacana?

— Sério? — o Maximoff sorriu.

Ambos começaram a conversar como se fossem pessoas normais, e Pietro até mesmo esquecera o frio que estava passando para que ela pudesse ficar aquecida. Por mais que Wanda se incomodasse com toda aquela situação, e soubesse muito bem que não era só simpatia do irmão, não podia falar muito — afinal, ela também tinha uma relação de simpatia com alguém do lado oposto. Após terminar mais uma frase, tirou a caneta do papel e fitou aquela folha do caderno, relendo novamente seu texto.

Hey, Bucky.

Confesso que me surpreendi quando te vi na torre de Tony Stark. É engraçado como estamos nos esbarrando de formas surpreendentes nos últimos dias... Mas, para ser sincera contigo, estou gostando disso.

Eu não sei do que você se lembra e do que não lembra, mas sei que eu me lembro de tudo o que já passamos juntos na Hydra. Quando fecho os olhos, ainda consigo lembrar de cada vez em que salvamos a vida um do outro. Lembra-se de quando eu tentei resgatar Pietro uma vez, e acabei na sala vermelha pela primeira vez? Você estava lá, fazendo sentinela com alguns agentes especiais que estavam presos... Mas quando me viu, não sei ao certo se me reconheceu ou sentiu pena da garotinha assustada que era carregada por agentes, só sei que você não me castigou. Disse para que eu cobrisse bem minhas costas e fizesse cara de dor quando os outros agentes chegassem para me buscar, e que eu devia tomar cuidado. Admito que não entendo como isso aconteceu. Você era o soldado invernal, programado para matar, mas me poupou - e creio que nem você se lembre o motivo.

De qualquer forma, muita coisa mudou nos últimos anos. Quando te mandaram para Washington, para acabar com Steve Rogers, eu me lembro que nos encontramos antes dentro da sede da Hydra de Sovena. Você me disse que aquilo não era um adeus, mas confesso que não acreditei em uma palavra. Desde a sua partida, eu me revoltei várias vezes. Eu e Pietro fomos transferidos para vários lugares diferentes, várias vezes. Mas no fim, acabamos onde estamos agora.

Sei que você deve me achar maluca por toda essa vingança, mas se você pudesse se lembrar... Saberia que tenho grandes motivos para isso. Para matar Nick Fury e para fazer Tony Stark apodrecer no inferno, ou seja lá qualquer outro lugar que o ature. Saberia que estou mais certa do que errada, e que o fim justificá os meios. De qualquer forma, eu sinto muito por toda essa confusão, mas sabe que eu não tenho escolha. Escolhas não foram feitas para alguém como eu.

Sequer sei o motivo de escrever isso tudo para você, mas me senti na obrigação de falar tudo isso. Não sei se você ainda se preocupa, mas Pietro e Skye estão bem, e acho que estou também.

Sinto sua falta, apesar de tudo.

Espero que, quando tudo isso passar, possamos resolver nossos assuntos pendentes.

E sim, eu ainda quero resolvê-los.

Após terminar a leitura, a feiticeira assinou o papel e arrancou a folha do caderno, pegando o envelope que havia comprado e colocando a carta ali dentro. Sem que ninguém no trem percebesse, a mesma balançou rapidamente seus dedos sobre a carta, a qual desapareceu em um brilho escarlate.

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— Bom, então eu creio que podemos dar a reunião como encerrada.

Ao finalizar, Tony encarou todos em sua sala. América e Banner estavam sentados juntos bem próximos dele; Thor, Rhodes e Natasha estavam próximos um do outro, e Steve estava sentado ao lado de Sam, Bucky e Sharon. Todos eles, sentados em sofás, enquanto Stark permanecia em pé. O milionário, apesar de tudo, estava cansado do clima de tensão entre todos ali presentes e procurava alguma forma de amenizá-lo, até que fitou o martelo de Thor em cima da mesa quadrada na frente de todos ali presentes.

— Afinal, Thor, como funciona esse lance do martelo? — Stark indagou, se aproximando da mesa.

— Mjölnir. — corrigiu o asgardiano.

— Tanto faz. — ele deu de ombros. — Quer dizer que, qualquer um nessa sala que levantar esse martelo, vai poder governar Asgard e ter seus poderes e força?

— Bom, vocês podem tentar. — Thor sorriu.

Se sentindo desafiado, Tony segurou o cabo do martelo com uma mão e o puxou — no entanto, sequer o movendo um centímetro. Fez mais força e mesmo assim nada aconteceu, o que fez todos na sala sorrirem ou rirem do filantropo. O mesmo colocou um pé em cima da mesa e puxou o martelo com força, com as duas mãos, e nada. Estendeu uma mão no ar e chamou a luva de sua armadura, e quando ela chegou, ele logo usou a força dela para tentar levantar o martelo. Novamente, nada.

— Rhodes, amigão, vem aqui. — Tony chamou, todos rindo da situação. — Vamos, chame sua armadura e me ajude nisso aqui por favor.

Rindo, James Rhodes chamou a luva de sua armadura e segurou o cabo do Mjölnir, puxando com força e de nada adiantando.

— Força amigão, meio a meio se levantarmos tudo bem? — Stark disse, e todos riram.

— Desiste, Stark! — Clint gritou.

— Ah, está disposto a tentar então, passarinho? — ele provocou, soltando o martelo. — Vamos, venha passar vergonha também. A gente te dá um desconto se você não conseguir.

E assim se seguiu a noite. Clint, Bruce, Sam, América e até mesmo Sharon, todos se levantando para tentar levantar o tão almejado Mjölnir. Após a Carter desistir, encarou Bucky — no entanto, antes que ela o pudesse chamar, ele negou com a cabeça. Afinal, ele infelizmente sabia que não era digno daquilo e que os Vingadores não iriam gostar disso. A mesma se conformou e fitou Steve.

— Vamos lá, Capitão, é sua vez.

O mesmo sorriu e se levantou, fitando o martelo a sua frente. Sabia que não podia ser tão difícil levantar um martelo, porém não se importava muito se conseguiria ou não — apenas estava ali para brincar também. Colocou um pé na mesa e segurou o martelo com as duas mãos, o puxando com força. Quando Thor viu um pequeno movimento no martelo, seu coração disparou.

— Acho que já está bom, amigão. — Thor disfarçou com um sorriso, e Steve soltou o martelo enquanto sorria.

— 'Tá com medo, Thor? — Romanoff perguntou, apontando seu copo de cerveja para ele. Todos ali já estavam no terceiro copo de bebida. — Eu vi o martelo se mexer e sei que você também viu!

— Quem sabe eu faço mais força na próxima? — Steve zombou e viu a expressão do asgardiano, rindo e fitando Natasha em seguida. Sorriu com ternura para ela e apontou para o martelo. — O que acha de tentar, Nat?

— Ah, não. — ela deu um gole em sua cerveja e sorriu de volta para ele. — Vou deixar vocês se divertirem.

Thor se levantou, sorridente, pegando o martelo com facilidade e o jogando para o alto, novamente o pegando.

— Bom, tudo isso só me leva a uma conclusão. — ele encarou todos. — Vocês não são dignos.

Alguns riram e outros zombaram, porém o clima de felicidade sumiu.

— Vocês, humanos... — uma voz robótica começou ao longe, chamando a atenção de todos na sala. — Tão tolos. Se preocupam com poder, domínio, liderança. Coisas fúteis.

Logo, na entrada da sala, Ultron surgiu. Sua lataria estava em perfeito estado, e ele dava passos calmos enquanto gesticulava com as mãos, como se fosse um ser humano.

— Mal conseguem perceber que não é isso o que importa. Vocês dizem ser Vingadores, dizem ser dignos o suficiente para salvar a humanidade. — o robô falava, enquanto alguns heróis se levantavam. — Vocês querem salvar o mundo, mas não querem que ele mude. Vocês querem posar, querem combater vilões, mas não fazem nada para impedir que o combate ocorra. Querem que a humanidade seja protegida, mas não a dão verdadeira proteção. Vocês são todos como marionetes, e a verdade? A verdade é que vocês acreditam em algo que não existe: heroísmo. Afinal, o que leva um vilão a fazer tudo o que faz? — Ultron dizia, se lembrando de toda a memória que Tony lhe implantara. — No ponto de vista deles, eles são os heróis da humanidade; e no fim, o heroísmo é só um sinônimo para briga por poder. Sabe, senhor Stark, confesso que inicialmente não entendia meu objetivo aqui. Mas agora, eu finalmente entendo.

Todos os Vingadores se entreolhavam confusos, e Banner e Stark não tiravam os olhos da máquina.

— Você tentou me ensinar submissão. Agora, eu finalmente entendo o que é liberdade... Não há cordas em mim.


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Notas finais do capítulo

E então, povinho, gostaram? Comentem para eu saber S2
Link de Run This Town, para quem se interessou: https://fanfiction.com.br/historia/648551/Run_This_Town/
Espero ver vocês lá e em "Agent Foster", quando eu lançar!
Beijinhos e até o próximo capítulo (ou os comentários!), dia 21/05!