The big four in Hogwarts - O Torneio Tribruxo escrita por MissLWritter


Capítulo 8
Soluço e Rapunzel escondem um segredo.


Notas iniciais do capítulo

- A fic agora tem uma co-autora que ta me ajudando agora a fazer os capítulos. A maior parte desse foi ela que fez. Espero que gostem.



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Uma semana havia se passado desde a primeira prova.
Durante o intervalo das aulas Merida, Rapunzel, Jack e Soluço estavam no jardim de Hogwarts estudando debaixo de uma grande árvore. Hora ou outra as pessoas passavam o cumprimentando, algo novo, afinal nunca era notado.

– Ok e agora...? Como essa coisa pode ser uma pista para o próximo desafio? - Perguntou Merida enquanto chacoalhava o ovo.

– Talvez algo que envolva mandrágoras...? - Retrucou Jack, pegando o ovo e prestes a abrir quando Soluço puxou o ovo das mãos de Jack.

– Ficou louco?

– Deve ter algum jeito de decifrar isso... - Rapunzel estava pensativa. - Talvez tenha algo que ajude na biblioteca...

– Se nem a Punzie sabe o que fazer estamos perdidos. Mas relaxa cara, ainda tem três meses para a próxima tarefa. - Falou Jack.

Soluço já estava sem esperanças quando olhou em direção á floresta proibida. Lembrou-se do Fúria da Noite.

O que teria acontecido com ele? Teria morrido? Teria sido pego ? Teria já fugido de Hogwarts pra Deus sabe onde? Por que não o atacou? O dragão teve a chance de mata-lo duas vezes. Mas não o fez.

Decidiu que iria procura-lo. Já esteve inúmeras vezes na floresta proibida -contra sua vontade- graças a Jack.
– Soluço? - O moreno foi acordado de seus devaneios graças á Merida. - Qual o seu problema? Vamos, a próxima aula vai começar... - chamou o ajudando a levantar.

– Hã...Vai indo Mer, eu preciso ir no banheiro primeiro. - Mentiu o garoto, pensando na floresta proibida.

***
– Que que eu to fazendo... - Se perguntava na entrada da floresta, quando finalmente caiu a ficha. Estava a procurar um fúria da noite, uma das raças mais perigosas de dragões e na floresta proibida, onde era proibida e tinha centenas de criaturas perigosas. Com certeza o dragãozinho não iria lhe poupar de novo.

"Devo estar louco" - pensou. Mas agora não podia mais voltar. Já tinha andado por um tempo e provavelmente já tinha perdido o começo da aula de poções com a Sonserina.

Quando ouviu um rugido. Reconheceu na hora, o mesmo rugido do dragão sem cauda da primeira prova. Seguiu o som para onde achou ser o caminho certo, até se deparar com uma rasa correnteza onde se passava alguns peixes. Do outro lado havia misteriosas pedras negras...

Soluço atravessou com cuidado aproveitando um caminho de rochas que surgiam do meio do rio. E ao se aproximar, pode reparar que eram escamas.... escamas do Fúria da Noite que enfrentou.

Olhou para frente e lá estava ele. Desmaiado.

Por um segundo ficou em choque. A fera estava a metros á sua frente. Desacordado e ferido. E então decidiu se aproximar.

"Isso não vai acabar bem. Ele vai me matar dessa vez, vou ser usado de palito de dente." pensava.

Mas ele queria ajudar a criatura. O por que? Não sabia. Não tinha a mínima ideia.

Ele ficou parado ali, encarando o dragão, olhando-o desde á cabeça até a cauda, onde um dos lados estava faltando, por sua culpa. Seu corpo estava cheio de cicatrizes, e pouco machucado, mais magro do que na luta na arena.

E então, o Fúria da Noite acordou. Se levantando lentamente encarando Soluço nos olhos.

O moreno sentia o pânico e o medo tomando conta de seu ser. Ia morrer ali. "Sabia que era uma má ideia. E lá se vai a espinha de peixe."- pensava.

O dragão se aproximou e Soluço se afastou até ficar encurralado por uma pedra. O dragão abriu a sua boca, o garoto já sentia o cheiro de gás. E então o dragão atirou, á centímetros do rosto do garoto, queimando um pouco seus cabelos, como se fosse um aviso, para nunca mais procura-lo novamente.

O réptil se afastou voando e caindo e então desmaiou.

– Mas o que....? - Soluço nem terminou de falar e então o dragão novamente levantou voo - ou tentou - e acabou por cair novamente, numa parte mais profunda da floresta.

***

Rapunzel pela primeira vez não prestou atenção em nada na aula de transfiguração. Ficou pensando o tempo todo em Flynn, não queria admitir mas estava muito preocupada com ele. Esperava que em poucos dias o moreno saísse da ala hospitalar, forte, saudável e mais exibido que nunca. No entanto já tinha se passado uma semana que estava lá.

A garota nunca tinha contado à ninguém, mas seu cabelo era mágico, podia curar ferimentos, talvez até a morte; só bastava cantar. A mãe a disse que era um poder muito especial, ninguém poderia saber pois faria algo de muito ruim com ela, como aconteceu uma vez quando era pequena; quando uma mulher tentou cortar o cabelo dela. Depois disso Rapunzel nunca mais pensou em usar seus poderes, até agora...

Quando terminou a aula, a garota foi correndo para a enfermaria. Chegando lá viu Madame Pomfrey, a enfermeira de Hogwarts, cuidando dos pacientes. Rapunzel não podia ajudar Flynn com ela lá, tinha que arrumar uma distração.

– MADAME POMFREY ! - gritou a loira assustando a velha. - Tem uma menina desmaiada no banheiro, a senhora tem que ir para lá agora.

– Calma, calma garota. Que menina ? - Perguntou a enfermeira.

– Não temos tempo para perguntas, rápido a senhora tem que ir, antes que seja tarde demais. - Com essas palavras a mulher saiu as pressas até o banheiro das meninas, deixando Rapunzel sozinha com os pacientes.

A loira foi até o leito de Flynn. Na cômoda ao lado da cama tinha vários presentes, flores, chocolates e cartões; provavelmente do fã-clube dele. O moreno estava desacordado, pálido e tinha emagrecido bastante.

Enrolado na cabeça dele tinha uma faixa um pouco ensaguentada. Rapunzel trocou a faixa pelo seu cabelo, enrolando-o com cuidado na testa e começou a cantar a música que lembrava direitinho, apesar de nunca mais ter cantado.

Brilha linda flor,

Teu poder venceu

Trás de volta já

O que uma vez foi meu.

(O cabelo começou a brilhar em torno da cabeça do rapaz.)

Cura o que se feriu

Salva o que se perdeu

Trás de volta já

O que uma vez foi meu, uma vez foi meu.

O cabelo então parou de brilhar. Rider abriu os olhos e se assustou com a garota.

– Aah!! oque você ta fazendo aqui ? O que eu to fazendo aqui ? Porque seu cabelo ta enrolado na minha cabeça ?

– Shhh ! - Rapunzel cobriu a boca dele com as mãos. - Vou te mostrar uma coisa, você promete não contar a ninguém ?

Ele balança a cabeça afirmando.

– Ok - Rapunzel tira as mãos da boca dele e procura mais algum ferimento em seu corpo - Me dê a sua mão.

O garoto meio desconfiado deu a mão ferida para ela. Ela repetiu o mesmo processo, desta vez na mão.

Quando ela parou de cantar e o cabelo parou de brilhar, a mão fica sem nenhum ferimento. O moreno boquiaberto, arregalou os olhos para a ela.

– Não se apavore! - Exclamou Rapunzel.

– Eu não estou apavorado, você está apavorada ? - disse ele tentando parecer normal. - Só estou interessado em seu cabelo e suas qualidades mágicas. Há quanto tempo isso acontece ?

– Desde sempre. Quando eu era um bebê, tentaram cortá-lo. Queriam tomá-lo para si. Mas quando é cortado, fica marrom e perde seu poder. Um dom como esse precisa ser protegido, então nunca mais o usei, até agora.

– Uau - Flynn olhou encantado para a garota e então ela pigarreou.

– Eu preciso ir. Daqui a pouco a Madame Pomfrey chega e se me vê aqui, vai acabar me dando uma detenção e eu não quero isso... então, tchau. - Disse ela acenando.

– Espera Rapunzel - Chamou Flynn sorrindo - Obrigado, de verdade.

– Não foi nada... eu, só... tenho que ir. - E então saiu da enfermaria.

***
No dia seguinte, Soluço passou na cozinha após a ultima aula da tarde, pegando alguns peixes crus (Embora os elfos domésticos quisessem o empaturrar de comida) e já ia direto para floresta proibida quando ouviu alguém lhe chamando.

– Soluço! Onde você foi ontem? Sumiu pelo resto do dia! - Merida começou preocupada.

– Pois é, você estava estranho ontem, não só você mas a Punzie também- disse Jack olhando para a loira que ficou vermelha.

– Eu já falei, eu passei mal e fui descansar no dormitório da Corvinal e... Que cheiro de peixe é esse ? - Perguntou Rapunzel para Soluço.

– N-nada... Para onde vocês estão indo ? - perguntou querendo mudar de assunto.

– Hoje tem o passeio até Hogsmeade esqueceu ? Vamos! - Disse Merida.

– Ah! Hoje não vai dar... sabe... tô - Foi então que se lembrou do ovo - Estudando sobre o que aquele ovo dourado pode ser! Então... até depois! - e saiu correndo deixando os três amigos ali parados.

***

– Tenho certeza que ele caiu por aqui... - Soluço estava descendo a correnteza do outro dia. Já estava perdendo as esperanças de achar novamente o dragão, quando se virou e o viu observando-o de cima de uma rocha.

– Hã... oi Fúria-da-Noite...Tá com fome? - Ele mexeu na bolsa retirando um grande peixe, desenrolando o pano em volta e esticando a mão e o oferecendo.

O dragão começou a se aproximar e rosnar, deixando Soluço confuso por um momento.

– Isso? - o garoto retirou a velha varinha usada o que fez o bicho rosnar mais alto.

– Calminha... calminha... - largou a varinha e a afastou com o pé. Nesse momento as pupilas do dragão se dilataram e ele começou a se aproximar farejando. Soluço ofereceu de novo o peixe.

O dragão se aproximou mais e abriu a boca para pegar o peixe mostrando apenas gengiva e uma lingua dividida num pequeno "V.

– Banguela? Podia jurar que você tinha... - Uma fileira de dentes pontiagudos saíram da gengiva e em seguida o dragão pegou o peixe o comendo inteiro. - ...dentes.

O dragão sem dentes chegou mais perto do garoto e começou a farejar em busca de mais, ate o encurralar numa rocha o fazendo cair sentado.

– O que? Não, não, não, não tem mais!

Fazendo grunhidos estranhos e revirando os olhos, o dragão vomitou metade do peixe não digerido e babado.

– ...Isso é nojento...- e silencio. Soluço sem jeito ficou desviando o olhar enquanto o Banguela o encarava.

E ficaram assim por uns segundos até o Dragão apontar para o peixe.

– O que? Ah... qual é.. - E morde um pedaço do peixe sem vontade.

Com a boca cheia ofereceu o resto do peixe para o banguela, que acenou como se fosse para dizer que era todo dele.

Soluço gemeu e então engoliu, sentindo o vomito subir pela garganta e o empurrando de volta. Banguela deu sinal para dizer se estava gostoso e o garoto forçou um sorriso.

O dragão ficou encarando a expressão do garoto com curiosidade e então começou a mexer sem jeito a boca, e, aos poucos, um sorriso desengonçado e sem dentes se formou.

Soluço achou aquilo incrível... era como se estivesse fazendo amizade com aquela coisa... e esticou a mão para toca-lo. O dragão recuou e rosnou, indo para longe do garoto. Estava já tarde e então o garoto decidiu voltar ao castelo.


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Notas finais do capítulo

- Comentem o que acharam. Eu particularmente acho ela muito criativa, os capítulos vão ficar melhores agora :)



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