The big four in Hogwarts - O Torneio Tribruxo escrita por MissLWritter


Capítulo 15
As pessoas podem não ser o que parece.


Notas iniciais do capítulo

- Sentiram minha falta ? kkkk Todo capítulo eu to dando uma desculpa, mas é sério. Sexta foi meu aniversário e eu viajei, fiquei a semana toda fora, não deu mesmo para postar...

— Aproveitem o capítulo.



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Depois da segunda tarefa, vários alunos ficaram interessados em saber o que acontecera no fundo do lago. Por consequência disso, não somente Soluço, Elsa e Flynn ficaram sobre os holofotes, mas também Anna, Astrid, Rapunzel e principalmente Jack Frost que correu o risco de ser expulso após a sua intervenção na prova.

Rapunzel contava o que tinha acontecido pela milésima vez para uma garotinha bem animada da Lufa-Lufa, chamada Vanellope.

– Nossa! Você é muito sortuda, participar da prova mesmo sem ter sido escolhida pelo cálice deve ter sido muito legal!

Na verdade Rapunzel não tinha achado nada legal. A água estava tão gelada que queimava a pele e ela passou a maior parte da prova desacordada. Mas não queria estragar a alegria da garotinha e então ela riu e concordou.

– Nossa, olha a hora. - disse ela olhando para o relógio. - Desculpa Vannelope, mas estou atrasada para a aula de adivinhação, tenho que ir. - acenou para a garota e subiu as escadas para o alto da Torre Norte.

Chegando na sala de aula, que era decorada com antigas tapeçarias e mesas com pormenores delicados, viu que só faltava ela. Todas as mesas já estavam ocupadas, menos a que Merida estava, a garota tinha guardado o lugar para ela.

– Oi - cumprimentou a loira se juntando a ela.

– Oi. - disse Merida com tédio. A garota odiava várias aulas, mas essa particularmente ela odiava ainda mais; achava tudo que a professora falava uma baboseira. - Pegue uma xícara, parece que hoje vamos ter que ler as folhas de chá.

Rapunzel foi até a professora, que era uma velha senhora pirada. Ninguém sabia o primeiro nome dela só a chamavam de professora Trelawney. As vezes ela era tão pirada que chegava a ser assustador; então vários alunos a apelidaram de Boo, por causa dos frequentes sustos que os dava.

– Tome querida. Beba o chá e dê a xícara para sua dupla para lê a borra e veja o que se espera do seu futuro. - disse a professora entregando a xícara para Rapunzel, que pegou e se juntou a Merida.

A garota bebeu o chá e entregou a xícara à amiga.

– Sem chances que eu vou fazer isso - disse Merida. - Eu nem sei como fazer.

– Ótimo. - disse Rapunzel - Também não estou com a menor vontade de fazer isso.

Merida arregalhou os olhos surpresa.

– Oque ? Você tá bem ? Tá com febre ? - a garota colocou a mão na testa de Rapunzel brincando.

– É sério... - disse a loira rindo um pouco. - Depois daquele dia do baile, a gente nem conversou mais sobre aquele assunto...

– Ah não. Não me lembre disso por favor... - disse a ruiva - Me conte sobre você e Flynn Rider. Pelo menos ele parece que gosta mesmo de você, igual você gosta dele...

–Meri... - começou a garota, mas Merida a interrompeu.

– Sério Punzie. Eu to bem.

– Tudo bem. - disse Rapunzel, depois de um tempo avaliando ela. - O Flynn disse que nunca se sentiu desse jeito antes por uma garota e quer que eu vá visitar ele na Bulgária, nas férias de verão! - disse ela animada.

– Nossa o amor é lindo... e nojento. - disse ela brincando com a amiga, que fechou a cara para ela. - Mas, sério. Isso é bom, nem sabia que estava tão sério assim.

– Pois é ! nem acredito. - disse Rapunzel sorrindo.

A aula terminou e os alunos foram dispensados. Quando Merida já estava no meio da escada, lembrou que esqueceu da mochila. Subiu correndo de volta as escadas, enquanto Rapunzel descia com os outros alunos.

Quando Merida voltou a sala, viu que a professora ainda estava lá, olhando atentamente sua bola de cristal. A garota foi discretamente até a mesa onde Rapunzel e ela tinhamse sentado e apanhou a sua mochila. De repente sentiu uma mão em seu ombro, se assustou e viu a velha olhando para ela com o olhar vidrado.

– Que susto professora! - exclamou a ruiva. - Não é a toa que te chamam de Boo.

Mas a professora não pareceu ouvi-la. Seus olhos começaram a girar. Merida se sentiu invadida pelo pânico. Ela parecia que ia ter uma espécie de acesso. A garota hesitou, pensando em correr para até a ala hospitalar. - e então a professora falou com uma voz muito diferente da sua voz habitual:

" Três jovens irão enfrentar a prova do labirinto
O morto e o traidor irão ser reerguidos
Um ascenderás ou cairás pelas mãos do mal
E uma troca de lados será posta em prova afinal."


A professora fechou os olhos e tornou a abri-los. Então olhou para Merida confusa.

– Algum problema, minha querida ?

– A senhora... a senhora acabou de me falar que ...

Merida balançou a cabeça, tentando entender o que acabara de acontecer. Depois se lembrou quem realmente tinha falado com ela, uma senhora completamente pirada; ditava coisas absolutamente sem sentido, ela não acreditava em nada do que a professora falava.

– Nada, eu tenho que ir. - disse a ruiva e se apressou sair daquele ambiente medonho.

***

Depois do término das aulas da tarde, Jack se escondeu do Monitor Chefe da sua Casa - que se encarregava de levar os alunos da Sonserina de volta para a sala comunal. - e subiu as escadas em direção ao sétimo andar. Depois que cumpriu a detenção, pediu para Elsa o esperar lá hoje, para ajudá-la no que foi prometido.

Chegando lá, avistou ela em um canto do corredor com os braços cruzados, o esperando. Ele olhou de um lado para outro da escada para ver se não via ninguém próximo.

– Que demora foi essa ? - perguntou Elsa impaciente. Jack se apressou e cobriu a boca dela com as mãos.

– Você é doida ? Ninguém pode saber que a gente está aqui. - sussurrou ele. - Me siga.

Jack Frost foi até uma parte do corredor, que tinha ido anos atrás, onde tinha uma grande parede branca em oposição a ela uma enorme tapeçaria onde Barnabas estava sendo golpeado por trasgos.

– Pare aqui - sussurrou ele. - Você tem que andar de um lado a outro da parede, três vezes, desejando um lugar para se esconder e treinar o seus poderes entendeu ?

Elsa olhou para ele descrente. Começou a achar que o garoto estava ficando louco e estava perdendo seu tempo.

– Por favor Elsa. Você quer ou não que eu te ajude ? - perguntou Jack.

Elsa acabou cedendo e os dois andaram de um lado a outro da tapeçaria, desejando fortemente uma sala com tudo que precisassem. Até que de repente surgiu uma porta bastante lustrada na parede.

Jack sorriu e caminhou em direção a ela, segurou a maçaneta, puxou a porta e liderou o caminho para uma espaçosa sala iluminada com inúmeras tochas.

A sala parecia um clube de luta subterrâneo em Hogwarts. Em um canto as paredes eram cobertas por espelhos, em outro havia vários bonecos com um alvo pintado em si, e em outro canto várias almofadas empilhadas no chão.

– Como você fez isso ? - perguntou Elsa surpresa.

– Eu vim aqui um tempo atrás, eu estava fugindo do zelador e ele estava se aproximando. Eu estava sem saída, corri de um lado para o outro desejando que aparecesse um lugar para me esconder; e então do nada apareceu um armário de vassouras, entrei e fechei a porta logo depois. O zelador passou direto como se não tivesse visto nada. Só depois percebi que era uma sala que só aparecia quando você precisava com urgência dela. Chamo ela de sala precisa.

– Nossa! - exclamou Elsa impressionada.

– Ta vendo aquele boneco ali com o alvo ? - perguntou Jack e Elsa concordou com a cabeça. - Tente congela-lo.

Elsa pegou sua varinha, apontou a na direção do boneco e fechou os olhos. Nada aconteceu.

– Eu te falei... - disse ela derrotada.

– Faça do mesmo jeito que você fez com o dragão. Sinta da mesma forma que você sentiu, quando estava perto de perder...

Elsa fez o que ele mandou. Apontou a varinha de novo para o boneco, fechou os olhos e lembrou da cena. Estava prestes a morrer, sentia se desesperada, o medo se apoderou dela; pensou em Anna. Tinha de fazer alguma coisa...

– Isso! - exclamou Jack acordando ela dos pensamentos.

Ela abriu os olhos e viu que o boneco estava coberto em gelo.

– No que você pensou ? - perguntou ele curioso.

– Na minha irmã... não podia deixa-la só, minha família morreu e eu sou tudo que resta a ela. O medo e a raiva daquilo tudo se apoderou de mim e eu me senti invencível, me senti que conseguia fazer aquilo por ela...

O sorriso sumiu do rosto de Jack e ele balançou a cabeça em concordância.

– Então é isso que você tem que fazer. - ele puxou ela para o espelho no canto da parede. - Olhe para você, é invencível, pode fazer o que quiser; pense na sua irmã, tudo de bom que fizeram juntas.- disse ele, parecia triste... - Não deixe o medo te dominar, ele pode ser um grande problema e seu poder vai acabar saindo fora de controle. Só pense nela...

Elsa acenou com a cabeça e avaliou ele por um momento.

– Por que ? - perguntou ela tão baixo que Jack quase não a escutou.

– Por que oque ? - retrucou ele.

– Porque você pulou naquele lago ? Porque você se arriscou só para salvar a Anna ? - perguntou Elsa confusa. Essas perguntas tinham a perseguido o tempo todo, depois da segunda tarefa.

Jack ficou em silêncio um minuto olhando para baixo.

– Tudo bem se não quiser me contar...eu só não entendo. - disse a loira.

– Tudo bem - ele suspirou. - Nunca contei isso para ninguém, mas sinto que você vai me entender...

Eles se sentaram nas almofadas em um canto e Elsa olhou para ele de modo curioso.

– Eu já tive uma irmã mais nova, o nome dela era Emma... - começou ele - Certo dia, alguns anos atrás, a gente foi brincar na neve; pegamos nossos patins e saimos. Ela amava neve e eu também.

Elsa sorriu lembrando de como ela e a irmã também amavam brincar na neve.

– Avistamos um lago congelado e sorrimos - continuou o garoto. - Calçamos nossos patins e começamos a patinar e brincar. Até que... - ele parou um pouco e olhou para baixo.

– Tudo bem - Elsa apertou o braço dele e sorriu, encorajando-o.

– Começou a surgir rachaduras no gelo... - continuou ele com a voz rouca - ela... ela estava com medo. Eu disse que ia ficar tudo bem, mas o gelo se partiu e ela ...caiu no fundo do lago.

Uma lágrima começou a surgir no olho de Jack. Elsa cobriu a boca com as mãos.

– Eu fiquei paralisado. Eu gritei o nome dela, mas ela não gritou meu nome de volta...

o garoto começou a chorar freneticamente agora. Elsa nunca o tinha visto assim, abraçou-o com força.

– Quando eu fui até o buraco de onde ela caiu... não pude a ver mais, ela se fora...

– Jack isso é horrível... eu não imaginava - disse a garota.

– Eu continuei morando na casa dos meus pais, mas eles sempre me culparam desde então. Nunca mais me trataram como antes, começaram a ficar frios e se afastar de mim. Quando eu venho para Hogwarts é um alívio, porque sinto que sou um fardo a menos na vida deles.

– Foi por isso que salvei sua irmã, eu sei como é perde-la e se sentir culpado por isso. Não podia deixar você passar pela mesma coisa. - continuou o garoto.

– Fico muito agradecida, de verdade.

Ela sorriu e depois de um tempo em silêncio disse:

– Eu nunca poderia imaginar... você é sempre tão alegre e vive fazendo brincadeiras...

– Eu sei... uso meu humor como forma de defesa, fazer as pessoas rirem faz eu me sentir um pouco melhor. - ele dá um meio sorriso - Não acredito que estou te contando isso...

– Fico feliz que tenha contado. - Elsa sorriu e ele retribuiu.

A garota tinha realmente ficado feliz pela confissão dele. Nunca pensou que eles fossem tão parecidos e que podiam mesmo entender um ao outro. Depois disso Elsa aprendeu a nunca mais julgar uma pessoa antes de conhece-la totalmente.


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Notas finais do capítulo

- A professora de adivinhação é aquela bruxa de Valente. O nome Boo eu peguei da teoria da Pixar, que é realmente interessante, quem não conhece deveria pesquisar :)