The big four in Hogwarts - O Torneio Tribruxo escrita por MissLWritter


Capítulo 14
Complicações debaixo d'água.


Notas iniciais do capítulo

- Ok, eu demorei. Mas esse capítulo ficou gigante, considerem ele como um capitulo duplo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/572498/chapter/14

Soluço estava cada vez mais preocupado com a prova. Do mesmo jeito que acontecera antes, quando ele precisava enfrentar o dragão, o tempo estava correndo como se alguém tivesse enfeitiçado os relógios para andarem em alta velocidade. Faltava uma semana para o dia vinte e quatro de fevereiro (ainda havia tempo)...faltavam cinco dias (logo ele ia achar uma coisa)...faltavam três dias (por favor, tomara que eu ache alguma coisa...por favor...).

Na noite que antecedeu a segunda tarefa, Soluço já se sentia como se estivesse paralisado por um pesadelo. Tinha plena consciência de que se conseguisse, mesmo por um milagre, encontrar um feitiço que servisse, seria um trabalho danado aprender da noite para o dia. Como podia ter deixado isso acontecer ? Por que não trabalhara na pista do ovo mais cedo ? Por que deixara seus pensamentos vagarem durante as aulas - e se um professor tivesse mencionado como respirar debaixo d'água ?

Depois das aulas, Soluço estava mais uma vez indo em direção a biblioteca - achando que logo, logo iria tomar um cansaço tão grande de lá que ia durar pelo resto da vida - quando viu Flynn Rider. O rapaz não fazia idéia do que ia acontecer, estava perdido igual na primeira prova. O garoto não achou isso justo, o rapaz nem conseguira pegar o ovo de ouro.

– Ei, Rider - chamou Soluço, indo em direção a ele. - A segunda prova, vai ser no Lago Negro. Vão pegar um tesouro, uma coisa muito importante para você e vão colocar no fundo. Sugiro que você procure maneiras de respirar debaixo d' água. É o que estou fazendo.

– É Sério ? - perguntou o mais velho desconfiado.

– Porque eu iria mentir ? - retrucou o garoto. - Eu só acho que não seria justo. Já que você nem conseguiu pegar o ovo de ouro.

– Legal da sua parte. Valeu. - disse Flynn sorrindo, pensando em um feitiço que aprendera que poderia dar certo.

– Por nada - Soluço correu e subiu as escadas em direção a biblioteca. Chegando lá avistou Astrid e Rapunzel em uma mesa cheia de livros.

– Acharam alguma coisa ? - perguntou o moreno, sem esperanças.

– Não, nadinha. - disse Rapunzel indignada.

– Tem que haver alguma coisa. - murmurou Astrid. - Nunca teriam proposto uma tarefa que fosse inviável.

– Pois propuseram. - disse o moreno infeliz. - Eu agradeço muito a ajuda de vocês. Mas a gente já revirou essa biblioteca toda e não achamos nada.

– Existe uma maneira de fazer! - disse Rapunzel, zangada - Simplesmente tem que existir!

Ela parecia estar tomando como ofensa pessoal o fato de a biblioteca não ter informações úteis sobre o assunto; a biblioteca jamais lhe falhara antes.

Então Kristoff entrou no recinto e foi até eles.

– Hum... a professora McGonagall que ver vocês duas - disse ele apontando para Rapunzel e Astrid.

– Por quê ? - Perguntou Rapunzel parecendo surpresa, a garota não tinha feito nada errado.

–Não sei... mas ela estava com a cara meio fechada. - informou o loiro. - Disse que era para ir até a sala dela.

As garotas olharam para Soluço, que sentiu o estômago despencar. Será que a Professora McGonagall ia brigar com Rapunzel e Astrid ? Talvez ela tivesse notado que as duas o estavam ajudando a beça, quando ele devia estar procurando uma sozinho uma solução para realizar a tarefa ?

– Ela sempre está com essa cara. - retrucou Astrid. - Vamos Rapunzel, vai ver nem é nada demais. A gente se fala depois Soluço - ela deu um beijo rápido no namorado e saiu com a loira.

– Eu to ferrado! - exclamou Soluço fechando o livro que estava vendo com força. - Não tem nada aqui.

– O que você ta procurando ? - perguntou o loiro.

Soluço tinha se esquecido de contar sobre como iria ser a próxima tarefa para o amigo. Estava tão preocupado indo para a biblioteca com Rapunzel - que era a mais inteligente dos amigos - Que nem pensou se o loiro tinha alguma ideia de como ajudar ele.

– A próxima prova vai ser no lago negro. Tenho que achar um tesouro no fundo do lago, mas para isso eu preciso respirar de baixo d' água.

– Já tentou o livro de herbologia ? - perguntou Kristoff.

– Oque ? Como é que um livro sobre plantas iria me ajudar cara ? - perguntou o menino.

Kristoff foi até uma prateleira, pegou o livro "plantas mediterrâneas e suas propiedades mágicas" e começou a folhear. Soluço havia se esquecido como o loiro era bom nessa matéria.

– Aqui! - exclamou o rapaz. - Sabia que tinha visto em algum lugar. Guelricho é uma estranha bola de aparência próxima a dos rabos de ratos, viscosos e verde-acizentados. É uma planta mágica que dá a capacidade de quem dela comer respirar dentro d'água.

– Oque ?!? - Soluço pegou o livro da mão de Kristoff não acreditando que esse tempo todo na biblioteca a solução estava bem embaixo do seu nariz. - E eu aqui pensando que a Rapunzel que era um gênio.

Kristoff riu sem jeito.

– Só tem um problema. Como você vai conseguir o guelricho, assim de última hora ?

– Não se preocupe com isso - Soluço deu um sorriso malicioso. Todo esse tempo aprontando com o Jack iria servir para alguma coisa.

***

Os alunos e campeões já estavam todos reunidos em plataformas móveis panorâmicas que foram postas no meio do lago, para que fosse possível de cima a segunda tarefa.

Os campeões estavam bastante ansiosos. Elsa lembrava da conversa que teve outro dia com Jack Frost " Elsa. Eu realmente não vou poder te ajudar a controlar seu poder agora, não dá para faltar a detenção. Mas me escuta, a prova vai ser no Lago Negro. Vão colocar um tesouro no fundo do lago e você terá que pegar. Só use sua varinha para fazer um feitiço para respirar debaixo d'água tudo bem ? ou então você vai acabar congelando o lago inteiro."

A garota olhava para um lado e para o outro procurando a irmã. A última vez que a tinha visto fora ontem a noite, estava começando a ficar preocupada. A ruiva sempre a apoiava e agora não a via em lugar nenhum.

O diretor Norte Noel pegou a varinha apontou para o pescoço e disse:

–Sonorus! - E então sua voz ficou mais alta, como se estivesse falando em um microfone. - Bem, os nossos campeões estão prontos para a segunda tarefa que começará quando eu apitar. Eles têm exatamente uma hora para recuperar o que foi tirado deles. Então, quando eu contar três. Um...dois...três!

O apito produziu um som agudo no ar frio e parado; as arquibancadas explodiram em vivas e palmas; sem se virar para ver o que os outros campeões estavam fazendo Soluço pegou o guelricho do bolso - que tinha roubado do estoque da Professora Gothel ontem à noite - meteu-o na boca e pulou no lago.

O lago estava tão frio que ele sentiu a pele das pernas arder como se estivesse no fogo e não na água. Soluço começou a sentir falta de ar e então mastigou o guelricho com mais força e pressa que pôde; era borrachudo e viscoso como tentáculos de polvo.

Soluço levou as mãos à garganta e sentiu duas grandes aberturas abaixo das orelhas abanando...ganhara guelras. O primeiro gole de água gelada do lago lhe pareceu um sopro de vida; ele tomou mais um gole e sentiu-o passar suavemente pelas guelras e bombear oxigênio para seu cérebro. Ele estendeu as mãos para a frente e olhou-as. Pareciam verde e fantasmagóricas debaixo d'água e haviam nascido membrana entre os dedos. Ele se contorceu para ver os pés descalços - tinham se alongado e igualmente ganho membranas; parecia também que saíam nadadeiras no seu corpo.

A água não parecia mais gelada, tampouco... pelo contrário,se tornara agradavelmente fresca e muito leve... Soluço começou a bracejar, admirando-se como seus pés com nadadeiras o impeliam pela água e registrando que estava enxergando com muita clareza e não sentia mais a necessidade de piscar. Logo nadara uma distância tão grande em direção ao meio do lago que deixou de ver seu leito. Deu uma cambalhota e mergulhou em suas profundezas.

Elsa tinha feito o Feitiço Cabeça-de-bolha, que criava uma bolha em torno do seu nariz e boca, permitindo a respirar. A garota estava no fundo, procurando esse tesouro que ela não sabia o que era. Quando se virou viu um grindylow, um pequeno demônio aquático de chifres, que saía do meio das plantas, seus dedos compridos apertando a perna da loira, as presas pontiagudas à mostra - a garota enfiou a mão depressa dentro das vestes e procurou a varinha, até que lembrou o que Jack falou; não podia usar a varinha ou ia acabar congelando o lago inteiro. Mais dois gryndilows tinham emergido das plantas, agarrado as vestes da garota e tentavam arrastá-la para o fundo.

Elsa chutava as criaturas com força tentando se livrar do aperto. Mas não conseguia, várias outros gryndilows apertavam a perna e os braços dela. Não podia mais, teria que desistir.

– Eu desisto! Deixem eu ir! - gritou ela apavorada para as criaturas. Que as soltou no momento que disse isso.

A loira nadou de volta a plataforma, se sentindo derrotada. Se pelo menos pudesse usar a varinha... mas não podia. Jack Frost a esperava na plataforma de baixo, de onde os campeões pularam.

– Tudo bem ? - perguntou ele ajudando a sair.

– Eu... eu não pude fazer nada. - disse a garota infeliz. - Os gryndilows me atacaram e eu não podia usar a varinha. Cadê a Anna, preciso falar com ela.

Jack Frost olhou sério para ela.

– Elsa, ela... - começou ele.

– O que foi ? ela oque ? - perguntou ela agora preocupada de verdade, quando viu a expressão dele.

– Ela é o tesouro... era ela que você precisava resgatar do fundo do lago. - disse ele.

– OQUE ?!? - exclamou ela assustada. - NÃO!

– Calma - Jack tentou tranquilizá-la.

– CALMA? Calma?!? Minha irmã vai morrer por minha culpa! - gritou ela histérica. - Eu preciso voltar.

– Não, não você não vai a lugar nenhum. - ele segurou ela impedindo-a de fazer alguma besteira. - Olha para mim. Vai dar tudo certo, eu prometo.

Elsa olhou para ele, parecia ta dizendo a verdade. Isso a acalmou por um tempo.

Soluço continuou a nadar por uns vinte minutos ou assim lhe pareceu. Atravessava agora grandes extensões de lodo escuro, que redemoinhavam sujando a água agitada por ele. Então finalmente ouviu um trecho da música misteriosa das sereias.

Uma hora inteira você deverá buscar,

Para recuperar o que lhe tiramos...

Soluço nadou mais rápido e não tardou a ver um grande penhasco emergindo na água lodosa a frente. O garoto deixou o penhasco para trás seguindo a música dos sereianos:


...já se passou meia hora, por isso não tarde
Ou o que você busca apodrecerá aqui...

Soluço viu rostos...rostos que não tinha qualquer semelhança com a sereias que ele imaginava. Elas tinham pele cinzenta e longos cabelos desgrenhados e verdes. Seus olhos eram amarelos, como seus dentes quebrados, e elas usavam grossas cordas de seixos no pescoço.

Um grande números deles flutuava diante de casas enfileiradas que pareciam uma versão local de uma praça de povoado. Um coro cantava no centro, chamando os campeões, e, por trás, erguia-se uma estátua tosca; uma gigantesca sereia esculpida em um pedregulho. Três pessoas estavam amarradas firmemente a cauda da estátua.

Soluço tomou um susto quando viu melhor - era Astrid, Rapunzel e a irmã de Elsa. As três pareciam profundamente adormecidas. Suas cabeças balançavam molemente sobre os ombros e um fluxo contínuo de pequenas bolhas saía de suas bocas.
Soluço correu em direção aos reféns, meio que esperando as sereias baixarem as lanças para o atacarem, mas elas nada fizeram. As cordas que atavam os reféns à estátua eram grossas, viscosas e muito fortes.

Soluço deu uma volta completa no corpo. Procurando alguma coisa afiada, qualquer coisa...

Havia muitas pedras no leito do lago. Ele mergulhou e apanhou uma de aspecto afiado e voltou a estátua. Começou, então, a golpear a corda que prendia Astrid e, depois de alguns minutos de esforço elas se romperam. Astrid flutuou, inconsciente, a alguns centímetros do leito do lago, acompanhando o movimento da água.

Soluço correu o olhar à volta. Não viu sinal dos outros campeões. De que é que estavam brincando ? Por que não se apressavam ? Ele se virou para Rapunzel, ergueu a pedra afiada e começou a golpear as cordas dela também...

Na mesma hora, uma sereia apontou a lança para ele.

–Só um! - gritou ela.

– Mas ela é minha amiga também - Soluço tentou falar, mas apenas duas bolhas saíram de sua boca.

Flynn já estava sem esperança. Tinha usado o feitiço de transfiguração e transformou sua cabeça em uma de tubarão. Com esse feitiço ele achou que não somente ia respirar debaixo d'água, mas também farejar melhor, ouvir melhor e ver melhor. Mas já fazia mais de meia hora que estava procurando e nada.

Flynn olhou para baixo e tentou ver através da água escura; alguma pista, qualquer coisa. E então viu uma coisa brilhante, ele se aproximou e viu que era um cabelo(?) Na mesma hora se assustou. A coisa preciosa dele era... Rapunzel ?

Se apressou a seguir o rastro e começou a ouvir um coro de vozes melodiosas. Chegando no local de onde vinha as vozes, viu várias garotas presas em cordas e Soluço carregando uma garota loira de tranças. Ele cortou a corda que Rapunzel estava presa com os dentes de tubarão e subiu rapidamente com a garota para a superfície.

Já na superfície, Flynn desfez o feitiço em sua cabeça, voltando ao normal e Rapunzel acordou; como se estivesse em um transe.

– Ta tudo bem ? - perguntou o moreno, preocupado.

– S-sim - disse Rapunzel que estava tremendo de frio.

Flynn colocou a mão em sua bochecha, estava fria como gelo.

– Vamos. Temos que voltar para a arquibancada. - e saiu nadando com ela.

" E agora ?", pensou Soluço, desesperado. Se ele pudesse ter certeza de que Elsa estava a caminho... Mas não havia nenhum sinal. Não haviam jeito...

O garoto puxou a varinha e apontou para as sereias.

– Saiam da frente!

Somente bolhas voaram de sua boca, mas ele teve a nítida impressão de que as sereias o haviam entendido, porque seus olhos se fixaram na varinha de Soluço e revelaram medo.

– Vocês têm até três - gritou Soluço; um grande jorro de bolhas saiu de sua boca, e ele ergueu três dedos para ter certeza que elas tinham entendido a mensagem. - Um... - (ele ergueu um dedo) - dois... - ( ergueu o segundo)...

Eles se dispersaram. Soluço se adiantou depressa e começou a golpear as cordas que prendiam Anna na estátua; e finalmente a libertou-a. Ele agarrou as duas garotas pela cintura e deu um impulso para a superfície.

Foi uma subida muito lenta. Ele já não podia usar as mãos palmadas para se impulsionar; bateu as nadadeiras furiosamente, mas carregar Anna e Astrid era realmente um esforço para um garoto tão magrela. As duas pareciam dois sacos de batata que o arrastavam para o fundo... Soluço firmou a vista em direção ao céu, embora soubesse que ainda devia estar muito fundo, as águas acima estavam tão escuras...

Ele inspirava com extrema dificuldade. Voltou a sentir dor dos lados do pescoço...aos poucos foi se tornando consciente da umidade da água em sua boca... mas não desistiu, já conseguia ver a luz do dia no alto.

– Mas um campeão voltou, dessa vez com sua refém nos braços - disse o diretor Noel - O tempo acabou e ainda falta mais um campeão voltar.

– Já acabou o tempo. - repetiu Jack preocupado.

– Não - Elsa começava a chorar.

Jack não podia deixar isso acontecer. Tirou a meia e os sapatos e pulou na água fria. A platéia começou a gritar, o diretor o chamou de volta; mas Jack o ignorou. Nadou o máximo que podia, até que e então viu uma pequena ondulação mais na frente e seguiu naquela direção.

Soluço sacudiu as nadadeiras - que agora tinham virado pernas novamente - com tanta força e rapidez que teve a sensação que seus músculos gritavam em protesto; o próprio cérebro parecia encharcado de água, ele não conseguia respirar precisava de oxigênio, tinha que continuar, não podia parar...

Então sentiu sua cabeça varar a superfície do lago; um ar maravilhoso, frio, claro, fez seu rosto molhado arder; ele o engoliu, tendo a sensação que jamais o respirara antes como o devia. Ofegante abriu os olhos e viu uma cabeleira branca nadando em sua direção.

– Jack ? Mas que diabos você está fazendo ? - perguntou o moreno.

– Cadê a menina ? - perguntou Jack ansioso, havia medo em seu olhar.

Soluço tentou puxar com mais força Astrid e Anna, que insistiam em ir para o fundo. Então uma coisa o agarrou nas pernas e o puxou para baixo.

Jack Frost viu o medo estampado na cara do amigo; ele estava afundando. Nadou o mais rápido que podia e o agarrou antes que afundasse completamente, mas alguma coisa os puxavam para o fundo. Ele tentou ver o que agarrava as pernas de Soluço e viu que eram vários gryndilows. Pegou sua varinha, apontou para os bichos e disse:

– Relaxo! - os bichos se soltaram rapidamente e foram para o fundo do lago.

Jack puxou Anna, enquanto Soluço puxou Astrid para a superfície. No momento que o fizeram elas acordaram.

– Tudo bem ? - perguntou Jack para Anna.

– Sim. - disse Anna, parecia apavorada e confusa. - O que está acontecendo ?

– Vamos voltar, depois eu explico. - e então nadaram os quatro naquela direção, de onde se ouvia o maior estardalhaço da multidão.

Chegando lá, Elsa nem deu tempo para Anna respirar.

– Anna! - exclamou ela abraçando a garota. - Você quase me matou de susto. Eu... eu não pude te salvar...

Elsa levou Anna para a enfermeira, que estava cuidando de Rapunzel e Flynn, os dois enrolados em grossos cobertores.

– Por favor. Cuide dela. - disse a loira, preocupada, deixando a irmã com a enfermeira. A mulher insistiu que Elsa ficasse também pois estava com os braços e pernas todo arranhado e a roupa rasgada. Mas a garota alegou que estava bem.

Kristoff foi até Anna e colocou um cobertor grosso e quente em volta da garota. Ela estava com tanto frio que chegava a bater os dentes.

– Você sempre querendo me aquecer... - disse ela sorrindo. - Eu to bem, ninguém entende que eu to bem ? Estou me sentindo uma criancinha.

– Mas você é uma criancinha. - disse o loiro brincando. - Mas falando sério, eu fiquei preocupado. Sua irmã tava lutando com unhas e dentes para voltar para água. Eu pensei... pensei...

Anna sorriu.

– Pensou errado. - ela abraçou ele. - Agora eu to aqui.

Elsa foi até Soluço.

– Obrigada. Muito obrigada. Você salvou minha irmã, mesmo ela não sendo sua refém. - disse a garota sorrindo para ele.

– É... de nada - disse ele meio sem jeito e então Astrid puxou ele em direção a enfermeira.

Elsa olhou para Jack. Naquele momento ela estava com vontade de beijar-lo, mas não o fez - não depois do desastre do baile - ao invés disso o abraçou com tanta força, que quase o esmagou.

– Eu... não... consigo... respirar...

– Desculpa - disse ela soltando ele envergonhada. -É que você não sabe o quanto significa para mim o que você fez.

– Acredite, eu sei. - disse ele sorrindo.

Merida olhava aquela cena cabisbaixa.

Rapunzel que estava ao lado dela beijou a sua bochecha.

– Ta tudo bem ?

Merida acenou com a cabeça.

– Sim. - disse ela sorrindo, era boa em esconder o que estava sentindo.

Rapunzel sorriu e virou-se para Flynn.

– Então... eu sou a coisa mais importante para você ? - perguntou ela arqueando a sobrancelha.

Flynn sorriu.

– Não vá se achar por isso loirinha.- disse o moreno - Mas... sim. Minha família morreu e eu não tenho mais ninguém com quem se preocupar, só você.

Essas palavras fez Rapunzel corar. Ela olhou para ele, queria tanto beijá-lo, fechou os olhos e...

– Atenção, alunos e campeões. Já chegamos a uma decisão. - disse o diretor, com a voz ampliada; interrompendo o beijo que estava prestes a acontecer. - A senhorita Elsa, embora tenha feito uma excelente demostração do Feitiço Cabeça-de-bolha, foi atacada por gryndilows ao se aproximar do alvo e não conseguiu resgatar sua refém. Recebeu vinte e cinco pontos.

Aplausos das arquibancadas.

– Eu merecia zero - disse Elsa sacudindo a cabeça.

– O senhor Flynn Rider usou uma forma de transformação incompleta, mas ainda assim eficiente. Foi o primeiro a voltar com a refém, embora tenha chegado um minuto depois da hora marcada. - Ouviram-se grandes aplausos na arquibancada. - Portanto ele recebeu cinquenta e sete pontos.

– O senhor Soluço Haddock usou guelricho com grande eficácia. - continuou o diretor. - Ele voltou por último e ultrapassou em muito o prazo de uma hora. Contudo, a chefe das sereias nos informou que ele foi o primeiro a chegar nos reféns, e o atraso na volta se deveu à sua determinação em trazer todos os reféns a segurança e não somente o seu.

– A maioria dos juízes, acha que tal atitude revela fibra moral e o numero máximo de pontos. - continuou Norte Noel. - Mas... devido a pequena ajuda que o senhor Jack Frost deu no final. O senhor Soluço recebeu quarenta e sete pontos.

O estômago de Soluço deu um solavanco - somando o total da pontuação de cada um, ele estava na frente. Os amigos de Soluço, apanhados de surpresa, olharam para Soluço, começaram a rir e aplaudir com entusiasmo com o resto dos espectadores.

Soluço foi até Kristoff e o abraçou.

– Eu devo minha vida a você cara. - disse ele sorrindo.

Terminou, pensou Soluço atordoado, quando a enfermeira começou a arrebanhar os campeões e reféns em direção ao castelo para trocarem por roupas secas... terminara, ele conseguira... não precisava se preocupar com mais nada até o dia vinte e quatro de julho, dia em que iria ocorrer a terceira tarefa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

- Eu peguei algumas coisas do livro/filme. Mas não pensem que não deu trabalho não, deu bastante. Então pelo menos um review seria bem vindo :)