The big four in Hogwarts - O Torneio Tribruxo escrita por MissLWritter


Capítulo 13
Uma criatura amigável dá uma pista para Soluço.


Notas iniciais do capítulo

- Desculpa a demora amores. Espero que gostem :)



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Naquele dia Soluço acordou cedo, até demais. Confuso sobre o que tinha acontecido ontem exatamente. Astrid realmente o beijara ou fora um sonho ? Porque Merida saiu correndo daquele jeito do salão? Com essas perguntas em mente desceu para a Sala Comunal da Lufa-Lufa com O Livro dos Dragões entre os braços. Sentou no sofá e começou a ler.

– Dragões não gostam de enguia? Essa é nova... - O moreno hora ou outra falava sozinho durante a leitura.

Haviam várias espécies de dragões, e aparentemente grande parte estava em extinção. Mas não falava nada sobre os fúrias da noite. Pensando bem havia já uns dias que não via o dragão, esteve com a cabeça cheia e acabou esquecendo.

– Talvez Banguela seja o último da espécie... - falou sozinho consigo mesmo.

– Quem é Banguela? - Kristoff subia as escadas para a sala.

– Ah... Banguela? Ele é.. hum... O dragão de estimação do personagem principal de um livro que tô lendo!

Kristoff pareceu se interessar e sentou ao lado de Soluço.

– É ? Qual o nome do livro?

– Ah? O nome? Bem... é... Como Treinar o Seu Dragão!

– Hum...

E ficaram em silêncio por um tempo, até Soluço quebrar o silêncio.

– E aí como é que foi ontem com aquela garota ruiva, a Anna ?

– Estava indo bem, até aquela confusão. Mas me diverti bastante. - disse ele sorrindo como um bobo.

– É eu também. Bom, então... acho que vou ir tomar café da manhã sabe... - O menor falava sem jeito.

– Ah sim, eu vou depois... - disse Kristoff.

Soluço caminhou até a parede de barris da sala e saiu em direção ao Salão Principal.

***

Depois do café da manhã. Jack andou com Soluço pelo corredor em direção a aula de astronomia. Estava irritado. Rapunzel e Merida não quiseram contar o que realmente tinha acontecido ontem e Merida estava mais agressiva com ele do que o normal. Estava pensando o quanto isso era injusto. - Afinal eles são amigos não são ? Uma amizade um pouco esquisita, mas sim. - até que a ruiva passou por ele esbarrando nos ombros.

– Não tem educação não garota ? - perguntou ele irritado - Ta vendo Soluço é isso oque a gente ganha por defender os amigos. Aquele tal de Macintosh ta com o nariz todo quebrado, ganhei até detenção por isso. E ela por acaso me agradece ? Garota ingrata e arrogante.

Merida nem o ouviu, passou direto - atrasada para a aula. - Ela estava bastante envergonhada por ontem. Não combinava com ela chorar por garotos, ainda mais garotos como o Jack Frost. Ela jurou a si mesma que nunca mais iria chorar por besteiras como aquela.

Elsa passou por ela e foi em direção a Jack Frost.

– Você! - falou a garota com frieza, apontando para Jack Frost - Já fui a esse maldito baile com você, agora você cumpra o que prometeu.

– C-claro linda. Trato é trato. - disse Jack - Só que agora eu não posso. Fiquei em detenção lembra ?

– Eu não me importo se você ficou ou não ficou em detenção. Você vai me ajudar, a segunda tarefa está se aproximando e eu... eu não sei oque eu vou fazer... - disse ela com preocupação nos olhos e saindo.

–Espera aí Elsa! - exclamou Jack saindo atrás dela, deixando Soluço sozinho.

– Ótimo - reclamou o moreno, andando pelos corredores em direção a aula de Astronomia. De repente ele avistou um garoto moreno da Sonserina com dois amigos no encalço se aproximando.

– Eu acho um absurdo essas pessoas tratarem esse magricela como se ele já tivesse vencido o torneio. - disse o garoto, que Soluço reconheceu como Mike. Um garoto que se achava o tal no colégio, só porque era sangue puro e um dos descentes do própio Salazar Sonserina.- O que ele fez na primeira prova foi pura sorte. Eu, pessoalmente, não achei nada de mais.

Mike empurra Soluço que cai no chão com os livros e tudo. Os amigos do garoto dão várias gargalhadas.

– Na segunda prova ele não vai durar um minuto. Aposto que ele nem sabe sobre oque é a prova ainda. Pegou aquele ovo mas a burrice é tão grande que não sabe para que serve. Tinha que ser da Lufa-Lufa.

Os garotos dão mais gargalhadas ainda enquanto Soluço arruma os livros do chão e se levanta. Quando ele olha para trás vê Astrid que vai em direção ao seu pescoço - por um momento ele pensa que ela vai enforcá-lo. - Mas ela só tira a gravata do pescoço dele e coloca no seu.

– Eu sou da Lufa-Lufa agora. Porque vocês não falam o que estava falando para o Soluço para mim ? - perguntou ela com raiva para os garotos.

– Ah, qual é Astrid. - disse Mike entre risadas. - Você é uma garota bonita, popular... não devia estar com esse mariquinha aí. Devia estar mais como alguém como eu. - ele empurra ela na parede a prendendo. Astrid cospe na cara dele e dá um joelhada em sua barriga. O garoto cai no chão gemendo de dor.

– Você nunca mais encoste um dedo em mim seu filho da... - Soluço tentou segurar ela pelos braços, tinha esquecido como ela era agressiva. Provavelmente ela mesma teria dado um soco em Hans, ou até pior, se a Anna não tivesse o feito. - Me solta Soluço!

Ela se desvecilhou de Soluço e pegou sua varinha apontando para o sujeito. Os amigos dele estavam tremendo de medo atrás.

– Para! Astrid, você vai acabar sendo expulsa. Não vale a pena. - disse Soluço atrás dela.

Ela levantou Mike pela gola da camisa e sussurrou no ouvido dele:

–Da próxima vez que você falar alguma coisa sobre mim ou sobre o Soluço, eu arranco essa sua língua entendeu ?

Ele balançou a cabeça afirmando e saiu correndo, com os dois colegas no encalço, correndo como gazelas.

– Caramba! - disse Soluço sorrindo. - O que você falou para ele ?

– Não te interessa garoto. - disse ela friamente. - E não fique aí se achando.

–E-eu não estou me achando...eu - gaguejou ele assustado.

E então Astrid começou a rir igual uma louca . O que fez Soluço ficar aliviado e constrangido ao mesmo tempo.

– Você tinha que ver sua cara. Achou mesmo que eu ia bater em você ? - perguntou ela e ele acenou com a cabeça, mais vermelho do que nunca.

Astrid empurrou ele com força na parede e o beijou, um beijo longo e intenso, diferente do selinho que havia dado no baile.

– Ótimo - disse ela recuperando o fôlego. - Não pense que vou facilitar as coisas para você só porque é meu namorado. - ela tirou a gravata e colocou de volta no pescoço de Soluço, apertando um pouco forte de mais, e saiu correndo para a aula.

–Uou! - exclamou Soluço afrouxando a gravata e observando a garota de cabelos presos correr. - Namorado?

***

As aulas passaram voando e logo já acabara as aulas da tarde. Soluço saiu correndo ignorando os protestos de Rapunzel e chegou á cozinha, onde os elfos o receberam.

– O senhor tem feito muitas visitas à cozinha, meu senhor - falou um elfo doméstico enquanto oferecia um pedaço grande de bolo.

– Obrigado... preciso de uma cesta de peixes. Poderiam trazer para mim?- Perguntou Soluço de boca cheia enquanto comia o bolo.

– Certamente, meu senhor.

– Sem enguias! - completou enquanto lambia a cauda de chocolate que ficou nos dedos.

Logo o mesmo elfo trouxe uma pequena cesta com vários tipos de peixes e uma bandeja cheia de doces.O garoto pegou a cesta e enrolou num pano branco, e dispensou a bandeja.

Ele correu rumo á Floresta Proibida olhando atentamente se alguém o seguia. Quando já estava dentro da floresta chamou:

– Banguela! Cade você? Dessa vez eu trouxe bastante peixes - Disse desenrolando o pano e dispensando vários peixes que estavam dentro da pequena cesta no chão.

O dragão surgiu por entre as árvores, farejando. Estava abatido e continuava magro, embora não como a última vez. Ele se aproximou de mansinho e começou a examinar os peixes, e então devora-los inteiro, enquanto Soluço o observava.

O garoto se sentou numa pedra, tirou o ovo de ouro da mochila e ficou encarando.Uma coisa que aquele idiota do Mike tinha razão era que Soluço ainda não descobriu sobre o que seria a próxima prova e o tempo já estava acabando.

Quando levantou os olhos reparou que o dragão o encarava. Ficaram se encarando por segundos, Soluço sentia como se sua alma estivesse sendo sugada.
Então, Banguela desviou o olhar, olhando para um ninho de passarinho em um galho de uma das árvores do local. Havia filhotes lá, quando chegou a mãe voando para alimenta-los.

– Você deve sentir falta de voar, não é? Se tivesse algo que eu pudesse fazer por você... - Soluço encarava a cauda sem um dos lados de Banguela. Se sentia imensamente culpado por machuca-lo, quando o dragão teve a chance de feri-lo e não o fez.

O fúria da noite se afastou e cuspiu fogo na grama fazendo um circulo, e deitando em cima, comendo o resto dos peixes.

O moreno deixou o ovo no chão ao lado da pedra, pegou um graveto e começou a desenhar na terra. Soluço gostava de desenhar, e até que era bom- embora nem chegasse aos pés de Rapunzel - Aos poucos foi se fazendo um desenho do dragão deitado, que no meio do desenho se levantou..

– Ei! Eu tava te desenhando! - reclamou o garoto enquanto Banguela ia ao seu lado avaliando o desenho, o que o deixou tenso.

O dragão se afastou em cima das duas patas traseiras, quebrou um enorme galho de árvore e começou a rabiscar na terra fazendo traços e círculos sem sentido em volta de Soluço. Depois de quase atingir a cabeça do menino duas vezes, se afastou e sentou, aparentando estar satisfeito com o que fez.

O garoto olhou de um lado para o outro, tentando entender o que o dragão tinha feito, e saiu caminhando até parar num susto ao ouvir o rosnado do dragão. Percebeu que estava pisando numa linha e quando levantou o pé o dragão parou de rosnar. Repetiu a mesma coisa de novo e o animal rosnou outra vez. E então pisou numa área sem traço por entre aquela linha e outra, recebendo um olhar de curiosidade do dragão.

E começou a andar assim, braços levantados e olhando para o chão, com cuidado para não pisar em nada. E andou, até sair daquele labirinto de traços e dar de costas com o dragão, que bufou em seus cabelos.

Olhou para cima e encarou os olhos do fúria da noite. Esticou as mãos, queria toca-lo dessa vez, mas apenas recebeu um rosnado, o que o fez recuar. Fechou os olhos, olhando para trás e esticou sua mão parando à centímetros do focinho do bicho. Hesitante, o dragão encostou seu focinho na mão de Soluço. A pele do dragão era áspera e quente.

Banguela se afastou de novo e foi até o ovo de ouro ao lado da pedra, onde pegou-o com a boca e caminhou por entre as árvores. Soluço o seguiu até ver novamente aquele riacho raso de antes. E então o dragão soltou o ovo dentro da água.

– Ei! Espera! - correu até a beirada do rio e recebeu um empurrão leve de Banguela, como se quisesse que Soluço entrasse.

– Hã... você quer que eu entre... ? É para eu abrir o ovo embaixo da água? - o dragão acenou.

Ele puxou ao máximo as mangas de suas vestes.

– Devo estar louco... - Se ajoelhou na terra molhada e prendendo a respiração colocou a cabeça dentro da água congelante, em seguida pegando o ovo e o abrindo ainda embaixo na água.

Uma voz suave e feminina começou a cantar embaixo d'agua.

Procure onde nossas vozes parecem estar,
Não podemos cantar na superfície,
E enquanto nos procura, pense bem:
Levamos o que lhe fará muita falta,
Uma hora inteira você deverá buscar,
Para recuperar o que lhe tiramos,
Mas passada a hora adeus esperança de achar.
Tarde demais, foi-se, ele jamais voltará.

Com o ar acabando, Soluço voltou á superfície respirando fundo e enxugou o rosto com a blusa.

– Como você sabia isso? - encarou o dragão, que mexeu a cabeça como um "tanto faz".

– "Procure onde nossas vozes... o que mesmo? - mergulhou novamente, ouvindo a música até decorar.

– Procure onde nossas vozes parecem estar... não podemos cantar na superfície... SEREIAS! a próxima prova será sereias! Banguela, você é incrível!

O garoto abraçou o dragão, só depois se dando conta do que tinha feito. Mas, por incrível que pareça, o fúria da noite parecia ter gostado. Soluço sorriu e saiu correndo, ansioso para contar para seus amigos o que descobrira sobre o ovo.


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Notas finais do capítulo

- Quem diria que logo o fofo e tímido Soluço, seria o primeiro da fanfic a namorar ? *-*

— Enfim comente se gostaram ou não. E podem aparecer leitores fantasmas, eu não mordo :3