ApocalipZe escrita por Sr Devaneio


Capítulo 12
Vanessa


Notas iniciais do capítulo

Só um breve relato do que aconteceu depois.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/572464/chapter/12

– Estamos a caminho. Faremos o possível para não demorar.

Foi a última coisa que ela ouviu antes de a voz se calar, assim que a porta atrás de si foi trancada com desespero.

Ela arfava alto. Depois de toda essa correria e tensão, Vanessa só queria respirar um pouco. E um copo d’água.

A corrida e a tensão a tinham deixado com calor. Vanessa tirou o casaco, que esquentava bastante, e o amarrou à cintura.

Após levar uns minutos para se acalmar e dar uma sondada no ambiente, a menina olhou em volta, procurando um armário com cara de porta-copos. Acabou os achando debaixo da pia, numa das inúmeras gavetas que haviam ali, todos organizados e limpos com esmero.

A menina pegou qualquer um e o encheu com água da torneira mesmo.

Apesar daquele típico gosto de água impura que ela sentia ao beber água da torneira, e a sensação de estar bebendo germes, a água estava fresca e ajudou Vanessa a se acalmar. A menina aproveitou para lavar o rosto e se refrescar e acabou tendo a gola de seu uniforme molhada também.

Mais calma, ela ainda desfez seu rabo de cavalo e ajeitou rapidamente os cabelos só para prendê-los novamente num novo e firme rabo de cavalo.

Depois disto, ela caminhou devagar até o canto mais próximo e sentou-se encostada à parede a fim de processar tudo o que acabara de acontecer.

Ela estava sozinha e muito apreensiva quando chutou a barra de ferro sem querer. O som de metal ecoando por todos os lados, seguido do som daquelas coisas se aproximando e então o susto provocado pela súbita voz nos alto-falantes. Agora que estava sozinha, ela pôde reparar na voz. Masculina. Era até meio familiar. Devia ser de um dos “colegas de classe”.

Mas será que ela podia confiar? Vanessa sentiu-se arrependida logo após este pensamento. Ora, por hora e em tese, ela estava segura. Tudo isso com a ajuda deles (ela pôde ouvir outras vozes falando junto vez ou outra). Claro que ela teve que agir no corredor, mas não fosse aquele menino e quem quer que esteja com ele, orientando-a, talvez ela não estivesse ali refletindo.

Claro que eram desconhecidos. Claro que ela fora ensinada a não confiar em estranhos. Claro que ela nem se importava em fazer amizade quando tudo estava bem. Claro que ela devia estar desconfiada... Mas também, claro que, com boas intenções ou não, ele havia ajudado. E ela sabia que devia ser grata pelo menos por isso. E outra, se eles não aparecessem, ela daria um jeito de sair.

Se, em duas horas não houvesse nenhum tipo de sinal, ela iria sair por si mesma.

Vanessa ativou o cronômetro de seu relógio. O tempo começou a ser contado. Em seguida, a menina abraçou suas pernas e esperou. Agora, esperar era só o que podia fazer. E torcer para que aqueles estranhos realmente aparecessem.

Pela primeira vez, Vanessa teria de confiar em alguém daquela escola.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agora, vamos ao que interessa!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "ApocalipZe" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.