As Mulheres de James Sirius Potter escrita por Lia Galvão, Miss Stilinski


Capítulo 4
Maya Violet Jackson


Notas iniciais do capítulo

Olá, minhas hermosas! Mais um capítulo para vocês e nos desculpem por não postarmos ontem. Fiquei sem internet e Lia sem computador. E quero agradecer pelos 22 comentários! Nós estamos SUPER felizes.
Ah, e feliz Natal a todas! Que ganhem muitos presentes *----* - Miss Hook



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Depois que o meu coraçãozinho foi estilhaçado em milhares de pedacinhos por Ruby eu fiquei mais desiludido do que nunca sobre o amor. Lembro de ter mandado uma carta muito mal criada à minha cara de pimenta dizendo que o amor era uma droga, que não valia a pena e que eu nunca mais amaria nenhuma mulher ou garota, porque elas eram más.

Entenda, eu era uma criança. Mas eu realmente pensava que eu amava Ruby com todas as minhas forças. E talvez eu a tenha amado, como uma paixonite de um garoto que via uma menina mais velha e bonita pela primeira vez, e nada disso diminuía a dor da rejeição.

Então, no meu segundo ano, passei a não ligar para nenhuma garota. Nem para Dominique, se querem saber. Ela havia ido para Grifinória também, assim como eu, Fred e Lisa Carter, a amiga nascida-trouxa de quem Nique me falara. Que por sinal era muito metida e irritante.

Passei direto pela cabine de Victoire. Eu sabia que Ruby estaria lá e eu não queria vê-la. Falei com alguns dos meus colegas de dormitório e fui para onde eu tinha certeza que Fred II e Dominique (e a intrusa da Lisa) estariam.

Abri a porta da cabine, adentrando o local. Nique e Lisa estavam jogando snap explosivo bem na hora que eu apareci. Fred estava com cara de bunda e de braços cruzados; provavelmente as garotas monopolizaram o jogo. E havia a prima de Lisa, Maya. Na época, eu nunca acertava seu nome.

— Ei, Fred — falei e bati minha mão na dele.

— Cadê Vic e Molly? — perguntou ele, descruzando os braços.

— Eu não sei, tá bom! — Respondi um tanto quanto emburrado.

— Alguém está estressado. — Lisa cutucou e eu lhe mostrei a língua, Fred me deu dois tapinhas nas costas.

— Um dia essa ferida fecha amigo, não vai se despedir dos seus pais? — Perguntou no mesmo momento que o trem apitava.

Na mesma hora eu coloquei a minha cabeça para fora da janela, empurrando Lisa para o lado, afim de ver minha família na plataforma. Eles ainda estavam lá, Lily chorando pois queria entrar no trem e Albus em seu natural estado anti-social. Acenei para eles com uma empolgação que escondia toda a dor de um coração partido e quando eu não podia mais enxergá-los coloquei minha cabeça para dentro, sorrindo para Fred, mas sem ter tempo de ver sua reação, pois recebi um empurrão e caí no chão da cabine. Olhei para cima e vi Lisa com as mãos na cintura.

— Me empurre mais uma vez e você não vai saber o que te atingiu, Potter — ela virou, jogando a juba de leão que ela chamava de cabelo no meu rosto, e saiu da cabine, seguida por Dominique, que ria.

Balancei a cabeça e esqueci que ela existia, vendo que Fred estava de olho no jogo esquecido pelas duas. Olhei para para Maya e sorri. A garota corou absurdamente e desviou o olhar. Ok, eu havia sido rejeitado por Ruby, será que eu ia ser rejeitado por outra garota também? (Sim, eu havia adquirido um pouco de receio sobre isso... talvez muito.)

Fred pegou o jogo nas mãos e sorriu para mim. Eu dei de ombros e me sentei de frente para Fred, derrubando o castelo das meninas e juntando as cartas.

— Quer jogar com a gente Daya? — Perguntei a encarando, na cabine do James e do Fred ninguém era ignorado. A não ser que esse alguém fosse a Lisa. Mas em resposta à minha educação, a garota simplesmente levantou e saiu correndo. — Ótimo, agora elas literalmente fogem de mim! — Resmunguei e Fred não pode me consolar pois assim que ele colocou a primeira carta na mesa, esta explodiu na cara dele e ele passou o restante da viagem reclamando sobre isso.

 

Quando chegamos à Hogwarts fomos guiados a seguir com os alunos mais velhos e, cara, a sensação de não ser mais um calouro era tão incrível quanto a de ser, porém tirando a parte do medo e pavor que assombra o primeiro dia na escola. Caminhamos por alguns minutos até alcançarmos uma área da floresta onde dezenas de carruagens sem condutor aguardavam os alunos se aconchegarem para levá-los com segurança até o castelo.

— Cara, eu amo magia! — Comentei para Fred, que concordou, mas eu ouvi uma risadinha atrás da gente e me virei para olhar bravo para a pessoa, era uma menina que eu tinha visto em algumas aulas no ano passado.

— Elas não vão sozinhas, vão com testrálios. — Ela tinha abaixado a cabeça e sussurrara como se estivesse falando consigo mesma, mas eu pude sentir o tom de deboche.

— É Corner né? Bem, eu acho bem mágico existir um animal que as pessoas não conseguem ver. — Vejam bem, Ruby estava a apenas alguns passos de mim, rindo de alguma piada que Lysander fazia e eles não pareciam estar conversando apenas como amigos, eu tinha motivos para estar irritado

Mesmo que a pobre menina Corner não merecesse meu mau humor. Ao perceber que eu a tinha escutado ela, assim como a mocinha Gaya tinha feito no trem, arregalou os olhos e correu, subindo na carruagem mais próxima e sumindo dali.

— É cara… — Fred deu dois tapinhas em meu ombro. Eu tossi e senti meus pulmões sendo estraçalhados. — Elas realmente estão fugindo de você. — Afirmou e eu fiz uma careta. Quem é que ligava? Afinal, eu estava fugindo delas também.

Durante o jantar de início do ano letivo McGonnagall deu seus avisos e ficou extremamente irritada por saber que "alguém" havia mexido "sem querer" no armário de vassouras e as enfeitiçado "por acaso" para que elas fossem até o treinamento de quadribol da equipe da Sonserina no ano anterior. Agora, o armário tinha uma tranca mais difícil de abrir. Rá, como se eu e Fred fôssemos repetir alguma pegadinha.

Ops, me entreguei.

No caminho para a torre da grifinória, enquanto eu procurava Fred, eu vi Ruby andando um pouco mais a frente com Victoire. Desviei delas e fui para o outro lado. Eu era criança, jamais passaria na frente dela de cabeça erguida. Enquanto eu me afastava, ela olhou para trás. E aí foi a minha vez de fazer o que as garotas vinham fazendo comigo: arregalei os olhos e saí correndo para as escadas que levavam para a torre da Grifinória. Entendam, eu tentava detestar aquela garota com todas as minhas forças, mas não conseguia. E eu não ia chorar mais uma vez, pelo menos não na frente dela.

Quando cheguei à torre, senti alívio. Ah, mas eu não ia falar com Ruby mesmo. Eu não ia amar mais ninguém, mas desejava que ela amasse alguém que não a correspondesse. Isso aconteceu, mas não vem ao caso agora.

Assim que deitei em minha cama, apaguei. Nem vi Fred entrar no dormitório.

 

(…)

 

Na manhã seguinte eu já estava tramando algumas pegadinhas. No ano anterior, fui parar na sala da diretora umas quatro vezes, e não seria naquele ano que eu não iria. Achei Fred no Salão Principal tomando café da manhã. O primeiro dia de aula sempre fora tenso para ele, então ele comia e depois aproveitava a energia para correr e socar coisas, por isso eu não exagero quando falo que os tapas amigáveis dele poderiam matar.

O ruim de ser da Grifinória era que a imensa mesa ficava ao lado da mesa da Corvinal. Tentei não olhar para Ruby e passei direto; entretanto, sua voz me fez parar.

— Ei, James — não respondi. — Vic me contou que você disse que não ia mais amar nenhuma garota porque eu quebrei seu coração.

Victoire, se eu não te atormentava tanto, agora eu iria lhe atormentar pelo resto da vida. E foi uma promessa válida.

— Ih, olha só — eu disse, olhando para o relógio que eu não tinha no pulso. — Esqueci meu material em cima da mesa de cabeceira — dei meia volta e saí dali depressa. Como eu sabia onde ficava a cozinha, eu passava lá depois.

Não fui realmente para a torre. Dei algumas voltas, me perdi algumas vezes (eu precisava de algo que me mostrasse os caminhos de Hogwarts) e decidi ir para a sala de Transfiguração, cuja a aula a Grifinória dividia com a Lufa-Lufa.

Droga de coração partido. Eu deveria chegar à aula atrasado, para causar primeiras impressões nos professores, mas, por causa da minha desilusão com Ruby, eu cheguei à sala meia hora antes. E com fome.

Talvez, se eu tirasse um cochilo...



Não, eu não dormi a aula inteira. Eu podia ser baderneiro, mas Transfiguração era uma matéria séria e eu gostava dela. Era uma das poucas coisas que eu realmente me concentrava; o resto, eu pegava anotações de Dominique, que pegava de Lisa.

Quando a aula chegou ao fim (e eu concedi à Grifinória quarenta pontos) eu realmente tive que dar uma passada na Torre da Grifinória e foi aí que eu encontrei algo em cima da minha cama. Era um envelope roxo, com uma fita amarela. Franzi a testa e deixei a mochila cair no chão, sentando-me na cama.

Na carta, dizia:

"Vi você conversando com Ruby hoje. Não fique assim, você é lindo do jeito que é. Seu coração pode ser curado e eu posso tentar dar um jeito."

Não tinha nome. Porém, eu me senti estranho e feliz ao mesmo tempo. No meu segundo ano eu ainda não tinha tantas atenções. E foi essa admiradora secreta que me fez ser confiante nos outros anos.

Tentando não sorrir, guardei a carta na mesinha de cabeceira, peguei o material que faltava e fui para a minha aula.

 

(...)

 

Passar ou não passar, eis a questão.

Ruby estava parada na porta da sala onde seria a minha próxima aula, conversando com Victoire e algumas amigas. Eu não queria entrar ali. Eu já havia sido humilhado demais no ano anterior por causa dela. E não sabia se queria realmente falar com ela.

Antes que ela me visse, eu dei um passo para trás, mas esbarrei em alguém. A pessoa e eu caímos no chão de pedra; olhei para onde Ruby e Vic estavam, mas elas já haviam saído da porta. Suspirei aliviado, podendo dar atenção para a pessoa que eu derrubara.

Virei-me para pedir desculpas e vi que era Maya (no dia eu havia confundido o nome dela), prima de Lisa.

— Desculpe, Naya — pedi e ela ficou vermelha.

— É Maya — corrigiu-me ela.

— Desculpe outra vez — e estendi a mão para ajudá-la a levantar-se.

— Obrigada — Maya disse, aceitando a minha mão. A mão dela era bem macia.

Nós ficamos nos encarando por algum tempo, até que ouvi a voz de Fred me chamando para entrar. Eu o olhei e depois voltei a olhar para Maya.

— De nada. Tenho que ir, Kaya. Te vejo depois! — eu acenei e corri na direção do meu primo, ouvindo-a me corrigir mais uma vez:

— É Maya...

Não me perguntem o por quê de eu sempre errar o nome da garota.

 

(...)

 

Depois do jantar (onde eu fugira mais uma vez de Ruby), quando eu já estava no dormitório masculino, encontrei outra carta. Eu sorri e abri o envelope roxo com laço amarelo. Aquilo era tão bom para o meu ego! Um ego que, mesmo jovem, era consideravelmente grande e estava começando a inflar.

"Gosto do seu sorriso e de seu cabelo. Nunca tente domá-lo ou cortá-lo... tudo bem que não pode ficar igual a uma menina, mas tente só apará-lo. Você não precisa tentar para as pessoas gostarem de você."

Fui dormir tão feliz, que Fred até tirara uma foto para provar que no segundo ano, eu dormira com um sorriso no rosto. Ele ainda mostra para quem quisesse ver.

 

Eu recebi, ao longo daquele ano, mais três cartas até eu descobrir quem era que as mandava para mim. Eu fiquei um pouco obcecado para achar a minha admiradora, mas não vi que ela estava bem perto de mim todo aquele tempo.

Eu descobri quem era um dia depois dos dias dos namorados, após eu ter visto Ruby com um cara muito feio. Depois daquele ano eu nunca mais achei que Lysander fosse igual ao seu irmão, pois eu considerava Lorcan um cara bem bonitão. Senti meu coração partir mais uma vez e tentei sair dali, mas Ruby tinha me visto.

Corri em outra direção, discutindo comigo mesmo no caminho, enquanto ouvia seus passos me seguindo.

“Fale com ela”, dizia uma vozinha parecida com a da minha mãe.

Não vou falar com aquela... garota, respondi irritado.

“E se ela lhe disser que gosta de você agora?”

Eu diria que você está errado, retruquei. Pare de sonhar.

“Mas ela quer lhe dizer alguma coisa”, insistiu a voz da minha mãe.

Cala a boca!, gritei para a voz irritante.

— James! É sério, espere — gritou Ruby, ao mesmo tempo que eu dizia para a minha consciência (que não estava me ajudando em nada) ficar quieta.

Parei e a vi surgir no final do corredor. Cruzei os braços, como um garoto já homem fazia.

— Você é bem rápido, hein — o sorriso que ela me lançara era igual ao que a minha mãe me dava. Maternal. Aquilo me irritou.

— O que foi? — perguntei, rude. Ruby colocou o cabelo, esse ano roxo, atrás da orelha.

— Eu só queria que você não ficasse assim comigo...

— Tarde demais.

Ela me olhou, penalizada.

— Por favor, James. Não vou conseguir me perdoar sabendo que eu magoei você. — Ela se ajoelhou, ficando na mesma altura que eu. — Quero que entenda que eu não fiz aquilo por maldade. Eu gosto de você, é tipo um irmãozinho que eu nunca tive. Mas não podemos ficar juntos, porque eu sou mais velha que você. James, não é hora de você se apaixonar desse jeito... e, quando você se apaixonar mesmo, você vai saber. Vai sentir... algo que supera esse sentimento que você sente por mim, entende?

— Duvido muito — respondi, fazendo biquinho. Ruby deu uma risadinha e sentou-se no chão.

— Fala isso agora. Mas, daqui a pouco, você vai se esquecer de mim. Isso que você sente é temporário — disse ela, passando a mão em meu cabelo.

— Mas eu amo você, Ruby.

— Ah, James... — ela suspirou. — Um dia, você vai olhar para tudo isso e irá saber que nunca me amou de verdade.

Eu a fitava, mas não falei nada. Ruby simplesmente não entendia que meu amor por ela nunca iria embora. Ela sempre estaria em meu coração partido.

— Tudo bem — concordei, porque eu sabia que não adiantava mais dizer a mesma coisa.

Ruby abriu um imenso sorriso que fez meu coração disparar. Como ela podia dizer que eu não a amava de verdade?

— Fico feliz — ela se levantou e pegou a minha mão, curvando-se para me olhar bem nos olhos. — Só para você saber, se tivesse minha idade, eu sairia com você.

Um raio de esperança se acendeu em meu peito e eu pude ver a luz no fim do túnel. Eu poderia sair com ela!

— Então quando eu crescer você me dará uma chance?

Ruby deu uma risada gostosa.

— Ah, James, só você mesmo — e bagunçou meus cabelos. Tentei não me importar, mas meus cabelos eram sagrados. — Agora, vamos. Está tarde e sei que você já levou duas detenções esse ano.

— É tudo mentira — menti. Afinal, eu tinha de parecer um homem responsável para ela. — Não acredite em tudo o que dizem.

— Claro, claro — Ruby ainda ria enquanto me guiava para a torre da Grifinória.

Percebi que ela não respondeu a minha pergunta quando eu cheguei em meu dormitório. Ela sabia me enganar direitinho e eu adorava aquilo.

 

Entretanto, Ruby saiu dos meus pensamentos quando eu vi a carta da minha admiradora secreta em cima da minha cama, acompanhada por uma coruja preta. Sorri e corri para a minha cama, pegando o envelope roxo e o abrindo.

"Eu passei quase a metade do ano lhe mandando cartas, tentando ajudá-lo. Está afim de me conhecer? Se sim, encontre-me no lago. Se não... bem, espero que você tenha conseguido ver que há outras garotas que são e serão interessadas por você. Mande a resposta por esta coruja e eu o estarei esperando."

Animado, eu obviamente escrevi "Mas é claro que sim" no verso da carta e coloquei no bico da coruja. Ela alçou voo pela minha janela e eu corri até o espelho que Fred mantinha ao lado da cama. Ajeitei os meus cabelos (não adiantou nada, mas tudo bem) e saí correndo porta afora.

Fred estava subindo para o dormitório quando eu passei por ele.

— Vai aonde, cabeção?!

Não respondi, apenas pulei o buraco da Mulher Gorda e corri escadas abaixo. Claro que no meio do caminho elas mudaram de posição, me atrasando ainda mais.

Assim que consegui pisar no chão saí em disparada, todo animado, para os jardins, que davam para o lago. Diminuí o passo, parando para respirar e ajeitar os cabelos que haviam ido para o alto com o vento. E, também, para não parecer tão animado e desesperado. Talvez essa minha admiradora me fizesse esquecer Ruby.

Coloquei as mãos nos bolsos e fui andando com calma até o lago. Estava escurecendo, mas ainda não estava na hora do toque de recolher, portanto não havia perigo.

Conforme eu fui me aproximando, pude ver uma sombra à margem, de costas para mim. A princípio, pensei que era Lisa (nem uma chata como ela resistiria ao meu charme), mas então eu vi que era apenas uma menina que tinha os mesmos cabelos cacheados, porém um pouco menos cheios.

Quando eu estava bem perto dela, respirei fundo e disse:

— Olá.

A garota se virou e eu arfei, porque, nem em três milhões de anos, eu iria imaginar que fosse ela.

— Maya! — exclamei, acertando, finalmente, o nome dela. Que hora mais propícia!

Ela sorriu. Era por isso que eu quase a confundi com a Lisa; Maya era prima dela e ambas se pareciam um bocado, com a diferença de que Lisa tinha traços mais hipânicos enquanto Maya era negra.

— Acertou meu nome — ela estava admirada, encantada. — Bem, o que achou das minhas cartas?

— Eu achei... ótimas — Maya sorriu ainda mais. Ela tinha um sorriso tímido, bonito. Ela não era tão feia assim. Nada comparado à Ruby, mas, ainda assim, bonita. Como eu não havia reparado nela? E como eu passei a metade do ano errando o nome dela? — Me ajudaram bastante.

Maya colocou as mãos atrás do corpo, corando muito.

— Sério? Isso é bom — disse e nós ficamos em silêncio por alguns segundos. — Não quer se sentar?

Eu assenti e sentamos ao lado do outro. Descobri, naquele fim de tarde que Maya era uma ótima pessoa e que soube muito bem como inflar o meu ego. Nós conversamos sobre muitas coisas e ela me disse como era ser da Lufa-Lufa.

Ficamos ali durante muitas horas, até que Argo Filch chegou para checar se havia alunos no lago. Como eu o vi primeiro, puxei Maya para cima e a levei para trás do tronco de uma árvore, para que não a fizesse pegar uma detenção. Se eu estivesse sozinho, não me importaria, mas Maya era uma garota decente e eu não podia deixá-la se ferrar.

Filch chegou perto da árvore em que nós estávamos e olhou para os dois lados. Eu e Maya prendíamos a respiração e, quando Filch voltou, demos a volta e ficamos ali até que Filch desapareceu dentro do castelo. Maya e eu trocamos olhares e começamos a rir.

Rimos muito e quando paramos, Maya me olhou. Eu gostei daquele olhar dela, mas eu suava. Porque eu só havia dado um selinho em toda a minha vida e eu sabia que Maya queria me beijar. E eu também queria beijá-la.

Então ela me roubou um selinho. Foi tão rápido que eu nem senti. Maya, com vergonha, tentou escapar, mas eu não deixei. Ora, se eu já era um homem, não podia deixá-la ir daquele jeito.

Coloquei minhas mãos em cada lado de sua cintura e a fiz colocar as suas em volta do meu pescoço. Inclinei minha cabeça e encostei meus lábios nos dela. Ficamos assim por alguns segundo, até que eu decidi inovar, tentando imitar Victoire e Teddy se beijando (não tão igual, porque eles só faltaram fazer outras coisas naquele dia).

Abri minha boca e encaixei meus lábios entre os dela e suguei a parte inferior, fazendo movimentos para o mesmo lado em que eu estava. Maya correspondeu logo depois, apertando o abraço que me dava. Eu adorei.

Quando nos separamos, eu não sabia o que fazer, então nós rimos mais uma vez. Nos beijamos mais outra. Foi o meu primeiro beijo de verdade. E eu acho que soube fazer muito bem, já que Maya nunca poupou seus elogios quando se tratava de mim.

Eu a acompanhei até a entrada da Lufa-Lufa, beijando-a mais uma vez. Eu sentia algo crescer entre as minhas pernas, toda vez que eu a abraçava mais forte; era bom, mas eu não conseguia saciá-la. Obviamente, Maya também o sentiu, pois se inclinava naquela direção. Mas nem eu nem ela falamos sobre isso.

Ela entrou, corada, e eu subi as escadas para a torre da Grifinória, me sentindo nas nuvens. Eu não estava pensando muito na hora, mas, nas férias de Natal, eu procurei Teddy para me explicar aquela sensação. Ele dissera que eu estava excitado. E me explicou outras coisas também.

Durante o meu segundo ano eu continuei a ficar com Maya, testando todas as minhas formas de beijar e ela fazia a mesma coisa comigo. Maya me ajudou bastante com o meu caso Ruby; não a esqueci, mas também descobri que não a amava tanto quanto eu pensava.

Maya soube trazer um lado meu que eu não imaginava ter. E eu nunca mais esqueci seu nome. E nem o seu rosto.

 


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que goste e...
Comentem!

Marry Christmas!