O Sequestro de Madame Rowling escrita por Aluada


Capítulo 6
Epílogo (não-oficial)


Notas iniciais do capítulo

Este só fará sentido se vocês se recordarem de uma passagem bastante engraçada no final do Cálice de Fogo.

Encarem-no como um especial de cenas cortadas, hehe...


Esta foi uma das histórias de que mais gostei de escrever. A partir de agora, vou me lançar de cabeça no mundo do Universo Alternativo! /o/

Muito obrigada a todos por acompanharem e comentarem!



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04h00
Ainda no pub A Câmara dos Segredos



          
Os policiais recém-chegados corriam de um lado para o outro. Joanne, no entanto, pouco parecia se importar. Corressem mais, sim, poderiam correr o quanto quisessem, porque certamente eles eram melhores nisso do que ela.

            — Onde está o dono disso aqui? — gritou um deles mais ao fundo.

            — Quem? — outro berrou em resposta.

            — Abba Dumbledore! Cadê ele?

— Ele está – ele – onde diabos está o dono desse pub?!

Pareciam formigas debaixo da chuva. Ou elfos domésticos, é, elfos domésticos se apressando desesperadamente para preparar o jantar dos alunos de Hog – melhor parar com isso, Jo, a-go-ra.

— Ele está na cozinha — resolveu gritar de volta para dispensar tanto os homens quanto os pensamentos.

— Na cozinha, madame? Bloody hell, o cara está fritando pastéis enquanto nós arrumamos a bagunça toda —

— Ele está muito nervoso, senhor — teve de defende-lo —, e não pôde se conter. Deve estar chorando com o namorado.

— Chorando com o namorado? Era – era só o que o me faltava – o maldito é gay?

— E não estava na cara? — levantou uma das sobrancelhas para sua platéia policial, que, como num ensaio, balançou a cabeça negativamente. Voltaram ao trabalho.

Dois deles ficaram.

— É muito bom poder ver a senhora junto a sua filha, madame Rowling — Larry Potter adiantou-se para estender-lhe a mão. Compartilharam um sorriso sincero, o primeiro da noite.

— Eu não poderia ter mais sorte do que ter um vizinho como o senhor, senhor Potter. Muito obrigada.

— Não estive sozinha, madame. Esse é Donald Weasley, meu companheiro de viatura. Um grande fã da senhora.

Empurrou-o numa braçada amigável, um daqueles movimentos em que amigo mata amigo. As orelhas de Don pegaram fogo enquanto Larry continha seus órgãos numa risada abafada.

— É-é uma pena que tenhamos nos encontrado em circunstân-tâncias tão ruins, senhora — tremeu a mão e o restante do corpo.

— Para mim não poderiam vir em melhor hora — pôs os cabelos atrás da orelha —. Mas diga-me, o senhor é mesmo um fã de Harry?

— N-não! Imagine, senhora, imagine! Não posso duvidar de que seus livros sejam bons — e lançou um olhar para o amigo, corando ainda mais —, mas eles são para crianças! Nunca poderia ler eles!

— Na verdade, senhor Weasley, a maioria das pessoas que me procura são adultos, formados, com filhos até, todos bem seguros de que Harry Potter é bem maduro — sorriu.

— Ah, sim, sim, claro – minha namorada, por exemplo, madame. A Hermelinda ama seus livros. Fala sobre eles todos os dias. Tem mil teorias. E passa horas no computador escrevendo fanclips —

Fanfics?

— Isso, isso...

— Sua namorada? — ela piscou um dos olhos — Mesmo?

Ele não conseguiu responder. Todos os seus pensamentos estava voltados à sua vergonha, e como parar de corar, e como mataria Larry depois por ter feito aquilo.

O policial mais bem vestido e imponente, que clamava por ser chamado de chefe na aparência, aproximou-se. Informou que aquela era hora da partida. Ainda havia mais bagunça-organizada policial inglesa para ser feita na delegacia. Rowling apertou muitas mãos masculinas e preparou-se para ser deixada em casa.

Ela estava indo. E quando poderia vê-la de novo..?

Donald parecia estar sofrendo um doloroso conflito interior. Jo já tinha começado a se afastar quando ele falou de supetão.

— Pode me dar seu autógrafo?

Larry se virou rindo para as viaturas, que agora já brilhavam na escuridão com suas sirenes intermitentes, quando Jo, com um ar de surpresa, mas muita satisfeita, assinou um pedaço de guardanapo para Donald.

 

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