Nathaniel

Deixei Vktor em seu novo apartamento , me despedi e voltei para a casa de Castiel. Céus, odeio lembrar deles. No caminho fiquei pensando sobre todos esses anos, esperando loucamente para chegar o momento que o encontraria novamente.

Todo o meu esforço para acabar meus estudos e poder finalmente voltar para a França, para poder encontra-lo, todas as cartas e fotos que sua mãe me mandava, dizendo todas as novidades. Lembro de ficar em choque ao ao saber que ele tinha pintado o cabelo e feito uma tatuagem, mas acabei rindo ainda mais quando ela disse que imitou o filho.

Lembrei do nosso primeiro beijo, quando brincávamos de pique-esconde com outras crianças, e o puxei para trás de um arbusto e o beijei. Lembrei do seu sorriso, seu rosto vermelho, seu jeito carinhoso e tímido que tinha comigo. Seu medo de altura.

Lembro do dia em que o vi novamente depois de tantos anos. Quando fui contratado pela mãe de Castiel, para cuidar dele. Acabei virando sua Babá-mordomo, coisa que nunca imaginei que aconteceria, mas não me importei, pois quando olhei para ele, isso não me pareceu mais uma ideia ruim.

Seus olhos negros e misteriosos, seus lábios macios e tão beijáveis, sua pele branca, seus cabelos agora vermelhos como sangue, seu rosto com uma carranca que eu sinceramente achava adorável, e sua voz...Quando ouvi sua voz, quase desmaiei, mas tive que me segurar.

Talvez eu fosse um idiota por achar que depois de tanto tempo ele se lembrasse de mim, ou sentisse o mesmo que eu. Éramos pequenos na época, eu o entendo, mas isso me machuca de certa forma.

Quando finalmente cheguei a casa, que mais parecia uma mansão, dei bom dia para Dragon que latiu em resposta e eu sorri. Adentrei na casa e fui até o meu quarto que ficava nos fundos, estranhei o silencio.

Abri a porta de madeira do quarto , estava muito aério, e não estava prestando atenção em nada a minha volta. Quando me virei, gritei de susto. Parado em frente a janela do quarto, estava Castiel com os braços cruzados me olhando seriamente.

– Meu Deus, Castiel você quase me matou de susto. - tento recompor minha respiração, e ele sai de sua posição andando até mim.

Castiel estava lindo, como sempre. Tenis pretos, calças jeans pretas um pouco rasgadas, uma blusa preta e uma camisa xadrez vermelha por cima, além de estar usando uma touca cinza.

Eu por outro lado, estava sem minha "típica" roupa de trabalho. Vestindo uma calças jeans qualquer, tenis e uma blusa de mangas compridas, gola V branca e uma camiseta azul por cima, além de estar com os meus óculos.

– Você usa óculos? - sua voz soou calma, porém sua expressão não transmitia a mesma coisa.

– Sim - suspirei, por que raios eu estava nervoso? - O que faz aqui?

– Essa é a minha casa.

– Eu sei, mas esse é o meu quarto. - senti meu rosto esquentar - você nunca vem aqui.

– Talvez isso mude - disse - onde estava até agora?

– Com um amigo - respondi e ele me olhou feio.

– Não quero você andando com esse tal de Viktor.

– Como sabe sobre ele?

– Isso não importa.

Castiel deu mais passos em minha direção e eu fui andando para trás, conforme ele se aproximava. Meu coração estava a mil, minhas pernas bambas e eu estava sentindo meu rosto esquentar cada vez mais.

Chegou a um ponto que me vi encurralado na porta, e ele colou suas mãos por cima de minha cabeça, me olhando intensamente, tão perto... podia sentir sua respiração quente batendo em meu rosto.

– Você é meu Nathaniel.

– Castiel...

– Eu te odeio tanto tanto - ele olhava em meus olhos e parecia controlar sua respiração - eu tenho a namorada perfeita, a vidinha perfeita ou quase isso, estava tudo bem e então você chegou e bagunçou minha vida. - suspirou - não sei exatamente o que sinto, mas te ver com outra pessoa me deixa louco, beijar seus lábios é como estar no paraíso, seu cheiro poderia ser o melhor perfume do mundo, seus sorriso é o mais lindo de todos, e eu me odeio por te querer tanto.

– Eu te amo , Castiel. - disse, e vi um brilho em seus lindos olhos negros.

Castiel pegou meus óculos e colocou em cima da cabeceira que estava perto de nós , e voltou para mim. Me olhando intensamente e se aproximando cada vez mais.

Sua respiração batendo em meu rosto, seus lábios tão convidativos, clamavam por atenção, e cada vez mais acabávamos com o espaço entre nós, até sentir seus lábios tocando os meus, sua língua toca meu lábios inferior pedindo passagem para adentrar, e eu concedi, começando uma batalha de posse, da qual não me importaria em perder.

As mãos de Castiel desceram da minha cabeça até as minhas costas, onde senti-o puxar o tecido de minha camisa, tirando a duas de uma vez só e as jogando no chão do quarto, o olhei enquanto respirava ofegante pelo beijo. Seu rosto estava corado.

Ele tirou sua camisa xadrez e depois sua blusa, e porra... Castiel era lindo. Mordo o lábio inferior, sentindo meu amigo doer dentro da minha calça. Ataquei os lábios de Castiel novamente, em um beijo mais feroz que o anterior , mostrando toda a paixão e necessidade que eu tinha por ele, e ele por mim.

Ele me jogou na cama de solteiro, que havia no quarto. Nossas respirações ofegantes e sorrisos bobos nos rostos. Levou suas mãos até o cinto de suas calças e abriu, tirando as mesmas ficando apenas de cueca boxer vermelha, enquanto mordia o lábios inferior, o deixando fodidamente sexy.

– Está na hora de eu brincar com você, não acha Nath?

Perguntou sorrindo sacana. Se sentou no meio , ficando entre minhas pernas e voltou a me beijar, enquanto movimentava os quadris em cima da minha ereção, que já estava doendo, me fazendo gemer baixo.

– Faça o que quiser, Castiel - eu gemi - eu sou seu.

– Sim, você é, somente meu.