Você é a minha babá? ( Yaoi) escrita por AchlysJ2, Lux Herondale, WicoMayne


Capítulo 5
Namorada?


Notas iniciais do capítulo

Vamos acabar com essa melação o/ agora cabeças vão rolar contando com a da autora, por que vocês vão me querer me matar hahaha.



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Depois de terem saído do cinema e apresentado o garoto aos seus amigos, Kentin foi para a casa de Alexy. Victoria adorou a notícia de que os meninos estavam juntos, assim como Manon.


Os dois assistiram um filme, fizeram guerra de pipoca e no fim, dormiram juntos no quarto do mais novo. Kentin se sentia em paz ao lado de Alexy, ao mesmo tempo que sentia borboletas dançando macarena no seu estomago.


No dia seguinte, Alexy acordou com os raios solares refletidos na janela batendo em seu rosto, sentindo o cansaço o consumir, odiava acordar cedo, pelo menos dez e meia da manhã era cedo para ele.


Estava envolvidos por braços fortes,que o impedia de sair do lugar, e sorriu com isso. Kentin dormia serenamente, enquanto abraçava o menor como se fosse seu ursinho de pelúcia, estavam dormindo de conchinha na grande cama de casal do garoto.

– Ursinho? - sussurrou Alexy, tentando acordar o moreno enquanto cutucava, mas o mais velho nem se mexia. Selou seus lábios levemente, enquanto descia uma de suas mãos até a bunda do maior , dando um leve aperto, ouvindo Kentin gemer baixo entre o beijo, e suas ereções se chocarem.

– Bom dia, baby. - respondeu o moreno, sorrindo.

– Vamos levantar? temos que tomar café, e quero que conheça meu irmão.

– Tem certeza? - o mais velho fez um bico, que particularmente Alexy achou a coisa mais fofa do mundo. - Eu quero ficar aqui com você.

– Kentin, a gente precisa desder, minha mãe vai vir até aqui se não descermos logo.

O moreno se deu por vencido, e se levantou meio relutante. Se fosse por ele ficaria o dia todo agarrado ao seu...Namorado? Não. Ele não tinha pedido Alexy em namoro, nem sabia o que exatamente os dois tinham.

Quando os dois desceram, foram se encontrar com os pais do menino, e mais um garoto muito parecido com Alexy, sentados na mesa da cozinha, tomando uma café reforçado. Victoria e seu marido sorriram ao verem os meninos descerem de mãos dadas.

Não era novidade que os pais do mais nova não tinham problemas com gays, aceitavam numa boa, Kentin invejava isso. Sua mãe Manon já sabia de tudo e deu apoio ao filho, mas seu pai Giles...Nem ao menos queria imaginar o que seu pai faria se descobrisse isso. Passou tanto tempo tentando agradar a ele, e agora... Kentin descobriu ser algo que seu pai odeia. Gay.

– Bom dia meninos. - Arnaud, sorriu para eles, voltando a tomar um gole de sua xícara de café, ele se lembrava de Arnaud, foi ele que entrou na loja da priveira vez que encontrou o garoto, quando quase se beijaram pela primeira vez - sentem-se, fique a vontade Kentin.

– Bom dia, obrigada senhor. - sorriu timidamente, se sentando ao lado de Alexy na mesa, o mais novo se sentou ao lado do outro garoto, que deveria ser seu irmão.

– Agora, que estamos todos reunidos você pode finalmente conhecer o Armin. - disse Alexy- então, esse é o meu irmão mais velho Armin, somos gêmeos como pode perceber.

– E ai cara, como consegue aguentar essa anta? - diz Armin, com um semblante brincalhão, e recebeu uma cotovelada do irmão.

Armin era igual a Alexy na aparência, porém tinha um jeito brincalhão mas quieto, além de ter olhos azuis e cabelos negros, e usava roupas mais despojadas, parecia não se importar muito com isso, enquanto o era o contrário.

– Olha, não é fácil, mas você se acostuma. - Alexy o olhou incrédulo, e bateu no seu peito, Kentin assim como Armin começaram a rir do garoto.

– Eu odeio vocês. - disse o azulado fingindo estar emburrado pela piadinhas.

– Também te amo. - Alexy corou a ouvir isso, e seu irmão assim como seus pais começaram a rir do menino, e Kentin beijou seu rosto, fazendo o maior sorrir bobamente.

*-*-*-*-*-*-*-**-*-*-*-*-*-*-*

Depois de algumas horas na casa de Alexy, os dois saíram e Kentin resolveu que iria para casa, apenas para tomar um banho e trocar a musa de roupa. Os dois pararam em frente a casa, estavam prestes em frente ao portão, a entrar quando Alexy lhe rouba um beijo.

– Eu odeio ser menor que você, é injusto, eu sou mais velho. - Kentin disse fazendo o garoto rir. Os braços de Kentin estavam em volta do pescoço do mais novo, enquanto ele inclinava, ficando nas pontas dos pés.

– Eu já acho isso, totalmente adorável.

– Eu não acho. - fez bico - hoje nós vamos no parque, tenho uma surpresa para você.

– Sério? Qual é? - os olhos do mais novo brilharam.

– Se eu te falar não vai ser mais surpresa, raposinha.

– Raposinha? - Alexy riu - gostei do apelido, meu ursinho.


Kentin ficou novamente na ponta dos pés,e beijou Alexy ali mesmo. Os vizinhos olhavam a cena atentos, alguns com olhares de nojo ao garotos e poucos felizes, mas Kentin nem ao menos se lembrava da presença de seus vizinhos, ele se sentia no céu apenas com um beijo daquele garoto.


Alexy foi a melhor coisa que aconteceu com ele nesses últimos dias, disso ele não tinha dúvidas e era por isso que queria fazer logo a sua surpresa: Pedir Alexy em namoro, com direito a anel e tudo.


Giles? Bem, ele não sabia como contar isso ao seu pai, isso seria algo difícil ou nem tanto assim... Kentin não percebia apenas os olhares dos seus vizinhos como também, de um homem parado na porta de casa, observando os dois garotos em seu próprio mundo.


Quando a falta de ar se fez presente, os dois se separaram, e sorriram um para o outro, era como se os dois estivessem em um mundo só deles, naquele momento. Kentin olhou por algum motivo para a porta de sua casa, e sentiu o medo consumi-lo.


– Olá queridos, querem entrar? - perguntou Manon sorridente, mas dava para notar seu nervosismo, e eu seu lado Giles.


– Olá senhora Manon. - diz Alexy - adoraríamos, obrigada.


– Kentin será que podemos conversar? - perguntou Giles com sua voz grossa e autoritária , ainda de braços cruzados encarando o filho e com uma cara na boa.


Os dois garotos se olharam, e entraram de mãos dadas na casa. Alexy ficou com Manon na cozinha, conversando sobre culinária, enquanto Kentin subiu até o segundo andar, seguindo seu pai até seu quarto.


Kentin o olhava como se já esperasse o pior. Giles fechou a porta do quarto do seu filho, e olhou para ele, os dois se sentaram na cama, e se encaram por alguns e longos segundos. Giles tentava achar o que deveria dizer, mas nunca esperava ver aquilo.


O que se faz quando descobre que seu único filho é gay? O que eu deveria dizer? Céus, como isso é difícil. Ele pensou.


Kentin tinha as mãos suando frio, seu coração parecia que iria sair pela boca, e ele poderia ter uma parada cardíaca a qualquer momento, a cada segundo em silêncio seu coração batia mais forte.


– Filho... - começou Giles, quebrando aquele silêncio agoniante, até ele queria chorar naquele momento e xingar Kentin de todos os nomes possíveis e impossíveis.


– Pai, eu juro que não escolhi isso, só aconteceu. - disse quase em um sussurro.


– Meus Deus, como isso é difícil - suspirou - quando descobriu que era gay?


– Alguns anos.


– E por que nunca me contou?


– Fiquei com medo. - sussurrou.


– E agora não sente mais medo?


– Ainda sinto - respondeu, e abriu um sorriso mínimo - mas acho que ele vale a pena, vale a pena passar por tudo isso pra ficar com ele.


Giles encarou o filho sem expressão. O coração do garoto batia forte, e ele esperava que a qualquer momento seu pai gritasse com ele, mas como disse, Alexy valia a pena.


– Sabe filho...Eu queria gritar com você nesse momento, e te mandar de volta pro colégio militar, mas é possível que você agarre os meninos de lá também. - Kentin riu com a piadinha sem graça do pai. - Mas é sério, agora as coisas vão ficar difíceis sabe disso não é?


– Sei, tudo vai mudar agora.


– As pessoas vão te olhar diferente, alguns amigos podem se afastar de você, você vai ser tratado diferente, e vai sofrer muito com isso. - suspirou - mas quero que saiba que se ama realmente ele e esse garoto faz você feliz...eu posso tentar aceitar o namoro de vocês, mas só tentar, por que eu não concordo com esse tipo de coisa.


– Já é o suficiente para mim, pai, obrigado.


Kentin sorriu para o pai e o abraçou fortemente, sendo correspondido, sentindo algumas lágrimas caírem em sua camisa. Ele sabia que era difícil para um pai, homofóbico descobrir que justo o seu único filho, do qual sonhou que se casaria com uma mulher teria vários filhos dando a ele netos maravilhosos...na verdade é gay.


Quando se descobre ser gay, é como o fim do mundo, você se sente um estranho, uma aberração, já que é isso o que a sociedade faz você acreditar que é, mas no momento em que você aceita isso se torna mais fácil e quando seus pais também aceitam... suas preocupações e medos vão embora.


Manon e Alexy, abriram a porta sem fazer barulho, e observavam a cena, abraçados e sorriam bobamente. Depois de tudo se esclarecer, Alexy, Giles e Manon se sentaram no sofá e ficaram conversando animadamente sobre faculdade, enquanto Kentin terminava de tomar banho, quando chegou na sala sorriu ao ver a cena, e se sentou ao lado do mais novo, o abraçando de lado.



*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*


Lysandre terminava seu estágio no hospital da cidade, dando boa tarde aos pacientes e se dirigindo até a porta, não via a hora de poder almoçar. Lysandre pretendia fazer uma faculdade de medicina e estava estagiando como ajudante dos enfermeiros.


Ele sempre escrevia músicas e poemas em seu pequeno bloco de notas, era algo natural para ele como para um escritor ou autor era escrever uma ficção ou história, vinha naturalmente sem nenhum esforço, quando você tem uma paixão por alguma coisa, não adianta fugir ela vai te acompanhar para sempre.


Ele sente falta de cantar, costumava fazer isso antes, mas agra teria de ter outras prioridades. Ser músico não o levaria a lugar algum, precisava achar outra coisa para viver, e sua solução foi a medicina.


Seu irmão ainda o importunava falando que ele deveria conhecer um tal de Armin, um garoto que segundo o seu irmão era apaixonado por ele desde anos atrás quando o viu cantar em uma festa da escola Sweet Amoris, deixou de estudar esse ano, pois já tinha 18 anos.


Seus amigos Kentin e Castiel ainda estudavam,faltava dois anos para terminarem, Rosalya terminaria esse ano. Ele tinha medo que ela deixasse de viver a vida dela para cuidar do namorado, assim como ele estava fazendo... Mas não é fácil.


Lysandre andou até uma pequena lanchonete com as decorações laranja, vermelho e amarelo, algo bem alegre, alegre demais para uma pessoa como ele naquele momento. Se sentou em uma mesa um pouco mais afastada das outras pessoas, pediu um suco e um hambúrguer e esperou seu pedido chegar.


– Oi garoto bonito. - uma voz fina ao seu lado, o despertou.


– Você é aquele garoto do parque. - disse ele quase em um sussurro e o moreno riu.


– Garoto do parque? Nossa já ganhei uma apelido de você, que demais! - ele sorriu. - posso me sentar com você?


– Claro, fique a vontade.


– Soube que está fazendo estágio em um hospital. - o moreno sorriu - Isso é bem legal mas, você não queria fazer faculdade de música?


– Tive que mudar meus planos, e como sabe sobre isso? - Lysandre o olhou desconfiado.


– Sou seu stalker. - disse simplesmente - sabe, não pode parar sua vida e seus sonhos por causa do seu irmão, você tem que seguir em frente.


– Estou com medo de você. - disse o albino o olhando assustado, e Armin não conseguiu segurar o riso. - Você não vai me matar, não é?


– Não. - se acalmou, e tentou não rir de novo. - Tenho coisas melhores para fazer com você, e te matar é algo que nunca iria querer fazer.


– Como por exemplo o que?


A resposta não foi dada. Nina a garçonete do local, havia chegado com o pedido de Lysandre e sorriu para ele, colocando seu pedido em cima da mesa cuidadosamente, e antes de ir lançou um olhar mortal a Armin que retribuiu.


Lysandre observou a cena sem entender nada. A verdade era que Armin e Nina eram dois stalkers de Lysandre fazia dois anos, desde que o viram em um show, mas para a infelicidade do moreno, a loira havia conseguido fazer amizade com o albino primeiro com ele, e desde então...começou a guerra entre os dois, pelo coração do seu Lys.


– Não vai querer nada? - perguntou o albino, despertando o moreno de seus pensamentos psicopatas que teve com Nina.


– Perdi a fome. - fez uma careta e o mais velho riu. - já fui em um dos seus shows, você é ótimo Lysandre.


– Obrigado - ele sorri, sentindo seu rosto arder levemente - você estudava em Sweet Amoris?


– Ainda estudo para falar a verdade. - o moreno ri - acho que já faz dois anos, decidi me matricular lá, agora meu irmão resolveu ir para lá também já que arrumou um namorado.


– Que estranho, acho que nunca te vi por lá.


– Normal. - ele sorri - eu normalmente mato as aulas, ou simplesmente cochilo.


– Que garoto rebelde. - os dois começam a rir.


– Soube que tem um parque de diversões novo aqui, se você não tiver nada para fazer, será que poderia ir comigo? - as bochechas de Armin estavam vermelhas, e Lysandre sorriu ao ver o seu nervosismo.


– Claro, sem problema. - ele sorriu.


Maldito, por que tinha que ter um sorriso tão perfeito? pensou Armin.


– Bom, estão eu tenho que ir agora, eu te encontro no parque hoje as sete e meia.


– Tudo bem, até mais .


Armin sorriu, e saiu o mais rápido possível. Nunca pensou que pedia algo assim ao seu irmão, mas ele precisava de roupas novas. Se sentia uma garotinha do colegial que conseguiu um encontro com o garoto dos seus sonhos.


Lysandre é o garoto dos meus sonhos. Sorriu bobamente ao pensar isso.



*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*


Castiel estava sentado em volta da pequena mesa de centro que ficava na sala.Amber, Nathaniel, Dragon e ele ao redor da mesa jogando Quem sou eu? Nem em um milhão de anos, pensou que faria algo assim num domingo de tarde.


– Eu sou um animal? - pergunta Amber, com a cartinha escrito Boneca em cima da sua cabeça amarrada por uma fita.


– Não. - respondem todos ao mesmo tempo, até Dragon estava jogando, coisa que foi muito sem lógica.


– Eu sou um...objeto? - perguntou Castiel e todos responderam sim. - Eu sou algo feito para descansar?


– Sim, por favor não ganhe de novo. - Amber fez bico.


– Eu sou uma cama?


– Ah, fala sério, três vezes seguidas ganhando! - exclamou a loira, irritada e os dois riram. - Você está roubando!


– Não estou roubando, eu apenas sou demais. - Castiel sorriu sínico.


– Convencido. - bufou revirando os olhinhos verdes, em seguida. - Nathaniel manda esse seu namorado parar de ficar se achando.


– Ele não é meu namorado! - exclamou Castiel, ficando mais vermelho que seu cabelo e Dragon latiu, deitando sua cabeça sobre as pernas de Amber, recendo um carinho da garota.


– Castiel está certo irmã, eu não sou o namorado dele - sorriu - ainda.


Castiel lançou ao loiro um olhar mortal que apenas fez o mais velho rir discretamente. As coisas estavam mudando aos poucos, mas ainda assim estava igual ao que era antes e vamos admitir que o ruivo não é a pessoa mais fácil de se conviver.


O som da campainha se fez presente, Nathaniel se levantou e foi atender a porta dando de cara com duas visitas ilustres, duas garotas. Uma delas que parecia ter a idade de Castiel, usava roupas bem... extravagantes, tinha lindos olhos claros e cabelos castanhos, além de várias tatuagens. A outra garota parecia ter por volta de 14 anos, com cabelos e olhos castanhos, pele alva, e usava roupas bem fofas.

A mais nova sorriu gentilmente para o loiro, que retribuiu o ato, a mais velha porém, o olhou com nojo, e sorriu sínica para ele.

– Olá, em que posso ajuda-las? - perguntou o loiro.

– Quero falar com o Castiel, ele está?

– Sim, entre por favor.

Nathaniel deu espaço paras as garotas passarem. A mais nova ficou ao seu lado, observando tudo ao seu redor parecia estar desconfortável com a situação. A mais velha por outro lado, correu para a sala e se atirou em Castiel, que ficou imóvel, parecia estar em estado de choque.

– Gatinho, quando tempo, estava morrendo de saudades! - exclamou a garota, o apertando.

– O que você está fazendo aqui? - perguntou o ruivo, quase em um sussurro.

– Voltamos para Amoris City, e ainda não temos onde ficar, espero que não se importe de eu ficar aqui com você. - disse ela, sua voz melosa dava ânsia no loiro.

– Quem é essa baranga? - perguntou Amber, cruzando os braços olhando de forma ameaçadora, e a mais velha a olhou feio.

– Essa é minha irmã Lynn, - apontou para a menina ao lado de Nathaniel - e eu me chamo Debrah. - sorriu - sou a namorada do Castiel.


– Namorada?

Perguntaram Nathaniel e Amber ao mesmo tempo, incrédulos. Nathaniel não sabia se matava aquela garota ou se chorava, estava em estado de choque e olhava para Castiel com uma expressão indecifrável, ele queria sair dali o mais rápido possível.

Namorada...Ele tinha uma namorada esse tempo todo, como fui idiota.


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