Você é a minha babá? ( Yaoi) escrita por AchlysJ2, Lux Herondale, WicoMayne


Capítulo 3
Leigh.




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– Então esse é seu mordomo? - pergunta o albino - Prazer em conhece-lo, meu nome é Lysandre.

– È um prazer conhece-lo, me chamo Nathaniel. - respondeu o loiro, dando um breve aperto de mãos, e sorrindo um para o outro.

– Ele não é o meu mordomo, ele é um tarado que mora na minha casa,e que tentou me estuprar. - diz Castiel, visivelmente emburrado, e batendo o pé no chão freneticamente.

Depois do ocorrido, que o loiro abusou sexualmente do ruivo, ou nem tanto. Castiel tentava ao máximo não olhar para ele, apesar de tudo, de toda a raiva que sentiu, ele tinha gostado do que fizeram mas nunca admitiria isso.

Nathaniel era gentil com o garoto a todo momento, e quando tinha a oportunidade de ficar a sós com o ruivo, não pensava duas vezes antes de tirar a roupa do menor, e faze-lo ver estrelas de tanto prazer, e Castiel gostava disso.

Castiel havia chamado Lysandre para passar a noite em sua casa, afim de não ficar a sós com o loiro e também por que seu amigo andava estranho nesses últimos dias. Ao chegar em sua casa, Lysandre não perdeu tempo e procurou o loiro, pois queria conhecer a pessoas que conseguiu "domar" o ruivo.

A sala de estar, onde se encontravam, estavam o loiro e o albino em pé de frente para o outro perto da escada, enquanto Castiel estava sentado no sofá, tentando ignorar tudo aquilo, observando a tintura clara da sala, e os móveis estilo vintage.

– Castiel , não é estrupo, se as duas pessoas querem. - diz Nathaniel com um sorriso sapeca, e o garoto fica vermelho.

– Concordo plenamente. - diz Lysandre, que tentava se segurar para não rir da cara do amigo.

– Vocês dois, calem a boca! - grita o ruivo, se levantando do sofá ainda com o rosto corado. - e você vem comigo!

Castiel puxa Lysandre pelo pulso, e sobe as escadas em direção ao seu quarto, sumindo do campo de visão do loiro, que suspira ao ver a cena.

Ele decide ir a cozinha preparar algo para os meninos comerem, e chegando na mesma percebe Amber, sem cima de um banco, ajeitando um quadro na parede laranja da cozinha, ela vestia um vestido velho, rosa que ia até abaixo dos joelhos, e seus cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo.

– O prego se soltou. - ela diz.

Amber desce do banco, suspirando, e logo encara o irmão, sorrindo para ele, e seus olhos verdes pareciam brilhar. Nathaniel decide ir preparar logo a comida, pega alguns legumes de começa a fatia-los.

– Então que dizer que você deixou de ser um passivo tapado? - ela pergunta, sorridente, e o loiro leve um susto, quase cortando seu dedo, e se vira para olhar a irmã.

– Como assim? - pergunta assustado.

– Eu sei que vocês transaram. - responde. - Gostei disso, pelo menos agora você não vai ser aqueles personagens de animes Yaoi irritantemente tapados. - ela se senta no balcão. - Quer dizer, você fica com vontade de falar " Hey seu baka, ele quer seu corpo nú, dá logo o cu pra ele!".

– Você vê Yaoi? - pergunta, a olhando seriamente, mas um tom incrédulo na sua voz.

– Você só prestou atenção nisso? - retruca Amber, o loiro olha para o nada por alguns minutos, pareia estar em estado de choque, o que preocupou a menina.

– Minha irmã vê Yaoi. - ele diz, quase num sussurro, fica calado por alguns segundos novamente, e sua expressão séria se torna raivosa. - Como assim você vê Yaoi? - ele grita irritado, e Amber ri.

– ♥ - ♥ - ♥ - ♥ - ♥ - ♥ - ♥ -

No andar de cima, Castiel colocava algum filme para eles verem na Tv, e seu amigo que estava sentado na cama, com as costas encostada na cabeceira da cama de casal, parecia estar nervoso com alguma coisa, e isso já estava incomodando o ruivo.

Fazia-se dois meses que Lysandre deixou de escrever suas músicas, sempre estava imerso ao mundo a sua volta, e estava mais calado do que nunca. Castiel sabia que seu amigo nunca iria falar de seus problemas, para não o preocupar, ele aguentaria tudo sozinho e calado.

– Fala logo Lysandre. - diz o ruivo, se sentando na cama, ficando de frente ao amigo, que o olhou confuso. - O que 'tá acontecendo cara?

– Prefiro não falar sobre isso, não quero te preocupar. - suas voz rouca parecia cansada, além de suas enormes olheiras denunciarem de que não dormia a um bom tempo.

– Mas eu já estou preocupado, então desembucha.

Lysandre estava em um conflito interno, não queria preocupar seu amigo com seus problemas, mas talvez devesse se abrir, talvez devesse contar o motivo que estava tirando suas noites de sono.

– Tudo bem. - suspirou. - Lembra que meu irmão Leigh estava tendo algumas crises de saúde, e que ele foi fazer um exame?

– Sim, por que? O que deu no exame? - Castiel estava curioso e preocupado demais com a situação.

– O exame deu que o Leigh... - Lysandre suspirou, e tentou prender suas lágrimas, sentindo seus olhos marejarem, e seu coração se apertar. - O Leigh está com câncer no pulmão, ele vai morrer em pouco tempo.

Lysandre, nem ao menos Castiel aguentou, os dois começaram a chorar. Castiel se inclinou para frente, dando um abraço apertado no amigo, sentindo suas lágrimas caírem na sua camisa a molhando levemente.

Ele não sabia o que fazer ou dizer, talvez o silêncio fosse a melhor coisa que poderia fazer em um momento desses, e ele se sentia grato por Lysandre se abrir com ele, pois não era fácil disso acontecer.

Leigh está morrendo, e não posso ajudar.

– ♥ - ♥ - ♥ - ♥ - ♥ - ♥ -

Kentin, acertava alguns socos e chutes no saco de areia vermelho em seu quarto. Estava vermelho, e suado, ele tentava ao máximo esquecer aquele quase beijo, mas por alguma razão o rosto de Alexy não saia de sua cabeça.

– Maldito! - gritou, acertando um soco certeiro no objeto a sua frente. - Não vou me apaixonar por você!

Quem olhasse, pensaria que o moreno era um louco. Sua mãe Manon, por alguma razão havia chamado uma amiga, para jantar com ela mais tarde, e queria que Kentin estivesse presente custe o que custar.

Passou-se algumas horas, e ouviu a campainha tocar duas vezes. Sua mãe parecia não ter ouvido, então saiu de seu quarto, para ir atender a porta.

A casa de Kentin era bem simples e pequena, as paredes pintadas de um rosa bem claro, com alguns quadros pregados nela, além de vários porta retratos espalhados, e os móveis um pouco velhos, mas nada que não a deixasse menos adorável.

Ao chegar na porta, abriu dando de cara com uma mulher morena com um longo cabelo cacheado, que sorriu para ele e o moreno retribuiu, e logo atrás dela estava ele...Alexy.

Mas como isso é possível? È perseguição? Alguma praga? Não deve ser praga, por que ele é lindo. Balançou a cabeça negativamente ao perceber o que pensou.

Alexy sorriu para ele , e Kentin sentiu que suas pernas iriam desmoronar a qualquer momento, só conseguiu sorrir de lado, e corar feito um garotinho apaixonado, que na opinião do mais novo, era extremamente fofo.

– Olá Vitoria. - Manon apareceu por trás de seu filho, ajeitando seus grandes óculos, e sorriu para a morena. - Entre, vamos, o jantar está quase pronto.

Os dois entraram um tanto tímidos, Vitoria começou a conversar com Manon, deixando Alexy e o moreno, se encarando, Manon ao ver a reação dos dois, sorriu.

– Kentin querido, vá tomar um banho e leve Alexy com você. - ela disse, fazendo os dois a olharem incrédulos e assustados, o que fez as mulheres rirem. - Estou brincando, vá tomar um banho e leve o Alexy para o seu quarto, afinal não quero entediar ele com a minha conversa com a Vitoria.

Os assentiram, e subiram as escadas em completo silencio. Alexy se perguntava se o garoto não havia gostado do que fizera mais cedo na loja, eles teriam se beijado se seu pai Arnaud não chegasse na hora, além do fato de que Kentin estava nesse momento sem camisa, e ele era um pedaço de mal caminho aos olhos do menor.

Kentin abriu a porta de seu quarto, e os dois entraram. O quarto era simples, decorado de verde, uma cama de casal, uma escrivaninha com alguns livros em cima, mas o que chamou a atenção do menor, foi um enorme saco de box pendurado, no canto do quarto.

– Então quer dizer que você luta? - perguntou o menor, olhando para o moreno que corou.

– Sim, um pouco, meu pai é militar, eu tenho que saber fazer algo de útil. - sorriu de lado.

Kentin era uma decepção ao olhos do seu pai, antes de entrar para o colégio militar, era um nerd apaixonado por biscoitos de chocolate, e ainda é, mas teve que mudar seu comportamento e sua aparência, ele teria de ser " um homem de verdade".

– Você é gostoso.

Após Alexy dizer isso na maior cara de pau, Kentin corou violentamente, ele queria rir da situação mas não conseguia, ele estava paralisado, e Alexy achava aquele jeito fofo e tímido do menino adorável.

– O que?

– Eu disse que você é gostoso. - diz Alex, se aproximando e o empurrando de leve contra a parede, e o moreno não negava nada, mas ainda assim estava assustado. - E que está tirando minha sanidade, ficando sem camisa.

Alexy passava seus longos dedos pelo abdômen do garoto, lentamente, fazendo-o suspirar e fechar os olhos por alguns segundos, seus rostos estavam tão próximos que até podiam sentir o ar quente saindo de suas narinas. Se Alexy estava perdendo sua sanidade, imagine Kentin, ele não conseguia pensar em mais nada além de beijar o menor.

– E o que vai fazer sobre isso? - Kentin perguntou com uma voz baixa, quase em um sussurro, o menor se arrepiou ao ouvir, e mordeu o lábio inferior.

– Isso, meu petit ours *.

Alexy mau deu tempo de o moreno falar algo, e atacou os lábios do mais velho com luxuria, arranhando suas costas enquanto Kentin o trazia pra mais perto dele, como se fosse possível.

O azulado envolveu suas pernas na cintura do maior, e o moreno os guiou até sua cama de casal, onde deitou o garoto cuidadosamente, parando o beijo por alguns segundos, para observa-lo, Alexy estava com o rosto corado e mordia o lábio, era sem dúvidas seu caminho para a perdição. Kentin tentou esquecer de tudo e focar apenas naquele momento, atacou os lábios de Alexy, e pediu aso céus que sua mãe não ouvisse seus futuros gemidos.

– ♥ - ♥ - ♥ - ♥ - ♥ -

Lysandre tentou ficar na casa de Castiel, mas não conseguiu, se sentia mal por deixar seu amigo preocupado com ele, e também queria ficar sozinho por um tempo e botar as coisas em ordem.

Era notável o constrangimento de Castiel ao ver seu mordomo, ela sabia que havia amor ali, mas seu amigo cabeça dura nunca admitiria isso.

Leigh estava sendo cuidado por sua namorada Rosalya, que agora não saia mais do seu lado, seus pais queria que eles fossem morar com eles, para poderem passar mais tempo o com moreno além de poder cuidar dele, mas seu irmão recusou.

Ele odiava o campo, mas talvez fosse uma boa ideia morar com seus pais, já que seu irmão estava para morrer... Estar para morrer. Esse pensamento fazia o coração de Lysandre se apertar, e seus olhos lacrimejarem, odiava chorar, mas ultimamente era a coisa que mais havia feito.

Lysandre andava pelo parque da cidade, o clima estava um pouco frio, mas tinha algumas crianças brincando e correndo pelo gramado, todas pareciam tão felizes e inocentes aos seus olhos, ele gostava disso, mas era ruim uma pessoas triste estar no meio de pessoas tão alegres, ou não?

Suspirou cansado de tudo, e sentou-se no banco de madeira, perto ao lago. Ficou por alguns segundos olhando para o nada, imerso aos seus pensamentos , quando uma coisa um pouco pesada bate em sua cabeça, fazendo-o jogar a cabeça um pouco para o lado,e grunhir baixo por causa do impacto.

– Me desculpe, minha prima não tem uma mira muito boa, não é a toa que não deixo ela jogar GTA.

Uma voz um pouco rouca, disse não muito longe dele. Lysandre olhou para o lado, e viu um garoto parado, com um sorriso envergonhado no rosto. Um roupa um tanto despojada, pele clara, olhos azuis, e cabelos negros medianos.

– Tudo bem. - ele sorriu, e pegou a bola vermelha que tinha acertado a sua cabeça, e entregou para o garoto, que parecia ser um ou dois anos mais novo que ele.

O garoto pegou a bola vermelha, com um sorriso estonteante, mas olho-o sério, quando percebeu um pequena lágrima cair dos olhos daquela homem de cabelos platinados, e olhos bicolores.

Ele levou seu polegar até a bochecha do mais velho, e limpou a lágrima que caia, fazendo Lysandre ficar surpreso com o ato do menino, que sorriu ao ver o efeito que causou.

– Garotos bonitos, não deveriam chorar.

Disse isso com um sorriso no rosto, e foi embora, lentamente saindo do campo de visão do mais velho. Lysandre estava atordoado, tentava assimilar o que tinha acabado de acontecer, mas ainda não entendia nada, seu coração batia forte.

Por que aquele garoto disse aquilo? E por que estou tão nervoso, a ponte de minhas pernas desabarem?

Lysandre se perguntava isso, ainda olhando para o nada, confuso. E Armin por outro lado, achava a situação divertida, depois de anos, pode finalmente falar com o garoto que ele observava na biblioteca da escola desde pequeno, seu primeiro amor.


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