Você é a minha babá? ( Yaoi) escrita por AchlysJ2, Lux Herondale, WicoMayne


Capítulo 10
Adeus parte I


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores o/ sentiram minha falta? hahaha ( nem se acha neh A.J u-u sorry) então gente, queria começar pedindo desculpas pelo sumiço, nada de importante só que estava escrevendo outra fanfic ( Malec) e acabei me deixando levar. Queria avisar a vocês que esse será o penúltimo capítulo e pode ser que depois eu poste um capítulo bônus.

Vou sentir saudades de vocês ;---; até criaria um grupo no Whats, porém da última vez que tentei isso não deu certo ( só tinha três pessoas) então nem vou pedir o número de quem quiser, pois acho que ninguém vai querer ;--; amo vocês meu anjos



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Castiel corria atrás da garota, mesmo ainda um pouco relutante. Nathaniel tinha razão, eles eram namorados e ela merecia um explicação, a verdade, apesar de tudo Debrah foi uma pessoa importante em sua vida.

A rua estava um pouco movimentada, ele gritava seu nome repetidas vezes porém ela não lhe dava ouvidos. Atravessou a rua com cuidado, e correu rápido até a morena. Já estavam na entrada do parque, onde havia no máximo três pessoas.

Debrah ainda andava rápido, e Castiel segurou em seu braço, o puxando delicadamente. Ela tentou se soltar porém foi em vão, corriam lágrimas desesperadas de seus olhos azuis, que estavam vermelhos por conta do choro, e parecia que iria desmoronar a qualquer momento.

Ele nunca a viu assim antes. Tão frágil, como se qualquer palavra ou gesto a desmoronasse.

– Debrah...

– Por que, Castiel? - sua voz trêmula o assustou, o olhando com dor - Por que fez isso comigo? Por que me enganou?

– Me desculpe - suspirou. Ele se sentia péssimo por isso, por magoar alguém tão importante para ele.

– Eu te amo , porém o que sinto por ele é maior, nem eu mesmo sei como isso foi acontecer.

– Ele era o seu namorado quando criança? - secou as lágrimas que desciam e o olhou séria. Ele já havia comentado sobre isso com ela, e a garota aceitou numa boa, antes de virarem namorados os dois eram grandes amigos.

– Não tenho certeza - ele riu fraco - mas não importa, por que eu o amo, disso eu sei.

– Droga Castiel! - deu um tapa de leve no peito do maior - Eu era sua amiga antes de tudo, se você estava apaixonado por ele poderia ter me contado, seria melhor do que me trair.

– Eu sei - sussurrou - eu fui um idiota, me desculpe. Você tem todo o direito do mundo de me odiar agora.

– Sim, eu tenho.

– Será que um dia você vai me perdoar por isso?

– Não sei - suspirou - sabe, ninguém gosta de descobrir que seu namorado te traiu com um cara. - riu fracamente - eu te amo Castiel, e se ele te faz feliz tudo bem pra mim, por que eu quero te ver feliz seja com quem for.

– Obrigado - eles sorriram - eu também te amo.

Os dois se abraçaram apertado. Quem olhasse pensaria que eram namorados que acabaram de fazer as pazes, mas estava longe disso. Afegou os cabelos castanhos da menina e depositou um beijo carinhoso no topo da sua cabeça, antes de solta-la.

– Eu preciso ir - ela sorriu - vou ir morar com meus tios em Las Vegas, mais tarde mando alguém buscar as minhas coisas na sua casa.

– Tudo bem - sorriu de lado - me desculpe de novo, Debrah.

– Tudo bem gatinho - ela riu - nunca vou esquecer isso, mas talvez um dia a gente possa ser amigos de novo, como éramos antes. - se inclinou para dar um leve beijo em sua bochecha - até mais Castiel.

– Até mais.

Ele sorriu levemente, observante Debrah partir lentamente , sumindo de seu campo de visão. Suspirou cansado, estava alivíado de certa forma por não ter mais nada impedindo que ele e Nathaniel ficassem juntos.

–------

Lysandre suspirou pesadamente, coçando seus olhos, cansado. Trabalhar em um hospital é muito cansativo, só de ver os casos das pessoas que chegavam aqui , cada um pior que o outro, a espera dos familiares, seus rostos preocupados, era de cortar o coração.

Pra ser médico tem que ter sangue frio.

Fazia-se uma semana que Armin não falava mais com ele, por mais que ele aparecesse em sua casa, seus pais diziam que ele não estava, ou quando tentava ligar e o celular caia na caixa postal.

Ele se perguntava o que tinha feito para receber esse gelo todo. Será que foi o beijo da Nina? Não pode ser. Nina o pegou desprevenido, e logo depois ele brigou com ela por isso, não queria que Armin tirasse conclusões precipitadas. Mas depois daquilo, tudo mudou.

Lysandre tentou várias vezes falar com o menino, nem o via mais saindo de casa. Pediu ajuda a Kentin mas o amigo disse que Armin realmente estava o evitante e não queria vê-lo. Ele se sentiu culpado, mesmo não sabendo exatamente do que.

Ele queria muito olhar novamente para aqueles olhos azuis que o fazia perder o ar em seus pulmões, queria poder ver aquele sorriso sapeca, ouvir sua voz grossa, escuta-lo tagarelar sobre jogos e animes, que ele nunca tinha ouvido falar.

Sinto sua falta Armin.

Mas ele não tinha mais tempo para isso. Seu irmão Leigh estava piorando a cada dia, começando a vomitar sangue , ficando fraco cada vez mais e perdendo sua cor. Seu coração se partiu quando Rosalya o abraçou e começou a chorar.

Ela estava sofrendo tanto quanto ele, porém era forte ao ponto de não demonstrar, para não deixar seu namorado triste. Mas doia de qualquer forma.

Estava de frente para a pia do banheiro, olhando seu próprio reflexo. Sentiu seus olhos começaram a lacrimejar novamente, e as lágrimas teimosas vieram desesperadamente. Ele se sentia tão fraco.

" O Leigh morreu"

Essa frase acabou com o seu mundo. Se encostou na parede fria do banheiro, abraçando seus próprios joelhos enquanto chorava e soluçava alto. Lembrava-se do momento que Rosalya o ligou desesperada, dizendo o que aconteceu.

Leigh estava dormido, até que seu coração parou de bater. Rosalya pensou que estivesse dormindo, até ver que ele não respirava mais e bem... Não havia mais jeito, ele estava realmente morto.

Lysandre sentiu seu mundo desmoronar, suas pernas ficarem bambas e o desejo de morrer no lugar do irmão crescer. Não conseguia acreditar nisso ainda.

– Lys?

Ouviu uma voz familiar, mas não se atreveu a levantar seu rosto. Os passos das pessoas se aproximaram, seus rostos também estavam vermelhos e também choravam. Castiel e Kentin se abaixaram para ficar a sua altura, e o abraçaram apertado como se tentassem extrair toda a sua dor.

– Lys, eu sinto muito. - disse Kentin, ainda trêmulo.

– Só soubemos alguns minutos atrás, e viemos correndo pra cá. - falou Castiel, levando seu polegar até o rosto do maior, secando uma lágrima que teimava a cair.

– Eu devia ter ido - Lysandre sussurrou, ainda soluçando um pouco - Ele tinha uma vida toda pela frente, eu deveria ter morrido não ele.

– Nunca mais fale isso!

Escutou a voz de Alexy gritar no banheiro, ele andou até os meninos, no mesmo estado com os olhos vermelhos e uma expressão dolorosa no rosto, e atrás dele apareceu Nathaniel. Nos levantamos e os dois me abraçaram.

– Seu irmão te amava Lysandre, não fale isso por favor - sussurrou Nathaniel.

– Eu sei - suspirou , e tentou esboçar um sorriso - obrigado gente.

– Você tem muitas pessoas que te ama, não se esqueça disso. - Alexy sorriu. - Estamos aqui pra te ajudar no que precisar, okay?

– Obrigado.

–---------

– Você está melhorando Amber.

– Obrigada.

Viktor sorriu para a garota, que retribuiu. Viktor havia lhe ensinado a tocar piano, no começo estranhou um pouco já que a mesma nunca havia demonstrado interesse para tocar qualquer instrumento.

Quando Debrah foi embora, Lynn também se foi. Lynn se despediu de todos, apenas faltava uma pessoa para dizer adeus, mas essa pessoa não queria isso.

Amber havia se trancado em seu quarto, se recusando a descer, mesmo com os protestos do seu irmão dizendo que ela deveria ir se despedir da garota mas ele não quis. E assim Lynn foi embora, para sempre.

Viktor está construindo sua escola de música, comprou um local para começar e depois iria expandi-lo. Ainda era pequeno e havia apenas vinte alunos, todos novatos, ninguém sabia tocar nenhum instrumento até alguns dias atrás.

O piano na verdade era apenas uma coisa para que ela se sentisse próxima de Lynn. È claro que não ficaria da noite para dia tão boa quanto ela, mas estava tentando ao máximo e segundo Viktor, ela tinha futuro, em alguns anos se tornaria uma grande pianista.

– Viktor você bem que podia comprar algumas rosas pro meu irmão. - ela sorriu e o moreno a olhou surpreso.

– Pra quê? - ele riu - Pra levar um soco do Castiel? Eu dispenso.

– Acho que seria legal.

– O que você está armando Amber?

Ela revirou os olhos, odiava o fato de Viktor a conhecer tão bem.

– Tem uma pessoa na floricultura, que quero te apresentar.

– Ah, por favor não me empurre para cima de ninguém - ele bufou - já não basta o meu pai.

– Vai por mim - ela sorriu - você não vai se arrepender.

Viktor se rendeu, fazendo o sorriso da loira aumentar. Depois de algumas horas de aula, os dois saíram do estúdio e foram para a tal Floricultura. Amber correu para dentro, havia apenas quatro pessoas na loja.

Viktor sentiu seu rosto esquentar, já imaginando as coisas embaraçosas que a menor que preparava. Amber correu para falar com um dos garotos que trabalhava na loja, os dois sussurravam algo um para o outro.

O moreno ficou um pouco longe, observando algumas flores que se encontravam ali. Eram Tulipas. Ele se lembrava que seu pai costumava planta-las junto a sua mãe. Seus pais sempre gostaram desse tipo de coisa, e ele também, mas desde que sua mãe morreu... Tudo mudou, o mundo que antes parecia tão belo se tornou frio, triste e maldoso.

– Posso ajuda-lo em algo?

Escutou uma voz rouca ao seu lado. Os pelos de seus braços se arrepiaram ao ouvi-la. O garoto parecia ser alguns anos mais novo que ele, com cabelos curtos pintados de verde, e seus olhos de um verde vivo, corpo pequeno e magro, e um sorriso gentil nos seus lábios finos e rosados.

– N-não, obrigado - Viktor teve vontade de se bater por ter gaguejado. Ao longe podia ver Amber e o outro rapaz conversando .

– Tudo bem, fique a vontade senhor. - sorriu para ele, e se virou para sair.

Viktor respirou fundo e puxou de leve o braço do garoto, dando um pequeno susto no mesmo, que se virou para olhar em seus olhos , um pouco assustado e surpreso com o ato.

– Como é o seu nome?

– Jade - sorriu - e o seu?

– Viktor - sorriu timidamente, mordendo o lábio inferior - Jade, será que você quer sair comigo qualquer dia desses?

– Não se devo.

– Apenas um café, quando tive tempo - suspirou, tentando conter seu nervosismo. Aposto que Amber está rindo de mim. Pensou.

Jade o olhou sério por alguns segundo, parecendo pensar na proposta e Viktor já esperava o pior.

Por que ele sairia com alguém que ele acabou de conhecer? Não estamos em um livro de romance, isso é vida real Viktor, pare de agir como um idiota! Brigou consigo mesmo.

– Meu turno acaba em meia hora - o mais novo disse, despertando o moreno de seus pensamentos - podemos ir na cafeteria que tem aqui perto, se quiser.

– Eu iria adorar, obrigado.

Eles sorriram um para outro, e puderam ouvir Amber bater palmas. Viktor riu timidamente assim como o mais novo, que não demorou a voltar para o seu trabalho. Não sabia se brigava com Amber por isso ou se lhe agradecia.

Pestinha!

–------------

Dois dias haviam se passado. O dia estava chuvoso e nublado, morto assim como a espressão de todos no local. Todos estavam em volta do caxão que estava sendo enterrado de baixo da terra.

Lysandre abraçava Rosalya pelos ombros, tentando segurar suas lágrimas. Terra, e mais terra eram jogadas em cima, seu irmão se foi e agora era pra valer.

Depois que acabou, ele recebeu o abraço de seus familiares e amigos. Seus pais lhe disseram que ele poderia voltar a morar com eles se quisesse e ele até pensou nessa possibilidade.

Mas um pouco longe deles, ele o viu.

Armin o olhava com tanta dor, seus olhos azuis com lagrimas, parecia mais magro e mais pálido que antes, e com olheiras nos olhos. Por um segundo ele esqueceu como era respirar.

Lysandre deixou seus parentes de lado e correu até o garoto, sendo observado pelas pessoas a sua volta. Alexy e Kentin sorriram com a cena e se abraçaram ainda mais.

– Armin?

Bastou ouvir a voz do maior, que o moreno sentiu que cairia ali mesmo. Só Deus sabe como sentiu falta de ouvir aquela voz aveludada, seus olhos gentis, seu sorriso, tudo nele. Armin não pensou duas vezes e se jogou nos braços de Lysandre.

– Me desculpe Lysandre - sussurrou abafado pelo peito do maior - Eu devia ter vindo antes eu sei, eu só não consegui, me perdoa por ser um idiota.

– Tudo bem.

– Não está tudo bem - se separou do abraço, o olhando nos olhos. - Eu fiquei com ciúmes, quando o vi beijando a Nina, e agi como um idota eu sei. Não tenho o direito de agir assim, afinal não somos nada, mas eu realmente ... Eu te amo, de verdade.

– Você me ama? - perguntou incrédulo, e Armin se limitou a rir fracamente pela cara do maior.

– Mais do que tudo. Eu te amo.

Lysandre não pensou duas vezes, e se inclinou levando suas mãos à nuca do menor e beijando seus lábios. Sentiu uma corrente elétrica correr pelo seu corpo, suas pernas ficarem bambas, e nem ao menos se importou com os olhares felizes de todos ali que observavam os dois. Era apenas ele e Armin ali.

– Eu também te amo, muito, desculpe por demorar para perceber.

–--------

Castiel estava deitado no sofá da sala abraçado a Nathaniel, os dois assistiam um filme qualquer de Aventura que passava na TV. O clima frio e chuvoso só fez com que os dois quisessem ficar ainda mais juntos.

– Castiel eu preciso te contar uma coisa. - o loiro sussurrou e ele o olhou preocupado.

– Claro, pode me falar amor.

Os dois se sentaram no sofá, ficando de frente para o outro. Nathaniel tinha uma expressão preocupada assim como o ruivo, e parecia tentar arranjar as palavras certas, o que só aumentava o nervosismo do mais novo.

– Eu fui contratado para trabalhar aqui por um curto período, pelos seus pais.

– Sim? - disse, como quem pedisse para continuar, e o loiro suspirou.

– Eu iria voltar a fazer uma faculdade de medicina, mas resolvi que queria te ver primeiro antes das ferias acabarem - mordeu seu lábio inferior - Em cinco dias as aulas vão começar e eu vou precisar ir para Londres.

– Então você vai embora? - sussurrou. Sentindo seus olhos marejarem, não queria perdê-lo depois de tudo, não aguentaria isso.

– Vou ficar lá por mais cinco anos. - suspirou - olha, eu entendo se quiser terminar comigo, sei que namoro a distância não costuma dar certo, e... - Castiel o calou colando seus lábios aos do loiro, em um leve selar de lábios.

– Eu vou te esperar. - disse confiante - você esperou por mim durante todos esses anos, está na hora de eu fazer o mesmo.

– Tem certeza?

– Eu te amo Nathaniel - ele sorriu - e se esse amor for forte como eu acho que é, eu vou conseguir ficar esse tempo todo sem você.

– Eu te amo tanto, ruivinho.

Nathaniel o beijou, subindo em seu colo assim ficando entre as pernas de Castiel, deixando o beijo mais necessitado, enquanto o ruivo o puxava para mais perto de si, como se fosse possível. Nathaniel o amava assim como ele, e era apenas isso o que importava.


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