A aventura dos sonhos escrita por MarinaHinacha


Capítulo 5
A surpresa de Naruto




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— Aquele desgraçado. Quando ele vai fugir pra longe daqui? — Sakura reclama.

— Cocóo!

— Aqui Elvis. – Sakura o coloca dentro de uma caixa cheia de palha:

— fique aqui no armário. Sabe que meus pais te odeiam.

— Cocóoricó.

Ela vai para o banho. Quando está sem roupa e afundada na banheira, ela pensa no dia anterior e se avermelha de raiva. Não quis que o menino Uchiha a visse daquele jeito. Foi um jato muito forte de sangue!!! Leva a mão direita até as narinas. Uma semana antes um jato de sangue saiu pela boca dela. Está piorando. Piorando cada vez mais.

— Detesto chorar. Quase chorei na frente dele. Duas vezes. — Levanta o braço para ver o curativo. Precisa trocá-lo.

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— Olha só. Eu pensei que a senhorita estaria cansada depois de brincar fora o dia inteiro ontem.

O senhor Haruno diz com boa vontade. Ele não baixa o jornal que cobre o rosto dele. O jornal não impede a filha de vê o cabelo imenso do pai. O tom rosado escuro dos fios compridos da cabeça do senhor Haruno provam de quem Sakura herdou a cor dos cabelos. 

— Bom dia pro senhor também. Pai. — Sakura está com pouca vontade.

— Teve algum problema? — ele dobra a folha e a deixa sobre a mesa.

— Não.

Na realidade. Sakura após o banho pensou sobre o campo da família. É o assunto que não desgruda da cabeça dela porque não sabe o que fazer para impedir a ocupação que a família Uchiha pretende realizar. A mãe entra na cozinha, indo direto à geladeira:

— Ha. A rainha está acordada. Você verá o médico Yakoshi. Sakura.

— Não gosto dele.

— Não é para gostar. — A mulher austera se junta à família diante à mesa. Ela se serve de café e fatia um bolo de milho.

Sakura ao mesmo tempo em que admira a mãe, também se ressente. A menina percebe que a senhora Haruno não a fita diretamente.

— Será divertido. - O pai quebra o silêncio. Alargando um sorriso:

— Kabuto se veste do bicho que quiser. Que tal gatinho?

— Isso não me importa. Usar fantasia de animal fofo não faz a consulta melhor. – Sakura usa o mesmo timbre sério da mãe:

— não quero sair de Konoha.

— Não será necessário. O doutor virá até aqui. — A senhora Haruno informa antes de tirar um pedaço da fatia de bolo. 

Sakura endurece o maxilar. Espremendo a toalha da mesa. Engole algumas torradas e se retira da mesa. Correndo.

— Não vou aturar mais um sumiço Sakura!!! Se me fizer de palhaça de novo e quiser sumir, ficará de castigo o resto do mês!!! — a senhora Haruno bate forte na mesa e sente uma mão carinhosa do marido no ombro dela. Quando ela o encara, ele está com um sorriso triste e a folha de jornal dobrada sobre as coxas:

— você fica calmo aí. Enquanto nossa filha fica se matando com essa rebeldia. — Afasta a mão dele de seu ombro.

Sakura saiu de casa, mas apenas contornou as paredes para ficar abaixo da janela da cozinha e ouvir o que os pais falam dela. Escuta a voz impaciente da mãe:

— Temos que interná-la logo!!! Kizashi!!!

— Ela ainda está bem. – O senhor Haruno sempre otimista:

— vou dizer a ela que só estamos assegurando a diversão dela.

— Fale por você. Essa garota precisa aprender que está brincando com a vida. Não tem nada de divertido nisso.

O barulho da cadeira se arrastando. E o som dos passos se retirando da cozinha. Sakura sabe que é a mãe quem deixou a cozinha. Kizashi não anda do mesmo modo bruto que a esposa.  

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— Sakura-chan! - Naruto cumprimenta assim que vê a cabeleira rosada surgir na entrada:

— tenho uma surpresa!

— O que é?

A Haruno está sem empolgação. Pensativa no que escutou dos pais. Internada? Há um desespero crescente em Sakura, quando ela pensa na possibilidade. Ao erguer o olhar, o loiro arreda para o lado mostrando uma garota embrulhada até o pescoço. Sakura arregala os esmeraldinos orbes e corre até se agachar na frente da menina. A pequenina e magrinha estranha dorme. Os cabelos escuros, curtos e azulados compõem um belo contraste com a pele bem branca. Parece até uma menina feita de porcelana.

— Naruto- onde- quem é ela?

— Eu não sei. 

— Ela já estava aqui quando chegou?

— Não. Eu a trouxe. Ela é bonita né? Gostou da surpresa?

— QUE TIPO DE SURPRESA É ESSA??? NARUTO??? — Sakura grita rouca para não acordar a estranha. Depois que o vislumbre pela aparência da menina passou, a rosada se concentrou na situação. E a situação é de causar pânico. 

— De manhã cedo e já está enlouquecendo? – Sasuke surge na entrada e senta no chão. Tem um pouco de dificuldade para tirar a corda da escada que engatou no pé direito:

— sua voz danifica minha audição.

— Não enche não. Uchiha. Aliás, o que faz aqui? — Sakura não se dá ao trabalho de se virar para fitá-lo. Só a voz dele a agonia.

— Eu o convidei para voltar quando quisesse. – Naruto se expressa feliz ao rever o moreno.

— Cala boca! baka! - Sakura soca o topo da cabeça loira e se concentra em esculhambar Sasuke:

— estamos com um problema agora! Volte outro dia tá?! Na verdade, volte nunca mais!!! Se ficar preso nas cordas de novo não vou ajudar e vou impedir o baka aqui de ajudar!!!

— Shiii!!! — Naruto implora para a rosada diminuir a voz. 

A Haruno se arrepende por perder o controle e ao observar a menina de porcelana, ela se alivia por não acordá-la.

— Você é a chefe daqui? - Sasuke de pé com os braços cruzados encara as costas da Haruno:

— como pode ser amigo dela Naruto? Além de ser doida falando com um galo, ainda maltrata o amigo, por que é tão brava?

— Estou brava com razão! - a Haruno se vira para o Uchiha:

— isso é razão suficiente para bater nele? — ela aponta para a menina desconhecida.

— Quem é? – Sasuke se aproxima da rosada sem retirar o olhar de quem dormia.

— Eu achei. – Naruto orgulhoso responde:

— vou ficar com ela!

Sasuke roxo bate na cabeça do loiro também. Gritando:

— ELA NÃO É UM OBJETO!!!

— SHIII! — o Uzumaki massageia a cabeça. Chegando a lagrimar:

— ambos escandalosos e agressivos. Vocês dois combinam direitinho.

— Nunca que eu combinaria com ele. — A rosada cruza os braços.

— Tá aí algo que concordamos. — Sasuke desvia o olhar. 

A Haruno descruza os braços e se abaixa. Focando na menina de porcelana, Sakura espia o que há sob o lençol. O corpo magro e delicado. Completamente nu. Porém, a aparência não dá sinais de desnutrição. Passa a mão pelos cabelos lisinhos e bem aparados:

— Não parece uma mendiga. Ela deve ter família. 

— Mas não vi família nenhuma perto dela. — O loiro garante.

— Como a encontrou? Naruto? – Sasuke questiona.

— Huuum. Vou tentar resumir a história. – Naruto senta no chão e cruza as canelas. Sakura senta sobre os tornozelos e Sasuke continua de pé, com as mãos nos bolsos, mais afastado dos dois.

— Fui à casa da senhorita Ayame. Ela gosta de mim e me dá laranjas. Me emprestou uma faca pra descascá-las, mas esqueci de devolver quando terminei e fui descascando do jeito que gosto. Minha boca salivava só de imaginar o sabor cítrico no meu paladar e-

— Naruto. — A Haruno corta ameaçadora:

— se não chegar logo ao ponto-

— Calma, calma. Vou chegar lá. Tá bom. Depois das laranjas, eu estava andando pela estrada. O bolinho que Sasuke deixou cair ontem ficou muito duro e eu pretendia atirar ele naqueles moleques bundões da estrada. Mas aí. Eu ouvi um choro e sai correndo para dentro do mato quando vi a menina fugindo. Mas ela deu de cara na árvore. Um homem fortão queria agarrá-la, ele arrancou as roupas dela só num puxão, mas antes que fizesse algo pra ela eu atirei o bolinho duro na cara dele.

— Ela deu de cara na árvore? Quem não vê uma árvore no caminho? — Sasuke estranha.

— Ela devia estar muito assustada. Oras. É normal cometer erros durante o pânico. — Sakura justifica e encara o amigo loiro:

— Naruto. O que fez com ele?

Naruto ia responder, mas ouve um murmurar da nova hóspede. Todos olham para a adormecida. Os olhos da menina se abrem lentamente. As pálpebras dela revelam orbes pratas.

CONTINUA


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